quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Aumento nos casos de chikungunya preocupa moradores da região sul do Estado

Campo Grande News

 

Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e cuidados com água parada devem ser redobrados (Foto:André Bittar/ Arquivo)

O aumento nos casos de Chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, estão colocando a região sul de Mato Grosso do Sul em alerta. Em Dourados, já foram registradas 42 vítimas do vírus, um aumento de 1.300% em relação ao ano passado.

 

 

Os primeiros quatro meses deste anos já somam 42 casos, contra três registrados no ano passado. Os dados são resultado do balanço epidemiológico do Núcleo de Vigilância em Saúde, divulgado nesta semana. No boletim epidemiológico publicado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) no dia 18 de abril, Dourados aparece com 19 notificações.

 

De acordo com o Dourados News, secretaria de saúde do município apura as causas para o aumento da doença, já que a dengue e o zika vírus tiveram reduções significativas. Segundo o balanço, 12 casos de dengue foram confirmados desde janeiro e nenhuma ocorrência de zika.

 

 

“A secretaria estuda como pode ter havido um crescimento nos casos desta doença se as outras diminuíram, sendo o mesmo mosquito transmissor. Em todo caso, todas as ações são intensas”, disse o secretário de saúde Renato Vidigal em nota enviada ao site local.

 

Ainda segundo o último boletim da SES, Campo Grande já teve 48 notificações. Além da Capital e de Dourados, casos de febre Chikungunya foram registrado em Porto Murtinho, Corumbá, Rio Verde e Sonora.

 

Na fronteira – Nesta sexta-feira (27), Águeda Cabello, a diretora de vigilância e saúde do Paraguai, confirmou o registro de cinco casos da febre em Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã – a 318 quilômetros de Campo Grande.

 

Conforme o site Porã News, as vítimas moravam em quatro bairros que fazem fronteira com o Brasil. Os casos já confirmados deixaram toda a região Sul do estado em alerta. Nas duas cidades as autoridades estão orientado a população a redobrar os cuidados contra o mosquito Aedes Aegypti.

 

A chikungunya apresenta quadro parecido com o da dengue, sendo a febre alta e demais sintomas, no entanto se destaca as dores intensas nas articulações que podem durar meses ou mais de ano, o que pode elovuir para a fase crônica. Em pacientes idosos ou com doenças crônicas são mais suscetíveis a evoluírem para óbito.

Campanha de vacinação contra a Influenza inicia hoje em Dourados

Assecom

 

Nesta primeira etapa, de 25 de abril a 11 de maio a vacinação será para crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde (Foto - A.Frota)

 

A Prefeitura de Dourados, através do Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, inicia nesta quarta-feira (25), as ações da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza 2018. Todas as Unidades Básicas de Saúde do município disponibilizarão doses da vacina para a população, conforme cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde em relação aos grupos de risco, de maneira escalonada.

 

Nesta primeira etapa, de 25 de abril a 11 de maio a vacinação será para crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 pós-parto), trabalhadores da saúde e professores. A partir de 12 de maio os idosos serão incluídos ao escalonamento e, a partir de 21 de maio, os presidiários e funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais, independente da idade. A campanha termina em 1° de junho.

 

Segundo Edvam Marcelo Morais Marques, gerente do Núcleo, a estimativa de população alvo é entre 70 e 80 mil doses, segundo estabelecido pelo Ministério da Saúde. “É importante que os integrantes dos grupos de risco tomem a vacina porque o vírus tem variações que podem causar problemas maiores, mas também é importante que a população entenda que não são todos que precisam tomar a dose”, explicou.

 

Edvam ressalta que o cronograma não é feito pela Prefeitura, e é importante que a população esteja por dentro das datas de vacinação e para os grupos de risco respectivos. “Em muitos lugares a campanha iniciou na segunda-feira. Nós optamos por iniciar nesta quarta por uma questão de logística, para dar mais comodidade aos cidadãos, que terão a vacina nas unidades”, disse.

 

O primeiro lote enviado é composto por 20 mil doses da vacina. A carga chegou ao município na segunda-feira e todas as unidades foram abastecidas com esta primeira fase ainda nesta terça-feira (24). “O cronograma de envio das próximas doses é por deliberação do Ministério. Nós recebemos, cadastramos e distribuímos para a aplicação”, explicou, lembrando que é apenas uma empresa fornecedora das doses para todo o Brasil, na área pública e privada.

 

Datas e horários

 

De 25 a 27 de abril o atendimento nos postos de saúde será das 7h às 11h e das 13h às 17h para este público. Dos dias 2 a 4 de maio, a vacinação será nos postos no mesmo horário, e nas unidades da Seleta e do Parques das Nações II, com um terceiro período, das 18h30 às 21h30. De 7 a 11 de maio, continua a vacinação nas unidades no horário normal (7h às 11 – 13h às 17h).

 

A partir de 12 de maio, quando ocorre a Mobilização Nacional, até 18 de maio, a vacinação incluirá os idosos aos demais grupos, com atendimento nos mesmos horários já estabelecidos.

 

De 21 de maio a 1 de junho, data prevista para o término da campanha de vacinação, serão vacinados ainda os indígenas, portadores de doenças crônicas, presos e funcionários do sistema prisional, com os mesmos horários nos postos de saúde.

 

A vacinação será com uma dose de vacina trivalente, com antígenos para os tipos Influenza A H1N1 e H3N2 e Influenza tipo B, e será feita exclusivamente nos postos de saúde. Para receber a dose, professores, funcionários do sistema prisional e funcionários da saúde precisam apresentar documento que comprove a condição. Doentes crônicos precisam de prescrição médica com o motivo da indicação. Demais grupos precisam apenas de documento de identificação, mas recorrer a unidade de saúde a que está vinculado.

 

Situação

 

Segundo o Núcleo de Imunização, Dourados apresentou 4 suspeitas de Influenza em 2018, sendo duas de moradores da cidade e duas de moradores de outros municípios. Todos foram considerados negativos, de acordo com exame realizado no Lacen/MS.

 

No Estado, Campo Grande é o município com mais notificações, tendo confirmado 2 casos de H1N1 e 6 casos de H3N2, com duas mortes por este segundo tipo da doença. O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde é de 18 de abril.

 

 

Estado pretende imunizar, pelo menos, 90% do público-alvo contra a Influenza

Portal do MS

 

Ao todo, serão enviadas 811 mil doses da vacina (Foto - Divulgação)

 

Com 300 mil doses já entregues pelo Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul abriu oficialmente, nessa segunda-feira (23.4), a 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.

 

A meta é vacinar pelo menos 90% do público-alvo, o que representa 663.656 pessoas em Mato Grosso do Sul. Para o secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Coimbra, que participou da abertura da campanha realizada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), a imunização desse quantitativo vai depender da “consciência do grupo de risco”.

 

“As pessoas precisam se conscientizar, cuidar mais da saúde e se vacinar. O público alvo são aquelas pessoas mais vulneráveis e que precisam estar atentas a essa gripe”, afirmou.

 

Além das 300 mil doses já entregues, o Estado deve receber até esta terça-feira (24.4) mais 130 mil doses. Ao todo, serão enviadas 811 mil doses da vacina, quantidade mais do que suficiente para imunizar o público alvo do Estado, conforme explicou o secretário da SES.

 

Alguns profissionais de saúde, que trabalham no Hospital Regional, foram vacinados durante abertura do evento.

 

Público alvo

 

Fazem parte do público-alvo 737.395 pessoas e de acordo com o escalonamento da entrega da vacina feito pelo Ministério da Saúde, o início da campanha deve ser para os grupos prioritários que são: profissionais da saúde, crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes, puérperas e professores.

 

A partir do dia 12 de maio a vacinação será estendida para indivíduos com 60 anos ou mais.

 

Para os demais grupos, a campanha estará disponível a partir do dia 21 de maio: povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população carcerária e funcionários do sistema prisional; pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independente da idade.

 

A campanha da vacinação vai até o dia 1° de junho, sendo 12 de maio o Dia de Mobilização Nacional – Dia D. A SES é responsável pela distribuição e orientação aos municípios.

Campanha de vacinação contra Influenza tem início dia 25 em Dourados

Assecom

 

A vacina será escalonada para os grupos prioritários (Foto - Assecom/arquivo)

 

A 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza tem início na próxima quarta-feira, dia 25 de abril, em Dourados. A prefeitura, por meio do Núcleo de Imunização, informa que a ação abrangerá todas as unidades de saúde e será distribuída a grupos priorizados, conforme determinação do Ministério da Saúde.

 

O objetivo é reduzir o número de casos graves e óbitos causados por vírus da Influenza. Crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas (até 45 dias pós-parto), profissionais da área da saúde, comunidade indígena, idosos (60 anos ou mais), população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais fazem parte do grupo prioritário.

 

A vacina ofertada será trivalente e conterá antígenos do tipo Influenza H1N1, Influenza H3N2 e Influenza tipo B.

 

O encerramento da campanha está previsto para o dia 01 de junho.

 

ESCALONAMENTO

 

A vacina será escalonada para os grupos prioritários. Conforme o calendário do Ministério da Saúde, segue agenda da distribuição:

 

de 25 a 27 de abril, a vacinação estará disponível em todas as unidades de saúde, das 7h às 11h e das 13h às 17h, apenas para trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, crianças de seis meses a menores de cinco anos e professores.

 

De 02 a 04 de maio, a vacinação estará disponível em todas as unidades de saúde, das 7h às 11h e das 13h às 17h e nas unidades de Saúde Seleta e Parque das Nações II, também, das 18h às 21h30, apenas para trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, crianças de seis meses a menores de cinco anos e professores.

 

De 07 a 11 de maio, a vacinação continua em todas as unidades de saúde, das 7h às 11h e das 13h às 17h, apenas para trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, crianças de seis meses a menores de cinco anos.

 

A Secretaria de Saúde destaca que a vacina será ofertada exclusivamente em unidades de saúde da Família e Unidades Básicas. Não haverá postos de vacinação volante.

 

 

Dourados vive surto da febre chikungunya com 80% dos casos registrados em março, afirma saúde

G1 MS

Município de MS vive surto da febre chikungunya, afirma saúde (Foto: TV Morena/Reprodução)

Mato Grosso do Sul está com 33 casos de febre chikungunya registrados este ano. Destes, 15 foram registrados em Dourados. Segundo a secretária de saúde do estado, o município vive um surto da doença. Outros 54 casos foram notificados e estão sendo investigados.

 

Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Dourados, Rosana Alexandre, a situação realmente preocupa, já que 80% dos casos foram registrados em março deste ano.

 

“Provavelmente foi uma área, uma localidade do tropical, um imóvel abandonado que foi informado que havia muito foco e fomos até lá, através da entrada forçada, fizemos todo o trabalho, todo o reconhecimento. A partir daquele momento, fizemos o controle da doença, mas, infelizmente algumas pessoas foram contaminadas”, afirmou.

 

Imóveis fechados, ainda conforme a coordenadora, são alvos por conta da proliferação da doença. “Pela lei municipal n° 3.965, temos o direito a entrada com a ajuda de um chaveiro. E, caso a gente encontre, verificamos o foco, eliminamos e também adicionamos o larvicida”, explicou Rosana.

 

A rotina do CCZ com ações pontuais mecânicas, químicas, trabalho educativo e informação à população, que também precisa ficar em alerta. “Provavelmente onde há mato, onde há lixo, onde há entulho, ali pode conter água parada e começa a manifestação, a proliferação do vetor”.

 

O telefone do CCZ do município para denúncias é 67 3411 – 7753.

Neurologista Rodrigo Melo fala sobre o Mal de Parkinson

 Por: Cristina Nunes

Dourados Agora – http://www.douradosagora.com.br/

 

Neurologista Rodrigo Melo, especialista em Doença de Parkison. (Foto: Arquivo pessoal)

Em entrevista ao site Dourados Agora, o neurologista Rodrigo Melo, especialista em Doença de Parkison, que atende em consultório em Dourados, esclareceu dúvidas relacionadas aos sintomas e tratamento da doença:

 

Quais são as principais causas do mal de Parkinson?

 

A maioria dos casos é idiopática (predisposição pessoal). Porém existem alguns casos que são genéticos.

 

Existe alguma forma de prevenir a doença?

 

Infelizmente não é conhecida nenhuma forma de prevenção comprovada.

 

Quais os sintomas do início da doença?

 

Geralmente o paciente e a família percebem tremores em uma das mãos, porem existem casos em que o paciente treme muito pouco. Os quatro sintomas clássicos da doença são o tremor assimétrico, a lentificação dos movimentos, rigidez dos membros e instabilidade da postura e equilíbrio.

 

Existe uma faixa etária especifica atingida por essa doença?

 

A faixa etária é bem ampla. Existem casos de Parkinson precoce (paciente com menos de 40 anos de idade) e casos que surgem com 70, 80 anos.

 

Em Dourados, há muitos casos da doença?

 

Existem muitos casos em Dourados. Em geral a prevalência é de 1% (100 casos para 100mil habitantes). Porem esse número aumenta se considerarmos todas as formas de parkinsonismo, lembrando que nem todos os casos são considerados doença de Parkinson. Existem doenças com tremores e alterações semelhantes que não são doença de Parkinson.

 

Qual é a forma de tratamento do paciente com Mal de Parkinson?

 

O principal tratamento é o uso do medicamento Levodopa, porem existem vários medicamentos utilizados, isoladamente ou em associação. E tudo depende da fase da doença, da idade do paciente e das complicações presentes. A Fisioterapia e psicoterapia também são muito importantes.

 

Com a doença, a pessoa se torna mais dependente. Quais os principais cuidados que a família ou o responsável deve ter?

 

A família deve dar suporte psicológico, auxilio nas atividades mais pesadas e também ter cuidado para evitar quedas. O paciente se torna mais dependente na fase avançada da doença.

 

Com o tratamento correto, é possível que a pessoa que tem essa doença tenha uma vida normal?

 

O tratamento é fundamental para que a pessoa mantenha suas atividades usuais. Geralmente o paciente consegue manter sua funcionalidade por muitos anos.

Hospital da Vida realiza segunda captação de órgãos do ano em Dourados

Assecom

 

Enfermeira do Hospital da Vida explica a filhos de doadora sobre os procedimentos (Foto - Gizele Almeida/Assecom)

Mais uma captação de múltiplos órgãos ocorreu em Dourados, nesta quarta-feira (14), no Hospital da Vida. A ação é resultado das intervenções do CIHDOOT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), sob gestão da Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria de Saúde. Ao todo já foram realizadas 14 captações.

 

Na segunda ação do ano, foram captados fígado, rins direito e esquerdo e as córneas. De acordo com a comissão, os órgãos serão encaminhados para o Distrito Federal, Minas Gerais e Campo Grande.

 

A ação durou cerca de quatro horas. Roseli de Oliveira Lopes, 50 anos, foi a doadora. De acordo com a enfermeira Ludelça Dorneles, até oito pessoas poderão ser atendidas, já que as córneas podem ser ‘divididas’.

 

A família autorizou a doação de órgãos após a paciente ter morte encefálica. A enfermeira cita que a comissão informou à família a possibilidade de vidas serem salvas com a doação de órgãos e após consentimento deu andamento as ações.

 

“Nós conversamos com os filhos da Roseli e informamos que no caso da morte encefálica poderia acontecer a captação de múltiplos órgãos e deixamos que tomassem a decisão. Em um momento de luto, eles foram sensíveis à oportunidade de salvar outras vidas e isso torna recompensador o trabalho de toda equipe”, disse.

 

A Central Estadual de Transplante, OPO (Organização de Procura de Órgãos e Tecidos), uma equipe de cirurgiões de Minas Gerais atuaram junto aos processos. Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) prestou apoio em transporte.

 

Equipe que atuou na captação de órgãos ocorrida nesta quarta-feira em Dourados (Foto - Divulgação)

 

Em depoimento a assessoria de comunicação da Prefeitura de Dourados, Cleiton Lopes Vargas, 27 e Cristiano Lopes Vargas, 26, filhos de Roseli, falaram sobre a emoção do ato. Eles contam que a mãe lutou uma semana pela vida e que neste momento difícil, o que os conforta é saber que a vida terá continuidade para a paz de outras famílias.

 

“Sabemos que tudo o que foi possível foi feito para salvar minha mãe, mas ela não resistiu. Então, pensamos em quantas famílias lutam para salvar algum ente querido, que precisa dos órgãos neste momento e com isso autorizamos ação. Saber que a vida dela vai continuar de alguma forma é o que nos dá um pouco de paz nesta hora de perda”, disse Cleiton.

 

Ele conta que os cinco irmãos se reuniram para decidir sobre a doação e apenas um teve certa resistência devido ao “choque”, mas logo entendeu a nobreza do gesto. Para o filho, é gratificante notar que Dourados tem crescido neste tipo de ação e as famílias devem se conscientizar da importância desse gesto.

 

“Minha mãe se torna parte desta história de procedimentos de captação na nossa cidade, isso é gratificante e precisa ser divulgado para que outras famílias se mobilizem também. Se acontecer algo comigo, quero ser doador também, pois dessa vida só vamos levar mesmo os momentos felizes”, destacou.

 

Recentemente foi realizada em Dourados a primeira captação de pulmão e também a captação do primeiro fígado transplantado no mundo.

 

A enfermeira Ludelça Dorneles destaca que as ações têm colocado o município como referência nos procedimentos que são realizados com total apoio da gestão Délia Razuk e articulações do secretário de Saúde Renato Vidigal.

 

Ela destaca ainda que a comissão continuará intermediando com as famílias quando houver a possibilidade de captação de órgãos, já que a ação é totalmente dependente do posicionamento dos familiares. “Destacamos que é família quem decide, então é preciso falar sobre essa vontade. Nosso trabalho com foco em conscientização quanto ao tema e sua importância seguirá e a pretensão é elevar o número de captações”, pontuou.

 

LEIA TAMBÉM – PRIMEIRA CAPTAÇÃO DE CORAÇÃO EM DOURADOS É REALIZADA NO HOSPITAL DA VIDA E ÓRGÃO VAI PARA SÃO PAULO

 

 

Entenda a doença degenerativa que paralisou o cientista Stephen Hawking

G1

 

O físico Stephen Hawking, morto nesta quarta-feira (14), aos 76 anos, além de cientista notável, foi um dos mais conhecidos portadores da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Diagnosticado aos 21 anos, ele conseguiu sobreviver à doença por décadas, seguindo com sua carreira. A causa da morte do inglês ainda não foi divulgada.

 

Stephen Hawking, em 2015, na chegada ao Interstellar Live Show no Royal Albert Hall, no centro de Londres (Foto: Joel Ryan / Invision / AP Photo (Arquivo))

 

Por causa da ELA, em certo ponto, Hawking só conseguia mover um dedo e os olhos voluntariamente. A cadeira de rodas e a crescente dificuldade para se comunicar não o impediram de continuar com suas pesquisas, já que sua capacidade intelectual permaneceu intacta.

 

Hawking usava um sintetizador eletrônico para falar. A voz robótica produzida pelo aparelho para expressar suas ideias acabou se tornando não só uma de suas marcas registradas como foi constantemente ouvida e respeitada no mundo todo.

 

Degenerativa

De caráter progressivo, a ELA afeta os neurônios responsáveis pelos movimentos do corpo e causa a perda do controle muscular.

 

Além de ser uma doença ainda sem cura, a esclerose amiotrófica tem um diagnóstico difícil. São necessários cerca de 11 meses para detectar a doença.

 

A dificuldade existe porque não há nenhum exame de laboratório que indique alguma substância no sangue ou marcador de precisão para detectar a doença.

 

Sintomas

 

Os pacientes costumam sentir como primeiros sintomas problemas para respirar, dificuldades para falar, engolir saliva ou comida, além da perda de controle da musculatura das mãos ou atrofia muscular da perna. O raciocínio intelectual e os sentidos do corpo permanecem normais.

 

Após os primeiros sintomas, o paciente tem, em média, uma sobrevida de três anos e meio. Como consequência dos problemas no funcionamento dos músculos da respiração, os pacientes podem ter infecções pulmonares que levam à morte.

 

Estima-se que apenas 10% dos casos de esclerose lateral amiotrófica tenham causas genéticas. A doença é mais comum em pessoas entre 50 e 70 anos e é muito rara a ocorrência em jovens.

 

Os únicos tratamentos que existem buscam retardar a evolução da doença. No Brasil, há medicação oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas segundo especialistas na doença, na maioria dos casos ela só é fornecida quando o paciente já perdeu cerca de 50% dos neurônios motores.

 

 

Médico alerta para que cristãos não “espiritualizem” a depressão e recomenda tratamento

Gospel +

 

Segundo a OMS, a depressão no mundo aumentou 18% em 10 anos (Foto - Divulgação)

 

O médico Rodrigo Assunção, já conhecido no Youtube pela publicação de vídeos onde comenta aspectos da saúde mental humana associados à vida religiosa, publicou recentemente outro vídeo onde fala sobre um tema cada vez mais comum, também, entre os cristãos, que é a depressão.

 

“Tenho percebido também que a depressão não tem atingido somente os membros da igreja, mas também vários líderes têm sido acometidos por ela. A doença não tem processo seletivo, ou seja, não escolhe posição social, hierarquia ou tipo de atividade que a pessoa executa”, disse Rodrigo em uma matéria escrita para o Gospel Geral.

 

O médico frisou que a depressão é um “distúrbio afetivo” e disse ser imprescindível o acompanhamento médico para o diagnóstico e tratamento adequado. Ainda segundo Rodrigo, medicamentos antidepressivos “não viciam”:

 

“A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado, apenas lembrando, as medicações antidepressivas não viciam”, disse ele.

 

Não há consenso em saúde mental sobre o que é a depressão

 

Segundo a OMS, a depressão no mundo aumentou 18% em 10 anos. Na América Latina, o Brasil aparece seguido de Cuba (5,5%) e Paraguai (5,2%). Apesar dos números, no entanto, a depressão não é um conceito unânime acerca da saúde mental, não havendo também consenso sobre causas e formas do seu tratamento.

 

Não são todos os autores que reconhecem a depressão como um distúrbio no sentido patológico, por exemplo, como escreveu Rodrigo. Tal concepção é fruto do modelo biomédico de saúde, motivo pelo qual Assunção, provavelmente, atribui ao “médico” a função de diagnosticar e tratar algo que, na verdade, é o psicólogo (e não o médico) o profissional mais adequado para identificação e tratamento correto desse conflito.

 

Nem mesmo a concepção da depressão como “doença” ou “transtorno de humor” é um consenso. O uso desses termos também são frutos da herança cultural psiquiátrica, baseada em classificações diagnósticas do comportamento humano iniciada em 1904 com o médico Emil Kraepelin.

 

Há autores que argumentam que a depressão é, na verdade, um subproduto da cultura vigente, onde os seres humanos são afetados pelo estilo de vida que estabelecem para si em dado contexto. Para tal concepção, também vista como “culturalista”, tais alterações do estado de humor, portanto, seriam uma consequência de fatores externos ao sujeito e não a sua causa primária.

 

Allan V. Horwitz e Jerome C. Wakefield, por exemplo, autores da obra “Tristeza Perdida – Como a psiquiatria transformou a depressão em moda” (2010), argumentam que há muito mais diagnósticos errados sobre a depressão do que corretos. Isso, segundo o autores, se deve a confusão feita entre ao que chamam de “tristeza profunda” e depressão. Para eles, há também mais interesses comerciais motivados pela indústria farmacêutica e uma formação universitária inadequada do que a compreensão correta do que seria a “depressão”, de fato.

 

O psicólogo e psiquiatra Alexandre Keusen, comentando o aumento da depressão no Brasil em uma matéria para a agência EFE, esse entendimento é reforçado: “Hoje, as pessoas, em geral, querem respostas imediatas. O organismo fica sobrecarregado e, consequentemente, existem mais pessoas ansiosas”, disse ele, enfatizando o estilo de vida atual com fator desencadeante dos sintomas depressivos.

 

Para o médico Rodrigo Assunção:

 

“É importante destacar que depressão não se cura apenas com presentes e com viagens, ela precisa ser diagnosticada e devidamente tratada. Sempre tenho orientado meus pacientes sobre a importância de Deus em nossa vida e que as medicações são importantes para o tratamento”.

 

Assunção ressalta que o uso de medicamentos deve ser administrado de forma “adequada”, embora o mesmo não reconheça que esses fármacos possam causar “vício”, ou dependência. Aqui, temos outro impasse acadêmico, começando pelo conceito de dependência.

 

Para o psicólogo americano Bruce Alexander, que pesquisou a relação entre o consumo de drogas e cultura na obra “A Globalização do Vício: um estudo sobre a pobreza de espírito”, a dependência química está profundamente vinculada a uma condição de sofrimento social, e ela não diz respeito apenas às drogas ilícitas, mas também aos fármacos.

 

Em outras palavras, muito mais do que a fórmula química de um entorpecente, o fator principal para uma relação de dependência com uma droga, seja ela lícita (um medicamento, por exemplo) ou não, é o sofrimento afetivo pelo qual passa uma pessoa.

 

Isto é, se o fator emocional desencadeante do sofrimento (depressão) for de origem social (relações familiares, amorosas, profissionais ou mesmo espirituais), como é na maioria das vezes, e este não for solucionado, por exemplo, através de acompanhamento psicoterapêutico (com psicólogos), a utilização do medicamento além de não resolver o problema, poderá servir como forma de mascarar a sua verdadeira necessidade de enfrentamento.

 

Neste caso, a dependência não é apenas química, mas principalmente afetiva. Essa realidade é facilmente observada por inúmeros psicólogos clínicos em seus consultórios, onde o processo de “desmame” do medicamento é, muitas vezes, difícil do ponto de vista emocional, havendo relatos de clientes que dizem fazer uso de antidepressivos mesmo sem a sua necessidade.

 

Por fim, em todo caso, a fé em Deus é indispensável na luta contra a depressão (ou tristeza profunda), mesmo quando as causas não são de ordem espiritual. Neste sentido, vale muito a pena a orientação de Rodrigo Assunção:

 

“Não deixe de descansar, tirar férias, viajar, ter momentos de descontração e estar com os seus familiares, ações como estas são preventivas contra este mal. São coisas simples, mas que vão ajudar a evitar um esgotamento físico e psicológico. E, se perceber os sintomas, não deixe de procurar um médico ou psicólogo para ter um diagnóstico correto. Saiba que, aquilo que Deus reservou pra sua vida, será seu”.

Em Mato Grosso do Sul, mais de 111 mil escolares serão beneficiados com a Campanha Nacional de Hanseníase e outras doenças

 Agência Saúde

 

Durante todo o primeiro semestre deste ano letivo, 111 mil alunos de 5 a 14 anos de idade, matriculados no ensino fundamental de 166 escolas públicas de Mato Grosso do Sul serão beneficiados com a busca ativa para diagnóstico e tratamento de casos de hanseníase, de tracoma e de esquistossomose. Os escolares também receberão tratamento contra verminoses. A estratégia, promovida pelo Ministério da Saúde, faz parte da V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose para diagnóstico de doenças que possuem tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) e contempla 20 municípios do estado.

 

A estratégia, cujo slogan é “Hanseníase, Verminoses e Tracoma – em casa ou na escola, sempre é hora de prevenir e tratar”, ocorrerá em 40 mil escolas públicas de 2,7 mil municípios brasileiros que aderiram à ação e envolverá mais de oito milhões de alunos. As atividades serão realizadas até o dia 30 de junho. Com ações específicas para cada uma das doenças, a campanha envolve profissionais da educação e os que atuam no SUS, em especial os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), das Unidades Básicas de Saúde e da Vigilância Epidemiológica dos municípios.

 

Do total de municípios que aderiram à Campanha, 2.615 (95,4%) são considerados prioritários, devido à vulnerabilidade social e ao risco de adoecimento da população por essas doenças. Dentre os quais um é de Mato Grosso do Sul. Todos os municípios prioritários juntos receberam do Ministério da Saúde mais de R$ 16,5 milhões para a realização das ações propostas. Outros 127 municípios participarão voluntariamente da Campanha. Todos recebem do Ministério da Saúde apoio técnico e os medicamentos necessários para a execução da Campanha.

 

Para intensificar a estratégia, será realizada a Semana de Mobilização Nacional da V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose, que ocorrerá de 5 a 9 de março. O lançamento será dia 06 de março na Escola Estadual Professor Jercy Jacob em Várzea Grande, Mato Grosso com a presença da coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Filha. Para a coordenadora, a ação no ambiente escolar potencializa os resultados dessa intervenção. “Vamos ao encontro dos alunos que estão num local que é familiar para eles, facilitando a abordagem para realizar ações educativas e identificando precocemente essas doenças”, explica Carmelita Filha.

 

 

CAMPANHA ANTERIOR – A quarta edição da campanha, que aconteceu em 2016 e 2017, contou com participação de 2.409 municípios. Ao todo, seis milhões de escolares receberam a ficha de autoimagem, 157 tiveram diagnósticos de hanseníase confirmados, além de 23 casos diagnosticados entre os contatos. Cerca de 4,9 milhões de escolares receberam a profilaxia para verminoses, 22.084 casos foram confirmados como positivos para tracoma e 381 para esquistossomose.

 

No estado de Mato Grosso do Sul, nenhum dos 50,4 mil alunos que receberam a ficha de autoimagem teve diagnóstico confirmado para hanseníase. 26,5 mil escolares foram tratados contra verminoses.

 

HANSENÍASE – Para detecção de casos de hanseníase, a estratégia consiste na utilização da ficha de autoimagem que contempla sinais e sintomas sugestivos da doença. A ficha é entregue a cada aluno, a qual é preenchida pelos pais ou responsáveis e posteriormente devolvida à escola. As fichas são triadas pelos profissionais de saúde e os casos com lesões suspeitas de hanseníase, encaminhados para avaliação e início do tratamento, caso confirmado o diagnóstico. Os contatos dos casos diagnosticados também devem ser examinados.

 

Na última década, o Brasil apresentou uma redução de 37,1 % no número de casos novos, passando de 40,1 mil diagnosticados no ano de 2007, para 25,2 mil em 2016. Tal redução corresponde à queda de 42,3% da taxa de detecção geral do país (de 21,19/100 mil hab. em 2007 para 12,23/100 mil hab. em 2016). Do total de casos novos registrados, 1,6 mil (6,72%) foram diagnosticados em menores de 15 anos, sinalizando focos de infecção ativos e transmissão recente, e 7,2 mil iniciaram tratamento com alguma incapacidade.

 

O diagnóstico e o tratamento da hanseníase são ofertados pelo SUS, disponível em unidades públicas de saúde. Por isso, na última campanha publicitária lançada no início do ano, o Ministério da Saúde alerta a população sobre sinais e sintomas da doença com o objetivo de estimular a busca pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa por casos novos.

 

VERMINOSES, TRACOMA E ESQUISTOSSOMOSE – No caso das geo-helmintíases ou verminoses, os alunos recebem profilaxia com Albendazol 400mg em dose única. Esse medicamento é eficaz, não tóxico, e utilizado, há vários anos, em milhões de pessoas de diversos países. Quanto ao tracoma, os escolares são submetidos a exame ocular externo, realizado por profissionais capacitados. Os casos positivos e seus contatos domiciliares são encaminhados para tratamento.

 

Já os municípios que aderiram às ações para esquistossomose realizarão exame de fezes na população escolar e tratamento individual ou coletivo dos casos, com base nos percentuais de positividade encontrados.

Hospital Cassems de Campo Grande realiza cirurgia pioneira de extração de tumor ósseo

Assessoria

 

Cirurgia de remoção de tumor ósseo é realizada com sucesso no Hospital Cassems de Campo Grande (Foto - Divulgação Hospital Cassems CG)

 

Aos 20 anos, no auge da juventude e ainda curtindo a vida de recém-casado, Cleyton Miranda Costa descobriu um tumor cancerígeno no joelho direito. A notícia caiu como uma bomba na família e preocupou profundamente o avô de Cleyton, o “seo” Ramão Miranda, que na época tinha 75 anos. Muito simpático e alegre, o avô do rapaz explica que a família já sofreu muito por causa da doença e que havia perdido dois irmãos, em outras ocasiões, por causa do câncer. “Essa doença não deixa a minha família em paz. Sofri muito quando soube que meu neto estava com esse tumor, mas nunca perdi a esperança de ver ele curado”, relembra, com os olhos marejados.

 

O caminho em busca da cura tem sido longo e árduo. Durante dois anos, Cleyton fez tratamento quimioterápico, mas o tumor só aumentava e o prognóstico não era dos melhores. “Fomos em vários médicos e eles só me diziam que a única saída era amputar minha perna e eu não queria isso. Fui protelando a cirurgia. Eu não queria perder a minha vida”, conta Cleyton.

 

Em meio as dores e após alguns períodos sem nem poder andar, Clayton e a mãe, Elizabet Miranda, viram uma reportagem sobre uma cirurgia complexa, realizada há quatro anos em um paciente de 80 anos e que utilizava nitrogênio líquido para matar as células cancerígenas. A família, então, procurou o médico responsável por realizar essa técnica e foi feito o planejamento de como a cirurgia seria realizada. “O médico nos explicou tudo o que seria necessário. Como sou funcionária pública, solicitamos o material para a Cassems, que disponibilizou o que fosse necessário caso houvesse qualquer problema e fosse preciso chegar ao extremo, que era a amputação”, explica a mãe do rapaz.

 

Ressecção de tumor ósseo é o nome do procedimento realizado pelos médicos ortopedistas Rodrigo Laraya e Adriano Souza, no Hospital Cassems de Campo Grande. A cirurgia, que demora em média de quatro a seis horas, é pioneira em Mato Grosso do Sul e foi realizada pela primeira vez na unidade hospitalar da Cassems, na capital.

 

Assim como o nome, o procedimento também é complexo e cheio de etapas para que o paciente não tivesse o risco de ter a perna amputada. A técnica, desenvolvida no Japão, consiste em retirar um pedaço do osso, onde o tumor está alojado, e mergulhá-lo em nitrogênio líquido com temperatura de 195,8 graus negativos, para que o tumor seja queimado no gelo, matando as células doentes.

 

Como a temperatura normal do corpo humano é de 36 graus, é necessário mergulhar o osso no nitrogênio de forma bem lenta. Esse processo demora, em média 20 minutos. Depois de descansar por mais 20 minutos dentro do líquido congelante, o osso é retirado e fica em temperatura ambiente por outros 20 minutos. Todo esse tempo faz parte dos cuidados para evitar que o material se quebre por causa do congelamento. “Antes dessa técnica, nós retirávamos o osso doente e implantávamos uma prótese, ou nos casos mais graves, tínhamos que amputar o membro. Agora, podemos utilizar o osso do próprio paciente, sem que haja riscos de rejeição. O mais preocupante, no caso do Cleyton, era saber se o tumor estava envolvendo a artéria femural. Por isso, fizemos um planejamento minucioso para realizar o procedimento: caso não fosse possível extrair e limpar o osso, tentaríamos colocar a prótese e em último caso recorreríamos à amputação. Mas deu tudo certo e a cirurgia foi um sucesso”, explica o médico Rodrigo Laraya.

 

Após ficar um dia e meio na unidade de tratamento intensivo, Cleyton já pode desfrutar da companhia do avô, da mãe e da jovem esposa.

Em Dourados não foi registrado nenhum caso de febre amarela

 Assecom

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Dourados, por meio do setor de Imunização, tranquilizou a população do município acerca da vacina contra a febre amarela, doença que ganhou nova repercussão nacional depois de surto em Estados vizinhos, como São Paulo, por exemplo.

 

Segundo Edvan Marcelo Moraes Marques, enfermeiro do setor, em Mato Grosso do Sul e consequentemente em Dourados não foram registrados casos da doença nos anos anteriores, 2016 e 2017, e nem neste ano, seja em humanos ou casos silvestres (em animais).

 

“Trabalho na saúde em Dourados há 17 anos e não lembro algum caso desta doença. Mas posso afirmar que nos anos mais recentes não tivemos casos”, disse. Edvan lembra que todas as cidades de MS fazem parte de uma região endêmica e, por isso, sempre receberam atenção redobrada acerca da doença. Assim, é mais difícil encontrar alguém que não tenha tomado esta vacina ao longo da vida.

 

“Não deve haver alarde. Apenas atenção com a vacinação caso não tenha sido efetuada ainda. Como estamos em um setor de risco, o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina com estoque suficiente e é histórico em nossa região que as pessoas sejam imunizadas”, disse.

 

Para quem nunca tomou a vacina, segundo Edivan, é possível receber a dose a partir dos nove meses de vida. Idosos acima de 60 anos precisam de autorização médica. Basta procurar uma unidade de saúde com o cartão de vacinação.

 

Embora não deve haver alarde, é importante ter atenção com esta doença. Todo cidadão que vai viajar para algum local de risco precisa estar atento sobre sua condição em relação a imunização.

 

A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), cuja letalidade varia de 5 a 10% nos casos oligossintomáticos, podendo chegar a 50% nos casos graves (aqueles que evoluem com icterícia e hemorragias). Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, por isso é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais brevemente possível (24 horas).

MS tem 80 mil doses de vacina contra febre amarela

Paulo Fernandes/Subcom

 

Com 80 mil doses disponíveis, não foi necessário implantar a vacinação fracionada em Mato Grosso do Sul, ao contrário do que acontece na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.(Foto: Eduardo Ogata / Secom São Paulo)

Nenhum caso de febre amarela foi confirmado em Mato Grosso do Sul. No entanto, a Secretaria de Saúde recomenda a imunização de todos os que não tomaram a vacina.

 

Com 80 mil doses disponíveis, não foi necessário implantar a vacinação fracionada em Mato Grosso do Sul, ao contrário do que acontece na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

“As doses são suficientes. Boa parte da população já foi imunizada e todos os municípios que solicitaram foram abastecidos”, explicou a gerente técnica de doenças endêmicas, Livia de Mello Almeida Maziero.

 

Antigamente, era preciso tomar a vacina a cada dez anos. Agora, basta receber uma dose para ficar imunizado durante toda a vida. A vacinação é recomendada para maiores de 9 meses e menores de 60 anos.

 

A doença é transmitida por um mosquito, que pica pessoas e macacos. Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, náusea, icterícia (amarelamento da pele), dores no corpo, calafrio, perda de apetite, olhos amarelados e sangramento.

 

São Paulo

 

Nesta terça-feira (16.1), a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar todo o estado de São Paulo como área de risco de febre amarela. Foram confirmadas 21 mortes por febre amarela naquele estado desde janeiro de 2017. Agora, a OMS recomenda a vacina para todos os viajantes que vão para qualquer cidade paulista, inclusive a capital.

 

Primatas

 

Em 2017, seis macacos foram encontrados mortos em Mato Grosso do Sul, mas os resultados foram negativos para a doença. Os primatas foram encontrados em Corumbá (2), Dourados (1), Ladário (1) e Campo Grande (2),

 

“É importante que as pessoas saibam que se encontrarem um primata morto não devem mexer no animal e precisam imediatamente procurar a secretaria municipal de Saúde”, explicou a gerente técnica de zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde, Stephanie Lins.

 

O último caso registrado de febre amarela em humanos em Mato Grosso do Sul foi em 2015. No entanto, foi um caso “importado”, de um homem do Paraná, que contraiu a doença fora de Mato Grosso do Sul, mas ficou sintomático durante passeio em Bonito e acabou falecendo. Antes dele, houve registro de febre amarela apenas em 2010, no município de Corumbá, no Pantanal.

Pesquisa aponta benefícios do consumo de carne para a saúde

Assessoria

 

carne gaúcha é de excelente constituição, mesmo a de novilhos terminados em confinamento por um curto período de tempo (Foto - Divulgação)

 

Uma pesquisa realizada que serviu para uma tese de doutorado mostrou que o consumo de carne feito sem a gordura externa de novilhos engordados em pastagens, ou em confinamento por curto período de tempo, não alterou o perfil lipídico dos consumidores. O trabalho em conjunto foi realizado pelo Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pelo Instituto de Cardiologia (IC/FUC) com a parceria da Conexão Delta G, associação que reúne criadores que trabalham no melhoramento genético de animais das raças Hereford e Braford, por meio da Estância Guatambu, de Dom Pedrito (RS), que cedeu os novilhos dos quais a carne do corte entrecot veio a ser servida aos participantes do estudo.

 

No Instituto de Cardiologia foram feitos testes com voluntários previamente selecionados pela regularidade de seus exames médicos, os quais passaram a consumir 120 gramas por dia por um período de 27 dias. Primeiramente, consumiram o entrecot de um tipo de terminação, em pastagens ou em confinamento. Terminado este primeiro período de consumo, após um espaço de tempo de 35 dias, foi iniciado um segundo período, invertendo-se entre os consumidores a carne dos dois tipos de terminação. “Ao início e fim de cada período de consumo, foi avaliado o perfil lipídico, pressão arterial e perfil bioquímico para constatar possíveis diferenças devido aos dois diferentes sistemas de terminação dos novilhos”, explica a nutricionista Denise Dillenburg, autora da tese de doutorado.

 

Os exames não mostraram alteração do perfil lipídico dos consumidores em nenhum dos dois períodos de consumo, permitindo a recomendação de que carnes são saudáveis sem o consumo da gordura externa, necessária para a preservação da qualidade da carcaça quando nas câmaras frigoríficas, conforme normas do Ministério da Agricultura. Para o cardiologista e pesquisador na área, Iran Castro, o estudo revela que se a carne for consumida em condições com o menor índice de gordura possível, não vai afetar o colesterol e desmistifica a questão de que carne faz mal à saúde. “A cardiologia sempre teve a carne como uma arqui-inimiga na questão do colesterol. Quando se tem a carne processada ou embutidos é uma coisa. Já a carne sem a gordura externa, é outra. A carne não faz mal, o que faz mal é a gordura. Se eliminar a gordura o indivíduo não terá problemas com o colesterol”, analisa o especialista.

 

O professor José Fernando Piva Lobato, com sua aluna de pós-doutorado, Aline Kellermann de Freitas, co-responsáveis pela coleta dos cortes de entrecot no frigorífico Marfrig, em Bagé (RS), e interpretação das análises, concluíram ser a carne bovina de constituição fantástica, saudável, de sabor inigualável. Pequenas diferenças na análise dos entrecots oriundos de novilhos de duas terminações foram identificadas. A exemplo de outros trabalhos de circulação internacional, os novilhos criados e terminados a pasto tiveram significativa maior quantidade de ômega 3 e melhor relação ômega 6/ômega 3, inferior a 4:1, o que é recomendável. “A exemplo dos peixes de águas profundas, os quais se alimentam do fitoplâncton dos mares, rico em cloroplastos, os ruminantes que só consomem forrageiras também estão ingerindo os cloroplastos destas plantas. Por isto esta diferença significativa nestes teores”, salienta Lobato.

 

As demais análises de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e colesterol não mostraram diferenças significativas entre os cortes de carne dos dois sistemas de terminação. O colesterol dos cortes dos dois sistemas de engorde foram de 46-47 miligramas por 100 gramas de carne, enquanto o Food and Drug Administration (FDA), órgão governamental dos Estados Unidos, diz ser a carne gorda se tiver acima de 95 miligramas por 100 gramas de carne.

 

Conforme Lobato, a conclusão é de que a carne gaúcha é de excelente constituição, mesmo a de novilhos terminados em confinamento por um curto período de tempo. Os novilhos confinados deste estudo o foram por apenas 69 dias, com uma dieta em que 39% era de silagem de milho de planta inteira. E mais, todos os novilhos foram ao abate com o mínimo de três a quatro milímetros de gordura externa, carcaças com 230 a 240 quilos, ao contrário das carcaças e dieta dos confinamentos americanos, país que mais publica estudos de análises de carnes, onde a gordura externa das carcaças chega a 15 milímetros, o peso das carcaças estão ao redor de 350 quilos, os confinamentos ultrapassam 120 dias e a dieta é altamente concentrada, com base em milho. “Os novilhos precoces terminados no bioma Pampa do Rio Grande do Sul, bem acabados, produzem cortes de carne verdadeiras iguarias, para quem aprecia carnes com palatabilidade e constituição mais saudável”, conclui.

 

Recentemente, uma pesquisa conjunta realizada por pesquisadores de diversos países, incluindo o Brasil, divulgou o resultado do acompanhamento durante dez anos de hábitos alimentares de 135,33 mil indivíduos de 18 nacionalidades diferentes, com idade entre 35 e 70 anos, estudados em uma perspectiva epidemiológica urbana e rural. Os resultados mostraram com alta significância estatística que o consumo de carne está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, trombose e insuficiência cardíaca.

 

HU recebe mais R$ 8,9 milhões para construção da Unidade de Mulher e da Criança

Assessoria

Construção da Unidade da Mulher e da Criança, no HU-UFGD, teve início em outubro do ano passado, com a instalação do canteiro de obras (Foto: Divulgação)

 

O governo federal liberou na última semana de dezembro  um montante de R$ 8.971.439,00 ao Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), verba que já foi empenhada pela instituição e será usada na continuidade da primeira etapa da obra da Unidade da Mulher e da Criança (UMC), iniciada em outubro do ano passado. O novo prédio, anexo ao hospital, terá mais de 9 mil metros quadrados e se destinará a atendimentos nas áreas de Ginecologia, Obstetrícia, Pediatria e Neonatologia.

 

O valor é oriundo de emendas da bancada federal de Mato Grosso do Sul, da ordem de R$ 12 milhões, alocadas via Orçamento Geral da União para 2017. No entanto, por medidas de contingenciamento tomadas pelo governo federal ao longo do ano, o dinheiro não foi liberado anteriormente.

 

Somente após esforço coletivo entre a governança do HU, a bancada federal do estado – representada pelo deputado Geraldo Resende – e o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior e de seu titular, o professor licenciado da UFGD, Henrique Sartori, parte considerável das emendas foi revertida ao hospital para auxiliar no custeio da primeira etapa da obra da UMC, orçada em aproximadamente R$ 34 milhões.

 

Em julho de 2017, cerca de R$ 10 milhões já haviam sido empenhados para a construção do prédio, sendo que o restante do aporte financeiro foi garantido pelo MEC e deve ser repassado ao HU-UFGD em duas parcelas, nos próximos dois anos, prazo previsto para conclusão da obra. O compromisso foi firmado pessoalmente pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que esteve no hospital em agosto para assinatura da ordem de serviço que deu início à empreitada.

 

UMC

 

 

A obra da UMC é um projeto que teve início em 2009. Desde então, várias tentativas de se começar a construção foram feitas, mas esbarraram em questões financeiras e burocráticas, que impediram a utilização dos recursos outrora garantidos, sobretudo na execução do projeto original.

 

Em maio de 2015, no entanto, uma parceria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) com a UFGD e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), trouxe de volta a possibilidade de se efetivar a obra. Com o investimento de R$ 1,1 milhão, proveniente do Programa Nacional da Reestruturação dos Hospital Universitários Federais (Rehuf), a Unops participou da gestão e elaboração de todos os projetos de arquitetura e engenharia, que foram entregues em 2016.

 

A edificação contará com as mais avançadas boas práticas em infraestrutura hospitalar e sustentabilidade, como climatização 100% centralizada, sistema de aproveitamento de energia térmica solar, aproveitamento de águas pluviais, energia elétrica ininterrupta e sistemas eletrônicos especiais, como IT-Médico, chamada de enfermagem, circuito fechado de TV, sonorização, detecção e alarme de incêndio, monitoramento e segurança no acesso.

 

O projeto

A obra será executada em etapas, de forma modular, ou seja, ao ser concluída cada fase, o espaço já pode ser usufruído, sem interferir na fase seguinte. A primeira etapa, portanto, terá início neste segundo semestre, após o detalhamento do planejamento das atividades, que devem durar 24 meses.

 

Será uma edificação com área construída de 6.370,68 metros quadrados, além de 18 mil metros quadrados de urbanismo (estacionamento, pavimentação, paisagismo, passeio e guaritas) e infraestrutura completa.

 

Com a primeira etapa concluída, a UMC ofertará 55 leitos e serviços de pronto-atendimento pediátrico, pronto-atendimento obstétrico, alojamento conjunto da maternidade, Centro de Parto Normal com cinco quartos PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto), Centro Obstétrico com quatro salas cirúrgicas, Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco, além de estruturas de apoio, como sala de plantão, área de apoio a Ensino e Pesquisa, brinquedoteca e área de convivência, com café e recepção geral.

 

A segunda etapa consiste em uma área construída de 3.304,42 metros quadrados, que abrigará futuramente mais 80 leitos, distribuídos entre as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Pediátrica e Neonatal, Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs), além de estruturas de apoio, como Banco de Leite Humano, Ambulatório Segmento Recém-Nascido, plantão e apoio ao Ensino e Pesquisa. O tempo de obra estimado para a segunda etapa é de 12 meses.

 

Parte da obra ocupará uma parcela da área doada no ano passado pelo governo do Estado de Mato Grosso do Sul, que fica no entorno do hospital, formando um cinturão verde de aproximadamente nove hectares.