Uma diligência que se tornou audiência pública na visita da Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves. Momentos de muita emoção dos líderes indígenas e também da ministra que até expôs a sua vida particular por ter sido violentada sexualmente em sua infância aos 6 anos de idade.

Os Capitães das aldeias indigenas “Jaguapyru e Bororó”, Gaudêncio e Israel fizeram seus discursos emocionados e expôs todos os problemas que o seu povo passa nas aldeias pela falta d’água, violência, bebidas alcoólicas e a venda e o uso de drogas pelos índios que tem crescido assustadoramente.

Já o ponto alto do discurso da ministra Damares Alves foi onde ela pediu desculpas a Raíssa, a família e aos índios por ter chego atrasado e não evitado a morte da menina e diz por um ponto final neste tipo de crime nas aldeias. Damares ainda surpreendeu quem participou do evento expondo a sua vida particular e dizendo que ela sobreviveu a um crime parecido com o de Raíssa, por ter sido violentada sexualmente ainda criança aos 6 anos de idade e que jamais esqueceu do que aconteceu com ela.  “A diferença é que eu sobrevivi, mas a Raíssa não” disse Damares.

A diligência foi agendada pela deputada federal Rose Modesto (PSDB) após o crime ocorrido com a menina indígena, Raissa da Silva Cabreira, de apenas 11 anos que chocou o país. Raíssa foi estuprada pôr cinco indivíduos, morta e jogada de um paredão de pedras nas proximidades da aldeia Bororó.

A deputada Rose Modesto,  acionou a Coordenadora Geral da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada federal Celina Leão, a fim de cobrar um plano de ações com medidas de combate à violência contra os povos indígenas. Discursos de outra autoridades também demostraram suas indignações, principalmente as deputadas federais e outras autoridades.

Casa da Mulher Brasileira 

No evento a deputada federal Rose Modesto, garantiu uma emenda de R$ 3 milhões para a construção de uma “Casa da Mulher Brasileira” em Dourados e ser construída próximo as aldeias indigenas urbanas e com a garantia da doação do terreno pelo prefeito Alan Guedes que também estava no evento. No estado só existe uma unidade que é em Campo Grande.

Rose ainda ressaltou a preocupação para com os crimes que acontece nas aldeias e tem grandes desafios. “Um dos grandes desafios é garantir o direito dos indígenas, principalmente a qualidade de vida para as crianças e os direitos de ter a sua infância respeitada, de ter a sua educação garantida e fazer com que não chegue até a vida delas a violência física, psicológica, sexual e emocional.  Nós tivemos nos últimos dias a tristeza de ver uma criança violentada e morta dentro da aldeia como foi o caso da menina Raíssa.

Fonte: Agora MS