quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Musculação protege cérebro de idosos contra demência, diz estudo

Manter uma rotina de musculação não traz apenas benefícios como aumento de força e resistência, melhora na postura e prevenção contra lesões. Um estudo de enfoque original, desenvolvido no Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), confirmou que a atividade protege o cérebro de idosos contra demências.

Detalhado em artigo da revista GeroScience, o estudo acompanhou 44 pessoas que já apresentavam um comprometimento cognitivo leve, estágio que fica entre o comprometimento do envelhecimento normal e a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. O que se descobriu foi que praticar musculação duas vezes por semana, com intensidade moderada ou alta, preservou o hipocampo e o pré-cúneo, áreas cerebrais que se alteram quando esse diagnóstico.

Com ineditismo, os 16 pesquisadores também identificaram outro impacto positivo: o de melhora na chamada substância branca, parte do cérebro que opera em conjunto com a massa cinzenta, por meio de axônios, para garantir a conexão entre neurônios, mediante as sinapses. As vantagens chegaram à metade dos participantes, a dos que incorporaram a musculação ao seu cotidiano, já após seis meses e há possibilidade de que o impacto seja ainda mais expressivo, caso o período seja maior.

“No grupo que praticou musculação, todos os indivíduos apresentaram melhoras de memória e na anatomia cerebral. No entanto, cinco deles chegaram ao final do estudo sem o diagnóstico clínico de comprometimento cognitivo leve, tamanha foi a melhora”, ressalta a primeira autora do artigo, a bolsista de doutorado da Fapesp Isadora Ribeiro, vinculada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Para analisar os possíveis efeitos da musculação no cérebro dos participantes, a equipe responsável pela pesquisa realizou testes neuropsicológicos e exames de ressonância magnética. Os especialistas buscavam comparar índices e imagens, uma vez que já se sabe que, entre pessoas com perdas cognitivas, há atrofia, isto é, redução do volume de certas regiões do cérebro.

Atualmente, no Brasil, cerca de 2,71 milhões de pessoas com 60 anos ou mais convivem com quadros de demência, o que corresponde a 8,5% desse grupo populacional. De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência, lançado pelo Ministério da Saúde em setembro do ano passado, essa quantidade deve dobrar até 2050, subindo para 5,6 milhões.

O relatório sublinha que praticamente metade (45%) dos casos de demência poderiam ser evitados ou, pelo menos, faz com que chegue mais tarde. Entre os fatores que aumentam as probabilidades de se desenvolver demências estão: Baixa escolaridade; Perda auditiva; Hipertensão; Diabetes; Obesidade; Tabagismo; Depressão; Inatividade física; Isolamento social.

BEM – ESTAR

A professora aposentada, atriz e modelo Shirley de Toro, de 62 anos (na foto de destaque), é vizinha da unidade Sesc Santana, em São Paulo, e há 17 anos bate cartão no local para se exercitar. Passou a frequentá-la desde a inauguração, inicialmente pela programação artístico-cultural e depois para manter o corpo fortalecido.

Com histórico de saúde marcado por episódios de epilepsia e um acidente, ela considera a atividade como fundamental para seu bem-estar no presente e no futuro.

“Há 20 anos, fiz uma cirurgia no cérebro, porque tinha epilepsia, e, antes disso, não fazia nada. Só trabalhava, trabalhava, mas nunca foquei em academia. Depois, percebi a necessidade disso, aí comecei a fazer caminhada”, diz Shirley. 

CORPO E MENTE

Alessandra Nascimento, técnica da gerência de desenvolvimento físico-esportivo do Sesc de São Paulo, destaca que, atualmente, muitos estudos já têm comprovado os benefícios dos exercícios físicos tanto para o corpo quanto para a mente e que isso não fica restrito a modalidades como natação, ciclismo e corrida.

“Os trabalhos com sobrecarga, independentemente de ser peso, musculação, com o próprio peso, com elástico ou molas, têm mostrado que, além dos benefícios físicos, trazem melhoras cognitivas e relacionadas à saúde mental, de foco”, esclarece. 

Atualmente, a calistenia, que é o método utilizado para a prática de exercícios físicos apenas com o peso do próprio corpo como resistência, é a terceira modalidade esportiva com mais interesse no mundo, segundo uma revista acadêmica.

A especialista lembra que só mais recentemente é que se começou a recomendar a idosos esse tipo de exercício, porque antes era consenso de que deviam praticar algo como hidroginástica ou dança. A imagem de fragilidade que se tinha dos idosos estava por trás dessa percepção, que agora mudou com as descobertas de pesquisas mais recentes.

Ela lembra que, a partir dos 30 anos de idade, toda pessoa vai perdendo força, equilíbrio e massa magra, processo que deve ser refreado.

Fonte: Agência Brasil

Saúde disponibiliza 84 mil doses da vacina contra Influenza para os 79 municípios

O Ministério da Saúde  disponibilizou 84 mil doses da vacina contra a Influenza, que estão sendo distribuídas de forma imediata a todos os 79 municípios, desde segunda-feira (24).

De acordo com o gerente de Imunização da SES, Frederico Moraes, os coordenadores municipais já foram orientados sobre o planejamento da campanha.

“Estamos prontos para iniciar a vacinação assim que as doses chegarem aos municípios. É fundamental que cada cidade siga as recomendações do informe técnico da estratégia de vacinação contra a Influenza do PNI (Programa Nacional de Imunizações). A vacinação visa proteger a população contra os impactos da Influenza, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades”, destacou Moraes.

A SES reforça a importância de todos os habitantes se vacinarem para garantir a saúde coletiva e minimizar os riscos de infecções respiratórias neste período. Os municípios devem organizar a logística de vacinação conforme a demanda local, e a SES acompanhará de perto o andamento da campanha para assegurar que todos os cidadãos tenham acesso à vacina.

Além das vacinas recebidas em MS, serão distribuídas pela Secretaria Estadual de Saúde mais de 1,1 milhão de seringas e agulhas, garantindo a estrutura necessária para a imunização da população.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza terá início oficial no dia 7 de abril, com o Dia D programado para 10 de maio.

Fonte: Portal do MS

Mais Médicos: Mato Grosso do Sul ganha um novo profissional a partir de abril

Mato Grosso do Sul receberá um reforço na atenção primária à saúde com a ampliação do programa Mais Médicos.

A partir de abril, o estado contará com mais um profissional formado no exterior, que está concluindo o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv). Esse médico será designado a um município sul-mato-grossensse, reforçando o atendimento de populações em áreas de maior vulnerabilidade.

Atualmente, o Mato Grosso do Sul tem 370 vagas ativas no Mais Médicos, sendo 341 delas ocupadas. Os profissionais atuam em 63 municípios do estado e alcançam cerca de 789,7 mil habitantes.

Um dos indicadores do foco nas regiões onde há maior necessidade de atendimento é que 20 dos médicos no Mato Grosso do Sul estão fixados em municípios considerados de alta vulnerabilidade e outros seis estão em regiões de muito alta vulnerabilidade.

NOVO EDITAL – O estado também foi contemplado no primeiro edital de 2025 do Mais Médicos, anunciado em março pelo Ministério da Saúde. O edital prevê a contratação de 2.279 profissionais em todo o país, sendo 19 destinados ao Mato Grosso do Sul. Esses profissionais atuarão em equipes de Saúde da Família, garantindo atendimento de qualidade e encaminhamento adequado para especialistas quando necessário.

Gestores municipais interessados em aderir ao programa devem se inscrever por meio do sistema e-Gestor até 24 de março. O resultado do edital está previsto para 8 de abril. No Mato Grosso do Sul, 16 municípios receberão contratações imediatas e 47 entrarão em cadastro reserva.

Em todo o país, o número de profissionais do Mais Médicos atendendo à população dobrou. Atualmente são 26 mil em atividade, enquanto em 2022 esse número era de 13,1 mil. Mais de 66 milhões de pessoas são beneficiadas pela iniciativa.

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO – Uma importante ferramenta que vai contribuir para a eficiência no atendimento é o e-SUS APS, o prontuário eletrônico do SUS. Gratuito, ele permite a integração das informações dos pacientes entre atenção primária e atenção especializada. Isso possibilita que os profissionais acompanhem o histórico de consultas, exames e tratamentos de forma rápida e eficiente, reduzindo o tempo de espera e garantindo um atendimento mais completo.

ACOLHIMENTO – O Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) segue até 11 de abril, capacitando 402 médicos formados no exterior para atuação no SUS. A maioria dos profissionais nasceu no Brasil: são 397 brasileiros e cinco estrangeiros. Entre os médicos deste módulo, 52,7% são mulheres e 57 vão atuar na saúde indígena.

Este MAAv, o primeiro de 2025, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), terá aulas sobre o SUS e temas prioritários para atendimento de populações vulneráveis na atenção primária, como equidade étnico-racial, saúde mental e o Bolsa Família. Ao fim do curso, todos os médicos participam de uma avaliação. Para ser aprovado, é preciso alcançar média mínima de 50%.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Nova cepa de COVID ameaça Europa e EUA

As agências de saúde pública em toda a Europa estão alertando sobre a disseminação alarmante de uma nova cepa da Covid que está ameaçando o continente.

Chamada de variante XEC, o vírus já foi detectado em pelo menos 11 países europeus. Mas a ameaça já parece ser global: a nova linhagem foi identificada no Canadá, Estados Unidos e agora Brasil, mais especificamente, em três estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

A variante XEC foi encontrada pela primeira vez no Brasil pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras de dois pacientes diagnosticados com Covid-19 em setembro.

Enquanto os cientistas estão trabalhando arduamente para entender mais sobre essa última mutação da Covid, as populações estão sendo solicitadas a fazerem o teste e tomarem vacinas.

Fonte: Portal MSN

Dengue: produção nacional e dose única são vantagens da nova vacina

O anúncio do Ministério da Saúde sobre a primeira vacina nacional contra a dengue traz consigo outros avanços importantes, como o aumento no volume de doses disponíveis, a produção do imunizante no país, o novo esquema vacinal de apenas uma dose e a perspectiva de inclusão de novos públicos-alvo, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi.

A médica lembra que o total de 60 milhões de doses que serão entregues no ano que vem, apesar de ser seis vezes maior do que o previsto para 2025, é insuficiente para vacinar toda a população brasileira.

Isso significa que o Programa Nacional de Imunizações ainda precisará definir um público-alvo para receber o imunizante que será produzido pelo Instituto Butantan e foi batizado de Butantan-DV. Por enquanto, a vacina que está sendo aplicada nos postos de saúde é a QDenga, da farmacêutica japonesa Takeda, e apenas em adolescentes de 10 a 14 anos, em cidades com maior incidência da doença, com exceção das doses próximas do vencimento, que podem ser recebidas por pessoas de outras idades.

Mônica Levi diz esperar que novos estudos da Butantan-DV mostrem a segurança e a eficácia da vacina também entre os idosos. Mesmo que a capacidade de produção seja insuficiente para toda a população brasileira, outra inovação da Butantan-DV deve ajudar a aumentar as coberturas vacinais: é o primeiro imunizante contra a dengue do mundo aplicado em apenas uma dose.

“Em qualquer faixa etária, mas principalmente nos adolescentes, nas vacinas de múltiplas doses, a segunda ou a terceira sempre têm um uma evasão, sempre tem piores coberturas. Sem dúvida, é muito mais fácil fazer campanha pontual de uma dose só do que conseguir completar um esquema maior”, afirma Mônica Levi.

A Butantan-DV foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano e a farmacêutica MSD e será produzida em conjunto com a empresa WuXi Biologics. Ainda assim, a vacina foi apresentada como 100% nacional porque todas as etapas de sua produção serão realizada em solo brasileiro. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, é uma grande vantagem, inclusive para diminuir o risco de desabastecimento ou atraso na entrega das vacinas.

“Não depender de acordos que os laboratórios tenham com outros países, se há surtos ou epidemias, isso permite autonomia. Você vai ter uma produção que atenda a sua população, e isso é fundamental para garantir a quantidade de vacinas para a população que se pretende vacinar.”

Bom resultado de testes

O imunizante é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro tipos da dengue. Na última etapa de testes, a vacina teve 79,6% de eficácia geral e 89,2% de eficácia entre as pessoas que já tiveram a doença, mas ainda está sendo avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é a responsável pela autorização do uso da vacina no país.

Mônica Levi lembra ainda que todos esses benefícios da Butantan-DV só devem chegar à população a partir de 2026, logo, não se pode descuidar da prevenção ambiental, para controlar a disseminação do Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença. A dengue não é transmitida de uma pessoa para outra, o que significa que a vacina não é capaz de produzir a chamada “imunidade de rebanho”, quando um certo número de pessoas vacinadas é suficiente para bloquear ou até erradicar o agente causador. “Claro que você vai ter menos gente infectada para os mosquitos se contaminarem e picarem outras pessoas, mas não é uma proteção segura, por exemplo, para quem não foi vacinado porque tinha contraindicação, ou estava gestante, era imunocomprometido grave.”

De acordo com o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou este ano mais de 439 mil casos prováveis de dengue, com 177 mortes confirmadas. Em janeiro, a quantidade de casos foi menor do que no mesmo mês do ano passado, quando houve surto da doença, mas superior aos registros de 2023.

Fonte: Agenciabrasil

Fevereiro Laranja alerta para importância da prevenção e diagnóstico precoce da leucemia

O mês de fevereiro é marcado pela campanha Fevereiro Laranja, dedicada à conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer do sangue que afeta milhares de pessoas. A informação é o primeiro passo para a cura, alerta a SES (Secretaria de Estado da Saúde) sobre a relevância da detecção precoce para aumentar as chances de sucesso no tratamento e salvar vidas.

Desmistificando conceitos equivocados, a campanha esclarece que a leucemia pode acometer qualquer pessoa, não apenas aquelas com histórico familiar de câncer, e que os sintomas nem sempre são evidentes. Entre os sinais mais comuns estão cansaço excessivo, febre persistente, sangramentos sem explicação, dor nos ossos e manchas roxas na pele.

É fundamental que qualquer pessoa que apresente esses sintomas procure imediatamente um médico para avaliação. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito em todas as etapas da doença. O diagnóstico é realizado, principalmente, por meio de exames de sangue e biópsias de medula óssea.

De acordo com a Coordenadoria de Doenças Crônicas da SES, Mato Grosso do Sul registrou uma redução de cerca de 10% nos casos de leucemia em 2024, com 91 ocorrências notificadas. Em 2023, foram 101 casos, enquanto em 2022 e 2021 os números chegaram a 111 e 110, respectivamente.

“A queda no número de casos é um dado positivo, mas ainda há um grande desafio na detecção precoce da doença. A maioria dos diagnósticos ocorre em estágios avançados, o que impacta diretamente no tratamento”, alerta Michele Martins, da Gerência de Atenção Oncológica e Cuidados Paliativos da SES.

O número de mortes também apresentou uma ligeira redução nos últimos anos, passando de 109 em 2021 para 98 em 2022 e 96 em 2023. Entre os pacientes diagnosticados nos últimos três anos, a maior parte está na faixa etária de 0 a 19 anos, totalizando 116 casos.

Por isso, neste Fevereiro Laranja, a SES reforça seu compromisso com a saúde pública, proporcionando informações claras e precisas para desmistificar a leucemia e incentivar a população a agir de forma consciente e informada. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, e a informação continua sendo a principal aliada na luta contra a doença.

Fonte: Portal do MS

Calor extremo exige atenção redobrada com crianças e idosos

De acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, uma nova onda de calor atingirá diversas regiões brasileiras nos próximos dias, incluindo o Mato Grosso do Sul. Os meteorologistas alertam para a persistência dessa onda de calor, com previsão de clima quente por vários dias consecutivos. As altas temperaturas aumentam os riscos de desidratação e outros problemas de saúde relacionados ao calor intenso.

Ciliane Belloni, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, destaca a importância de cuidados especiais com crianças e idosos, grupos mais sensíveis ao calor. “A adoção de medidas preventivas é fundamental, já que sistema de controle da temperatura corporal das crianças ainda está em desenvolvimento, dificultando a manutenção de uma temperatura interna estável. Os idosos possuem um sistema de termorregulação menos eficiente, o que prejudica a capacidade de dissipar o calor”, explica.

A especialista enfatiza que muitos idosos enfrentam doenças crônicas que podem agravar os efeitos do calor, como problemas cardiovasculares e diabetes. Em condições de calor intenso, o corpo reage dilatando os vasos sanguíneos, ou seja, aumentando o diâmetro das artérias, na tentativa de liberar o excesso de calor. Esse processo resulta em um aumento do fluxo sanguíneo para a pele e no início da transpiração.

“A sudorese é um dos principais métodos que o corpo utiliza para regular a temperatura interna. Através da dilatação dos vasos sanguíneos, um fluxo sanguíneo mais intenso é direcionado à pele. Se não houver reposição de água para compensar a perda pela transpiração, a concentração de sangue nos vasos sanguíneos diminui, o que pode levar a uma queda da pressão arterial e, em situações mais graves, resultar em desidratação”, alerta.

Por fim, a coordenadora da Anhanguera salienta que a vulnerabilidade de idosos e crianças ao calor se deve, em parte, ao fato de que, naturalmente, seus corpos contêm menos água, eles sentem menos sede e transpiram menos. Essa condição fisiológica compromete a capacidade de seus organismos de regular a pressão arterial e a temperatura interna.

“O corpo de um idoso, quando exposto a temperaturas elevadas, tem dificuldade em eliminar o calor excessivo, o que pode resultar em um aumento perigoso da temperatura interna. Esse aumento não é causado por febre, mas sim pela incapacidade do organismo de regular sua própria temperatura. No caso das crianças, a atenção também deve ser redobrada em relação à exposição solar, uma vez que a incidência de raios ultravioleta nocivos à pele é significativamente maior nos pequenos”, finaliza.

Fonte: Assessoria

Excesso de conteúdos curtos e superficiais afeta a saúde mental

O primeiro contato com as telas acontece logo ao acordar, com o despertador do smartphone. Ao longo do dia, o aparelho continua como uma espécie de segunda pele: é utilizado para conversar com amigos e familiares, estudar, trabalhar e se entreter. E

ntre uma tarefa e outra, uma espiadinha nas redes sociais. Mas a rotina conectada tem um preço – às vezes muito elevado. O consumo constante de conteúdo digital, especialmente de forma rápida e superficial, pode afetar nossa saúde cognitiva de maneiras invisíveis, profundas e até irreparáveis. Assim, a campanha Janeiro Branco, que dedica o primeiro mês do ano à reflexão sobre o cuidado com a saúde emocional, também representa um convite a uma vida mais equilibrada entre o online e o offline.

A dificuldade de desconectar-se das telas é um fenômeno mundial. Em 2024, o termo “brain rot”, que significa “apodrecimento cerebral”, foi escolhido como a palavra do ano pela Universidade de Oxford, após uma votação pública que reuniu mais de 37 mil participantes.

A expressão descreve um processo de desgaste mental que ocorre com a exposição contínua a conteúdos rápidos e superficiais, como vídeos curtos no TikTok ou Instagram.

De acordo com o psicólogo Thiago Ayala, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), embora o termo não seja reconhecido formalmente na literatura médica, alude a conceitos como “atrofia cognitiva”, amplamente estudados na neurociência e psicologia comportamental:

“O cérebro humano precisa de estímulos constantes para manter suas funções otimizadas”, explica. “Quando privado disso, pode haver aumento na sensação de apatia, dificuldade de concentração e um ciclo de pensamentos automáticos negativos. Esses efeitos podem potencializar sintomas depressivos e ansiosos, além de resultar na diminuição do engajamento cognitivo e emocional”.

Contudo, há formas de combater os efeitos do “brain rot” e a mais importante delas está na mudança de rotina:

“É fascinante como pequenos ajustes no cotidiano podem levar a grandes mudanças”, observa Ayala. “O trabalho psicológico, especialmente em contextos hospitalares, permite que eu veja esses efeitos em tempo real, tanto em pacientes quanto em equipes que enfrentam desafios emocionais e cognitivos intensos”.

Ainda segundo o profissional, uma abordagem eficaz de combater o fenômeno envolve a combinação de práticas cognitivas e comportamentais, como:

  • Exercícios cognitivos regulares: Ler, resolver quebra-cabeças ou aprender novas habilidades que desafiem o cérebro.
  • Práticas de atenção plena e autorreflexão: Estratégias que ajudam o indivíduo a lidar com pensamentos incômodos de maneira mais leve, enquanto se concentra no momento presente, são recursos que aplico com frequência em minha prática.
  • Equilíbrio no uso de tecnologia: Reduzir o tempo em redes sociais e investir em conteúdo enriquecedor ajuda a criar um ambiente mental mais saudável.
  • Atividade física regular: Há uma vasta literatura que conecta exercícios à melhora das funções cognitivas e à redução de sintomas psicológicos.

“Essas intervenções não apenas ajudam a combater o ‘brain rot’, mas também a construir uma base sólida para uma saúde mental mais robusta e resiliente”, destaca.

Janeiro Branco

Criada em 2014, a campanha Janeiro Branco busca conscientizar a população sobre a importância do cuidado com a saúde mental, com foco na reflexão sobre a vida, relações sociais e emoções. A escolha do primeiro mês do ano tem um significado simbólico, já que muitas pessoas estão mais propensas a avaliar suas condições de existência nesse período.

Assim como uma ‘folha em branco’, a mobilização convida todos a escreverem ou reescreverem suas histórias de vida, reforçando a necessidade de preservar o bem-estar psicológico. Esse cuidado se torna ainda mais necessário diante dos impactos negativos causados pelo uso excessivo de tecnologia, como o fenômeno do “brain rot”.

Fonte: Assessoria

Brasil monitora surto de vírus respiratório na China

O Ministério da Saúde informou que acompanha “atentamente” o surto de metapneumovírus humano (HMPV) registrado ao longo das últimas semanas na China. Segundo a pasta, o vírus responde por uma série de infecções respiratórias identificadas no país, sobretudo entre crianças.

“Até o momento, não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes.”

De acordo com o ministério, as últimas atualizações de vigilância feitas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China mostram que a magnitude e a intensidade das infecções respiratórias registradas ao longo das últimas semanas foram menores do que as registradas no mesmo período do ano anterior.

“No entanto, foi observado um aumento nas infecções respiratórias agudas, incluindo gripe sazonal, metapneumovírus humano (HMPV), infecção por rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e outros, particularmente nas províncias do norte chinês.”

“Embora o risco de uma pandemia seja considerado baixo pelos especialistas, o Ministério da Saúde salienta que é fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias”, completou a nota.

A pasta voltou a incentivar a vacinação como medida preventiva para infecções respiratórias, incluindo a covid-19 e a gripe ou influenza – sobretudo entre grupos considerados prioritários, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.

De acordo com o ministério, as vacinas contra a covid-19 e a influenza continuam sendo eficazes contra formas graves de ambas as doenças, reduzindo o número de hospitalizações e mortes provocadas pelas variantes em circulação.

A nota também incentiva o uso de máscaras faciais por pessoas com sintomas gripais e resfriados, já que a estratégia contribui para diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus.

ENTENDA

O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. No Brasil, foi identificado pela primeira vez em 2004. Desde então, tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do ministério, que inclui a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias.

“É um vírus conhecido no mundo e comum em casos de síndrome gripal (casos leves), podendo eventualmente evoluir para casos de síndrome respiratória aguda grave que requerem internação”, destacou a pasta.

A vigilância do HMPV é feita através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com a identificação de casos por meio dos núcleos hospitalares de epidemiologia em serviços de saúde, que monitoram a circulação de diversos patógenos respiratórios no país.

Fonte: Agência Brasil

O que acontece com o colesterol e o açúcar se você beber dois litros de água por dia?

Beber dois litros de água por dia é uma recomendação amplamente divulgada por especialistas em saúde.

Esse hábito simples tem impactos profundos no funcionamento do organismo, incluindo efeitos positivos nos níveis de colesterol e no controle do açúcar no sangue.

Mas como exatamente a hidratação influencia esses aspectos essenciais da saúde? Vamos explorar.

A importância da hidratação para o corpo

Nosso corpo é composto por cerca de 60% de água, um elemento vital para inúmeras funções biológicas. Todos os dias, perdemos água através da respiração, do suor e das funções excretoras.

Essa perda precisa ser reposta para evitar desidratação, que pode comprometer processos vitais, incluindo a digestão, a circulação sanguínea e o metabolismo celular.

Ao ingerir dois litros de água diariamente, você garante que o corpo funcione de forma otimizada, permitindo que os sistemas internos trabalhem em harmonia. 

Lembrando que a medida de 2 litros é uma base padrão, mas cada pessoa pode ter necessidades diferentes de acordo com altura, peso e rotina de exercício!

Efeitos da água no colesterol

O colesterol é um tipo de gordura essencial para o organismo, mas em excesso, especialmente o LDL (colesterol “ruim”), pode se acumular nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Beber água regularmente pode contribuir para a redução desses níveis.

A água auxilia no transporte de nutrientes e na eliminação de toxinas, incluindo resíduos lipídicos, o que favorece a “limpeza” do sangue.

Quando o sangue está devidamente hidratado, ele flui mais facilmente, reduzindo o esforço do sistema cardiovascular. Além disso, a hidratação mantém os rins e o fígado saudáveis, órgãos fundamentais no processamento e eliminação do colesterol ruim.

Como a água afeta o açúcar no sangue

O equilíbrio dos níveis de glicose no sangue é essencial para prevenir problemas como a diabetes. Beber água em quantidades adequadas ajuda a diluir o sangue, facilitando a absorção e o transporte de glicose pelas células.

Além disso, a água é crucial para o funcionamento ideal dos rins, que filtram o excesso de açúcar do sangue e o eliminam na urina.

Pessoas que mantêm uma boa hidratação também apresentam menor risco de apresentar hiperglicemia, já que a água regula a concentração de glicose na corrente sanguínea. Esse equilíbrio é essencial para evitar picos de açúcar que podem ser prejudiciais a longo prazo.

Mais benefícios de beber a quantidade adequada de água por dia

Além de impactar positivamente o colesterol e o açúcar no sangue, a hidratação adequada oferece uma série de outros benefícios.

Melhora a pele: a água ajuda a manter a elasticidade e a hidratação da pele, reduzindo sinais de envelhecimento e imperfeições.

Facilita a digestão: A ingestão regular de água contribui para o bom funcionamento do sistema digestivo, prevenindo a constipação e facilitando a eliminação de toxinas.

Aumenta a energia e a concentração: A água é essencial para o cérebro, que é composto em grande parte por este líquido. Uma boa hidratação melhora a cognição e reduz dores de cabeça.

Auxilia na gestão de peso:  Beber água antes ou durante as refeições ajuda a controlar o apetite, reduzindo a ingestão calórica.

Viu quantos benefícios? Se você quer aumentar a ingestão de água, experimente carregar uma garrafa reutilizável e acompanhar o consumo ao longo do dia.

Fonte: MSN

O que acontece no corpo de quem passa a comer uma maçã por dia

Não é novidade que as frutas são ricas em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. E entre os benefícios da maçã, que é uma das mais populares no Brasil e no mundo, não é diferente. Ao consumir uma unidade dela por dia, já é possível se proteger até mesmo de algumas doenças.

De acordo com a Dra.Valéria Goulart, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), estudos americanos apontam que, entre os benefícios da maçã, está a diminuição na incidência de diabetes tipo 2, pelo fato dela conter antioxidantes.

Segundo a especialista, a maçã tem polifenóis, substâncias que protegem o coração e previnem doenças cardiovasculares. Ela tem uma fibra que se chama pectina, na qual, diminui a absorção de gorduras que são ingeridas no dia a dia e, consequentemente, ajuda no combate ao colesterol ruim.

“A maçã é capaz de tirar a dor de estômago, auxilia no combate à gastrite pelo fato de funcionar como um gel. Essa fruta aumenta a produção de acetilcolina (neurotransmissor responsável por auxiliar a memória) e, com isso, diminui a chance do indivíduo desencadear o Alzheimer ou derrame cerebral”, conta a médica, após ser perguntada sobre os benefícios da maçã.

“Os polifenóis agem também como anti-inflamatórios e reduzem a chance da pessoa ter câncer, principalmente na parte digestiva. Uma outra função é combater os radicais livres, aqueles que retardam o envelhecimento. Ela ainda favorece a produção de colágeno, ajuda na saúde bucal, ácido málico que aumenta a produção da saliva, diminuindo a proliferação de bactérias, que formam a placa bacteriana”, explica a Dra. Goulart.

Além disso, segundo um estudo realizado no Instituto Nacional dos Estados Unidos, comer uma maçã por dia previne diversas doenças. Esse estudo foi feito com mais de 8 mil pessoas. Durante um ano, cerca de 10% comiam uma maçã por dia. Essas pessoas não precisavam tomar muitos medicamentos, não ficavam doentes e uma maçã por dia dá mais energia e disposição, pois apesar de poucas calorias ela tem carboidratos e fibras.

A nutróloga ressalta ainda que o melhor horário para aproveitar os benefícios da maçã é no café da manhã, devido a pectina presente na casca dela. Essa substância faz com que a digestão fique mais lenta e diminui a absorção do açúcar no organismo, ou seja, dessa forma o intestino funcionará de forma saudável. Algumas pessoas, quando comem a maçã a noite, sentem algum desconforto, principalmente na digestão por conta da casca.

“Por se tratar de uma fruta rica em fibras e água, causa a sensação de saciedade e diminui o apetite. Ela tem pectina na casca que diminui a absorção de açúcar, e isso é excelente para quem quer emagrecer. Além disso, quem come uma maçã 15 minutos antes das refeições ingere 200 calorias a menos (a maçã tem baixa caloria inclusive).

Na casca existe o ácido sólico que mostra inclusive que reduz a chance da pessoa ficar obesa, aumenta a massa muscular, então é super importante para o emagrecimento.

Portal MSN

Médico explica as complicações da Influenza e por que é importante se vacinar

Conhecida popularmente como gripe, a influenza é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada pelos vírus da influenza tipo A, B, C ou D – sendo os dois primeiros são os responsáveis por epidemias sazonais mais observadas nas estações climáticas mais frias e chuvosas.

Confundida com um simples resfriado, a doença apresenta sintomas mais intensos, incluindo febre alta, dores no corpo, cansaço, tosse e dores de garganta, que podem durar de cinco a sete dias. Mas não é só isso: a influenza vai muito além de desconfortos temporários e pode gerar complicações sérias de saúde.

“Essa doença pode ser perigosa especialmente para certos grupos populacionais, como crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas e gestantes”, destaca dr. Carlos Alberto Reyes Medina, diretor médico da Carnot Laboratórios.

Segundo ele, entre as complicações mais comuns, estão as infecções secundárias, como a pneumonia, uma condição que frequentemente requer hospitalização e que é uma das principais causas de óbito relacionada à influenza.

Além disso, de acordo com o especialista, a influenza pode desencadear outras infecções, como otite média, parotidite, bronquite e sinusite. Ainda, pode agravar condições preexistentes, como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, elevando o risco de internações e até mesmo de complicações fatais.

Para reduzir o risco de contágio e também das complicações, o médico sugere que a vacinação contra a influenza seja realizada todos os anos. “Ela é recomendada para todos, especialmente para os grupos de risco, já que é eficaz na prevenção de formas graves da doença e reduz o risco de hospitalização e óbito”, afirma dr. Medina.

Além da vacinação, ele recomenda outras práticas de prevenção. Entre elas, a higiene regular das mãos e o uso de máscara em locais de alta circulação.

Para o médico, a conscientização sobre os perigos da influenza e o acesso à imunização são cruciais para a proteção de toda a população. “Se todos fizerem sua parte, a população pode evitar novos surtos da doença”, finaliza o especialista.

Fonte: Assessoria

Diabetes: saiba como identificar os primeiros sinais e evitar complicações graves

A diabetes é uma condição crônica que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a utiliza de maneira adequada, resultando em altos níveis de açúcar no sangue.

Se não tratada, a doença pode causar complicações graves, como problemas cardíacos, nos rins, visão e nervos. Muitas vezes, os primeiros sintomas surgem apenas quando a diabetes já está em um estágio avançado, o que pode dificultar a prevenção de complicações.

Uma pesquisa da Federação Internacional de Diabetes (IDF, em inglês) revelou que 72% das pessoas com diabetes só descobriram a doença após desenvolverem pelo menos uma complicação, como cegueira, aterosclerose, infarto do miocárdio, insuficiência renal e até perda de sensibilidade, geralmente nas mãos e nos pés, que ocorrem quando altos níveis de glicose no sangue causam lesões nos nervos.

A endocrinologista Larissa Figueiredo, consultora do Sabin Diagnóstico e Saúde, explica que, apesar de ser uma doença silenciosa, é possível identificar alguns fatores de risco.

“Além do check up anual, necessário para todas as pessoas, as que apresentam histórico familiar de diabetes e condições como a obesidade devem redobrar a atenção no acompanhamento dos níveis de glicemia no sangue”, orienta a médica. Entre os sinais mais comuns, ela cita sede excessiva, aumento da vontade de urinar, cansaço constante e perda de peso sem motivo aparente. “Ao notar esses sintomas, é essencial buscar orientação médica para realizar exames”, completa.

Tipo 1 x Tipo 2 

A especialista explica que há dois tipos principais de diabetes. A diabetes tipo 1 acontece quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina, resultando na falta total do hormônio. Já a diabetes tipo 2, mais comum, ocorre quando o corpo não consegue usar a insulina de maneira eficaz, mesmo que ela esteja presente. Em ambos os casos, o resultado é o aumento da glicose no sangue, a chamada hiperglicemia.

“A diabetes tipo 1 costuma aparecer na infância ou adolescência, com sintomas como fraqueza, náuseas, vômitos e mudanças de humor. Já a tipo 2, que é mais comum em adultos, pode causar formigamento nas mãos e pés, infecções frequentes e visão turva”, explica a endocrinologista.

Diagnóstico 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil tem cerca de 20 milhões de pessoas com a doença, sendo 90% dos casos do tipo 2, que está diretamente relacionado à obesidade, dietas inadequadas e sedentarismo. O diagnóstico da diabetes é feito por meio de uma avaliação clínica, histórico médico e exames laboratoriais.

“O principal exame para diagnosticar a diabetes é a glicemia de jejum, que mede os níveis de açúcar no sangue após um período sem alimentação de, no mínimo, oito horas”, esclarece Larissa Figueiredo. Outro exame bastante utilizado é a hemoglobina glicada, que avalia o controle da glicose nos últimos três meses e não exige jejum.

Além disso, o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), utilizado para avaliar a resposta do corpo ao açúcar, foi atualizado recentemente e agora inclui uma medição adicional após 60 minutos, além das já conhecidas aferições em 0 e 120 minutos. Essa mudança melhora a precisão dos resultados.

Prevenção e tratamento 

Larissa Figueiredo afirma que a prevenção ao tipo 1 da diabetes é limitada, já que a doença está relacionada a fatores genéticos, mas a orientação geral é manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e realizar check-ups ao menos uma vez por ano para identificar qualquer alteração nos níveis de glicose.

“Já a prevenção do diabetes tipo 2 envolve mudanças no estilo de vida, como manter uma dieta equilibrada, rica em fibras e com baixo teor de açúcares, praticar atividades físicas regularmente e controlar o peso, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença. Essas medidas reduzem o risco de desenvolver resistência à insulina e, consequentemente, o diabetes tipo 2”, comenta.

Segundo a especialista, o tratamento do diabetes tipo 1 exige o uso diário de insulina para controlar os níveis de glicose, enquanto o tipo 2 pode incluir medicamentos orais e, em alguns casos, insulina. Em ambos, a mudança no estilo de vida é essencial para o controle da doença.

Fonte: Assessoria

 

‘Chip da beleza’: Anvisa suspende venda dos implantes hormonais

A Anvisa proibiu a comercialização e o uso de implantes de terapia hormonal, conhecidos como “chip da beleza”.

A decisão atinge os implantes hormonais manipulados em farmácias. Prevê a suspensão da manipulação, comercialização, propaganda e uso desses implantes.

Os “chips” mais comuns têm o tamanho de um palito de fósforo e são aplicados de forma subcutânea; trazem na composição um ou mais tipos de hormônios. São prescritos para fins estéticos e também para tratamento de fadiga e sintomas de menopausa.

Esse tipo de implante não tem registro na Anvisa. Mas, mesmo assim, é vendido e usado. Agora, a agência decidiu proibir por considerar que não há garantia de qualidade, eficácia e nem segurança desses produtos que podem gerar efeitos indesejáveis e graves para a saúde.

Além da suspensão, a Anvisa publicou um alerta para a população e profissionais de saúde: dentre as principais complicações observadas em pacientes que fazem uso desses implantes manipulados estão elevação do colesterol, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias cardíacas.

A orientação da Anvisa para quem tem um implante é procurar seu médico.

“A gente vem observando um aumento dos eventos de danos à saúde da população. Então, quando ocorre esse tipo de problema, a gente tem a obrigação, como agência sanitária, de mitigar esse risco e a medida preventiva tem esse propósito. E junto de uma avalidação com seu médico, verificar a necessidade de retirar ou acompanhar esse implante que está no paciente. Essa é uma avaliação médico-paciente”, afirma Marcus Aurélio Miranda de Araújo, gerente-geral de fiscalização da Anvisa.

Fonte: Portal G1

Síndrome rara em pacientes da Capital une Hospital Regional e USP em estudo clínico

O Ambulatório de Distúrbios Vestibulares e do Equilíbrio, do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), está conduzindo um estudo clínico sobre nove casos de vestibulopatia bilateral devido à possível vestibulotoxicidade (danos causados por substância em estrutura ou função do equilíbrio corporal) por aminoglicosídeos (classe de antibióticos).

A coordenadora do ambulatório, Aline M. Kozoroski Kanashiro, explica que a síndrome causa um comprometimento funcional grave no paciente. “Começamos a atender pacientes com queixa de vertigem, e esses foram diagnosticados com vestibulopatia bilateral, que é uma condição na qual os dois labirintos são danificados”.

Os pacientes em questão apresentam características semelhantes e por esse motivo são objetos do estudo. Aline Kanashiro acrescenta que a síndrome provoca uma redução significativa na qualidade de vida e aumenta o risco de quedas, já que os pacientes passam a ter tonturas, percepções errôneas do movimento e comprometimento do equilíbrio com muita dificuldade para andar.

A vestibulopatia bilateral associada ao uso de medicamentos é uma condição rara, com prevalência de apenas 3,64 casos por 100 mil habitantes, de acordo com estudos populacionais. O fato de que nove casos ocorreram em um único ambulatório especializado, em apenas um ano, levantou as preocupações.

Para dar continuidade ao estudo, a neurologista e chefe do Ambulatório de Vertigem do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Cristiana Borges Pereira, disponibilizou-se para vir ao HRMS com um equipamento essencial para a condução dos exames de avaliação do labirinto, o vídeo-Head Impulse Test.

Esse teste, que realiza a medição computadorizada do reflexo vestíbulo-ocular, não está disponível no SUS, o que torna o acesso ao equipamento uma oportunidade crucial para a avaliação precisa dos pacientes.

Cristiana ressalta a importância desses exames, que podem contribuir para aprimorar ainda mais o tratamento dos pacientes.

“Esses exames são fundamentais para que possamos identificar o dano que esses pacientes apresentam. Vimos que alguns tiveram um dano considerável, e outros, menos, mas todos com algum grau de comprometimento. Isso será importante também para conscientizar os médicos que estão prescrevendo essa medicação. Em alguns casos, ela é indispensável, mas e naqueles em que existem alternativas? Será que não vale a pena tentarmos outros medicamentos para preservar a função do labirinto desses pacientes?”, questionou.

A Marielle Alves Correa Esgalha, diretora-presidente do HRMS, destacou a importância da iniciativa. “O HRMS sempre buscou a excelência no cuidado com nossos pacientes, e este esforço, em parceria com a Cristiana e a equipe do Ambulatório de Distúrbios Vestibulares, reforça nosso compromisso em oferecer o melhor diagnóstico e tratamento. A saúde dos nossos pacientes está sempre em primeiro lugar”, afirmou a diretora.

Esse estudo poderá fornecer respostas valiosas sobre vestibulopatias,  além de contribuir para a melhoria das práticas clínicas e, consequentemente, do atendimento à população.

Fonte: Portal do MS