domingo, 5 de maio de 2024

Reinaldo foge de debate e Mocchi vira alvo de ataques

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Candidatos participaram de debate realizado na noite de ontem (17) em Dourados (Foto - João Pires)

 

Nem Reinaldo e nem Murilo

 

Debate promovido pela Grande FM 92,1, realizado na noite de segunda-feira (17) em Dourados, frustrou as expectativas de quem esperava a participação do governador e candidato a reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB). Nem ele e nem o seu vice Murilo Zauith (DEM) compareceram para apresentarem suas propostas aos ouvintes de pelo menos 32 municípios que abrange audiência da rádio.

 

Alvo de ataques

 

Com crescimento considerável nas pesquisas após a operação Vostok, deflagrada na semana passada pela PF, resultado de investigação contra Reinaldo, o medebista Junior Mochi foi o principal alvo de ataques pelos candidatos Marcelo Bluma (PV) e João Alfredo (PSol).

 

Escondeu o partido

 

A artilharia contra Mochi foi iniciada por João Alfredo que considerou que o candidato indicado por André Puccinelli tem ‘escondido’ o partido em que representa, em seus discursos. “Ele esconde que é do MDB de Marun e tantos outros”, disse ao responder pergunta do Marcelo Bluma, sobre o altos valores na emissão de CNH no Estado.

 

Improbidade administrativa

 

O candidato João Alfredo ainda mencionou as acusações relacionadas a improbidade administrativa contra Mochi, bem como a aplicação de multa de R$ 310 mil pelo TRF da 3ª Região e cobrou respostas com relação ao impeachment contra o governador Reinaldo, protocolado na Asssembleia Legislativa.

 

Mochi responde

 

Já no seu tempo de réplica, Junior Mochi lembrou que é filiado no então PMDB desde 1978 e rebateu as criticas. “Não me confunda com partido. Em todos os lugares tem pessoas boas e ruins e sou Junior Mochi”. Quanto as acusações de improbidade administrativa, disse; “A denúncia foi rejeitada, portanto isto é ‘café requentado’”.

 

Odilon questionado

 

Se por um lado Junior Mochi foi confrontado, o juiz aposentado Juiz Odilon (PDT) também teve que explicar aos seus adversários com relação as denúncias encaminhadas ao MPF, feitas pelo seu ex-assessor Jedeão de Oliveira. Ele acusa o candidato sobre uma suposta ‘venda de sentenças’.

 

Odilon esclarece

 

Por sua vez, Odilon fez questão de enfatizar que ele mesmo pediu a Polícia Federal que o investigue quanto a algum ato ilícito cometido enquanto magistrado e ressaltou que as delações de Jedão (demitido por ele) não foi respaldada pela Procuradoria da República. “O que existe ali é uma vingança e uma armação política. O meu passado de 40 anos de trabalho é um documentário da minha honestidade e vou administrar o nosso Estado com lisura”, disse.

 

Reinaldo criticado

 

A ausência de Reinaldo Azambuja e seu vice Murilo Zauith foi bastante criticada por todos os candidatos, principalmente por Odilon de Oliveira. Logo no início do debate o juiz considerou o governador um ‘fujão’ por ter faltado ao terceiro debate desde o início da campanha eleitoral. “Eu ia perguntar ao Reinaldo onde fica a moralidade na administração pública?”, disse ao mencionar os R$ 70 milhões que teriam sido repassados em propinas pelo grupo JBS ao Governo do Estado.

 

João Grandão na plateia

 

Em meio ao público que acompanhou o debate no anfiteatro da unidade 2 da UFGD, o deputado estadual João Grandão (PT) e candidato a reeleição, ficou entusiasmado quando o companheiro Humberto Amaducci (PT) criticou a aprovação da reforma da Previdência, na Assembleia Legislativa. “Eu votei contra!”, comentou a dos um dos assessores do também candidato a deputado estadual Elias Ishy (PT), sentado ao seu lado.

 

Tetila presente

 

O ex-prefeito Laerte Tetila (PT) suplente do candidato ao Senado, Zeca do PT, também acompanhou atentamente ao debate e foi lembrado por Amaducci, que elogiou sua atuação enquanto prefeito de Dourados.

 

Delcídio de novo

 

No início da noite de ontem (17) já circulava as informações sobre o registro de candidatura do ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) ao Senado por Mato Grosso do Sul. Ele vai substituir o médico Cesar Nicolatti (PTC), que de certa forma garantiu o lugar o na disputa ao ao ex-petista, cassado em 2016 por suposta ‘compra de silêncio’ na operação Lava Jato.

 

Púlpito que seria ocupado pelo candidato Reinaldo Azambuja durante o debate (Foto - João Pires)

 

João Pires

ESTADO NOTÍCIAS