quinta-feira, 3 de julho de 2025

Meningite: Atualização no esquema vacinal amplia proteção contra a doença

O Brasil já registrou mais de 4.400 casos de meningite em 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. Diante do avanço da doença e da circulação dos diferentes sorogrupos da bactéria meningococo (Neisseria meningitidis), o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou, desde a última terça-feira, dia 1.º, a vacina meningocócica ACWY como dose de reforço para crianças de 12 meses.

A atualização acompanha as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, que busca o controle global das meningites meningocócicas até 2030.
A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal — e pode ser causada principalmente por vírus e bactérias. A infecção meningocócica, causada por bactérias, é uma das mais graves e de rápida progressão, principalmente em crianças menores de 5 anos.

Sinais e sintomas

Os sinais clínicos da doença variam conforme sua apresentação. “Na meningite meningocócica, os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa e vômito. Já na doença meningococcemia, a criança apresenta febre associada a sinais de choque, como manchas vermelhas ou roxas na pele, conhecidas como petéquias — que indicam pequenos sangramentos. Há ainda casos em que a criança desenvolve simultaneamente os dois quadros, o que agrava ainda mais o estado clínico”, explica o infectologista Victor Horácio de Souza.

Segundo o especialista, a doença pode causar complicações graves, como convulsões, insuficiência renal e lesões de pele com risco de infecção secundária. “É uma doença de alta mortalidade, por isso a vacinação é tão essencial”, reforça.

Novo esquema vacinal amplia cobertura contra a meningite

A vacina ACWY era aplicada pelo Sistema Único de Saúde apenas em adolescentes com idades entre 11 e 14 anos. Agora, crianças de 12 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias que ainda não tenham tomado o reforço ou que estejam com o calendário vacinal atrasado também vão receber. Com a nova diretriz do Ministério da Saúde, o esquema vacinal contra a meningite passa a ser:

  • Primeira dose da vacina meningocócica C aos 3 meses;
  • Segunda dose aos 5 meses;
  • Reforço com a vacina meningocócica ACWY aos 12 meses.

“A inclusão da vacina ACWY no calendário nacional amplia significativamente a proteção das crianças. Antes, vacinávamos apenas contra o meningococo tipo C. Agora, passamos a proteger também contra os tipos A, W e Y. Também é importante destacar que a vacina é segura e bem tolerada”, destaca a pediatra Heloísa Giamberardino, do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe.
A especialista também alerta para a gravidade e velocidade de evolução da doença. “A meningite meningocócica é uma infecção que evolui de forma muito rápida, levando a quadros de choque e necessidade de tratamento em UTI. Por isso, manter o calendário vacinal em dia é essencial, especialmente no outono e inverno, quando a circulação do meningococo é maior”, ressalta.
Os pais ou responsáveis devem procurar a unidade de saúde mais próxima para verificar a situação vacinal e garantir a proteção de meninos e meninas.

Fonte: Assessoria

Busca ativa por casos de sarampo é intensificada em MS com apoio do Ministério da Saúde

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) está intensificando, em parceria com os municípios, a busca ativa por casos suspeitos de sarampo e rubéola em todo o estado. A ação é voltada especialmente para os profissionais de saúde, que atuam nas ESFs (Estratégias de Saúde da Família), unidades básicas, hospitais, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e diretamente nas residências, com o objetivo de identificar possíveis casos ainda não notificados.

O trabalho segue até 30 de junho em Mato Grosso do Sul e integra a mobilização nacional contra o sarampo e a rubéola, promovida pelo Ministério da Saúde. Iniciada em 17 de maio, ela está inserida nas atividades do ‘4º Dia S de Mobilização Nacional para Busca Ativa de Casos Suspeitos’, celebrado em todo o país no dia 17 de junho.

“Essas buscas ativas estão sendo feita de forma institucional, com a revisão de prontuários nas unidades de saúde; comunitária, com visitas domiciliares; e também laboratorial, revisando exames negativos para arboviroses que apresentem sintomas compatíveis com sarampo. Essa estratégia é essencial para aumentar a sensibilidade da vigilância e reforçar o compromisso de manter Mato Grosso do Sul livre da circulação do vírus”, explica Jakeline Miranda Fonseca, gerente de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES.

Um formulário online foi disponibilizado pela SES para que os municípios relatem os resultados obtidos até essa data. Com isso, a partir do início de julho será possível apresentar um panorama dos casos detectados. A mobilização integra os esforços do Brasil para manter o status de eliminação do sarampo e da rubéola, conforme exigido pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

De acordo com nota técnica do Ministério da Saúde, não há tratamento específico para sarampo, sendo a vacinação a principal forma de prevenção. A vacina Tríplice Viral, que também protege contra caxumba e rubéola, é gratuita e está disponível em todas as unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).

A SES reforça a importância da participação de todos os profissionais da rede e da população no reconhecimento dos sintomas — como febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse seca, coriza, olhos vermelhos e manchas brancas na boca — e na busca precoce por atendimento.

Fonte: Portal do MS

Mudanças climáticas afetam a sua saúde: descubra como manter o desempenho nos treinos

As oscilações no clima ao longo do dia podem representar um desafio extra para quem treina com frequência. Rinite, sinusite e infecções respiratórias se tornam mais comuns nesses períodos, exigindo cuidados especiais para preservar a saúde e manter a constância nos treinos.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população brasileira sofre com a rinite alérgica. Embora não seja contagiosa, a condição pode provocar sintomas como coriza, espirros, olhos inchados, dores de cabeça e coceira intensa, prejudicando o sono, o humor e até a produtividade no trabalho.

No caso de quem pratica atividades físicas com regularidade, esses sintomas podem afetar diretamente o desempenho e até desmotivar a continuidade dos treinos. Mas é possível amenizar os efeitos dessas variações climáticas com medidas simples e eficazes.

Para o treinador e influenciador da Bluefit, Leandro Twin, o segredo está na adaptação. “A prática de exercícios físicos ajuda a fortalecer o sistema imunológico e a melhorar a função pulmonar. Mas, durante essas mudanças bruscas no tempo, é fundamental tomar alguns cuidados extras para evitar que o corpo sinta os impactos”, afirma.

Entre os cuidados recomendados por especialistas, estão a hidratação constante, a escolha de horários com clima mais ameno para treinar e a atenção à qualidade do ar nos ambientes fechados. “Além disso, manter o nariz higienizado com soro fisiológico, evitar exposição a perfumes fortes, poeira e ambientes com mofo também faz diferença para quem sofre com rinite e sinusite”, completa Twin.

Veja algumas dicas para manter a saúde e o rendimento nos treinos mesmo com as mudanças climáticas:

1.      Hidrate-se regularmente: o clima seco contribui para a desidratação silenciosa.

2.      Faça a lavagem nasal com soro fisiológico: ajuda a manter as vias respiratórias limpas.

3.      Evite treinar em horários de ar muito frio ou seco: prefira horários mais equilibrados, como meio da manhã ou fim da tarde.

4.      Utilize roupas adequadas: o corpo precisa manter uma temperatura estável durante os exercícios.

5.      Use umidificadores e mantenha os ambientes arejados: isso reduz o desconforto respiratório e os gatilhos para crises alérgicas.

6.      Atenção aos sinais do corpo: sintomas como espirros constantes, dores de cabeça e irritação na garganta podem indicar a necessidade de adaptação na rotina ou avaliação médica.

As variações de temperatura e umidade não afetam apenas o conforto, mas podem enfraquecer o sistema imunológico e favorecer o surgimento de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, sinusites e rinites alérgicas.

Manter a prática regular de atividades físicas é um dos pilares para uma vida mais saudável, mesmo em períodos de instabilidade climática. “Treinar em ambiente fechado e bem estruturado pode ser uma vantagem nesse cenário. Mas o mais importante é manter a constância e ouvir o corpo. Com os ajustes certos, é possível atravessar qualquer fase sem comprometer a saúde nem os resultados”, finaliza Leandro Twin.

Fonte: Assessoria

Seleta desafoga UPA e juntas atendem mais de 3 mil pacientes em quatro dias em Dourados

Diante da superlotação nas unidades de saúde de Dourados, a Prefeitura adotou uma medida emergencial no feriado prolongado: a Unidade Básica de Saúde (UBS) Seleta, no Jardim Flórida, passou a funcionar em horário estendido, das 7h às 22h, entre os dias 1º e 4 de maio.

A ação teve impacto direto no atendimento da população e ajudou a desafogar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que atende 24 horas e vinha enfrentando forte demanda.

Durante o plantão especial, 1.750 pacientes foram atendidos na UPA, enquanto na Seleta exatos 1.360 pacientes receberam atenção básica em saúde. E com o objetivo de reforçar a campanha de imunização em meio ao aumento de casos de doenças respiratórias, o Pronto Atendimento Médico (PAM), ofertou 746 vacinas e na Seleta, 836 pessoas dos grupos prioritários receberam a imunização contra a gripe.

Na sexta-feira (2), o secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, reuniu a equipe do Hospital da Vida para discutir medidas emergenciais.

“Todos os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão ocupados, bem como os leitos clínicos. Mais de dez pacientes aguardam vaga em UTI. Estamos avaliando alternativas para aliviar essa pressão”, destacou.

A vacinação é apontada pelas autoridades como a principal forma de prevenir a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A vacina de 2025 oferece proteção contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B, podendo ser administrada com outras vacinas do calendário nacional.

A campanha do Ministério da Saúde inclui crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos a partir de 60 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, professores, caminhoneiros, profissionais das forças de segurança e diversos outros grupos considerados de risco.

Com a queda nas temperaturas e previsão de um inverno severo, o número de internações por doenças respiratórias tem aumentado em todo o Estado, colocando diversas cidades em estado de emergência.

A Secretaria Municipal de Saúde de Dourados reforça o chamado para que os grupos prioritários procurem os postos de saúde, de segunda a sexta, das 7h às 11h e das 13h às 17h, além da Seleta funcionando em regime estendido até às 22h. Aos fins de semana, a vacinação segue como estratégia para facilitar o acesso da população e garantir maior cobertura vacinal. A orientação é clara: quanto antes se vacinar, maior a proteção contra complicações da gripe.

Fonte: Assecom

Tadalafila como pré-treino: O perigo por trás da nova febre das academias

Impulsionado por redes sociais e relatos informais, o uso da Tadalafila, medicamento indicado para disfunção erétil e hiperplasia prostática, cresceu de forma alarmante no Brasil. Apenas no primeiro semestre de 2024, mais de 31 milhões de caixas foram comercializadas, colocando o fármaco entre os mais vendidos do país.

Esse crescimento tem um motivo, e a preocupação de especialistas: o uso indiscriminado da substância como pré-treino em academias. Muitos jovens passaram a consumir o medicamento sem prescrição, acreditando que ele poderia melhorar a performance e a vascularização muscular.

No entanto, os médicos alertam que não há comprovação científica para esses supostos benefícios, e o uso sem orientação pode trazer riscos graves.

Experiência de um fisiculturista

O fisiculturista Rodrigo Matos utilizou a substância por um curto período, entre 2021 e 2022, e relatou que os efeitos não foram os esperados. “Quando iniciei o uso, foi buscando melhorar a performance no treino. Mas eu nunca usei o tadalafil sozinho, sempre junto com outros suplementos. Usei por dois ou três meses, mas logo percebi que ele não trazia um benefício agudo, como um pré-treino tradicional”, explica Rodrigo.

Ele destaca que não sofreu efeitos colaterais no uso diário, mas quando tomou uma dose de 10 mg para outro fim, teve reações adversas. “Senti uma dor de cabeça forte, respiração muito ofegante, como se tivesse tomado uma dose alta de cafeína. Se você consumir mais do que a dose clínica, pode ter problemas sérios”, alerta.

Ele também comenta que, na comunidade fitness, a percepção sobre a tadalafila já mudou.  “A galera que entende do assunto já sabe que Tadalafila não funciona como pré-treino. Quem continua tomando está usando para outro motivo, geralmente por causa da performance sexual”, afirma.

A professora do curso de Educação Física da Estácio, Tamiris Frazão, reforça que não há evidências científicas conclusivas que justifiquem o uso da tadalafila como pré-treino.

“Existem poucos estudos sobre a substância nesse contexto, e os resultados são inconclusivos. O mais importante para um praticante de musculação é priorizar a segurança. Se há necessidade real de suplementação, ela deve ser prescrita por um profissional e baseada em produtos com respaldo científico”, explica.

Ela destaca que há métodos comprovadamente eficazes para melhorar a circulação sanguínea e o desempenho no treino, como exercícios regulares, alimentação equilibrada e boas noites de sono.

“Além de treinos aeróbicos e resistidos, a hidratação adequada, a qualidade do sono e até técnicas de massagem podem ajudar a estimular o fluxo sanguíneo, sem a necessidade de substâncias que não tenham segurança comprovada”, orienta Tamiris.

Já o farmacêutico Josimar Girão, docente do curso de Farmácia na Estácio, alerta para os riscos do uso indevido da substância:

“Esse não é um medicamento isento de prescrição, ou seja, necessita de receituário médico para sua dispensação. No entanto, alguns estabelecimentos acabam vendendo sem essa exigência. Temos observado um aumento do consumo entre homens de 18 a 30 anos, especialmente como pré-treino, o que é preocupante. O uso indiscriminado pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça, rubor facial, queda abrupta de pressão e, em casos mais graves, infarto e acidentes vasculares encefálicos. Por isso, é essencial que o uso seja feito apenas com acompanhamento médico.”

Riscos do uso indiscriminado

Embora seja vendido sem retenção de receita, o uso indiscriminado da tadalafila pode trazer riscos sérios à saúde. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão dores musculares, queda de pressão e cefaléia intensa. Em doses elevadas, o medicamento pode provocar problemas cardiovasculares e interações perigosas com outras substâncias.

Especialistas alertam ainda para o risco da dependência psicológica. Algumas pessoas passam a acreditar que não conseguem um bom desempenho, seja na academia ou na vida sexual, sem o medicamento.  

A orientação é clara: qualquer substância que altere o funcionamento do organismo deve ser usada sob prescrição e acompanhamento médico. No caso da tadalafila, a busca por resultados rápidos na academia pode ter um custo alto para a saúde.

Fonte: Assessoria

Anvisa aprova medicamento para retardar avanço do Alzheimer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Kisunla (donanemabe), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo leve e demência leve associados à doença de Alzheimer. Segundo a entidade, trata-se de um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide.

“Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro. O donanemabe atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença”, explica a Anvisa.

Ainda de acordo com a agência, o donanemabe foi avaliado em estudo envolvendo 1.736 pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicial, que apresentavam comprometimento cognitivo leve, demência leve e evidências de patologia amiloide.

O estudo analisou alterações na cognição e na função cerebral dos pacientes. Eles receberam 700 miligramas (mg) de donanemabe a cada quatro semanas nas três primeiras doses e, em seguida, 1.400 mg a cada quatro semanas (para 860 pacientes) ou placebo (uma infusão simulada para 876 pacientes), por até 72 semanas.

“Na semana 76 do estudo, os pacientes tratados com donanemabe apresentaram progressão clínica menor e estatisticamente significativa na doença de Alzheimer em comparação aos pacientes tratados com placebo”, destacou a Anvisa.

Contraindicação

O uso de donanemabe é contraindicado em pacientes que estejam tomando anticoagulantes, incluindo varfarina, ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) em ressonância magnética antes de iniciar o tratamento. Os riscos nesses pacientes, segundo a agência, são considerados maiores que os benefícios.

Reações

As reações adversas mais comuns listadas pela Anvisa são relacionadas à infusão, que pode causar febre e sintomas semelhantes aos da gripe, além de dores de cabeça.

“Como acontece com qualquer medicamento, a Anvisa irá monitorar a segurança e a efetividade do donanemabe sob rigorosa análise. Serão implementadas atividades de minimização de risco para o donanemabe em conformidade com Plano de Minimização de Riscos aprovado.”

Alzheimer

O Ministério da Saúde define a doença de Alzheimer como um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

A doença se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em regiões do cérebro como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

“A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população”, detalha o ministério.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.

“Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.”

Fonte: Agência Brasil

Nutrólogo lista 5 formas de eliminar gordura abdominal

Uma dieta equilibrada, rica em proteínas magras, fibras e gorduras saudáveis é muito mais eficiente do que contar as calorias. Alimentos com alta densidade nutricional ajudam a manter o corpo nutrido e prolongam a saciedade. Nesse sentido, o nutrólogo Dr. Ronan Araujo vai apontar os fatores para perda de gordura abdominal.

Fibras solúveis são suas aliadas

Alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, feijão, maçã e cenoura, ajudam a aumentar a sensação de saciedade e a regular o açúcar no sangue. Além disso, as fibras solúveis ajudam a reduzir a absorção de gordura, promovendo a perda de gordura corporal, especialmente na região da barriga.

Proteínas magras preservam músculo e aceleram o metabolismo

O consumo adequado de proteínas é fundamental para manter a massa muscular durante o emagrecimento. Além disso, proteínas têm um efeito termogênico maior do que carboidratos e gorduras, o que significa que o corpo gasta mais energia para digerir e metabolizar as proteínas.

Redução de açúcares e carboidratos refinados

Carboidratos refinados, como pães brancos, massas e doces, causam picos de insulina, o hormônio responsável por armazenar gordura. Uma alta ingestão desses alimentos pode aumentar o acúmulo de gordura na região abdominal. Substituir esses alimentos por carboidratos integrais e fontes de fibras pode ajudar a estabilizar os níveis de insulina e, consequentemente, reduzir a gordura abdominal.

Exercícios regulares são cruciais

Para perder gordura abdominal, é necessário incorporar exercícios físicos à sua rotina. Exercícios aeróbicos, como corrida, caminhada e ciclismo, ajudam a queimar calorias e a reduzir a gordura visceral. Combinar atividades aeróbicas com treino de resistência é ainda mais eficaz, pois ajuda a preservar e aumentar a massa muscular, que garante que seu metabolismo continue acelerado.

Gerenciamento do stress e controle de cortisol

O stress pode levar ao aumento do hormônio cortisol, que está diretamente ligado ao armazenamento de gordura abdominal. Práticas anti-stress e exercícios de respiração ajudam a reduzir o nível de cortisol, o que promove uma redução na gordura visceral.

Fonte: MSN

Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa nesta segunda

Começa nesta segunda-feira (7) a campanha nacional de vacinação contra a influenza. A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes.

Também podem receber a dose:

– Trabalhadores da saúde;

– Puérperas;

– professores dos ensinos básico e superior;

– Povos indígenas;

– Pessoas em situação de rua;

– Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

– Profissionais das Forças Armadas;

– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

– Pessoas com deficiência permanente;

– Caminhoneiros;

– Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

– Trabalhadores portuários

– Funcionários do sistema de privação de liberdade;

– E população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (com idade entre 12 e 21 anos).

Proteção – De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante distribuído na rede pública protege contra um total de três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

Em 2025, a dose contém as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração, de acordo com o ministério, pode ser feita junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

Doses – Para a vacinação deste ano, a pasta adquiriu um total de 73, 6 milhões de doses. No primeiro semestre, 67,6 milhões de doses devem ser distribuídas para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, 5,9 milhões serão enviadas para o Norte.

Inverno amazônico – A campanha, este ano, será realizada em dois momentos:

– Primeiro semestre (março/abril): nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul

– Segundo semestre (setembro): na Região Norte, alinhando-se ao período de maior circulação viral na região, o chamado inverno amazônico.

Eficácia e segurança –  Ainda de acordo com a pasta, a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia (reação alérgica) grave após doses anteriores.

Cobertura – Em 2024, a cobertura vacinal contra a gripe entre os públicos prioritários foi de 48,89% na Região Norte e 55,19% nas demais regiões.

“O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e conta com a participação de toda a população. Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo. As vacinas são seguras, eficazes e gratuitas.”

Fonte: Agência Brasil

Musculação protege cérebro de idosos contra demência, diz estudo

Manter uma rotina de musculação não traz apenas benefícios como aumento de força e resistência, melhora na postura e prevenção contra lesões. Um estudo de enfoque original, desenvolvido no Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), confirmou que a atividade protege o cérebro de idosos contra demências.

Detalhado em artigo da revista GeroScience, o estudo acompanhou 44 pessoas que já apresentavam um comprometimento cognitivo leve, estágio que fica entre o comprometimento do envelhecimento normal e a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. O que se descobriu foi que praticar musculação duas vezes por semana, com intensidade moderada ou alta, preservou o hipocampo e o pré-cúneo, áreas cerebrais que se alteram quando esse diagnóstico.

Com ineditismo, os 16 pesquisadores também identificaram outro impacto positivo: o de melhora na chamada substância branca, parte do cérebro que opera em conjunto com a massa cinzenta, por meio de axônios, para garantir a conexão entre neurônios, mediante as sinapses. As vantagens chegaram à metade dos participantes, a dos que incorporaram a musculação ao seu cotidiano, já após seis meses e há possibilidade de que o impacto seja ainda mais expressivo, caso o período seja maior.

“No grupo que praticou musculação, todos os indivíduos apresentaram melhoras de memória e na anatomia cerebral. No entanto, cinco deles chegaram ao final do estudo sem o diagnóstico clínico de comprometimento cognitivo leve, tamanha foi a melhora”, ressalta a primeira autora do artigo, a bolsista de doutorado da Fapesp Isadora Ribeiro, vinculada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Para analisar os possíveis efeitos da musculação no cérebro dos participantes, a equipe responsável pela pesquisa realizou testes neuropsicológicos e exames de ressonância magnética. Os especialistas buscavam comparar índices e imagens, uma vez que já se sabe que, entre pessoas com perdas cognitivas, há atrofia, isto é, redução do volume de certas regiões do cérebro.

Atualmente, no Brasil, cerca de 2,71 milhões de pessoas com 60 anos ou mais convivem com quadros de demência, o que corresponde a 8,5% desse grupo populacional. De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência, lançado pelo Ministério da Saúde em setembro do ano passado, essa quantidade deve dobrar até 2050, subindo para 5,6 milhões.

O relatório sublinha que praticamente metade (45%) dos casos de demência poderiam ser evitados ou, pelo menos, faz com que chegue mais tarde. Entre os fatores que aumentam as probabilidades de se desenvolver demências estão: Baixa escolaridade; Perda auditiva; Hipertensão; Diabetes; Obesidade; Tabagismo; Depressão; Inatividade física; Isolamento social.

BEM – ESTAR

A professora aposentada, atriz e modelo Shirley de Toro, de 62 anos (na foto de destaque), é vizinha da unidade Sesc Santana, em São Paulo, e há 17 anos bate cartão no local para se exercitar. Passou a frequentá-la desde a inauguração, inicialmente pela programação artístico-cultural e depois para manter o corpo fortalecido.

Com histórico de saúde marcado por episódios de epilepsia e um acidente, ela considera a atividade como fundamental para seu bem-estar no presente e no futuro.

“Há 20 anos, fiz uma cirurgia no cérebro, porque tinha epilepsia, e, antes disso, não fazia nada. Só trabalhava, trabalhava, mas nunca foquei em academia. Depois, percebi a necessidade disso, aí comecei a fazer caminhada”, diz Shirley. 

CORPO E MENTE

Alessandra Nascimento, técnica da gerência de desenvolvimento físico-esportivo do Sesc de São Paulo, destaca que, atualmente, muitos estudos já têm comprovado os benefícios dos exercícios físicos tanto para o corpo quanto para a mente e que isso não fica restrito a modalidades como natação, ciclismo e corrida.

“Os trabalhos com sobrecarga, independentemente de ser peso, musculação, com o próprio peso, com elástico ou molas, têm mostrado que, além dos benefícios físicos, trazem melhoras cognitivas e relacionadas à saúde mental, de foco”, esclarece. 

Atualmente, a calistenia, que é o método utilizado para a prática de exercícios físicos apenas com o peso do próprio corpo como resistência, é a terceira modalidade esportiva com mais interesse no mundo, segundo uma revista acadêmica.

A especialista lembra que só mais recentemente é que se começou a recomendar a idosos esse tipo de exercício, porque antes era consenso de que deviam praticar algo como hidroginástica ou dança. A imagem de fragilidade que se tinha dos idosos estava por trás dessa percepção, que agora mudou com as descobertas de pesquisas mais recentes.

Ela lembra que, a partir dos 30 anos de idade, toda pessoa vai perdendo força, equilíbrio e massa magra, processo que deve ser refreado.

Fonte: Agência Brasil

Saúde disponibiliza 84 mil doses da vacina contra Influenza para os 79 municípios

O Ministério da Saúde  disponibilizou 84 mil doses da vacina contra a Influenza, que estão sendo distribuídas de forma imediata a todos os 79 municípios, desde segunda-feira (24).

De acordo com o gerente de Imunização da SES, Frederico Moraes, os coordenadores municipais já foram orientados sobre o planejamento da campanha.

“Estamos prontos para iniciar a vacinação assim que as doses chegarem aos municípios. É fundamental que cada cidade siga as recomendações do informe técnico da estratégia de vacinação contra a Influenza do PNI (Programa Nacional de Imunizações). A vacinação visa proteger a população contra os impactos da Influenza, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades”, destacou Moraes.

A SES reforça a importância de todos os habitantes se vacinarem para garantir a saúde coletiva e minimizar os riscos de infecções respiratórias neste período. Os municípios devem organizar a logística de vacinação conforme a demanda local, e a SES acompanhará de perto o andamento da campanha para assegurar que todos os cidadãos tenham acesso à vacina.

Além das vacinas recebidas em MS, serão distribuídas pela Secretaria Estadual de Saúde mais de 1,1 milhão de seringas e agulhas, garantindo a estrutura necessária para a imunização da população.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza terá início oficial no dia 7 de abril, com o Dia D programado para 10 de maio.

Fonte: Portal do MS

Mais Médicos: Mato Grosso do Sul ganha um novo profissional a partir de abril

Mato Grosso do Sul receberá um reforço na atenção primária à saúde com a ampliação do programa Mais Médicos.

A partir de abril, o estado contará com mais um profissional formado no exterior, que está concluindo o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv). Esse médico será designado a um município sul-mato-grossensse, reforçando o atendimento de populações em áreas de maior vulnerabilidade.

Atualmente, o Mato Grosso do Sul tem 370 vagas ativas no Mais Médicos, sendo 341 delas ocupadas. Os profissionais atuam em 63 municípios do estado e alcançam cerca de 789,7 mil habitantes.

Um dos indicadores do foco nas regiões onde há maior necessidade de atendimento é que 20 dos médicos no Mato Grosso do Sul estão fixados em municípios considerados de alta vulnerabilidade e outros seis estão em regiões de muito alta vulnerabilidade.

NOVO EDITAL – O estado também foi contemplado no primeiro edital de 2025 do Mais Médicos, anunciado em março pelo Ministério da Saúde. O edital prevê a contratação de 2.279 profissionais em todo o país, sendo 19 destinados ao Mato Grosso do Sul. Esses profissionais atuarão em equipes de Saúde da Família, garantindo atendimento de qualidade e encaminhamento adequado para especialistas quando necessário.

Gestores municipais interessados em aderir ao programa devem se inscrever por meio do sistema e-Gestor até 24 de março. O resultado do edital está previsto para 8 de abril. No Mato Grosso do Sul, 16 municípios receberão contratações imediatas e 47 entrarão em cadastro reserva.

Em todo o país, o número de profissionais do Mais Médicos atendendo à população dobrou. Atualmente são 26 mil em atividade, enquanto em 2022 esse número era de 13,1 mil. Mais de 66 milhões de pessoas são beneficiadas pela iniciativa.

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO – Uma importante ferramenta que vai contribuir para a eficiência no atendimento é o e-SUS APS, o prontuário eletrônico do SUS. Gratuito, ele permite a integração das informações dos pacientes entre atenção primária e atenção especializada. Isso possibilita que os profissionais acompanhem o histórico de consultas, exames e tratamentos de forma rápida e eficiente, reduzindo o tempo de espera e garantindo um atendimento mais completo.

ACOLHIMENTO – O Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) segue até 11 de abril, capacitando 402 médicos formados no exterior para atuação no SUS. A maioria dos profissionais nasceu no Brasil: são 397 brasileiros e cinco estrangeiros. Entre os médicos deste módulo, 52,7% são mulheres e 57 vão atuar na saúde indígena.

Este MAAv, o primeiro de 2025, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), terá aulas sobre o SUS e temas prioritários para atendimento de populações vulneráveis na atenção primária, como equidade étnico-racial, saúde mental e o Bolsa Família. Ao fim do curso, todos os médicos participam de uma avaliação. Para ser aprovado, é preciso alcançar média mínima de 50%.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Nova cepa de COVID ameaça Europa e EUA

As agências de saúde pública em toda a Europa estão alertando sobre a disseminação alarmante de uma nova cepa da Covid que está ameaçando o continente.

Chamada de variante XEC, o vírus já foi detectado em pelo menos 11 países europeus. Mas a ameaça já parece ser global: a nova linhagem foi identificada no Canadá, Estados Unidos e agora Brasil, mais especificamente, em três estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

A variante XEC foi encontrada pela primeira vez no Brasil pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras de dois pacientes diagnosticados com Covid-19 em setembro.

Enquanto os cientistas estão trabalhando arduamente para entender mais sobre essa última mutação da Covid, as populações estão sendo solicitadas a fazerem o teste e tomarem vacinas.

Fonte: Portal MSN

Dengue: produção nacional e dose única são vantagens da nova vacina

O anúncio do Ministério da Saúde sobre a primeira vacina nacional contra a dengue traz consigo outros avanços importantes, como o aumento no volume de doses disponíveis, a produção do imunizante no país, o novo esquema vacinal de apenas uma dose e a perspectiva de inclusão de novos públicos-alvo, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi.

A médica lembra que o total de 60 milhões de doses que serão entregues no ano que vem, apesar de ser seis vezes maior do que o previsto para 2025, é insuficiente para vacinar toda a população brasileira.

Isso significa que o Programa Nacional de Imunizações ainda precisará definir um público-alvo para receber o imunizante que será produzido pelo Instituto Butantan e foi batizado de Butantan-DV. Por enquanto, a vacina que está sendo aplicada nos postos de saúde é a QDenga, da farmacêutica japonesa Takeda, e apenas em adolescentes de 10 a 14 anos, em cidades com maior incidência da doença, com exceção das doses próximas do vencimento, que podem ser recebidas por pessoas de outras idades.

Mônica Levi diz esperar que novos estudos da Butantan-DV mostrem a segurança e a eficácia da vacina também entre os idosos. Mesmo que a capacidade de produção seja insuficiente para toda a população brasileira, outra inovação da Butantan-DV deve ajudar a aumentar as coberturas vacinais: é o primeiro imunizante contra a dengue do mundo aplicado em apenas uma dose.

“Em qualquer faixa etária, mas principalmente nos adolescentes, nas vacinas de múltiplas doses, a segunda ou a terceira sempre têm um uma evasão, sempre tem piores coberturas. Sem dúvida, é muito mais fácil fazer campanha pontual de uma dose só do que conseguir completar um esquema maior”, afirma Mônica Levi.

A Butantan-DV foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano e a farmacêutica MSD e será produzida em conjunto com a empresa WuXi Biologics. Ainda assim, a vacina foi apresentada como 100% nacional porque todas as etapas de sua produção serão realizada em solo brasileiro. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, é uma grande vantagem, inclusive para diminuir o risco de desabastecimento ou atraso na entrega das vacinas.

“Não depender de acordos que os laboratórios tenham com outros países, se há surtos ou epidemias, isso permite autonomia. Você vai ter uma produção que atenda a sua população, e isso é fundamental para garantir a quantidade de vacinas para a população que se pretende vacinar.”

Bom resultado de testes

O imunizante é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro tipos da dengue. Na última etapa de testes, a vacina teve 79,6% de eficácia geral e 89,2% de eficácia entre as pessoas que já tiveram a doença, mas ainda está sendo avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é a responsável pela autorização do uso da vacina no país.

Mônica Levi lembra ainda que todos esses benefícios da Butantan-DV só devem chegar à população a partir de 2026, logo, não se pode descuidar da prevenção ambiental, para controlar a disseminação do Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença. A dengue não é transmitida de uma pessoa para outra, o que significa que a vacina não é capaz de produzir a chamada “imunidade de rebanho”, quando um certo número de pessoas vacinadas é suficiente para bloquear ou até erradicar o agente causador. “Claro que você vai ter menos gente infectada para os mosquitos se contaminarem e picarem outras pessoas, mas não é uma proteção segura, por exemplo, para quem não foi vacinado porque tinha contraindicação, ou estava gestante, era imunocomprometido grave.”

De acordo com o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou este ano mais de 439 mil casos prováveis de dengue, com 177 mortes confirmadas. Em janeiro, a quantidade de casos foi menor do que no mesmo mês do ano passado, quando houve surto da doença, mas superior aos registros de 2023.

Fonte: Agenciabrasil

Fevereiro Laranja alerta para importância da prevenção e diagnóstico precoce da leucemia

O mês de fevereiro é marcado pela campanha Fevereiro Laranja, dedicada à conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer do sangue que afeta milhares de pessoas. A informação é o primeiro passo para a cura, alerta a SES (Secretaria de Estado da Saúde) sobre a relevância da detecção precoce para aumentar as chances de sucesso no tratamento e salvar vidas.

Desmistificando conceitos equivocados, a campanha esclarece que a leucemia pode acometer qualquer pessoa, não apenas aquelas com histórico familiar de câncer, e que os sintomas nem sempre são evidentes. Entre os sinais mais comuns estão cansaço excessivo, febre persistente, sangramentos sem explicação, dor nos ossos e manchas roxas na pele.

É fundamental que qualquer pessoa que apresente esses sintomas procure imediatamente um médico para avaliação. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito em todas as etapas da doença. O diagnóstico é realizado, principalmente, por meio de exames de sangue e biópsias de medula óssea.

De acordo com a Coordenadoria de Doenças Crônicas da SES, Mato Grosso do Sul registrou uma redução de cerca de 10% nos casos de leucemia em 2024, com 91 ocorrências notificadas. Em 2023, foram 101 casos, enquanto em 2022 e 2021 os números chegaram a 111 e 110, respectivamente.

“A queda no número de casos é um dado positivo, mas ainda há um grande desafio na detecção precoce da doença. A maioria dos diagnósticos ocorre em estágios avançados, o que impacta diretamente no tratamento”, alerta Michele Martins, da Gerência de Atenção Oncológica e Cuidados Paliativos da SES.

O número de mortes também apresentou uma ligeira redução nos últimos anos, passando de 109 em 2021 para 98 em 2022 e 96 em 2023. Entre os pacientes diagnosticados nos últimos três anos, a maior parte está na faixa etária de 0 a 19 anos, totalizando 116 casos.

Por isso, neste Fevereiro Laranja, a SES reforça seu compromisso com a saúde pública, proporcionando informações claras e precisas para desmistificar a leucemia e incentivar a população a agir de forma consciente e informada. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, e a informação continua sendo a principal aliada na luta contra a doença.

Fonte: Portal do MS

Calor extremo exige atenção redobrada com crianças e idosos

De acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, uma nova onda de calor atingirá diversas regiões brasileiras nos próximos dias, incluindo o Mato Grosso do Sul. Os meteorologistas alertam para a persistência dessa onda de calor, com previsão de clima quente por vários dias consecutivos. As altas temperaturas aumentam os riscos de desidratação e outros problemas de saúde relacionados ao calor intenso.

Ciliane Belloni, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, destaca a importância de cuidados especiais com crianças e idosos, grupos mais sensíveis ao calor. “A adoção de medidas preventivas é fundamental, já que sistema de controle da temperatura corporal das crianças ainda está em desenvolvimento, dificultando a manutenção de uma temperatura interna estável. Os idosos possuem um sistema de termorregulação menos eficiente, o que prejudica a capacidade de dissipar o calor”, explica.

A especialista enfatiza que muitos idosos enfrentam doenças crônicas que podem agravar os efeitos do calor, como problemas cardiovasculares e diabetes. Em condições de calor intenso, o corpo reage dilatando os vasos sanguíneos, ou seja, aumentando o diâmetro das artérias, na tentativa de liberar o excesso de calor. Esse processo resulta em um aumento do fluxo sanguíneo para a pele e no início da transpiração.

“A sudorese é um dos principais métodos que o corpo utiliza para regular a temperatura interna. Através da dilatação dos vasos sanguíneos, um fluxo sanguíneo mais intenso é direcionado à pele. Se não houver reposição de água para compensar a perda pela transpiração, a concentração de sangue nos vasos sanguíneos diminui, o que pode levar a uma queda da pressão arterial e, em situações mais graves, resultar em desidratação”, alerta.

Por fim, a coordenadora da Anhanguera salienta que a vulnerabilidade de idosos e crianças ao calor se deve, em parte, ao fato de que, naturalmente, seus corpos contêm menos água, eles sentem menos sede e transpiram menos. Essa condição fisiológica compromete a capacidade de seus organismos de regular a pressão arterial e a temperatura interna.

“O corpo de um idoso, quando exposto a temperaturas elevadas, tem dificuldade em eliminar o calor excessivo, o que pode resultar em um aumento perigoso da temperatura interna. Esse aumento não é causado por febre, mas sim pela incapacidade do organismo de regular sua própria temperatura. No caso das crianças, a atenção também deve ser redobrada em relação à exposição solar, uma vez que a incidência de raios ultravioleta nocivos à pele é significativamente maior nos pequenos”, finaliza.

Fonte: Assessoria