sábado, 25 de outubro de 2025

Produção industrial segue estável na maior parte das empresas de Mato Grosso do Sul

Assessoria

 

A produção industrial sul-mato-grossense permanece estável em março deste ano na maior parte das empresas, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 77 empresas no período de 1º a 12 de abril. Pelo levantamento, em março, 54,5% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade na produção, enquanto no mês anterior esse resultado foi de 58,1%.

 

“Já as empresas que apresentaram expansão responderam por 18,2% do total, contra 14,9% no último levantamento. O que sinaliza uma melhora no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de fevereiro e março”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

 

Ainda de acordo com ele, em março, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense foi de 33%. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 42,8 pontos, sendo que resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em março, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 37,7% dos respondentes, igual ao usual para 51,9% e acima para 9,1%”, relatou.

 

Condições financeiras

 

Ezequiel Resende destaca que, de um modo geral, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul se mostraram insatisfeitos com a margem de lucro operacional de suas empresas no primeiro trimestre de 2019, com o indicador alcançando 43,1 pontos. “Comportamento semelhante foi verificado em relação às condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa, com os indicadores alcançando 42,6 e 45,8 pontos, respectivamente”, declarou.

 

Em Mato Grosso do Sul, no primeiro trimestre do ano, 31,2% dos empresários industriais consideraram ruim a margem de lucro operacional obtida no período. Na mesma comparação, o acesso ao crédito foi considerado difícil por 20,8% dos empresários, enquanto 31,2% responderam não ter buscado crédito no trimestre. Já a situação financeira geral da empresa foi avaliada como ruim por 26,0% dos participantes e 32,5% responderam que houve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas.

 

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems também informa que a Sondagem Industrial levantou as principais dificuldades enfrentadas pelos industriais de Mato Grosso do Sul no 1º trimestre de 2019. “Os empresários apontaram a elevada carga tributária, falta ou alto custo da matéria prima, falta ou alto custo de energia, inadimplência dos clientes, falta ou alto custo de trabalhador qualificado e falta de capital de giro foram os principais problemas apontados pelos industriais sul-mato-grossenses no quarto trimestre do ano”, elencou.

 

Expectativas

 

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em abril, 46,8% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 11,7% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 39% do total”, informou.

 

Já sobre o número de empregados 19,5% das empresas responderam que esperam aumento nos próximos seis meses, enquanto 9,18% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, 64,9% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável”, ressaltou o economista, reforçando que as exportações devem ter alta para 10,4% das empresas respondentes nos próximos seis meses, enquanto 3,9% acreditam que deva ocorrer queda. “As empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 14,3% do total e 66,2% disseram que não exportam”, detalhou.

 

Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em abril o índice alcançou 57,4 pontos, indicando redução de 3 pontos sobre o mês anterior. “Condição influenciada, principalmente, pela diminuição na participação das empresas que disseram ter certeza quanto à realização de investimentos nos próximos seis meses, que caiu de 10,8% para 6,5%. Comportamento semelhante também ocorreu em relação as empresas que disseram que provavelmente investiriam, com queda de 50% para 46,8%. Por fim, o índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, explicou o economista.

 

ICEI

 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em abril 62,8 pontos, indicando um recuo de 1,2 ponto, quando comparado com o mês anterior. “Registrando, deste modo, a terceira queda consecutiva após um período de forte alta acumulada entre os meses de outubro de 2018 e janeiro de 2019. Contudo, o atual resultado encontra-se 5,1 pontos acima do registrado em abril do ano passado e 8,5 pontos acima da média histórica registrada para o mês”, detalhou Ezequiel Resende.

 

 

Em abril, 18,2% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 16,9% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais também estão piores para 16,9% dos respondentes. Além disso, para 46,8% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 53,2% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 48,1%.

 

Já para 27,3% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 20,8%. No caso da própria empresa, o resultado foi de 23,4% e os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 7,8%, 9,1% e 10,4%, respectivamente.

 

Expectativas para os próximos seis meses

 

Em abril, 10,4% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 11,7% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 9,1% dos empresários. Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 24,7%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual também alcançou 24,7% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 18,2%.

 

Por último, 58,4% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto, em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 55,8% e, no caso da própria empresa, 63,6% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 6,5%, 7,8% e 9,1%, respectivamente”, informou o economista.

Ambulantes desistiram de carteira assinada para lotar calçadas na Capital

Tatiana Marin

Do Campo Grande News

 

Vendedores, ditos ambulantes, ocupam as calçadas do centro de Campo Grande. (Foto: Tatiana Marin)

Alguns deles aparecem cedinho para vender salgados e quando a maioria das lojas abre no Centro, já foram embora. Outros começam bem depois, lá pelas 9 horas e vão embora no final da tarde. Entre os vendedores ambulantes que voltaram a ocupar as ruas centrais há vendedores de frutas, artesanatos, salgados e produtos diversos. Em comum, eles têm a informalidade e boa parte garante que está ali por opção.

 

O desemprego afeta mais de 13 milhões de brasileiros e pode contribuir para o cenário, mas estes profissionais, autônomos, como alguns fazem questão de frisar, dizem que escolheram as vendas e “vão muito bem, obrigado”. Não pensam em procurar um emprego com carteira assinada. “Prefiro trabalhar para mim mesmo”, justificam.

 

Pelas ruas do centro, na manhã do dia 24 de abril, a reportagem conseguiu visualizar cerca de 40 vendedores no perímetro que compreende as ruas 13 de Maio a 14 de Julho, entre Afonso Pena e Dom Aquino. Somente na Afonso Pena, na calçada da Praça Ary Coelho, haviam 16, entre estes, a maioria de hippies vendendo artesanatos.

 

Fiscalização

 

Entre os diversos vendedores com quem a reportagem fez contato nas ruas da Capital, a relação com fiscais da Prefeitura diverge. Alguns veem a administração como parceira, outros falam de perseguição.

 

Segundo alguns vendedores, há um tipo cadastro para permanecerem dentro dos limites da Praça Ary Coelho, mas o movimento e as obras na 14 de Julho atrapalham a atividade no local. “Eles ‘estão deixando’ a gente ficar aqui (na calçada) por enquanto. Quando acabar a obra, não sei o que vai ser”, disse uma vendedora que não quis se identificar.

 

Seu Algeu conta que até ganhou a banca do prefeito Marquinhos Trad e que ele o apoia desde que trabalhava na antiga rodoviária. “Ele é mais compreensivo”, afirma. Outro vendedor que atua na calçada da Ary Coelho, na Afonso Pena e não quis revelar o nome, relatou ter tido sua mercadoria apreendida.

 

Produtos expostos na calçada no centro de Campo Grande. (Foto: Tatiana Marin)

 

Gabriel conta que ele e outros artesãos já tiveram não só o artesanato apreendido, mas também até material de limpeza. “Há uma lei federal que permite a exposição de artesanato em qualquer área pública. Por enquanto (durante as obras do Reviva) estamos aqui (na calçada da Ary Coelho). Vamos ver se depois eles vão cumprir a lei federal”, sustenta.

 

Com dados da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), a Prefeitura de Campo Grande estima que haja cerca de 100 ambulantes que passam pela área central da Capital e cita o Artigo 5º da Lei 2.909 de 28 de Julho de 1992, que instituiu o Código de Policia Administrativa do Município de Campo Grande onde determina que “é vedada a utilização dos logradouros públicos para atividades diversa daquelas permitidas neste código”. Portanto, realiza rotineiramente ações de fiscalização em todas as regiões.

 

Apesar de destacar que não há amparo legal para a atividade, em fiscalizações e monitoramentos, percebeu-se que “os ambulantes dessa região são geralmente pessoas de outras localidades (cidades/estados/países) e que estão apenas de passagem pela cidade” e “como a própria denominação já diz, são ambulantes, não permanecem num mesmo local”.

Preço do litro do leite registra média de R$ 1,03 no primeiro trimestre em MS

Assessoria

 

Nos três primeiros meses do ano, o preço do litro do leite em Mato Grosso do Sul subiu, aproximadamente, 14% em relação ao mesmo período de 2018. Entre janeiro e março do ano passado, o valor do litro não passou dos R$ 0,95, enquanto este ano o custo do produto já chegou a R$ 1,03.

 

Os dados são do Conseleite MS – Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul, divulgados pela equipe técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS.

 

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal – Iagro -, a produção de leite em Mato Grosso do Sul caiu 13,27% nos dois primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2018. Conforme os dados divulgados pelo Mapa, foram 35,7 milhões de litros de leite neste ano, enquanto 41,2 milhões foram captados em 2018.

Indústrias sucroenergéticas de MS aumentam produção de etanol em 24,5%

Assessoria

 

As 19 indústrias sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul produziram, durante a safra 2018/2019, mais de 3,27 bilhões de litros de etanol, o que representa um crescimento de 24,5% em relação à safra anterior, consolidando o Estado como o 3º maior produtor nacional. Os dados foram divulgados pelo presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (22/04), em Campo Grande (MS).

 

“Nosso mix de produção nessa safra foi muito mais voltado para o etanol por uma questão basicamente de mercado, sendo 15% de açúcar e 85% de etanol. Temos uma concorrência muito forte de açúcar com outros países e o preço acabou baixando, sendo mais interessante voltar a produção para o etanol. Além disso, vale a pena destacar que do total de etanol que produzimos, 10% ficam em Mato Grosso do Sul e 90% vão para outros Estados”, explicou Roberto Hollanda.

 

Ainda conforme o presidente da Biosul, o consumo de biocombustível em Mato Grosso do Sul ainda é pequeno, mas existe a perspectiva de melhora graças ao Renovabio, um plano nacional de biocombustíveis do Governo Federal para etanol, biodiesel e bioquerosene de aviação. “É um programa que busca incentivar o consumo de biocombustíveis sem ser em forma de impostos ou subsídios. Ele prevê de maneira muito inteligente até 2030 dobrarmos a participação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira. Esse é um alento muito grande para o segmento e pode trazer um novo momento para o País num contexto de recuperação do segmento”, acrescentou.

 

Roberto Hollanda também destacou a influência das chuvas sobre os resultados da safra. “Nós saímos de uma safra muito ruim, que foi a de 2017/2018, por causa de chuvas inesperadas e fortes de geadas, e agora registramos um aumento de 5,4%, com um total de 49,5 milhões de toneladas processadas, o que nos consolida como o 4º maior Estado produtor de cana moída do País”, completou.

 

Ele aproveitou para informar que o segmento sucroenergético no Estado é responsável por gerar 32.191 empregos diretos e 96 mil indiretos, a segunda maior massa salarial do setor produtivo e a maior massa salarial da indústria do Estado. “Vale destacar aqui a importância do Sistema S para a qualificação dos profissionais que atuam no segmento. Nós eliminamos o corte manual e precisamos de pessoas preparadas para usar adequadamente os equipamentos. Para isso contamos com o apoio do Senai para diversas capacitações em parceria com as usinas”, ressaltou.

 

Durante a coletiva, também foi divulgada a estimativa da Biosul para a safra 2019/2020, que iniciou em 1º de abril deste ano e vai até 31 de março de 2020. “Projetamos atingir 51 mil toneladas processadas, um crescimento de 3% da safra atual, com 16,38 toneladas por hectare. É um número significativo, mas que pretendemos melhorar, pois já chegamos a 80 toneladas de média. Além disso, esperamos produzir 1,1 toneladas de açúcar e 3,2 bilhões de litros de etanol, com um mix de 15% da produção voltada para açúcar e 81% para o etanol”, finalizou Roberto Hollanda.

Procon divulga pesquisa de chocolate e peixes em Dourados

Assecom

 

A Prefeitura de Dourados, por meio do setor de fiscalização e pesquisa do Procon, efetuou na segunda-feira (16), a segunda pesquisa de preços de chocolates e peixes, produtos costumeiramente consumidos na Semana Santa. Foram pesquisados 138 itens em 14 estabelecimentos.

 

Nos preços dos chocolates a pesquisa atual detectou que o produto com maior diferença entre o menor e o maior valor foi o Ovo Baton lata 180g, encontrado a R$ 19,90 e a R$ 55,90, diferença de 180,90%; e o Ovo Diamante Negro 202g, que apresentou diferença de 100,46% entre o menor e o maior preço.

 

Trinta e quatro produtos (ovos de Páscoa) apresentaram diferença superior a 30% entre o menor e o maior preço.

 

Em relação ao preço de peixes houve diferença de 107,38% (Pintado inteiro kg) entre o estabelecimento com menor e maior preço. Já o Bacalhau do Porto kg apresentou diferença de 107,44% e o Filé de Tilápia foi encontrado com menor preço de R$ 19,90 e maior preço de R$ 35,49, diferença de 78,34%.

 

Em relação aos complementos uma grande diferença foi encontrada na azeitona verde 100g, com 281,88% do menor para o maior preço.

 

Nos peixes foram encontrados sete produtos com diferença maior de 50% de um estabelecimento para outro e, nos complementos, 13 produtos tiveram diferença maior que 50% entre o estabelecimento com menor e maior preço.

 

O Procon orienta os consumidores a compararem o preço antes da compra e verificarem a qualidade e a conservação dos produtos.

 

A pesquisa na integra esta á disposição dos consumidores na sede do Procon e no site da Prefeitura de Dourados. www.dourados.ms.gov.br. O telefone do Procon é o 151.

 

Procon realiza pesquisa e detecta diferenças que vão de 0,09% a 181,70% em preços de pescados

Portal do MS

 

Pesquisa realizada por equipes da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), nos primeiros dez dias deste mês de abril, tendo como foco peixes de água doce e salgada além de bacalhau (produtos tradicionais para consumo na Semana Santa) registrou a menor variação percentual de 0,09 % no caso do bacalhau (lombo), encontrado em apenas dois entre os estabelecimentos visitados. Em um deles o um quilo custa R$ 94,99 enquanto no outro, R$ 94,90.

 

Por outro lado, a maior diferença foi de 181,79% em relação à sardinha espalmada com 800 gramas, encontrada em três estabelecimentos. O maior preço registrado foi de R$ 21,98 e o menor R$ 7,80, conforme demonstra planilha em anexo. A pesquisa desenvolvida em 15 estabelecimentos localizados tanto na área central de Campo Grande como em bairros periféricos levou em consideração 59 produtos.

 

Do total de itens, 27 coincidiram com pesquisa realizada no ano passado permitindo que se estabeleça termos comparativos em relação à evolução dos preços. A pesquisa demonstra que dos 27 itens comparados, 59,25% , ou 16 deles, sofreram acréscimo nos preços comparativamente aos anos de 2018 e 2019, enquanto 40,75% tiveram decréscimo. Se considerarmos o preço médio dos peixes comuns, o acréscimo registrado entre os dois anos foi de 2,98%.

Argentina quer ampliar comércio com Mato Grosso do Sul

Portal do MS

 

Cônsul-geral da Argentina em São Paulo, Luis Castillo (Foto - Chico Ribeiro)

Importante parceira comercial de Mato Grosso do Sul, a Argentina quer ampliar ainda mais os negócios com empresários sul-mato-grossenses. Nesta quinta-feira (28), o cônsul-geral da Argentina em São Paulo, Luis Castillo, esteve com o governador Reinaldo Azambuja para tratar das relações comerciais bilaterais das regiões.

 

Castillo explicou que o déficit comercial da Argentina com Mato Grosso do Sul é grande. “Vocês (sul-mato-grossenses) vendem muito mais do que compram, mas é provável que estejam consumindo produtos argentinos de São Paulo”, disse. Segundo ele, a ideia é tornar MS destino final da produção argentina.

 

Reinaldo Azambuja destacou investimentos em infraestrutura e a ativação da rota bioceânica, que abrirá caminhos ao Pacífico e potencializará o comércio entre MS e os países da América do Sul. “Vão diminuir custos de transporte e logística e fazer com que a mercadoria venha diretamente para cá”, contou o cônsul.

 

O funcionário do governo argentino está em Campo Grande para participar do “1º Encontro Oportunidades de Negócios com a Argentina – Potencial do Comércio Bilateral”, que será realizado hoje à tarde no Sebrae. O evento tem realização do Consulado, Fiems, Fecomércio, Sebrae e Governo do Estado.

 

“Hoje vamos fazer esse seminário com a ideia de promover o comércio, para que o setor privado faça contatos e encontro oportunidades de negócios. O setor público monta esses cenários para que o setor privado converse”, explicou Castillo, acompanhado do cônsul-adjunto Gabriel Rivera.

 

Exportações

 

A Argentina é o segundo principal destino das exportações sul-mato-grossenses, concentradas em bens primários – minério de ferro, soja e milho. Em 2018, as exportações de Mato Grosso do Sul para a Argentina cresceram 56% quando comparadas com as de 2017, somando US$ 386 milhões, conforme dados do Ministério da Economia.

 

Também participaram do encontro os secretários Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

MS atinge 47 milhões de toneladas de cana processadas

G1/MS

 

Usinas de MS já processaram nesta temporada mais cana-de-açúcar do que no ciclo passado (Foto: Biosul/Divulgação)

 

A moagem de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul atingiu 47,077 milhões de toneladas na safra 2018/2019. O volume registrado até 15 de fevereiro supera o total da safra passada, que encerrou com 46,900 milhões de toneladas da matéria prima.

 

Para o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda Filho, o regime de produção estendido, particular ao Estado, contribuiu para alcançar a safra anterior. “Consolidamos a produção na entressafra sinalizando uma recuperação do setor com relação à safra passada e nos aproximando da nossa expectativa inicial de moagem, que é chegar perto de 50 milhões de toneladas”, afirma.

 

Da segunda quinzena de fevereiro em diante, mais unidades retomarão a produção.

 

Etanol e açúcar

 

De acordo com o acompanhamento da Biosul, a produção de etanol hidratado atingiu 2,3 bilhões de litros, volume 42% maior com relação ao mesmo período do ciclo anterior. Por outro lado, a produção do etanol anidro segue em queda de 7% com o volume de 782 milhões de litros, 63 mil litros a menos que no ciclo anterior. No total, o Estado produziu 3,138 bilhões de litros de etanol.

 

Na produção de açúcar o recuo foi de 33%, com 933,7 mil toneladas, enquanto que no mesmo período da safra anterior a produção atingiu 1,4 milhão de toneladas.

 

No período acumulado, o mix de produção permanece 84,4% para etanol e 15,5% para o açúcar. Diferente desta quinzena, que destinou 100% da cana para a produção de etanol.

 

Produção na quinzena

 

De 1 a 15 de fevereiro, o volume de cana-de-açúcar moída foi de 198 mil toneladas, 54% menor comparado ao mesmo período da safra passada. Houve queda também na produção de etanol hidratado, que registrou 10,6 milhões de litros (-10%) nesse período. O saldo foi positivo para etanol anidro, com volume de 3,9 milhões de litros produzidos, já que não houve registro de produção nessa quinzena da safra passada.

 

O volume de chuva na quinzena foi o principal fator que reduziu o ritmo da moagem no período. De acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste na região da Grande Dourados [com maior concentração de lavoura de cana-de-açúcar no Estado] o volume de precipitações foi de 185 milímetros, 36 mm a mais que a média de chuva nos últimos 10 anos.

 

ATR

 

A quantidade de concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana foi de 133,77 kg, 2,8% acima do registro na safra passada. Já na quinzena, o indicador foi de 124,01 kg, 17% maior que na mesma quinzena da safra passada.

MS tem o segundo melhor desempenho do país na geração de emprego em janeiro

Portal do MS

 

Mato Grosso do Sul gerou 6.094 novos empregos durante o mês de janeiro deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O resultado é muito superior ao apurado no mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2018 foram gerados 1.589 empregos, portanto o saldo deste ano representa um aumento de 383,5% na criação de postos de trabalho no Estado.

 

O setor com o melhor desempenho foi Serviços (4.972 novos empregos), seguido da Agropecuária (1.089) e Construção Civil (346). Os destaques foram nos subsetores de Serviços médicos, odontológicos e veterinários (4.483 novas vagas), Comércio Atacadista (802 novas vagas) e Administração de Imóveis (249 novas vagas).

 

Os municípios que mais criaram postos de trabalho em janeiro foram: Dourados (4.441), Nova Andradina (334), Campo Grande (246) e Naviraí (186). Em nível nacional, Mato Grosso do Sul apresentou o segundo melhor desempenho na geração de empregos em termos percentuais, com variação de 1.21%. Em primeiro aparece Mato Grosso (1,68%). Em todo o país foram gerados 34.313 postos de trabalho.

 

 

Produção industrial de Mato Grosso do Sul inicia 2019 estável

Fiems

 

A produção industrial sul-mato-grossense ficou praticamente estável em janeiro de 2019, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 70 empresas no período de 1º a 13 de fevereiro de 2019. Pelo levantamento, em dezembro, 62,8% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul tiveram estabilidade ou crescimento da produção, enquanto no mês anterior esse resultado foi de 62,5%.

 

“Esse desempenho já era esperado, pois o mês tradicionalmente não registra aumentos no ritmo de produção. Ainda assim, o índice de evolução fechou o mês acima da média histórica observada para o período em 2,6 pontos”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

 

Ainda de acordo com ele, em janeiro, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 33%. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 43,4 pontos. Resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em janeiro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 34,3% dos respondentes, igual ao usual para 52,9% e acima para 10%”, relatou.

 

Expectativa

 

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em fevereiro, 52,9% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 5,7% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 41,4% do total, enquanto 3,1% não apresentaram resposta”, informou.

 

Já sobre o número de empregados 18,6% das empresas responderam que esperam aumento nos próximos seis meses, enquanto 7,1% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, 74,3% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável”, ressaltou o economista.

 

Ezequiel Resende reforça que as exportações devem ter alta para 11,4% das empresas respondentes nos próximos seis meses, enquanto 2,9% acreditam que deva ocorrer queda. “As empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 11,4% do total e 74,3% disseram que não exportam”, detalhou.

 

Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em fevereiro o índice alcançou 62,3 pontos. “Esse é o melhor resultado desde junho de 2014, quando o indicador alcançou 64,8 pontos. O bom desempenho observado neste início de ano é resultado da elevação do número de empresas que disseram que devem investir nos próximos seis meses”, explicou o coordenador.

 

ICEI

 

Em fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou 69,3 pontos, indicando um pequeno recuo de 0,7 ponto quando comparado com o mês anterior. “Essa pequena variação interrompe uma sequência de quatro altas consecutivas. Porém, o ICEI encontra-se 11 pontos acima do registrado em fevereiro do ano passado e 14,7 pontos acima de sua média histórica”, detalhou o economista.

 

Em fevereiro, 1,4% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora também foi apontada por 1,4% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 7,1% dos respondentes. Além disso, para 48,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 58,6% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 54,3%.

 

Para 44,3% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 34,3% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 32,9%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 5,7%.

 

Expectativas para os próximos seis meses

 

Em fevereiro, nenhum respondente se mostrou pessimista em relação à economia brasileira ou estadual. Contudo, em relação ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 2,9% dos empresários. Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 15,7%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 18,6% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 12,9%.

 

Por fim, 81,4% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 78,6% e, no caso da própria empresa, 81,4% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,9%”, finalizou Ezequiel Resende.

Confiança dos micro e pequenos empresários cresce, diz pesquisa

Agência Brasil

 

Em janeiro, o Indicador de Confiança alcançou 65,7 pontos, o maior número desde maio de 2015 (Arquivo/Agência Brasil)

 

Os micro e pequenos empresários estão mais otimistas com a economia do país neste início de ano. Foi o que revelou levantamento feito pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

 

Em janeiro, o Indicador de Confiança alcançou 65,7 pontos, o maior número desde maio de 2015, início da série histórica.

 

Na comparação com janeiro do ano passado, a alta foi de 20,2% e de 3,9% em relação a dezembro. É a sexta vez consecutiva que o indicador fica acima dos 50 pontos.

 

O indicador varia de zero a 100 pontos, sendo que, acima de 50 pontos, reflete a confiança dos empresários com a economia. “Se confirmadas as expectativas ao longo de 2019, a confiança poderá se consolidar acima do nível neutro e encorajar os micro e pequenos empresários a investirem, iniciando um ciclo virtuoso para a economia. Porém, isso dependerá de um ambiente político estável para garantir que acordos avancem no Congresso Nacional”, disse José Cesar da Costa, presidente da CNDL.

Indústrias de MS encerram 2018 com saldo positivo na geração de empregos

Assessoria

 

O setor industrial de Mato Grosso do Sul, que é composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, encerrou o ano de 2018 com saldo positivo de 707 novos postos de trabalho, resultante de 56.227 contratações e 55.520 demissões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, trata-se do primeiro resultado positivo para um fechamento anual desde 2013.

 

Os maiores saldos positivos foram registrados para os segmentos da indústria de alimentos e bebidas (+798), indústria mecânica (+247), indústria química (+240), indústria metalúrgica (+218) e indústria da madeira e do mobiliário (+147). “O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou o ano de 2018 com 121.027 trabalhadores empregados, indicando elevação de 0,6% em relação ao ano anterior, quando o contingente ficou em 120.320 funcionários”, detalhou Ezequiel Resende.

 

Atualmente, a atividade industrial responde por 19% de todo o emprego formal existente em Mato Grosso do Sul, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 184.809 trabalhadores com participação equivalente a 29%, de administração pública, com 133.910 empregados ou 21%, e de comércio, com 127.102 empregados ou 20%.

 

Detalhamento

 

Em Mato Grosso do Sul, no ano passado, 118 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 4.376 vagas Os destaques ficaram para as atividades industriais de abate de suínos, aves e pequenos animais (+512), obras de engenharia civil (+435), construção de edifícios (+294), fabricação de álcool (+283), abate de reses, exceto suínos (+266), fabricação de produtos de carne (+213), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica (+213) e fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada (+196).

 

Por outro lado, 96 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, provocando o fechamento de 3.669 vagas nas atividades industriais de obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (-672), construção de rodovias e ferrovias (-584), fabricação de açúcar em bruto (-382), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (-231), confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas (-184), atividades relacionadas a esgoto, exceto a gestão de redes (-160) e fabricação de biscoitos e bolachas (-133).

 

Em relação aos municípios, constata-se que em 44 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação em 2018, proporcionando a abertura de 3.182 vagas, com destaque para Campo Grande (+745), Dourados (+496), Nova Andradina (+187), Naviraí (+158), Chapadão do Sul (+146), Paranaíba (+141), Nioaque (+136), Ponta Porã (+132), Eldorado (+108), Sidrolândia (+98) e Itaquiraí (+78). Por outro lado, em 30 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, ocasionado o fechamento de 2.475 vagas, destacando as cidades de Três Lagoas (-791), Água Clara (-316), Rio Brilhante (-311), Maracaju (-185), Angélica (-174), Nova Alvorada do Sul (-152), Corumbá (-132) e São Gabriel do Oeste (-131).

Vendas do varejo crescem 10,6% e MS tem 4º melhor desempenho do País

Portal do MS

 

Pagamento dos salários dos servidores em dia ajuda a manter comércio aquecido (Foto - David Majella)

As vendas do comércio varejista ampliado cresceram 10,6% em volume em Mato Grosso do Sul no mês de novembro de 2018, em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

É o quarto melhor resultado do País, perdendo apenas para Rondônia, Mato Grosso e Pará, conforme levantamento divulgado nesta terça-feira (15.01) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

O comércio varejista ampliado inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção. O desempenho de Mato Grosso do Sul superou em quase 5 pontos percentuais a média nacional, que foi de um crescimento de 5,8%.

 

Em Mato Grosso do Sul, o crescimento foi impulsionado pelas promoções da “Black Friday”, pelo aumento da confiança na economia e pelo pagamento em dia dos servidores, mesmo antes do anúncio do cronograma da injeção de R$ 1,5 bilhão, com o pagamento de dois salários e 13º em 35 dias pelo Governo do Estado.

 

De acordo com o presidente da CDL Campo Grande (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, o pagamento do salário dos servidores em dia reflete diretamente nas vendas.

 

“Com o pagamento do salário, as vendas aumentam. De dezembro para cá, as consultas ao SPC [Serviço de Proteção ao Crédito], que funciona como um termômetro para medir as vendas, subiram 15%. Já o endividamento no comércio da Capital diminuiu 18%”, disse.

Procon de Dourados divulga pesquisa de material escolar e dá dicas ao consumidor

Assecom

 

O prazo para reclamar de produtos não duráveis que tenham apresentado problemas é de 30 dias (Foto - A.Frota)

 

A Prefeitura de Dourados realizou nesta sexta-feira, por meio da Procuradoria Geral do Município e do setor de Fiscalização/Pesquisa do Procon, pesquisa de material escolar em sete estabelecimentos comerciais da cidade. Foram pesquisados 70 itens.

 

Algumas das maiores diferenças de preço encontradas estão no papel almaço com pauta (938,46%), fita adesiva durex (622,22), cola colorida (445,45%) e apontador lápis simples sem depósito (406,67%).

 

Entre 43 produtos encontrados nos sete estabelecimentos desta pesquisa foi encontrada uma diferença de 67,3% entre o estabelecimento com menor preço e o de maior preço.

 

Conforme Mario Julio Cerveira, diretor do Procon/Dourados, esta pesquisa tem como principal objetivo fornecer ao consumidor uma amostra das diferenças de preços que ele pode encontrar no mercado de material escolar, chamando a atenção para a necessidade da comparação antes da compra.

 

“Os preços dos produtos podem ter variações consideráveis de um estabelecimento para outro, inclusive por ocasião de descontos especiais, promoções e, principalmente, diferença de marcas”, explica. “Por isso o consumidor deve fazer uma pesquisa em vários estabelecimentos, negociar descontos e prazos para pagamento. A compra em conjunto pode facilitar as negociações”, sugere.

 

O diretor do Procon também menciona que para garantir o orçamento doméstico no início do ano, já bastante comprometido com as faturas de compras do final do ano passado e de impostos e taxas para o ano vigente, “é fundamental racionalizar a compra de material escolar, buscando aproveitar materiais utilizados no ano anterior, que estejam em boas condições de uso”. Outra dica importante é promover e participar da troca de livros didáticos entre alunos que cursam séries diferentes.

 

“Na busca pelo menor preço é importante que o consumidor não se esqueça de atentar pela qualidade e procedências dos produtos, evitando ter de efetuar novamente compras de materiais que deveriam durar ao menos até o final do ano letivo”, completa.

 

Procon orienta consumidor a pesquisar antes de comprar material escolar e observar o que diz a lei (Foto - A.Frota)

 

OITO DICAS DOS PROCONS 

 

Aproveite a ocasião e leve seu filho para as compras

 

Comprar o material acompanhado pelos filhos pode ser um bom momento para educá-lo financeiramente, explicando o motivo da escolha dos itens e dos estabelecimentos. A criança poderá compreender melhor se tudo for explicado e acompanhado por ela, pois você mostrará na prática por que não está escolhendo o material que ela pediu.

 

Fique atento aos seus direitos

 

O prazo para reclamar de produtos não duráveis que tenham apresentado problemas é de 30 dias; no caso dos duráveis, o prazo aumenta para 90 dias. Nas compras pela internet, o consumidor tem 7 dias para se arrepender, contados a partir do recebimento do produto ou da data da assinatura do contrato.

 

Cuidado ao comprar de vendedores ambulantes

 

O preço dos produtos comprados em vendedores ambulantes pode ser menor, mas não há emissão de nota fiscal e muitas vezes os produtos não possuem certificação do órgão responsável. Canetas hidrográficas costumam ser um grande problema: caso falhem (e você não tenha visto na hora da compra), não conseguirá trocá-las. Comprem somente produtos que tenham o selo do INMETRO.

 

Fique atento aos produtos de marca

 

Nem sempre o material mais sofisticado é o mais adequado ou de melhor qualidade. Fique de olho nos preços de materiais com personagens e logotipos: eles costumam ser mais caros.

 

Compre em conjunto

 

Reúna-se com outros pais para uma compra coletiva. Alguns estabelecimentos concedem bons descontos para compras em grandes quantidades.

 

Troque livros

 

Participe ou incentive uma troca de livros didáticos com pais que possuem filhos com idades escolares diferentes. Comprando de segunda mão você pode economizar bastante.

 

Só compre o necessário

 

Confirme com a escola se toda a lista é realmente necessária para aquele ano letivo e verifique se há produtos da lista que você já possui em casa – mesmo se já foram utilizados por outra criança, eles podem ser reaproveitados.

 

Pesquise preços

 

O ideal é comparar valores em diversos pontos de venda, como papelarias, depósitos, lojas virtuais, lojas de departamentos e livrarias. Três a cinco estabelecimentos costumam ser suficientes para abranger os preços do mercado.

 

Pesquisa mostra que em 2018 a cesta básica teve aumento de 8,55% em Dourados

Assessoria

 

No mês de dezembro de 2018, a cesta básica de alimentos adquirida em Dourados ficou, em média, 0,82% mais barata em relação a mesma cesta comprada em novembro de 2018. É o que constata a pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da Universidade Federal da Grande Dourados (FACE/UFGD), realizada na última semana de ano passado e primeira semana do ano de 2019.

 

Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), e de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate.

 

O preço da cesta básica adquirida em Dourados no mês de novembro ficou em R$ 384,82 – o que significa 40,34% do salário mínimo, no valor de R$ 954,00. No mês de dezembro de 2018, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia um pouco inferior a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica: R$ 381,68, o que equivale a 40% do salário mínimo vigente.

 

Já o acumulado do ano aponta que, em 2018, a cesta básica teve um aumento no custo em 8,55%, o que a equipe de pesquisa avalia como um crescimento alto. “Se levarmos em conta o comportamento da inflação, que fechou um pouco acima de 4% no ano de 2018, este aumento na cesta básica é elevado. O resultado dos preços da cesta básica anual é um indicador muito importante para toda a economia brasileira, já que reflete a situação dos preços na economia como um todo. Os potenciais investidores levam em conta a situação do mercado consumidor para a tomada de decisão ao investir recursos”, opina o professor Enrique Duarte Romero, coordenador da pesquisa.

 

Comparações com o Brasil

 

Em âmbito nacional, o maior preço da cesta básica foi registrado em São Paulo: R$ 471,44; seguida por Rio de Janeiro com R$ 466,75 e a terceira capital com maior preço da cesta foi Porto Alegre, com R$ 464,72.

 

Campo Grande teve registros do preço da cesta no mês de dezembro em R$ 422,88. Dessa forma, a cesta básica em Dourados é mais barata do que capital do Estado. “Registramos que a capital apresentou no ano de 2018 o maior aumento da cesta básica no país, que foi de 15,46%”, afirma Enrique.

 

Custo em horas de trabalho

 

Outro dado interessante que os pesquisadores apresentaram é o cálculo de quantas horas de trabalho são necessárias para se adquirir uma cesta básica na cidade de Dourados.

 

De acordo com a Constituição Federal de 1988, o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais para receber, pelo menos, o valor estipulado como salário mínimo. Calcula-se assim, que no mês de novembro de 2018, um trabalhador douradense precisou trabalhar 88 horas e 44 minutos para pagar a cesta básica. Em dezembro de 2018, este mesmo trabalhador precisou de 88 horas e 1 minuto. “Isto representou um pequeno ganho do poder de compra do salário do trabalhador douradense comparado com o mês de Novembro/2018. Este ganho ocorreu devido à queda dos preços da Cesta Básica douradense no mês de Dezembro”, avalia Enrique.

 

Levando em consideração a determinação da Constituição Nacional – que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência – o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Dessa maneira, em novembro e dezembro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.959,98, isso significa 4,15 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 954,00.

 

O que ficou mais barato

 

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, sete deles diminuíram de preço ao longo do ano de 2018. Café, banana e margarina são os produtos que tiveram maior diminuição de valor. Já produtos como o pão e o feijão tiveram um aumento bastante elevado.

 

“Destacamos o pão-francês que teve o maior aumento chegando a 52,90%, feijão com 25,59% de aumento e a carne com 10,43% de aumento repercutindo no aumento da Cesta no ano de 2018 por ser o principal produto que compõe a cesta”, detalha Enrique. “E mesmo quando temos uma queda dos preços, reforçamos nossa sugestão aos consumidores douradenses de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados da nossa cidade. O supermercado que praticou o preço mais elevado da cidade foi de R$ 396,32 e o menor com R$ 346,74 reais com os mesmos produtos. Isto representa uma diferença de R$ 49,58; ou seja, 14,30% de economia, um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos”, orienta o pesquisador.

 

O professor ainda aconselha a verificar os levantamentos realizados pelo PROCON do município, que no início de cada mês apresenta os nomes de estabelecimentos e os respectivos preços de cada produto.