O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participará nesta terça-feira (30) de uma reunião que contará com a presença de centenas de generais e almirantes do Exército americano convocados de maneira incomum para uma base militar na região de Washington D.C.

Nenhum comando explicou o objetivo da reunião militar, que acontece em um momento de recuperação do controle político sobre o Exército dos Estados Unidos, além da mobilização de tropas em cidades americanas e a punição a comandantes de alto escalão.

O encontro com os generais do Exército ocorrerá na base militar de Quantico, cerca de 50 km ao sul da Casa Branca, e fará um discurso a partir das 10h desta terça (no horário de Brasília), segundo a agenda oficial do presidente. Também segundo a agenda do republicano, Trump “fará um anúncio” às 12h, porém ainda não se sabe se tem a ver com a reunião militar.

Reuniões entre líderes militares e civis não são novidade, porém especialistas afirmam que a magnitude do encontro, que envolve generais de todo o mundo, a rapidez com que foi convocado e o mistério em torno dele são particularmente incomuns.

“É perfeitamente razoável que o secretário fale com os generais e apresente sua visão para a condução do departamento — e talvez também sobre estratégia e organização. O que é misterioso é o aviso tão curto, o fato de ser presencial e o que mais pode estar envolvido”, afirmou Mark Cancian, conselheiro sênior do Center for Strategic and International Studies e coronel aposentado da Marinha dos EUA, à agência de notícias Associated Press (AP).

A iniciativa foi organizada pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, que fará um discurso no evento. Trump expressou satisfação com a reunião.

“Eu amo isso. Quero dizer, acho que é incrível. (…) Deixe ele ser amigável com os generais e almirantes de todo o mundo”, disse Trump na quinta-feira da semana passada ao secretário de Guerra.

Um funcionário da Casa Branca afirmou ao jornal americano “NBC News” que Trump e Hegseth discutirão “como estamos militarmente, como estamos em ótima forma e muitas coisas boas e positivas”.

O vice-presidente americano, J.D. Vance, tentou minimizar a importância da reunião. Em uma conversa com jornalistas, ele afirmou que “não é de forma alguma incomum” e que é “estranho” que a imprensa faça tanto barulho sobre a questão. Questionado por repórteres, Trump também minimizou a importância do evento.

Sean Parnell, porta-voz do Ministério de Guerra (antigo Ministério da Defesa), afirmou em um comunicado que Hegseth “fará um discurso diante dos comandantes militares”, sem revelar mais detalhes.

A natureza desta reunião e a falta de uma razão oficial suscitaram várias hipóteses sobre seu objetivo e a possibilidade de um anúncio importante em relação ao Pentágono.

Fonte: Portal G1