sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Criança cansada e sem apetite? Pode ser sinal de infecção intestinal

Crianças costumam ter oscilações naturais no apetite e no nível de energia, mas quando o cansaço é persistente, acompanhado de falta de interesse por comida ou irritabilidade sem motivo aparente, os pais devem acender um alerta. Esses sinais, frequentemente atribuídos ao “calor”, ao “cansaço da escola” ou a “fases”, podem indicar uma infecção intestinal, especialmente quando não há febre alta ou dor abdominal intensa.

Segundo o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, infecções gastrointestinais em crianças podem se manifestar de forma atípica. “Diferente dos adultos, as crianças nem sempre conseguem expressar onde dói ou o que estão sentindo. Muitas vezes, o primeiro sinal é justamente a queda de energia, a perda de apetite e o desinteresse pelas atividades diárias. Esses sintomas podem indicar um quadro de infecção por vírus, bactérias ou parasitas”, explica.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as infecções intestinais estão entre as causas mais comuns de adoecimento infantil no mundo. Estima-se que crianças menores de cinco anos representem mais de 40% dos casos globais de gastroenterite, e que a maioria das infecções ocorre por contaminação alimentar ou água não tratada. No Brasil, estudos indicam que quadros como giardíase e amebíase são especialmente prevalentes em crianças em idade escolar, justamente pela maior exposição em ambientes coletivos.

Essas infecções podem provocar sintomas discretos, como distensão abdominal leve, episódios esporádicos de diarreia, fezes pastosas, náuseas, além do famoso “mau humor matinal”. Para o Dr. Carlos, o grande problema é que quadros leves podem se arrastar por semanas quando não tratados adequadamente. “A criança fica prostrada, come pouco, perde peso e tem dificuldade de se concentrar na escola. Isso impacta diretamente o desenvolvimento e a disposição”, destaca.

A automedicação, segundo o especialista, é um risco importante. Antidiarreicos, chás caseiros, analgésicos e até antibióticos usados sem prescrição podem mascarar sintomas e piorar a infecção. “Cada tipo de infecção, viral, bacteriana ou parasitária, requer uma abordagem específica. Só o profissional de saúde, por meio da avaliação clínica e, quando necessário, de exames laboratoriais, pode indicar o tratamento correto”, reforça o Dr. Carlos.

Para prevenir quadros de infecção intestinal em crianças, o médico recomenda atenção redobrada com a higiene dos alimentos, hidratação constante e cuidados no ambiente escolar. “Lavar bem as mãos antes das refeições, higienizar frutas e verduras, beber água filtrada e orientar a criança a não compartilhar talheres ou garrafinhas são medidas simples que reduzem significativamente o risco de contaminação”, afirma.

O Dr. Carlos destaca ainda que sinais como irritabilidade, sono excessivo, falta de apetite, dores de barriga recorrentes ou alteração no padrão das fezes merecem avaliação médica. “Nem toda infecção intestinal chega com sintomas intensos. Muitas começam com pequenos sinais que os pais só percebem porque conhecem bem o comportamento da criança”, complementa.

Quando o diagnóstico é feito no início, o tratamento costuma ser rápido, eficaz e evita complicações como desidratação e perda de nutrientes importantes. “O mais importante é não normalizar sintomas persistentes. O corpo sempre avisa quando algo não vai bem, e, no caso das crianças, os sinais costumam estar no comportamento”, finaliza.

Fonte: Assessoria

Com 10,7 mil doses, Mato Grosso do Sul começará a vacinação contra bronquiolite

A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) recebe nesta quarta-feira (3), um total de 10.755 doses enviadas pelo Ministério da Saúde da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal agente causador da bronquiolite em recém-nascidos e lactentes.

A chegada dessas doses marca o início da oferta do imunizante pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul, conforme anunciado previamente pela SES. As vacinas serão imediatamente conferidas e armazenadas. Os municípios deverão realizar a retirada das doses diretamente na Rede de Frio estadual, conforme cronograma previamente pactuado.

Foco na Proteção dos Bebês

O imunizante é destinado a gestantes a partir da 28ª semana. A vacinação durante a gravidez é uma estratégia essencial, pois permite a transferência de anticorpos para o bebê pela placenta, garantindo a proteção do recém-nascido desde o nascimento.

É justamente neste período que a criança está mais vulnerável a infecções respiratórias, sendo o VSR responsável por 60% das pneumonias em menores de 2 anos.

O gerente de Imunização da SES, Frederico Moraes, destaca o impacto dessa nova campanha.

“Esta vacina é um marco na saúde pública, pois nos permite intervir na proteção do bebê antes mesmo do nascimento. Estruturamos toda a rede e capacitamos os 79 municípios para garantir que o imunizante chegue de forma rápida e segura. É fundamental que as gestantes a partir da 28ª semana procurem a unidade de saúde, pois essa dose será determinante para reduzir internações, evitar complicações graves e salvar vidas de nossos recém-nascidos contra a bronquiolite”, explica.

Logística e Distribuição Imediata no Estado

Para garantir a implantação segura e eficiente da vacinação, a SES concluiu o treinamento das equipes, alinhou fluxos com os municípios e organizou a rede de atendimento nas UBS (Unidades Básicas de Saúde).

As equipes receberam orientações sobre o acolhimento das gestantes, a conferência da idade gestacional, a organização das salas de vacina, o registro adequado das doses e a priorização do atendimento no pré-natal. Os procedimentos de triagem e aplicação também foram padronizados para assegurar uniformidade e qualidade em todo o Estado.

Com a chegada da remessa nesta quarta-feira (3), a distribuição para os 79 municípios do estado será iniciada a partir de quinta-feira (4), seguindo um fluxo descentralizado:

Logística descentralizada: os municípios de Mato Grosso do Sul já estão orientados a retirar as doses na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição (CEAD) da SES, em Campo Grande. Eles são responsáveis por buscar a vacina para garantir a rapidez na distribuição.

Preparação da Rede: as equipes municipais de imunização concluíram o treinamento e receberam as orientações oficiais do informe técnico, garantindo o início da campanha de forma padronizada em todo o Estado.

Capacitação Abrangente: a capacitação cobriu a verificação da idade gestacional a partir de 28 semanas, a organização das salas de vacinação, o registro adequado das doses e a priorização do atendimento no pré-natal.

Distribuição da 1ª Remessa: esta primeira remessa destinará todas as 755 doses aos municípios, com base no público-alvo de gestantes a partir de 28 semanas.

Fonte: Portal MS

Benefícios à saúde se perdem após suspensão do Mounjaro

Pacientes que interrompem o uso do Mounjaro – medicamento injetável usado contra a diabetes de tipo 2 e que se popularizou por sua eficácia na perda de peso – e voltam a engordar perdem benefícios à saúde conquistados com o tratamento, revela um novo estudo publicado nesta segunda-feira (24).

A pesquisa – que contou com a participação de especialistas da farmacêutica dona do Mounjaro, a Eli Lilly –, realizada com 308 pessoas, constatou que aqueles que recuperaram 25% ou mais do peso perdido após 36 semanas de tratamento perderam também os benefícios à saúde inicialmente conquistados, como redução da circunferência da cintura, melhora na pressão sanguínea e nos índices glicêmicos e de colesterol, bem como de resistência à insulina.

A regressão no quadro clínico dos pacientes foi pior quanto mais quilos eles recuperaram do antigo peso. Dentre os 308 pacientes que participaram do estudo, 77 recuperaram de 25% a 50% do peso perdido após 52 semanas sem usar o Mounjaro; em 103, o ganho foi de 50% a 75%; em 74, acima de 75%.

Neste último grupo, dos que retomaram mais de 75% do peso antigo, os parâmetros cardiometabólicos voltaram ao mesmo ponto do início do tratamento.

Mudança de estilo de vida é importante

O princípio ativo do Mounjaro, a tirzepatida, pode ajudar pessoas a perder em média 20% de seu peso corporal em 72 semanas de tratamento – mais que outros tratamentos similares disponíveis, como Wegovy e Ozempic .

Porém, outras pesquisas já constataram que o peso perdido geralmente tende a ser recuperado passados alguns meses após a suspensão do medicamento – a um ritmo muito mais acelerado do que no caso de pessoas que emagrecem apenas com dietas, exercícios e mudanças no estilo de vida.

Os autores do estudo publicado nesta segunda-feira afirmam que as conclusões “reforçam a importância da manutenção da redução do peso a longo prazo através de intervenções no estilo de vida e medicamentos para gerenciamento da obesidade, de modo a manter os benefícios cardiometabólicos e uma melhor qualidade de vida”.

Ao jornal britânico The Guardian, Jane Ogden, professor emérito da escola de ciências da saúde da Universidade de Surrey, ressaltou que o uso de medicamentos injetáveis para perda de peso nem sempre vem acompanhado de mudanças no estilo de vida e na dieta.

Segundo ela, a manutenção de velhos hábitos prejudiciais à saúde pode levar ao ganho de peso e, consequentemente, à reversão de benefícios cardíacos.

Outro estudo publicado recentemente na revista Nature aponta que o uso da tirzepatida consegue acalmar o desejo incessante por comida, mas só temporariamente.

Fonte: Portal IG

Nutrição: Uma nova perspectiva sobre a saúde da mulher, por Giovana Colletti

Giovana Colletti (*)

O período menstrual ainda é envolto em silêncio e mitos, como se o corpo feminino fosse um sistema misterioso que a sociedade insiste em não decifrar. Esse tabu empobrece o cuidado em saúde e invisibiliza o fato básico de que a menstruação é um marcador clínico de primeira ordem, capaz de refletir desequilíbrios hormonais, estado nutricional, inflamação sistêmica e até riscos metabólicos futuros. Reduzir o ciclo a uma mera “questão feminina” é ignorar um relatório mensal extremamente detalhado que o organismo entrega sem cobrar consulta.

Do ponto de vista fisiológico, as variações entre estrogênio, progesterona e hormônios gonadotróficos modulam praticamente todo o funcionamento do corpo: apetite, humor, sono, termorregulação, sensibilidade à insulina, disposição e resposta inflamatória.

E é justamente aqui que a nutrição deixa de ser coadjuvante para assumir papel central, pois a alimentação não só influencia a intensidade dos sintomas, mas também interfere na regularidade, no volume menstrual, na saúde ovariana e na estabilidade emocional durante o ciclo.

Evidências recentes publicadas no Journal of Women’s Health e no American Journal of Clinical Nutrition mostram que padrões alimentares anti-inflamatórios reduzem significativamente sintomas como cólicas, cefaleias, fadiga, irritabilidade e alterações gastrointestinais, mas em contrapartida, dietas ricas em ultraprocessados, açúcar refinado e gorduras hidrogenadas intensificam a produção de prostaglandinas inflamatórias, que são diretamente responsáveis pelas dores menstruais mais severas.

Além da carga inflamatória, as deficiências nutricionais são um ponto crítico frequentemente negligenciado. A baixa ingestão de ferro, por exemplo, contribui para ciclos mais intensos, maior fadiga e menor capacidade de oxigenação tecidual; já a insuficiência de magnésio, vitamina D e cálcio está associada ao agravamento da tensão pré-menstrual e ao aumento da sensibilidade à dor.

A literatura é consistente ao apontar que mulheres com maior consumo de ômega-3 apresentam redução expressiva na intensidade das cólicas, justamente pela modulação positiva do metabolismo das prostaglandinas. Não se trata de milagre, é fisiologia pura. O corpo responde ao ambiente, e o alimento é a variável mais frequente desse ambiente.

Outro ponto crucial é a influência do ciclo sobre a resposta metabólica. Durante a fase lútea, há maior resistência à insulina e maior propensão a buscar carboidratos simples, ignorar essa oscilação abre espaço para culpa e para a narrativa ultrapassada de “falta de disciplina”.

Uma abordagem nutricional competente acolhe essa variação e propõe estratégias inteligentes, como incluir fontes de carboidratos complexos, priorizar fibras solúveis, aumentar proteínas de alta qualidade e ajustar o fracionamento para mitigar picos glicêmicos.

Da mesma forma, sintomas como constipação, diarreia e distensão abdominal durante a menstruação têm relação direta com o eixo intestino-hormônios e respondem rapidamente a intervenções alimentares adequadas, especialmente ao aumento de fibras, prebióticos naturais e hidratação eficiente.

A saúde intestinal é um pilar negligenciado no cuidado menstrual, visto que o intestino é responsável não apenas por absorver micronutrientes essenciais ao equilíbrio hormonal, mas também pela metabolização de estrogênio através do eixo estroboloma. Uma microbiota desequilibrada pode aumentar a recirculação de estrogênio e intensificar sintomas ligados à dominância estrogênica, como cólicas, inchaço, dores mamárias e irritabilidade.

Alimentação pobre em fibras e rica em aditivos compromete essa dinâmica, enquanto hábitos simples, como incluir frutas, verduras, leguminosas e alimentos fermentados, ajudam a modular positivamente o estroboloma (conjunto de bactérias no intestino que metabolizam o estrogênio e influenciam diretamente o equilíbrio hormonal) e consequentemente o ciclo menstrual como um todo.

Também é impossível discutir a menstruação sem abordar a relação entre dieta, inflamação crônica de baixo grau e condições ginecológicas como síndrome dos ovários policísticos e endometriose. Ambas apresentam forte componente inflamatório e respondem de maneira consistente a padrões alimentares que priorizam antioxidantes, fitoquímicos e gorduras de qualidade.

Para mulheres com SOP, por exemplo, intervenções nutricionais que melhoram a sensibilidade à insulina têm impacto direto na regularidade do ciclo, na ovulação e no equilíbrio hormonal; já a endometriose se beneficia de uma dieta que reduz substâncias pró-inflamatórias e favorece alimentos ricos em polifenóis e ômega-3, o que pode diminuir dores e melhorar a qualidade de vida.

Falar de menstruação com profundidade e base científica não é ativismo; é obrigação ética. O ciclo é um marcador sensível e multifacetado, capaz de denunciar muito antes qualquer alteração que comprometa a saúde global da mulher. Profissionais que tratam o período menstrual como detalhe ou fragilidade emocional contribuem para um atraso diagnóstico que afeta fertilidade, performance cognitiva, saúde mental e autonomia econômica.

A nutrição, quando utilizada de forma estratégica, tem a capacidade de não apenas reduzir sintomas, mas de fortalecer a relação da mulher com o próprio corpo, oferecendo autonomia, previsibilidade e bem-estar.

No fim das contas, a menstruação não é apenas um evento fisiológico mensal, é um relato completo de como o organismo está reagindo ao estilo de vida, à alimentação, ao estresse, ao ambiente e às escolhas acumuladas ao longo do tempo.

Quando a mulher compreende o próprio ciclo, ela compreende parte fundamental de sua saúde e quando a nutrição é reconhecida como ferramenta central nesse processo, o cuidado feminino finalmente se aproxima da dignidade e da precisão que sempre mereceu.

(*) Nuticionista  – Pós-graduada em Nutrição Estética, Esportiva e Saúde da Mulher

Comer sardinhas enlatadas com espinhas fornece duas vezes mais cálcio do que o leite

De acordo com a nutricionista Júlia Farré, em entrevista ao jornal La Vanguardia, esse peixe é um dos alimentos mais ricos em cálcio que podemos incluir na alimentação. E a grande surpresa é que, ao consumir as espinhas, a quantidade do mineral supera — e muito — a que encontramos no leite.

Sardinhas enlatadas: um superalimento acessível

Em 100 gramas de sardinhas enlatadas com espinhas, encontramos cerca de 380 mg de cálcio. Já 100 ml de leite de vaca oferecem, em média, apenas 120 mg do mineral. Ou seja: a sardinha fornece mais do que o dobro da quantidade de cálcio, se tornando uma alternativa altamente eficaz para prevenir problemas como a osteoporose e garantir ossos mais fortes.

E não para por aí: além de ricas em cálcio, as sardinhas também são uma excelente fonte de proteínas de alta qualidade, vitamina D — que ajuda na absorção do cálcio pelo organismo — e ácidos graxos ômega-3, conhecidos por seus benefícios para o coração e a saúde cerebral.

Benefícios das espinhas de sardinha

Muita gente ainda evita comer as espinhas por achar estranho ou por receio de engasgar, mas é justamente nelas que está concentrada a maior parte do cálcio. Quando consumidas, potencializam o valor nutricional do peixe e garantem uma dose extra de saúde para ossos, dentes e músculos.

Além disso, por serem pequenas e macias, especialmente nas versões enlatadas, as espinhas podem ser consumidas sem dificuldades e fazem toda a diferença na qualidade da dieta.

Como incluir sardinhas enlatadas com espinhas na sua alimentação

Colocar esse superalimento no prato é muito mais simples do que parece. Veja algumas ideias práticas: Saladas: combine sardinhas com folhas verdes, legumes frescos e um fio de azeite;  Torradas ou sanduíches: prepare uma pastinha de sardinha com espinhas e espalhe no pão integral.

Pratos quentes: acrescente às massas, risotos ou até em omeletes para turbinar a refeição.

Ao citar alimentos que ajudam a fortalecer os ossos, o leite geralmente é o primeiro que vem à mente. Afinal, ele sempre foi apontado como uma das principais fontes de cálcio do dia a dia.

Mas a verdade é que existe uma opção ainda mais poderosa, acessível e prática para garantir a saúde óssea: a sardinha enlatada com espinhas.

Pratos quentes

A sardinha enlatada com espinhas mostra que, muitas vezes, soluções simples, acessíveis e até subestimadas podem ser grandes aliadas da saúde. Incorporá-la na rotina é uma forma inteligente de garantir mais cálcio e fortalecer o corpo de dentro para fora.

Fonte: Portal do MSN

Picada de escorpião em crianças: O que fazer?

O número de acidentes com escorpiões segue em crescimento no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, até julho deste ano, foram registrados mais de 111 mil casos e 132 mortes.

E a picada de escorpião em crianças é ainda mais perigosa. Afinal, elas são mais vulneráveis. Além de terem o corpo menor — o que faz o veneno agir de forma mais intensa —, muitas vezes não conseguem descrever o que aconteceu, o que atrasa o diagnóstico e o atendimento.

De acordo com a dermatologista pediátrica Flavia Prevedello, o risco de complicações e morte é maior nas faixas etárias mais jovens, especialmente nas menores de 5 anos.

“A picada de escorpião costuma causar muita dor, de aparecimento rápido, e pode evoluir com sintomas graves. Por isso, o atendimento médico imediato é fundamental”, orienta a especialista.

Como identificar a picada de escorpião em crianças?

A picada de escorpião gera dor intensa e localizada, e a área pode ficar vermelha e inchada. Segundo a médica, o quadro é bem diferente do apresentado em picadas de insetos comuns, como pernilongos ou formigas, que causam coceira leve e várias lesões pequenas.
“Em crianças pequenas, a dor é desproporcional ao tamanho da lesão, o que ajuda a suspeitar do acidente. A picada de escorpião costuma ser única e extremamente dolorosa”, explica Flavia Prevedello.
Sinais que exigem atendimento imediato

Além da dor intensa, podem surgir sintomas sistêmicos, que indicam a disseminação do veneno no corpo. Entre eles: nagitação e irritabilidade;
aumento da salivação; ntremores e espasmos musculares; taquicardia (coração acelerado) e dificuldade para respirar.

“Ao perceber esses sinais, os pais devem levar a criança imediatamente ao pronto-atendimento. Quanto mais rápido, menor o risco de complicações”, reforça a dermatologista.

ATENÇÃO

Em caso de emergência, entre em contato com o SAMU (192) ou com o Corpo de Bombeiros (193). Além disso, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) dispõe de médicos e enfermeiros que prestam orientações em casos de acidentes com animais peçonhentos e outras intoxicações por meio do telefone: 0800 644 6774.

O que não fazer em caso de picada de escorpião em crianças?

É importante evitar medidas caseiras que possam agravar o quadro: não automedique a criança; não faça torniquete; não sugue o local da picada e não aplique pomadas, álcool, óleo ou outros produtos.

“Nada deve ser aplicado ou ingerido sem avaliação médica. A única medida que pode ajudar até chegar à unidade é colocar uma compressa fria sobre o local para aliviar a dor”, orienta.

Tratamento: o papel do soro antiveneno

No pronto-atendimento, o diagnóstico é clínico e rápido. O tratamento envolve a aplicação do soro antiescorpiônico e o controle dos sintomas. “Conforme a intensidade, são feitas medidas de suporte para tratar questões cardiovasculares e neurológicas. Às vezes, é preciso usar medicamentos anticonvulsivantes, porque a criança pode apresentar espasmos”, explica a médica.

Como prevenir acidentes com escorpiões?

O escorpião é um animal noturno e se abriga em locais escuros e úmidos, como frestas, entulhos e ralos. Para evitar acidentes, siga as recomendações da especialista: mantenha quintais e ambientes limpos e sem entulhos;
vede frestas, buracos e ralos; guarde sapatos e roupas em locais fechados;
afaste berços e camas das paredes e não deixe roupas de cama encostando no chão.

“O cuidado principal é com a higiene e organização dos ambientes. Evitar acúmulo de folhas e materiais ajuda a afastar insetos e, consequentemente, os escorpiões que se alimentam deles”, finaliza.

Fonte: Assessoria

O melhor horário para comer banana para emagrecer, ter energia ou ajudar na digestão

A banana é um dos frutos mais consumidos no mundo: prática, acessível e nutritiva, está presente no café da manhã, nos lanches e até nas receitas mais elaboradas.

Rica em carboidratos, fibras, potássio e vitaminas, ela pode ajudar a manter a energia, melhorar a digestão e até apoiar o controle de peso.

Para energia: antes do treino ou como lanche rápido – Segundo especialistas do National Institutes of Health (NIH), o horário certo de consumo pode potencializar os efeitos da banana.

A fruta é composta por cerca de 80% de carboidratos, que se transformam rapidamente em glicose, fornecendo combustível imediato ao organismo.

De acordo com o NIH, comer uma banana 15 a 30 minutos antes do exercício ajuda a abastecer os músculos, aumenta a resistência e contribui para treinos mais intensos e duradouros.

Além disso, a fruta é uma ótima opção de lanche rápido durante a tarde, quando os níveis de energia costumam cair. Nesse horário, fornece açúcares naturais que combatem a fadiga sem recorrer a alimentos ultraprocessados.

Para digestão: junto das refeições principais – Uma banana média contém cerca de 3 g de fibras, fundamentais para regular o trânsito intestinal. Quando consumida junto ao café da manhã ou ao almoço, contribui para que o restante da refeição seja digerido com mais facilidade, além de melhorar a saúde da flora intestinal.

Outro ponto de destaque está nos bananas verdes ou pouco maduras, que concentram amido resistente — um tipo de carboidrato que atua como prebiótico, alimentando as boas bactérias do intestino. Esse efeito fortalece o microbioma intestinal e pode prevenir problemas digestivos.

Para emagrecimento: antes das refeições e como substituto do doce – Com cerca de 105 calorias por unidade e alto teor de fibras, a banana ajuda a prolongar a sensação de saciedade. Especialistas recomendam comer a fruta 30 minutos antes das refeições para reduzir a fome e, consequentemente, o consumo de calorias totais.

Além disso, quando a vontade de doce aparece, a banana funciona como alternativa natural e menos calórica, evitando o excesso de açúcar refinado. Se associada a exercícios físicos — em especial consumida antes do treino — ainda contribui para maior queima calórica, já que garante energia para prolongar a atividade.

Quem deve ter cautela

Apesar dos benefícios, o consumo de banana deve ser moderado em casos específicos. Pessoas com diabetes, doenças renais, alergia à fruta ou sensibilidade a crises de enxaqueca precisam conversar com um médico ou nutricionista antes de incluir a banana em grandes quantidades na dieta.

Como destacam os especialistas, pequenas mudanças no hábito de quando comer a fruta podem maximizar seus efeitos e tornar a dieta mais equilibrada.

Fonte: Portal MSN

Ansiedade e vida agitada: o impacto silencioso em dentes e boca

Vivemos em um mundo acelerado, com rotinas cheias de compromissos, prazos e preocupações. Essa correria constante tem afetado não apenas a mente, mas também o corpo e a saúde bucal não fica de fora. A ansiedade e o estresse do dia a dia estão diretamente ligados a diversos problemas nos dentes e gengivas, muitas vezes sem que o paciente perceba.

Um dos sinais mais comuns é o bruxismo, hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes, principalmente durante o sono. Essa tensão pode causar desgaste dental, dores na mandíbula, cefaleias frequentes e até fraturas nos dentes. Em muitos casos, o paciente acorda cansado, com sensação de peso na face, sem imaginar que o motivo está na tensão emocional acumulada.

Além do bruxismo, a ansiedade pode contribuir para a retração gengival, o aumento de aftas e até alterações na saliva, deixando a boca mais seca e suscetível a cáries e mau hálito. O estresse também pode diminuir a imunidade, facilitando inflamações e dificultando a cicatrização após tratamentos odontológicos.

O estilo de vida moderno, com pouca pausa para descanso, alimentação apressada e sono irregular, reforça esse quadro. E, muitas vezes, a saúde bucal acaba ficando em segundo plano o que agrava ainda mais os problemas.

Para quebrar esse ciclo, é essencial adotar alguns cuidados simples. O uso de placas de proteção noturnas, orientadas pelo dentista, ajuda a proteger os dentes do desgaste causado pelo bruxismo. Manter uma boa higiene oral, evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool e cigarro, e realizar consultas regulares com o cirurgião-dentista são medidas fundamentais.

Além disso, buscar equilíbrio emocional é parte do tratamento. Praticar atividades físicas, dormir bem, meditar e reservar momentos de lazer ajudam a reduzir o estresse e a preservar a saúde como um todo.

A boca reflete o que acontece no corpo e na mente. Cuidar do bem-estar emocional é também cuidar do sorriso  e o autocuidado, hoje, é mais necessário do que nunca.

Fonte: Portal IG

Por que estamos nos afastando dos alimentos naturais?

A alimentação brasileira está mudando, e não para melhor. Em um país reconhecido pela diversidade de frutas, legumes e tradições culinárias,como o arroz com feijão, cresce a presença dos alimentos ultraprocessados nas mesas.

Produtos prontos, embalados e de preparo rápido vêm substituindo os alimentos frescos, num movimento que preocupa médicos e nutricionistas.

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE e Ministério da Saúde, os ultraprocessados já representam quase 20% das calorias diárias consumidas no país, proporção ainda maior entre jovens e moradores das grandes cidades.

Esses produtos, como biscoitos, embutidos, refrigerantes e macarrões instantâneos, em geral, são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, açúcar, gorduras, sal, passam por várias etapas industriais e contêm aditivos químicos, corantes e aromatizantes.s.

“Vivemos uma transição alimentar silenciosa. Aos poucos, o ato de cozinhar e de escolher alimentos frescos está sendo substituído pela praticidade ofertada pela indústria de alimentos”, observa a professora Maria Tainara Soares Carneiro, coordenadora do curso de Nutrição da Estácio. Segundo ela, o fenômeno está ligado a tempo, renda e oferta. “Muitas famílias passam o dia fora e acabam recorrendo ao que é mais rápido e acessível. É uma questão social e estrutural.”

Fatores que explicam a mudança – A urbanização acelerada e as longas jornadas de trabalho reduziram o tempo para cozinhar, enquanto a indústria oferece conveniência e preços competitivos. Maria Tainara também destaca o marketing agressivo. “A publicidade é poderosa. Transforma o consumo em símbolo de praticidade e status. O problema é que esses produtos são pobres em nutrientes e ricos em gordura, sal e açúcar”, diz.

Pesquisadores da USP e da Fiocruz estimam que o consumo de ultraprocessados esteja associado a mais de 57 mil mortes prematuras por ano no Brasil — cerca de seis a cada hora. O dado, atualizado em 2024 pela American Journal of Preventive Medicine, aponta aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Outros estudos relacionam o consumo elevado desses produtos à piora cognitiva, ansiedade e baixa saciedade, especialmente entre adolescentes. “A alimentação é muito mais do que energia. Ela influencia nosso humor, disposição e até a capacidade de aprendizado”, reforça a coordenadora da Estácio.

Pequenas mudanças que transformam – Para Maria Tainara, voltar a comer bem não precisa ser complicado. A reaproximação com os alimentos naturais pode começar com atitudes simples: “Trocar o refrigerante pela água, levar frutas para o trabalho e preparar lanches caseiros já faz diferença”, orienta.

Ela também defende o resgate do preparo das refeições em casa. “Cozinhar é um ato de autocuidado e economia. Quando você prepara sua comida, entende o que está comendo.”

A professora recomenda que é preciso que as famílias se organizem na aquisição e no preparo dos alimentos “in natura” para a semana e aproveitem as promoções dos supermercados e feiras para um melhor custo-benefício. Planejar as compras e ler os rótulos com atenção. “Quanto mais nomes químicos e ingredientes desconhecidos, maior a chance de ser ultraprocessado”, alerta.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) reduziu, em 2025, o limite de ultraprocessados na alimentação escolar para 15%, priorizando alimentos da agricultura familiar — medida vista como avanço na formação de hábitos saudáveis desde a infância.

Para a professora da Estácio, é essencial fortalecer a educação alimentar e as políticas públicas.

“Precisamos resgatar o valor cultural e afetivo da comida de verdade. Ensinar a cozinhar, planejar e reconhecer o que se come. Isso é autonomia alimentar”, afirma, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde nos materiais: Guia Alimentar para a População Brasileira e Guia Alimentar para crianças menores de dois anos.

Da indústria à mesa – “O ambiente alimentar é desenhado para nos empurrar aos ultraprocessados. Eles são mais visíveis, alguns com o valor mais acessível e convenientes. A responsabilidade deve ser compartilhada entre o poder público, a indústria e o consumidor”, conclui Tainara.

Enquanto isso, nas cozinhas e mercados, a luta continua: reconectar o brasileiro aos alimentos que vêm da terra — e não da fábrica — é essencial para preservar a saúde e a identidade alimentar do país.

Fonte: Assessoria

Magreza injetável: entre o milagre farmacológico e a negligência disfarçada de autocuidado

Giovana Colletti (*)

Nos últimos meses, semaglutida e tirzepatida se tornaram o assunto preferido nas conversas sobre saúde e, curiosamente, o menos falado nas consultas médicas.

O que era um tratamento para diabetes tipo 2 se transformou em símbolo de uma promessa: emagrecer rápido, sem esforço, sem dieta, sem terapia, sem processo. A promessa é tentadora e justamente por isso, perigosa, mas o ponto crítico aqui não é o que estamos usando, é como e por que estamos usando.

O apelo por uma solução imediata para um problema multifatorial revela algo mais profundo do que uma simples tentativa de perder peso, revela um mal-estar moderno: a incapacidade de lidar com o tempo, com a espera, com o processo. Vivemos em um ambiente onde o corpo é tratado como vitrine e a saúde como performance.

O uso dessas medicações explodiu de forma tão acelerada que hoje é impossível ignorar o fenômeno social que elas representam. O que antes exigia anos de reeducação alimentar, acompanhamento multiprofissional e acima de tudo paciência, agora parece caber em uma seringa semanal, mas a pressa em emagrecer tem um custo e o corpo costuma cobrar com juros.

O problema é o uso indiscriminado sem avaliação médica adequada, sem acompanhamento nutricional e, muitas vezes, sem sequer entender o que o fármaco faz no organismo. Esses medicamentos atuam retardando o esvaziamento gástrico e modulando a saciedade via sistema nervoso central, traduzindo: a pessoa sente menos fome e come menos.

Só que o corpo não segue uma matemática básica, ele não responde a comandos simples, ela é muito mais inteligente do que pensamos e sintomas como náuseas, vômitos, constipação, refluxo, tontura e até pancreatite são efeitos adversos documentados, mas frequentemente minimizados ou ignorados.

O discurso público se restringe ao número na balança, não aos marcadores clínicos. Há quem comemore perder dez quilos em um mês sem perceber que junto com o peso foram embora massa muscular, reservas energéticas e até a relação saudável com o próprio corpo.

A promessa de emagrecer sem esforço alimenta um ciclo de dependência estética e aqui mora a ironia porque a pessoa acredita estar cuidando de si, mas está apenas trocando uma forma de negligência por outra. É comum ver quem usa o medicamento como “atalho” voltar a ganhar peso após a suspensão do uso justamente porque nada mudou na base comportamental.

O cérebro ainda busca o conforto alimentar, o corpo ainda reage ao estresse com fome, e a rotina ainda é incompatível com o autocuidado. A medicação vira muleta, não ferramenta. A busca pela magreza imediata repete um velho erro com roupagem moderna: querer resultados sustentáveis com soluções instantâneas.

O que muda agora é que o remédio é de última geração, mas o pensamento ainda é do século passado. Essa lógica não é só perigosa, é anticientífica porque ignora o contexto metabólico, o histórico alimentar, a saúde mental, os marcadores laboratoriais e a capacidade do paciente de sustentar as mudanças necessárias quando o medicamento sair de cena.

O verdadeiro problema não é o uso de medicamentos, é a forma descontextualizada com que estão sendo usados. Essas drogas podem ser peças chave em protocolos bem conduzidos, especialmente em casos de obesidade resistente, síndrome metabólica e diabetes tipo 2, mas o modo como estão sendo incorporadas transforma um tratamento em espetáculo onde vemos o uso de remédios para corrigir sintomas gerados por uma sociedade que adoece de imediatismo.

Comemos rápido, dormimos pouco, nos movemos menos e ainda esperamos que a química resolva o que a biologia tenta gritar: que estilo de vida não se terceiriza.

O motivo é ainda mais preocupante, visto que a maioria das pessoas que recorre a esses medicamentos não busca saúde, mas pertencimento. Pertencer à estética do corpo enxuto, ao discurso da disciplina, à ilusão de controle, enquanto isso, hábitos continuam desorganizados, exames continuam negligenciados e o sistema de saúde continua sobrecarregado por doenças que nenhum remédio é capaz de prevenir sozinho, mas enquanto a pressa continuar valendo mais que a consistência, o remédio continuará servindo para calar sintomas, não para curar causas.

É urgente deslocar o foco da perda de peso para a ganho de consciência: sobre alimentação, sono, estresse, ciclo hormonal e microbiota. A verdadeira transformação metabólica não acontece na seringa, acontece na rotina invisível, silenciosa e difícil, mas duradoura.

(*) Nutricionista – Pós-graduada em Nutrição Estética, Esportiva e Saúde da Mulher

Paracetamol na gravidez causa autismo em crianças?

O uso de paracetamol na gravidez se tornou tema de debates por uma suposta associação com o transtorno do espectro autista (TEA) — que afeta cerca de uma em cada cem crianças no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entretanto, até o momento, não há evidências científicas sobre isso. Os estudos mostram que o autismo resulta de uma complexa interação entre genes e fatores ambientais, e não de um único fator.

Segundo o neuropediatra Antonio Carlos de Farias, do Hospital Pequeno Príncipe — que é o maior e mais completo pediátrico do país — esse tipo de abordagem costuma apresentar soluções simples para questões complexas. “Sugere-se que um único fator possa ser responsável pelo autismo ou que exista um tratamento milagroso capaz de resolvê-lo. Isso desvia a atenção do que realmente é eficaz: terapias, educação, inclusão e acolhimento”, salienta.

Amplamente utilizado no Brasil, o paracetamol é registrado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento possui segurança e eficácia comprovadas quando usado de forma adequada e com orientação médica ou farmacêutica. Por isso, o mais importante é que gestantes sempre usem medicamentos sob orientação médica.

O que a ciência já descobriu sobre paracetamol e autismo?

O neuropediatra explica que estudos observacionais iniciais sugeriram que crianças expostas ao medicamento no útero poderiam ter até 1,25 vez mais risco de desenvolver autismo.

No entanto, esses resultados foram influenciados por fatores de confusão, já que o paracetamol geralmente é usado para tratar febre e infecções. Ou seja, são condições que também podem impactar o desenvolvimento neurológico.

Um estudo realizado na Suécia com 2,5 milhões de crianças não encontrou associação significativa entre o uso de paracetamol na gravidez e o risco de autismo, após ajuste para fatores ambientais e familiares.

Além dos fatores de confusão, existe o viés de recordação, em que a informação sobre exposições passadas é coletada por meio de relatos dos participantes, que podem não recordar com precisão eventos passados.

“Por exemplo, indivíduos que desenvolveram uma enfermidade podem ter uma tendência maior a exagerar ou minimizar suas exposições anteriores em comparação a indivíduos saudáveis, o que pode afetar a validade das estimativas de associação entre exposição e desfecho“, esclarece o neuropediatra.

Os diagnósticos de autismo aumentaram?

O aumento da prevalência de transtorno do espectro autista (TEA) não significa que mais crianças estão necessariamente desenvolvendo o transtorno. Segundo o especialista, uma compreensão mais profunda dos sintomas e alterações nos critérios de diagnóstico possibilitaram a identificação de casos mais leves.

“Além disso, houve um aumento na conscientização entre profissionais de saúde, instituições e a sociedade em geral. Isso resultou em uma maior busca por serviços de saúde mental e diagnósticos mais precisos e precoces”, complementa.

 O que realmente está por trás do autismo?

Pesquisas apontam que o TEA envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais. De acordo com o especialista, aproximadamente mil genes têm sido relacionados ao transtorno, mas a sua influência não ocorre de maneira isolada. Ou seja, é a interação entre esses genes que pode aumentar a suscetibilidade de um indivíduo.

“Ademais, aspectos ambientais, como a idade avançada dos pais, o uso de determinados medicamentos durante a gravidez (como o ácido valproico) e o estresse vivido durante a gestação, podem ter papel significativo no aumento da incidência de casos”, finaliza.

Fonte: Assessoria

Por que você não deve espremer espinhas e cravos

Espremer espinhas é algo tentador, principalmente quando surge aquela pontinha branca. Mas este hábito deve ser deixado de lado em qualquer circunstância. Isso porque as espinhas são repletas de bactérias e, ao espremer, o risco de infecção, marcas e cicatrizes é maior.

Também não é aconselhável espremer cravos por conta própria, pelo mesmo risco de infecção. “A unha possui bactérias e causa marcas na pele”, alerta a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ), Regina Schechtman.

Cicatrizes e manchas são mais difíceis de tratar do que a própria acne, acrescenta a dermatologista Beatriz Bottura.

O que fazer então? Produtos com agentes secativos podem acelerar a cicatrização, mas se a lesão estiver muito inflamada, o ideal é procurar um médico.

Misturas caseiras divulgadas na internet, podem queimar a pele e agravar o quadro.

Limpeza de pele é diferente de espremer espinhas

A limpeza de pele feita por um profissional qualificado é liberada pelos médicos porque utiliza técnicas apropriadas, como higienização, uso de material esterilizado, pressão controlada sobre as lesões e aplicação de antissépticos, após o procedimento.

⚠️ Nem toda acne, no entanto, deve ser extraída durante a limpeza. Lesões muito inflamadas exigem outros tratamentos prévios, alerta Bottura.

“Na limpeza de pele, profissionais treinados executam o que chamamos de cirurgia da acne ou extração dos comedões (cravos). Eles possuem a técnica adequada, responsável por evitar o acúmulo de material queratinizado (sebo) dentro dos poros. Isso reduz muito o risco de infecção”, explica Schechtman.

Mas, se o paciente não resistir e acabar espremendo uma espinha, é essencial limpar bem a região e aplicar protetor solar para não piorar o aspecto da mancha.

Espremer espinhas pode levar até à meningite?

Em casos raríssimos, espremer espinhas pode levar à meningite, porque existe a possibilidade de bactérias caírem na corrente sanguínea. Esse risco é maior em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.

“A anatomia venosa da face tem comunicação com vasos intracranianos. Infecções profundas nessa região podem, em casos excepcionais, evoluir para complicações como trombose do seio cavernoso ou disseminação intracraniana”, alerta Bottura.

Schechtman acrescenta que já atendeu diversos casos de celulite da face. “Esse problema pode ser grave e exige internação para antibiótico venoso. Há situações que podem levar a sequelas e até à morte por infecção generalizada”, explica.

Também há registros de micobacteriose na face e abscessos por estafilococos (bactéria que habita a pele).

Fonte: Portal G1

Dourados lidera ranking nacional de inserção de DIU pelo SUS nas unidades de saúde

Dourados conquistou um resultado expressivo no cenário da saúde pública brasileira. De acordo com levantamento do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (SISAB), o município foi a nona cidade do país em número absoluto de inserções de Dispositivos Intrauterinos (DIU) entre janeiro e julho deste ano. No entanto, quando considerada a proporção de inserções em relação ao total de mulheres em idade fértil, Dourados ocupa a primeira posição no Brasil.

No período analisado, foram contabilizadas 516 inserções de DIU, o que corresponde a uma cobertura de 0,74% das 69.144 mulheres em idade fértil do município. Esse índice coloca a cidade à frente de grandes capitais, como Rio de Janeiro, que registrou 0,52% de cobertura, Brasília, com 0,47%, e Florianópolis, com 0,37%. O resultado reflete o investimento que as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde vêm aplicando em políticas públicas de planejamento reprodutivo e acesso a métodos contraceptivos de alta eficácia.

Para a gerente da Rede Alyne – estratégia nacional do Ministério da Saúde focada em qualificar a atenção à saúde materna e infantil, Mariana Faria, o protagonismo da enfermagem é um dos diferenciais dessa conquista. Segundo ela, 79% das inserções de DIU realizadas na Atenção Primária em Dourados foram feitas por enfermeiros, o que demonstra a qualificação da equipe e o compromisso em ampliar o acesso das mulheres ao planejamento familiar.

O planejamento reprodutivo é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos investimentos mais custo-efetivos que um país pode realizar. Além disso, a prática proporciona benefícios diretos para a vida das mulheres, permitindo decisões conscientes sobre maternidade, ampliando o intervalo entre gestações, reduzindo gravidezes não planejadas e abortamentos, além de impactar positivamente nos índices de evasão escolar e nas taxas de mortalidade materna e infantil.

Em Dourados, a Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza a inserção de DIU hormonal, não hormonal e o implante subdérmico de etonogestrel em 17 Unidades Básicas de Saúde e no Centro de Atendimento à Mulher (CAM). As mulheres interessadas em realizar o procedimento devem procurar a unidade de referência e agendar uma consulta com médico ou enfermeiro para avaliação.

O DIU é considerado um método contraceptivo reversível, de longa duração e com alta eficácia, sendo amplamente recomendado como uma estratégia de prevenção de gestações não planejadas, inclusive na adolescência. A posição de liderança conquistada por Dourados no ranking nacional reforça o compromisso da gestão municipal em garantir o direito ao planejamento reprodutivo e em ampliar o acesso das mulheres a serviços de saúde de qualidade.

Fonte: Assecom

Você vive gripando? Talvez seu sistema imunológico esteja pedindo ajuda

Gripes recorrentes, resfriados que parecem não ter fim e infecções frequentes podem ser sinais de que o corpo está em alerta. De acordo com o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, o enfraquecimento do sistema imunológico pode estar por trás desses episódios, e merece atenção.

Segundo o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), adultos têm, em média, de 2 a 4 resfriados por ano, principalmente durante os períodos mais frios. Crianças, especialmente aquelas em idade escolar, podem apresentar de 6 a 10 episódios anuais .

“É comum que as pessoas acreditem que gripar muitas vezes no ano seja normal, mas quando isso acontece com frequência, pode ser um indicativo de que as defesas naturais do organismo não estão funcionando como deveriam”, explica o médico.

Entre os principais fatores que contribuem para a baixa imunidade, o especialista destaca má alimentação, estresse, falta de sono, uso indiscriminado de medicamentos e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Além disso, a mudança de estações, especialmente no inverno, costuma sobrecarregar o sistema imunológico.

O Dr. Carlos alerta ainda para os riscos de negligenciar esse quadro.

“Quando a imunidade está baixa, o corpo não consegue reagir adequadamente a vírus e bactérias, aumentando não apenas a frequência das infecções, mas também a intensidade e o tempo de recuperação”, ressalta.

Para fortalecer as defesas naturais do organismo, o médico recomenda investir em hábitos saudáveis. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e proteínas de qualidade, é fundamental para fornecer vitaminas e minerais essenciais.

Praticar exercícios físicos, manter uma boa rotina de sono e controlar o estresse também são atitudes que ajudam a reforçar a imunidade.

Outro ponto importante é o uso responsável de medicamentos. “O autotratamento é perigoso, porque pode mascarar sintomas e até agravar a fragilidade do sistema imunológico. Sempre que os episódios de gripe forem frequentes, é essencial procurar um médico para investigar as causas e indicar a melhor conduta”, orienta o Dr. Carlos.

A mensagem, segundo o especialista, é clara: viver gripando não deve ser encarado como normal. Com atenção aos sinais do corpo e acompanhamento médico adequado, é possível identificar desequilíbrios e recuperar a força do sistema imunológico, garantindo mais qualidade de vida e proteção contra doenças.

Fonte: Assessoria

O que acontece com seu corpo quando você dorme mal por 1 semana

Sabe aquele ditado popular “nada como uma noite bem dormida”? Ele não é à toa. Uma boa noite de sono é tão essencial para a nossa saúde e bem-estar quanto qualquer outro hábito saudável.

Segundo os especialistas , enquanto dormimos, o nosso corpo trabalha para manter o cérebro e o restante do corpo funcionando. Por isso, dormir mal, a longo prazo, pode causar impactos significativos.

Segundo o médico neurologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), João Brainer, enquanto dormimos, o cérebro diminui a pressão arterial e ativa o sistema glinfático, responsável pela limpeza de substâncias tóxicas do organismo. No entanto, quando dormimos mal, isso não acontece.

“O nosso cérebro não só não consegue fazer a limpeza dessas substâncias que são nocivas e que, em contato persistente com o neurônio, estressam o funcionamento. Portanto, não permite que o neurônio funcione da forma adequada, deixando o raciocínio mais lento. Literalmente, você perde neurônios, diminui as conexões sinápticas e a velocidade de processamento. O que deixa o indivíduo lento, com dificuldade de interpretação do que está acontecendo”, explica Brainer. 

Além do cansaço, da sonolência e da deterioração das funções cerebrais, há também um prejuízo de humor, dando mais chances de irritabilidade e depressão. De acordo com Luciana Palombini, pneumologista e pesquisadora do Instituto do Sono, os impactos são diferentes conforme a idade.

“Hoje, sabemos que existe um perfil individual para os efeitos do sono inadequado em diferentes pessoas, independentemente da idade. Agora, uma das coisas que acontece naturalmente com o aumento da idade é um prejuízo nos dois ciclos. Ou seja, existe uma maior chance de despertares noturnos e, durante o dia, uma maior chance de cochilos. Então, na faixa etária dos idosos, fica mais importante manter os hábitos de sono adequados porque existe uma maior tendência para essa desregulação”, diz a especialista.

Quais sinais o corpo dá quando o sono está ruim?

“O sono inadequado, os distúrbios de sono e a falta de sono impactam a saúde como um todo. […] Quando a pessoa não dorme de maneira adequada, muitas vezes, ela não se dá conta inicialmente. Essas queixas que falei, de sonolência, irritabilidade, de prejuízo de concentração e de memória, isso pode ir aumentando conforme a pessoa fica mais tempo com o sono inadequado”, afirma Palombini.

Como recuperar o sono?

A resposta, segundo João Brainer, é direta: o paciente deve procurar, primeiramente, dormir. O próximo passo é buscar regularizar o sono.

“Não adianta simplesmente [deixar de] dormir fora do horário habitual que o paciente costuma dormir. O ideal é que o paciente tenha uma rotina de sono para que ele comece a dormir bem”, destaca. 

“Por exemplo, a diminuição da exposição a telas antes do período para dormir porque isso pode perturbar a forma como você vai dormir. Não adianta ter horas de sono, tem que ser horas bem produtivas de sono. Ter um ambiente confortável, em termos de temperatura e luminosidade. O ideal é dormir num breu completo. […] Que o paciente acorde e, de fato, tenha a sensação de que ele conseguiu descansar e que o cérebro dele vai ficar mais produtivo dali para frente”, pontua.

Fonte: Portal Terra