quinta-feira, 2 de maio de 2024

Produtores conhecem vantagens da Carne Carbono Neutro em dia de campo da Embrapa

Embrapa

 

A marca-conceito CCN (Carne Carbono Neutro), desenvolvida pela Embrapa, foi apresentada em um dia de campo, dentro da programação da etapa Campo Grande da Intercorte, na sexta-feira, 22, na Fazenda Boa Aguada (Grupo Mutum), em Ribas do Rio Pardo (cerca de 150 km de Campo Grande). Um dos donos da fazenda, Moacir Reis, conta que ao serem convidados pela Embrapa para conversar sobre a condução dos experimentos, a propriedade já estava de portas abertas para a Empresa e que foi muito bom aprender e falar sobre Carne Carbono Neutro.

 

Durante o dia de campo, os participantes souberam que o conceito CCN visa atestar a carne bovina produzida com alto grau de bem-estar animal, na presença do componente arbóreo, em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta, IPF) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF) e que, nessas condições, as árvores neutralizam o metano entérico exalado pelos animais, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa que provoca o aquecimento global.

 

O pesquisador da Embrapa Florestas, Vanderley Porfírio, explica como a árvore faz a diferença dentro do sistema. “Para crescer, ela tira gás carbônico da atmosfera, então na madeira, dirigida a produtos de maior valor agregado como móveis, uso na construção civil, piso e assoalho, fica imobilizada aquela quantidade de carbono num período de tempo maior, que vai durar de dez a 15 anos, e assim podemos afetar a forma como o carbono entra e sai da atmosfera”, esclarece.

 

Moacir Reis lembra que implantou o sistema silvipastoril na

fazenda em 2006, sendo pioneiro em Mato Grosso do Sul e que a propriedade serviu de exemplo para outros produtores rurais, tendo hoje mais de dois mil hectares de floresta plantada. “Ficamos muito honrados por termos começado esse projeto, até muito criticado por outros setores, porque as pessoas sempre falam que não tem como produzir madeira na mesma área de manejo dos bovinos. Então saber que podemos produzir na mesma unidade de manejo, tanto a madeira quanto o gado, nos deixa muito satisfeitos”, diz acrescentando que “é muito bom saber que Mato Grosso do Sul tem hoje 40 mil hectares de sistema silvipastoril e nossa fazenda foi uma das pioneiras no Brasil em divulgar esse sistema”.

 

O pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo, conta que os estudos foram iniciados na fazenda há cerca de um ano e, depois do abate dos animais selecionados para a pesquisa, a análise da qualidade de carcaça e de carne mostrou que 100% deles atingiram os níveis desejáveis. “Isso indica que é facilmente possível obter animais com qualidade dentro do conceito da Carne Carbono Neutro”, destaca.

 

Segundo o também pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Rodrigo Gomes, os animais foram abatidos com 514 quilos de média de peso vivo, em torno de 18,3 arrobas de carcaça, com rendimento de carcaça em torno de 53%. “Em relação ao acabamento, cerca de 95% dos animais tinham acabamento de gordura 3, que é o desejável. Em geral, as carcaças estavam de acordo com o que a indústria quer, com bom acabamento e animal jovem, em média de 32 meses, considerado novilho precoce”, informa.

 

Bem-estar animal

 

A árvore também é essencial ao conforto térmico e bem-estar animal, principalmente em sistemas extensivos de produção de bovinos em pastagens, assim como fatores como a boa nutrição, boa qualidade de água, bom manejo e adequado manejo sanitário. “Segunda a literatura, quando se tem a sombra pode haver até 30% a mais de produtividade de leite, mas claro que outros fatores têm que estar bem dimensionados, então quando o sistema está funcionando satisfatoriamente, a sombra vem a agregar. A mesma coisa acontece com animais para a produção de carne. Temos dados de 10 a 15% a mais de produtividade nessas condições”, afirma a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Fabiana Alves.

 

Sustentabilidade

 

A gerente de Sustentabilidade da JBS, Daniela Teston, que também participou do dia de campo, diz que o conceito CCN está totalmente aliado à estratégia de sustentabilidade da companhia. “A JBS aposta muito nessa parceria com a Embrapa para termos mais opções ao atender o portfólio de clientes cada vez mais exigentes, e que os produtores possam acessar esses mercados”, conclui.

 

Programa que integra produtores, cozinheiros e consumidores chega a MS

Famasul

 

O objetivo é promover a integração entre o produtor e o consumidor, conscientizando profissionais da gastronomia sobre sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade dos alimento (Foto - Divulgação)

 

Na propriedade de cinco hectares, localizada em Campo Grande, o agricultor João Lopes Cordeiro, cultiva hortifrútis há 14 anos. Por semana, ele planta cerca de mil pés de alface e por mês mais de 600 pés de couve. Além de outras variedades como feijão vagem, abobrinha, mandioca e milho. Até

então, a venda desses produtos acontecia apenas para moradores da redondeza, a partir de agora o produtor ampliará a comercialização, já que será o primeiro sul-mato-grossense a fazer parte da iniciativa Do Rural à Mesa do Senar Brasil – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, que inicialmente tem a parceria do Senac nacional.

 

O objetivo é promover a integração entre o produtor e o consumidor, conscientizando profissionais da gastronomia sobre sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade dos alimentos. “Fizemos um projeto piloto em Goiás e agora estamos na fase de ampliação. Alguns detalhes ainda estão sendo formatados para que o projeto possa ser ampliado, sem perder a metodologia inicial. A ideia é ir além da aquisição do produto e garantir também a segurança alimentar”, ressalta a assessora técnica do Senar Brasil, Barbara Evelin Magalhães Silva.

 

Mato Grosso do Sul é o primeiro estado que recebe o projeto. “É uma troca de realidade e aprendizagem entre os públicos. Os cozinheiros serão apresentados ao processo de produção no campo, os desafios e manejos utilizados, enquanto o produtor passará a conhecer as necessidades de quem manipula alimentos, firmando o compromisso em oferecer produtos de qualidade, em quantidade suficiente e com regularidade”, destaca o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, após reunião de articulação realizada na quinta-feira (28), entre as entidades envolvidas na iniciativa.

 

Orgulhoso em mostrar sua horta para especialistas em culinária, Lopes fala o antes o depois da sua propriedade após a chegada do Senar/MS. “Hoje sei como devo preparar a terra e combater pragas que aparecem. Com a estufa em formato de túnel, consigo cultivar alface mesmo no frio. Só em olhar vejo o quanto minha horta mudou, principalmente nas opções, como feijão vagem, couve, abobrinhas ‘menina brasileira’ e ‘paulistinha’, mandioca, milho e outros vegetais da época”, explica o produtor familiar que, agora com resultados exitosos, e a parceria das entidades ganha um importante cliente.

 

Nem sempre os números de cultivo do Lopes foram assim. Em menos de dois anos de acompanhamento da assistência técnica do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS, por intermédio do programa Hortifruti Legal, Lopes ampliou e profissionalizou sua produção. “Com a diversificação da horta e direcionamento na tecnologia no solo, foi possível que o escalonamento da produção. As mudanças são nítidas. As hortaliças têm giro mais rápido, com 35 dias o agricultor já está colhendo alface. Com isso, consegue atender com eficiência as demandas”, explica a técnica de campo, Ivanda Piffer Pavão.

 

No período vespertino, a equipe composta por representantes do Senar Brasil, Senar/MS, Senac nacional e Senac de MS, fez a primeira visita e obteve boas impressões e expectativas. “É uma propriedade muito bem cuidada, conseguimos perceber a diferença quando se recebe a assistência técnica. Até mesmo na maneira como o produtor se posiciona e o conhecimento que ele adquiriu são diferenciais. O projeto tem um impacto e uma importância social enorme, pois ele tira o atravessador do meio do caminho e dá ao produtor mais autonomia”, afirma a gerente pedagógica do Senac Gastronomia, Patrícia Garcia.

 

“Conhecemos a potencialidade do trabalho deste produtor. Quando o chefe ou o aluno está em um processo de criação dos pratos ele identifica vários insumos que muitas vezes não encontramos no mercado local. Isso permite o fomento do cultivo com produtores locais que passam a produzir o que precisamos e da maneira como precisamos”, afirma a gerente do Senac Turismo e Hospitalidade, Roberta Ávalo.

Levantamento aponta que 26% do milho 2ª safra já foi colhido no Estado

Aprosoja

 

A região norte do Estado é a que se encontra com percentual mais avançado de colheita, com 33,7% concluído (Foto - Divulgação)

A colheita da 2ª safra de milho em Mato Grosso do Sul atingiu 26,4% das lavouras plantadas neste ciclo 2015/16, de acordo com o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), ferramenta desenvolvida pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul). O número foi divulgado nesta quarta-feira (27) pela entidade.

 

A região norte de Mato Grosso do Sul é a que se encontra com percentual mais avançado de colheita, com 33,7% concluído. Fazem parte desta região os municípios de Sonora, São Gabriel do Oeste, Pedro Gomes, Paraíso das Águas, Coxim, Costa Rica, Chapadão do Sul, Camapuã e Bandeirantes. Entre essas, São Gabriel do Oeste é o que está com a colheita mais avançada, com 40% da área concluída.

 

No sul do Estado, 27,7% dos grãos plantados foram colhidos. Essa região compreende as cidades de Antônio João, Bonito, Caarapó, Dourados, Fátima do Sul, Itaporã, Laguna Carapã, Maracaju, Naviraí, Ponta Porã, Vicentina, Amambai, Aral Moreira, Douradina e Juti. Esses quatro últimos municípios têm 35% das lavouras já colhidas.

 

Já na região central de MS, 17,8% foi colhido, o que inclui as cidades de Campo Grande, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Sidrolândia, Terenos e Rio Brilhante. Esta última tem a colheita mais avançada, com 20% da área finalizada. Todos esses municípios listados, que pertencem às três regiões mencionadas, são acompanhados semanalmente pelos técnicos do Siga MS, que verificam o desenvolvimento das culturas de milho e soja no Estado.

 

Resultados estimados

 

A projeção de área plantada de milho permanece em 1,740 milhão de hectares. Já a estimativa de área colhida total, acompanhada pelo projeto Siga MS, é de 416 mil hectares.

 

Em relação à produção, a projeção é de 6,2 milhões de toneladas, com produtividade média de 59,9 sc/ha. Esses números indicam que, em relação à safra de milho 2014/15, configura-se queda de 31,83% na produção, uma vez que o Estado produziu 9,1 milhões de toneladas na última safra.

 

Perdas

 

No que diz respeito à produtividade, o déficit é ainda maior, de 32,16%, já que na safra de milho 2014/15 foi alcançada média de 88,3 sacas por hectare. Já a estimativa atual é de 59,9 sacas por hectare.

 

A queda acentuada na estimativa de produtividade se deve a fatores climáticos, principalmente a ocorrência recente de geadas em diferentes pontos de Mato Grosso do Sul.

 

Esse fenômeno pode ter impactado diretamente 208 mil hectares de plantações de milho segunda safra, principalmente em municípios do extremo sul do Estado, como Laguna Carapã, Ponta Porã, Amambai, Caarapó, Antônio João, Aral Moreira, e ainda municípios do centro-­sul, como Sidrolândia e Rio Brilhante.

Manejo microbiológico do solo auxilia na prevenção de doenças aumentando produtividade

Assessoria

 

A incidência de patógenos de solo é um problema comum encontrado em estados como o Mato Grosso do Sul, onde a prática da monocultura é frequente. Reflexo de um solo desequilibrado, essas doenças impactam diretamente na produtividade da soja, mas podem ser prevenidas com o manejo microbiológico do solo por meio de microrganismos benéficos que propiciam às plantas aquisição de nutrientes e maior resistência a patógenos.

 

O produtor Jair Defendi, da cidade de Aral Moreira (MS), vinha sofrendo com a diminuição de produtividade decorrente da presença de nematoides e dos períodos de chuva intensa na região. Por meio do equilíbrio microbiológico do solo, a fim de reduzir essas doenças e o estresse hídrico sofrido pela planta, a sua lavoura apresentou um incremento de aproximadamente 45% na produtividade.

 

“Na época em que tive problemas com o solo minha produção foi de 48 sacas por hectare. Quando optei pelo tratamento com microrganismos benéficos minha produção alcançou um resultado de 70 sacas de soja por hectare. O enraizamento ficou mais forte, as plantas ficaram mais sadias e atingiram um bom tamanho”, afirma.

 

O engenheiro agrônomo Fransérgio Batista, gerente técnico especializado em grãos da Alltech Crop Science, explica que com o monocultivo, os microrganismos que deveriam estar no solo de forma natural, auxiliando no manejo biológico, reduzem drasticamente sua população, ocorrendo assim o desequilíbrio biológico no solo. “A partir do momento em que temos apenas uma cultura predominante, é exercida uma pressão de seleção sobre os microrganismos do solo, geralmente favorecendo o desenvolvimento dos fitopatogênicos e desfavorecendo os benéficos. Como resultado deste desequilíbrio, normalmente, ocorre o aparecimento de várias doenças e também a presença de nematoides”.

 

Segundo o especialista,

o produtor pode ter bons ganhos com o tratamento, visto que ele auxilia no equilíbrio natural do solo, aumentando a produtividade. “Quando se tem microrganismos benéficos no solo, há vida. Com isso você consegue a condição original dessa terra antes do cultivo ser introduzido. Isso favorece o equilíbrio biológico natural, diminuindo a incidência de pragas e doenças, resultando em produtividade”, completa o engenheiro agrônomo.

Alunos do curso Técnico em Agronegócio do Senar aprovam aula prática em Dourados

Assessoria

 

Visitas técnicas estão previstas nos encontros presenciais realizados quinzenalmente (Foto - Divulgação)

 

Os alunos do segundo e terceiro semestre do curso Técnico em Agronegócio, do Senar/MS – Serviço Nacional de aprendizagem Rural, lotados no polo presencial de Dourados tiveram a oportunidade de participar de uma aula diferente no último sábado (21), ao acompanhar o dia de campo do programa Mais Leite realizado no Parque de Exposições.

 

A capacitação de nível médio é oferecida na modalidade EaD – Ensino à Distância, em parceria com o programa do governo federal chamado Rede e-Tec. No total, 80% das aulas são realizadas no ambiente virtual e 20% por meio de encontros presenciais realizados nos seis polos presenciais instalados nos sindicatos rurais de Dourados, Maracaju, Campo Grande, Coxim, Inocência e Aparecida do Taboado. Em todo Estado existem

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410 alunos matriculados, sendo 148 no município de Dourados. O curso é totalmente gratuito, com carga horária de 1.230 horas/aula e prepara profissionais para atuarem na gestão e administração de propriedades rurais ou agroindústrias.

 

O administrador Alberto Silva Escoti é um dos tutores presenciais que atende as turmas em andamento e que levou os estudantes para acompanhar as atividades do dia de campo, como forma de vivenciar os conhecimentos teóricos ministrados nas aulas. “Esta turma de alunos está cursando a disciplina de Marketing Aplicado ao Agronegócio e, por isso, a trouxemos para uma visita até a Expoagro. Aproveitamos a oportunidade para acompanhar as atividades do dia de campo, pois, nossos alunos puderam complementar o conteúdo oferecido no módulo de Gestão da Produção e Logística”, detalhou o educador.

 

Opinião dos estudantes – Para o técnico agropecuário Marcio Rodrigues de Souza,43 anos e aluno do 3º semestre no curso do Senar/MS, as informações oferecidas no dia de campo foram fundamentais para que os colegas compreendam as dificuldades e desafios enfrentados pelos produtores rurais no cotidiano de trabalho. “Eu já tenho uma formação no setor agropecuário e experiência em vários ramos da pecuária, mas, considerei os temas apresentados muito importantes. É preciso que estejamos preparados para atender as dúvidas dos produtores quando começarmos a atuar no mercado”, argumenta.

 

A acadêmica Edevania Teixeira Gomes, 24 anos cursa o 8º semestre de Zootecnia na UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados, além de estar no 2º semestre do curso Técnico em Agronegócio. Ela reforça que o conteúdo de gestão da atividade e as aulas práticas proporcionam um conhecimento prático das atribuições profissionais. “Minha família desenvolve atividade de pecuária e minha intenção é dar continuidade. Na faculdade nosso maior contato é com a teoria, enquanto que na qualificação do Senar/MS temos essa oportunidade de ter contato com o produtor e com a terra. Acredito que ao aliar as duas experiências estarei mais preparada para o mercado de trabalho”, explica.

 

Assim como a colega de turma, Evandro Teixeira Gomes está se qualificando para auxiliar a família na propriedade rural. Com 19 anos, o jovem acredita que a dosagem da teoria e prática intensificam o aprendizado dos módulos oferecidos durante o curso. “Estou me dedicando ao curso, pois, quero trabalhar junto com meus pais, que sempre se dedicaram a agricultura. Gostei bastante do que pude aprender hoje e acredito que esses conhecimentos aumentarão minhas possibilidades de atuação”, reforça.

 

O gestor da Unidade de Inovação e Conhecimento do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Roberto Murillo, ações como o dia de campo propiciam que os estudantes possam ter contato com a experiência dos técnicos de campo e dos produtores rurais. “Uma das prioridades do Senar/MS é oferecer aos alunos, o maior número possível de atividades práticas. E aqui em Dourados foi um duplo aprendizado, pela visita a uma das maiores feiras de agronegócio do Estado e um evento direcionado a produção de pecuária leiteira”, conclui.

Com apoio do Sistema Famasul, médicos veterinários recebem capacitação

Famasul

 

Os maiores especialistas do Brasil estão na Capital Sul-Mato-Grossense empenhados na 1ª capacitação de médicos veterinários do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos. O treinamento que acontece entre os dias 16 e 19 de maio é realizado pela Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal de MS e conta com o apoio do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, na sede da Casa Rural.

 

O vice-presidente do Sistema Famasul, Nilton Pickler, recebeu os profissionais da medicina veterinária e, na abertura, destacou a importância do evento. “Alinhar a metodologia de diagnósticos patológicos de mormo em equídeos qualifica o trabalho desenvolvido pelos veterinários e técnicos que atendem no setor privado e público no Estado”.

 

O Mormo ou lamparão, como é popularmente chamado, é uma doença infectocontagiosa mais comum nos equídeos e que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia.

 

Para o diretor presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, o objetivo é esclarecer e minimizar os efeitos do mormo em equídeos. “Ainda existe muita polêmica e dúvida com relação ao mormo. Por isso, o desafio é ampliar a discussão, padronizando as atividades executadas pelo Programa e atualizando os profissionais que atuam na área. Este é um importante passo para reduzir os efeitos negativos e erradicar a bactéria”.

 

A primeira palestra contextualizou a chegada e os números da doença no país. “Acredita-se que a bactéria foi introduzida na descoberta do Brasil, com a chegada dos portugueses e os cavalos usados como único meio de transporte na época. O clima tropical, quente e úmido, a aglomeração e a falta de medidas higiênico-sanitárias são os principais fatores de propagação da doença”, explica o especialista em patologia veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fernando Leandro dos Santos.

 

Outro assunto discutido é a Resenha de Equídeos. O tema foi ministrado pela doutora pela Universidade Federal de Minas Gerais, Adalgiza Souza Carneiro de Rezende. “As escolas de veterinária ensinam os diagnósticos de formas diferentes a partir de literaturas também diferenciadas. Na minha palestra sempre recomendo que seja utilizada apenas uma nomenclatura baseada na genética do animal”, adiantou a especialista.

 

Mais de cem pessoas participam do evento que tem na programação ainda temas como, anemia infecciosa equina, a situação do Mormo em Mato Grosso do Sul, coleta de material a campo e o momento para tirar dúvidas sobre a doença. As palestras no segundo dia de evento darão início às 8h.

Embrapa leva ciência e tecnologia para agricultores familiares

Assessoria

 

Os agricultores familiares exercem um importante papel na produção diversificada do Brasil, principalmente na de alimentos. Em Mato Grosso do Sul não é diferente. Para contribuir com o desenvolvimento e fortalecimento da agricultura familiar no Estado, a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) promove e realiza a Tecnofam 2016, evento de tecnologias e conhecimentos para agricultura familiar. A programação do evento é fundamentada na demonstração de tecnologias e troca de conhecimentos, acontecerá de 11 a 13 de maio de 2016, das 7h30 às 16h30.

 

São também realizadores do evento o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul através da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf) e Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), a Prefeitura Municipal de Dourados pela Secretaria Municipal de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Semafes) e o Sistema Famasul através do Senar/MS.

 

O objetivo é proporcionar acesso a diversas tecnologias a campo com foco na diversificação, agregação de valor e sustentabilidade dos sistemas de produção. Além da programação no campo, acontecerá uma mostra de tecnologias, equipamentos, maquinários, implementos agrícolas. Também serão realizadas oficinas nos temas: fruticultura, plantas medicinais e produção de leite.

 

As várias tecnologias que serão demonstradas a campo têm origem na Embrapa Agropecuária Oeste e em outras Unidades da Embrapa: Algodão, Amazônia Ocidental, Arroz e Feijão, Gado de Corte, Hortaliças, Instrumentação, Mandioca e Fruticultura, Meio Norte, Milho e Sorgo, Pantanal, Suínos e Aves, Tabuleiros Costeiros.

 

“A Embrapa se preocupa igualmente com todos que fazem da agricultura seu negócio. No caso da Tecnofam, cria-se um ambiente favorável para o conhecimento e a adoção de tecnologias que façam diferença no negócio agrícola de base familiar”, explica o pesquisador Guilherme Asmus, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

 

Ele ainda reforça que a Tecnofam foi criada para levar ciência e tecnologia para agricultores familiares e que toda a sociedade está convidada a visitar e conhecer o maior evento de tecnologias para agricultura familiar de MS. “É importante modernizar os processos produtivos, respeitando a lógica de escala da pequena propriedade para atribuir maior eficiência e eficácia nas cadeias produtivas. Isso resulta no desenvolvimento da produção de base familiar, de Mato Grosso do Sul e do Brasil”, conclui Asmus.

 

Plantio do milho 2ª safra encerra e indica nova estimativa de produção no Estado

Aprosoja

 

A estimativa de produção no Estado era de 9,5 milhões de toneladas de milho (Foto - Divulgação)

Informações divulgadas nesta quarta-feira (20) pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), com base em dados levantados em campo pelos técnicos do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), indicam mudanças nas estimativas iniciais para a 2ª safra de milho 2015/2016.

 

Até o penúltimo levantamento realizado pelo Siga MS, a estimativa de produção no Estado era de 9,5 milhões de toneladas de milho. No entanto, com a conclusão do plantio dessa cultura no último dia 15, os números atualizados indicam uma projeção de produção de 8,5 milhões de toneladas com produtividade média de 82 sc/ha. Antes, esperava-se produtividade média de 88,3 sc/ha.

 

Chuvas

 

De acordo com o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto, a redução na estimativa se deve às condições climáticas registradas do plantio até este momento. “Esse é um reflexo do excesso de chuvas na colheita de soja, o que impactou o plantio do milho. Agora, conforme os últimos levantamentos, além do atraso no plantio desse grão, tivemos áreas que nem sequer foram plantadas e algumas que, logo após plantadas, sofreram inundações”, explica.

 

“Adiciona-se a esse cenário, nos últimos 30 dias, a ocorrência de chuvas isoladas causando ausência de precipitações em várias áreas. Tudo isso compromete a produtividade do milho”, completa.

 

Bortolotto ainda explica como as condições climáticas influenciam nos resultados. “A 2ª safra do ciclo passado (2014/2015) foi excepcional, perfeita em relação ao clima, o que gerou excelente resultado de produção. No entanto, essa 2ª safra (2015/2016) não está com condições climáticas tão favoráveis para esse período do ano. Agora, esperamos que as chuvas voltem para diminuir esse impacto negativo”, finaliza o presidente.

 

Redução de área

 

Ainda segundo a Aprosoja/MS, a mudança na previsão para o milho 2ª safra 2015/216 se deve a 59 mil hectares que não foram plantados. Até a semana passada havia projeção de plantio em área de 1,799 milhão de hectares, entretanto, esse número não se confirmou, consolidando-se área plantada de 1,740 milhão de hectares, o que pode resultar em acréscimo de apenas 0,6% na área total.

 

Apesar dessa ampliação de 0,6% na área plantada, a projeção é que, no comparativo com o ciclo anterior, haja redução de 7,13% na produtividade, o que leva a uma queda de 6,6% na produção total de milho nesta 2ª safra em Mato Grosso do Sul. As informações completas sobre o encerramento do plantio do milho constam na Circular Técnica n° 155, da Casa Rural.

Milho foi plantado em 96% das lavouras do Estado

Aprosoja

 

A região central do Estado está um pouco atrás, com média de 97,7% de área plantada (Foto - Divulgação)

O plantio do milho atingiu 96,7% da área de lavouras de Mato Grosso do Sul, de acordo com informações levantadas pelos técnicos do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul). Os dados foram apurados no último dia 8 de abril e constam na Circular Técnica n° 153, da Casa Rural, divulgada nesta quinta-feira (14).

 

Mapeamentos e entrevistas realizadas em propriedades rurais localizadas nos principais municípios produtores do Estado apontam que a região sul do Estado está com o plantio mais avançado, com média de área plantada de 99,2%.

 

Cidades avançadas – Essa realidade abrange os municípios de Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Caarapó, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Itaporã, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Naviraí e Vicentina. Só não ultrapassaram a média de 99% de área plantada as cidades de Bonito e Ponta Porã.

 

A região central do Estado está um pouco atrás, com média de 97,7% de área plantada. No entanto, Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante já finalizaram a semeadura. Nessa região, portanto, não finalizaram o plantio os municípios de Campo Grande, Jaraguari, Sidrolândia e Terenos.

 

Maior atraso – Já a região norte do Estado é a mais atrasada no plantio, com média de 73,1% de sua área plantada. Apenas três dos nove municípios que compõem essa região já ultrapassaram a marca dos 90% de área plantada. São esses: Bandeirantes, Coxim e São Gabriel do Oeste. No entanto, existe cidade que plantou apenas 40% das lavouras, como é caso de Paraíso das Águas.

 

Ainda segundo os dados do Siga MS, nas últimas duas semanas a região sudoeste/sudeste praticamente alcançou as porcentagens de plantio registradas na safra 2014/2015 neste mesmo período. Por outro lado, a região centro/norte continua atrasada quando a semeadura é comparada com as últimas três safras. O atraso no plantio em todo Estado, com relação à safra 2014/2015, é de aproximadamente 2,4% para a data de 08 de abril.

 

Plantio estagnado – Por causa disso, há a possibilidade de que a semeadura não ocorra em 100% da área estimada. Isso porque em alguns municípios, como Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste e Sonora, não se realizou plantio nas últimas duas semanas. Ou seja, os índices de área plantada são os mesmos nessas cidades há três semanas. Apesar da estagnação no avanço do plantio nesses municípios, esse último levantamento do Siga MS não indica qual o total da área efeitvamente plantada no Estado até o momento.

 

Após 29 dias do

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fim do período estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático, Portaria Nº 236, 21 de dezembro de 2015, aproximadamente 3% da áreade lavouras de Mato Grosso do Sul ainda não foi plantada.

 

Segundo o zoneamento, as melhores condições para semeadura da cultura do milho 2ª safra 2015/2016 em Mato Grosso do Sul encerraram no dia 10 de março. No entanto, segundo o analista de grãos do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) Leonardo Carlotto, pode-se considerar como período ideal de plantio até o dia 15 de março.

Onda de calor e ausência de chuva no mês de abril causam preocupação em áreas urbana e rural

Embrapa

 

O Estado de Mato Grosso do Sul está passando por uma onda de calor há mais de uma semana – em algumas cidades o calor intenso já completou duas semanas. Onda de calor são dias quentes consecutivos com temperatura superior a 33ºC.

 

No Estado, pelo menos, 23 municípios registram onda de calor: Água Clara, Amamabai, Aquidauana, Bataguassu, Bela Vista, Campo Grande, Cassilândia, Costa Rica, Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Juti, Miranda, Nhumirim, Paranaíba, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, São Gabriel do oeste, Sete Quedas, Sidrolândia, Sonora e Três Lagoas. Até o momento, Três Lagoas é o município com o registro de temperatura mais alta: 38,3ºC, no dia 10 de abril.

 

Grande Dourados

 

A Embrapa Agropecuária Oeste possui duas estações meteorológicas na Região da Grande Dourados: uma em Dourados e outra em Rio Brilhante. Nos dados das estações, a média dos 11 dias deste mês de abril é de 28,2ºC. “Estamos bem acima da média de temperatura para o mês de abril, que é de 23,1ºC para a região. Mas ainda faltam 19 dias para fechar o mês”, pondera Carlos Ricardo Fietz, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.

 

Associado ao calor, faz 16 dias que não chove na região – de 26 de março a 11 de abril. “Só houve um ano sem chuva em abril na região da Grande Dourados, que foi em 2009. A média mensal para abril é de 115mm. Mas é bom lembrar que o mês de abril ainda não terminou e, de acordo com a previsão do tempo do Ceptec/Inpe, está prevista chuva para o meio da semana. Vamos esperar”, diz Fietz.

 

Já a sensação térmica desse período de onda de calor é de muita atenção, ficando entre 32,1 ºC e 41 ºC, com base no critério da NOAA’s (National Weather Service Office dos Estados Unidos) – entenda melhor acessando a página sobre Sensação Térmica no site Guia Clima

 

Milho safrinha

 

Nesta última safra da soja, 2015/16, a estiagem em outubro atrasou o plantio da soja e a chuva no período de desenvolvimento e da colheita da oleaginosa foi em excesso. Consequentemente, houve atraso no plantio do milho de outono-inverno.

 

O milho tolera variação de temperatura de 10ºC a 30ºC. No período de desenvolvimento do milho, da emergência à floração, o cereal precisa de temperaturas entre 24 ºC e 30ºC. Temperaturas elevadas, como têm sido registradas em Mato Grosso do Sul, especialmente nas áreas produtoras do cereal, diminuem o ciclo da planta e prejudicam a produção des grãos.

 

O milho é uma planta que exige bastante água. Segundos informações da Embrapa Milho e Sorgo, durante seu ciclo completo, a cultura consome cerca de 600 mm de água. Em regiões quentes e secas, chega a consumir até, no máximo, 2,5 mm/dia em seu período de crescimento. No período que vai da formação de espigas até a maturação dos grãos, o milho exige entre 5 a 10mm/dia.

 

“Nas condições atuais de temperatura e chuva, o milho já está sentindo a ausência de chuva e o excesso de calor. Ainda não está grave, porque choveu bastante em março. E no outono a evapotranspiração [evaporação do solo e transpiração da planta] não é tão intensa como em janeiro”, explica o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.

 

Prejuízos causados pelas chuvas na safra 2015/16 podem ultrapassar R$ 100 mi

Liana Feitosa – Aprosoja/MS

 

Mais de 40 mil hectares de soja nem serão colhidos no Estado devido aos prejuízos causados pelas chuvas (Foto - Divulgação)

A colheita de soja está chegando ao fim e já é possível contabilizar prejuízos ao bolso do produtor rural causados pelo excesso de chuvas ao longo do ciclo 2015/16. Segundo dados do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), não haverá quebra significativa de safra, inclusive porque a produtividade se mantém a mesma ciclo passado e o resultado estimado de produção se mantém em 7,5 milhões de toneladas de soja. No entanto, as perdas diretas aos produtores podem ultrapassar R$ 100 milhões.

 

Chuvas

 

De acordo com o analista de grãos do Sistema Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), Leonardo Carlotto, 41 mil hectares de soja não serão colhidos no Estado. Isso se deve aos danos causados pelo excesso de chuvas, que geraram avarias no grão, mofos e, em alguns casos, até impediram o acesso de maquinários nas lavouras para colheita.

 

Esses 41 mil hectares não colhidos, portanto, significam perdas ao produtor que investiu e realizou plantio nessas áreas. Ou seja, de maneira geral, a produção foi positiva, mas, para alguns produtores, as perdas foram grandes, resultando em colheita bem abaixo da média do Estado.

 

“Se considerarmos que o custo de produção de cada hectare ao agricultor é de R$ 2.452, já temos um prejuízo direto de R$ 100 milhões aos produtores do Estado, considerando os 41 mil hectares não colhidos”, explica Carlotto.

 

Números positivos

 

De acordo com o analista, esses números ainda não estão finalizados, mas indicam que a safra 2015/16 poderia ter sido ainda mais positiva para Mato Grosso do Sul caso as condições climáticas tivessem sido mais favoráveis.

 

Sobre isso, Carlotto também estima que o Estado poderia ter arrecadado ainda três vezes mais que o valor dessa perda. “Mato Grosso do Sul poderia ter movimentado cerca de R$ 300 milhões a mais em comercialização, tributação e movimentação da cadeia produtiva, caso os campos não tivessem apresentado a perda que está sendo estimada para este ciclo”, detalha.

 

Esse montante que deixou de circular no Estado também está relacionado aos ganhos que seriam obtidos graças ao aumento real de área plantada.

 

Crescimento

 

Nesta safra houve aumento de área plantada, cujo crescimento foi de 8% no comparativo com o ciclo 2014/2015. A projeção inicial para a safra de soja 2015/16 era de 2.420 milhões de hectares, mas os levantamentos do Siga MS do último dia 18 confirmaram a utilização de 2,5 milhões de hectares, o que representa que o crescimento foi o dobro do projetado.

 

Se as condições climáticas tivessem sido mais favoráveis, a produção em Mato Grosso do Sul certamente atingiria 7,9 milhões de toneladas de soja. A produção não atingirá esse valor, no entanto, a estimativa se mantém positiva e recorde, chegando a 7,5 milhões de toneladas. Esse número é superior aos 7 milhões de toneladas colhidas na safra 2014/15, ou seja, meio milhão de tonelada acima do último ciclo.

MS colhe 72,8% da área de soja e mantém estimativa de 7,4 mi de toneladas

G1/MS

 

Apesar dos problemas climáticos, Aprosoja/MS mantém projeção de safra recorde em MS (Foto: Reprodução/TV Morena)

Os agricultores de Mato Grosso do Sul colheram até o dia 11 de de março, 72,8% dos 2,4 milhões de hectares cultivados com soja no estado. Apesar dos problemas climáticos, que ocasionaram perdas de até 40% em pelo menos um município, a Associação dos Produtores da oleaginosa (Aprosoja/MS) ainda projeta uma safra recorde de 7,4 milhões de toneladas do grão.

 

Segundo a Aprosoja/MS, dados apurados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), indicam que a colheita da safra atual continua atrasada quando comparada a evolução das últimas três temporadas. Em relação ao ciclo anterior, por exemplo, o retardamento é de aproximadamente 14%.

 

A entidade aponta que condições climáticas desfavoráveis afetaram todo o ciclo de produção da oleaginosa. Primeiro foi a estiagem em outubro de 2015, época da semeadura, que forçou muitos produtores a aguardarem a chuva e a melhoria da umidade do solo para o plantio. Depois foi o excesso de chuva, entre dezembro e fevereiro, o que alagou muitas áreas, provocando, inclusive, perdas, além de favorecer o desenvolvimento de doenças nas lavouras.

 

O grande volume de chuvas, além disso, também afetou a infraestrutura logística, as estadas e pontes, utilizadas pelos produtores para chegar até as lavouras, o que dificultou o manejo adequado das áreas cultivadas e retardou o início da colheita, além de estar afetando neste momento, o escoamento da produção nas áreas onde o trabalho já foi realizado.

 

De acordo com a Aprosoja/MS, até o dia 11, as regiões sudeste e sudoeste do estado estavam com a colheita mais adiantada, com média de 81,6% das áreas cultivadas, enquanto que o norte e o centro seguiam em rimo mais lento, com 51,8%. O município de Douradina era mais avançado no procedimento, com percentual, até aquela data, de 98% do total.

 

Perdas

 

Segundo a Aprosoja/MS, dos 35 municípios analisados pelo Siga, nove já contabilizavam perdas nas lavouras de soja em razão do excesso de chuva. Os índices variam de 10% a 40%, sendo este percentual maior registrado em Maracaju, justamente o maior produtor do grão em Mato Grosso do Sul.

Senar apresenta evolução do atendimento em cursos no 2º Encontro de Instrutores

Assessoria

“Os resultados apresentados aqui hoje foram possíveis graças ao comprometimento de todos vocês”. A afirmação foi feita pelo superintendente do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Rogério Beretta, durante a abertura da segunda edição do Encontro de Instrutores, realizada em Campo Grande. O evento prossegue até sexta-feira (19) e reúne 210 profissionais, responsáveis pela execução de 137 cursos oferecidos pela instituição.

 

O encontro tem objetivo de promover a atualização pedagógica dos profissionais e contribuir para o aperfeiçoamento do trabalho realizado com os produtores e trabalhadores rurais de Mato Grosso do Sul, em parceria com os 68 sindicatos associados.

 

“Em 2015, os cursos de formação profissional e promoção social atenderam 34 mil pessoas em todo Estado. Para este ano, estimamos um aumento de 20% na demanda, auxiliada pelas capacitações solicitadas a partir dos programas especiais e assistência técnica”, detalha Beretta.

 

No setor de PPE – Programas e Projetos Especiais os destaques ficaram por conta do projeto Pingo d’Água, que levou atendimento odontológico para mais de cinco mil trabalhadores rurais em 14 municípios. “Nossa programação é chegar em 24 cidades e atender pelo menos oito mil pessoas. Com apoio dos parceiros de cada localidade conseguimos mobilizar atendimento a quem não tem condições ou tempo para ir ao dentista”, conclui o superintendente.

 

Assistência Técnica diferenciada – A metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS está em funcionamento há pouco mais de dois anos e já registra números expressivos em Mato Grosso do Sul. Em 2014 foram atendidos 951 propriedades contra 1.541 no ano passado. Para 2016, a previsão é ampliar a assistência para 2.074 famílias, em cinco setores disponíveis: bovinocultura de leite e corte, florestas, hortifrutigranjeiros e piscicultura.

 

Um exemplo apontado pelo superintendente regional foi o atendimento realizado na Cooplaf – Cooperativa de Terenos desde outubro de 2014. “Temos equipes dos programas Mais Leite e Hortifruti Legal atendendo 195 produtores familiares associados à Cooplaf e o resultado que hoje acompanhamos nasceu da realização dos cursos do Senar/MS”, argumenta Beretta.

 

Na área educacional foram citados, ainda, o programa de responsabilidade social do Senar/MS, o Agrinho que objetiva complementar a educação formal do ensino fundamental com a aplicação de temas transversais propostos pelo PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. Iniciado no segundo semestre de 2014, o programa encerrou as atividades com 64 mil estudantes atendidos em 177 escolas localizadas em 21 municípios do Estado.

 

A Rede e-Tec é outra iniciativa do Senar/MS que oferece a oportunidade de um curso técnico de qualidade oferecido gratuitamente, com horários flexíveis (semipresencial) e atualizados com as exigências do mercado. A metodologia EaD – Ensino à Distancia possibilita aos trabalhadores e produtores acompanhar a maior parte do conteúdo pela internet (80% web aulas) e presenciais (20%). Mato Grosso do Sul conta com seis polos localizados nos seguintes municípios: Aparecida do Taboado, Campo Grande, Coxim, Dourados, Inocência, Maracaju.

 

Novo cálculo facilita semeadura de forrageiras em consórcio

Embrapa

 

A população ideal de forrageiras no cultivo consorciado de milho braquiária é um dos principais fatores para o sucesso do cultivo no Sul do Mato Grosso do Sul e Oeste do Paraná. Pesquisas da Embrapa Agropecuária Oeste revelaram que a quantidade de sementes de forrageiras utilizadas nas lavouras tem sido maior do que a quantidade necessária, prejudicando o desenvolvimento das plantas consorciadas.

 

O uso do cálculo da taxa de semeadura ideal de forrageiras em produção consociada de milho com braquiária possibilita redução no custo de produção, contribuindo para o estabelecimento da população adequada de forrageiras e impactando positivamente os resultados esperados.

 

A utilização de sementes forrageiras em maior quantidade do que o necessário, faz com que o excesso da população de braquiária prejudique o milho. Essa prática pode estar associada as formas de beneficiamento das sementes que reduziam a taxa de germinação e o vigor, que afetava negativamente o estabelecimento das pastagens. Devido a isto, o plantio precisava ser efetuado com maior quantidade de sementes para que a população final almejada fosse alcançada.

 

Com a evolução no uso de tecnologias no beneficiamento de sementes que eliminam a maior parte das impurezas que acompanham o lote de sementes transformou esse cenário. A legislação brasileira estabelece valores mínimos de “Pureza” e de “Germinação”, sendo ambos os componentes que determinam o “Valor Cultural”, ou seja, o VC de um lote de sementes. Enquanto a “Pureza” está relacionada à porcentagem da espécie de interesse no lote, na amostra para análise, a “Germinação” indica a porcentagem dessas sementes puras que germinam e originam plântulas normais.

 

O engenheiro agrônomo da Embrapa Agropecuária Oeste, Gessi Ceccon, exemplifica a importância destas características da seguinte forma: um lote com VC= 50% significa que em cada embalagem de 10 kg de sementes, somente 5 kg são de sementes que poderão originar plântulas. As demais sementes do lote não terão sucesso no estabelecimento.

 

Para auxiliar os produtores na hora de calcular a quantidade de sementes necessárias, ou seja, fazer o cálculo da taxa de semeadura das forrageiras, tanto em cultivo solteiro quanto em consórcio com milho, é preciso identificar qual a população desejada de plantas.

 

Colheita da soja atinge 10% no Mato Grosso do Sul e alcança 240 mil hectares

Assessoria

 

Levando em consideração a chuva na primeira quinzena de janeiro, período que marca o início da colheita de soja em Mato Grosso do Sul, a atividade da safra de soja 2015/2016 está adiantada em 2 pontos percentuais se comparada ao ciclo anterior. De acordo com o Siga – Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, ferramenta de monitoramento da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, 10% da área já foi colhida. O número corresponde a 240 mil hectares de uma safra estimada em 7,2 milhões de toneladas.

 

A produção considerada recorde é resultado de uma soma de fatores, entre eles, investimento em variedades mais resistentes, insumos e tecnologias além do aumento de 4,1% da área que corresponde a 2,4 milhões de hectares para a safra 2015/2016. Com este cenário, a expectativa é que a estimativa inicial de 50 sacas por hectare, alcance 52 sacas do grão.

 

Ainda mais otimista, se o clima ajudar, a projeção é que produtividade deva seja maior. “Alguns produtores estavam prontos para colher, mas devido às áreas alagadas e alta umidade não conseguiram entrar com as máquinas para retirada do grão. O atraso do início da colheita foi recuperado na estiagem dos últimos dias, quando houve avanço em todas as regiões do Estado”, afirma o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto.

 

No Sul do Estado, região que compreende 70% da área de soja, 10% já foi colhido, enquanto no Norte, o registro é de 6%. Os municípios de Amambai, Caarapó, Rio Brilhante e Vicentina, aparecem com mais de 15% da área colhida. “Com o último relatório do Siga a conclusão é que a safra caminhe dentro da normalidade, o produtor precisa redobrar atenção para as doenças típicas de clima úmido e temperatura amena, como é o caro da ferrugem asiática”, explica Bortolotto.

 

Conforme dados do Consórcio Antiferrugem, até o momento são 35 ocorrências da doença no Estado, sendo que durante toda a safra 2014/2015 foram registrados 19 casos. A ferrugem ataca principalmente nas fases reprodutivas e de maturação, o que pode comprometer a produtividade com grãos ardidos, ou seja com coloração escura pela ação do calor intenso ou excesso de umidade.

 

Para o milho safra 2015/2016, a estimativa é de 9,5 milhões de toneladas para Mato Grosso do Sul, crescimento de 4,1% se comparada ao ciclo anterior. A produtividade deve ficar em torno de 88 sacas por hectare. No Estado, a colheita de soja acontece simultaneamente ao plantio de milho segunda safra, que registra 4% da área.

 

A previsão é que a colheita seja concluída no final de março, para produtores que associam as duas culturas, e início de abril para aqueles que não cultivam milho safrinha ou plantam em menor área, e com isso optaram em fazer a semeadura mais tarde que os demais.