sexta-feira, 29 de março de 2024

Sputnik tem eficácia de 78,6% com 1 dose em idosos, aponta estudo preliminar

Monitoramento acompanhou mais de 180 mil moradores da província de Buenos Aires

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Foto distribuída pela presidência argentina mostra primeiras doses da vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia contra a Covid-19, chegando ao Aeroporto Internacional de Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires, no dia 24 de dezembro. — Foto: Esteban Collazo / Argentina's Presidency Press Office / AFP

A vacina Sputnik V apresentou 78,6% de eficácia para evitar novas infecções da Covid-19 após a aplicação de apenas 1 dose em idosos na província de Buenos Aires, aponta estudo preliminar divulgado nesta quarta-feira (2) pelo governo argentino.
O monitoramento acompanhou mais de 180 mil moradores da capital da Argentina e da região metropolitana entre dezembro de 2020 e março de 2021 – cerca de 40 mil foram vacinados. Os resultados, com a metodologia e dados completos ainda não foram publicados em revista científica.

“O estudo indica uma eficácia de 78,6% para evitar casos de Covid-19, de 84,7% para evitar as mortes e de 87,6% para reduzir hospitalizações em pessoas de 60 a 79 anos”, disse em nota o governo de Buenos Aires.

A aplicação de apenas a 1ª dose da vacina foi registrada pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês) como Sputnik Light, uma forma de acelerar a imunização sem a necessidade de aplicar duas doses e garantir a eficácia da proteção.
O estudo argentino foi o primeiro realizado fora da Rússia que acompanhou este regime de aplicação de vacinas em um “cenário de mundo real”. Um levantamento anterior apontou 79,4% de eficácia neste formato de aplicação em pacientes russos, de acordo com o fundo.

 Destaques do estudo

 186.581 pessoas com idades entre 60 e 79 anos foram acompanhadas pelas autoridades de saúde da região
idosos com mais idade não foram considerados por ser uma amostragem pequena
os pacientes foram vacinados entre 29 de dezembro de 2020 e 21 de março de 2021
pacientes que antes da vacina já se infectaram com o Sars-Cov-2 foram retirados do estudo
40.387 mil dos voluntários receberem a 1ª dose da vacina durante este período, 146.194 não foram imunizados – grupo usado para comparação

Sputnik V no Brasil

A Sputnik V vem sendo questionada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Uma das principais questões é que não deveria haver vírus capazes de se replicar em sua composição, e, segundo a Anvisa, os dados das pesquisas mostram que a Sputnik V tem isso.
A agência vetou pedidos de importação da vacina russa porque diz que não pode confiar na segurança, eficácia e qualidade do imunizante diante da ausência de informações que foram requisitadas.

Adenovírus replicante na vacina Sputnik V: entenda o que levou Anvisa a negar importação

Na próxima sexta-feira (4), a Anvisa deve apresentar o parecer sobre novos pedidos de importação do imunizante russo Sputnik V e do indiano Covaxin, ambos para o combate à Covid-19.

Fonte: G1

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