quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Insônia pode ser causa (e não sintoma) da depressão

Veja

 

Acredita-se que a falta de sono prejudique a saúde mental porque não permite que o cérebro processe as novas memórias adquiridas e organize as mais antigas – o que pode colocar a pessoa em um ciclo vicioso de pensamentos negativos e repetitivos. (Foto - //iStock)

 

Quem tem dificuldade para dormir à noite pode estar em maior risco de desenvolver depressão e ansiedade. De acordo com um novo estudo publicado no periódico científico The Lancet Psychiatry, a insônia, que antes era vista como sintoma, pode ser, na verdade, a causa dessas doenças.

 

O estudo

 

No estudo, cerca de 3.890 pessoas que enfrentavam problemas para dormir foram divididas em dois grupos. O primeiro, depois de passar pela terapia cognitivo-comportamental, que visa reduzir fatores comportamentais que levam à insônia, apresentou 20% menos risco de sofrer de ansiedade e depressão, além de noites de sono 50% melhores, em relação ao outro grupo que não recebeu nenhum tipo de tratamento.

 

Como estratégia da terapia, os participantes foram aconselhados a manter diários, para registrar a progressão do sono ao acordar, ouvir fitas de relaxamento e não utilizar a cama para outras tarefas além de dormir, por exemplo.

 

Causa, não sintoma

 

“Os problemas de sono são muito comuns em pessoas com distúrbios mentais, mas por muito tempo a insônia foi banalizada como um simples sintoma. Esse estudo transforma essa velha ideia, mostrando que a insônia pode contribuir para o surgimento de problemas da saúde mental”, disse Daniel Freeman, principal autor do estudo, em nota.

 

Toda noite, uma em cada três pessoas enfrenta problemas para dormir. Acredita-se que a falta de sono prejudique a saúde mental porque não permite que o cérebro processe as novas memórias adquiridas e organize as mais antigas – o que pode colocar a pessoa em um ciclo vicioso de pensamentos negativos e repetitivos. “Nosso estudo fornece evidências de que o sono é um fator importante na compreensão dos problemas de saúde mental”, ressaltou Freeman.

 

Dormir pouco x relacionamentos

 

Outro estudo, realizado pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que casais que dormem pouco brigam mais. Após analisarem 43 casais, que estavam juntos entre três e 27 anos, e seus padrões de sono, os pesquisadores concluíram que os casais que eram mais propensos a ser hostis durante uma discussão, tinham um padrão de menos de sete horas de sono.

 

Isso não significa que aqueles que dormiam mais de sete horas por noite não discutam, mas o tom do conflito era diferente. “Quando as pessoas dormem menos, é um pouco como se elas olhassem o mundo através de lentes escuras. Seu humor piora. Elas ficam mais carrancudas. A falta de sono prejudica a relação.”, explicou Janice Kiecolt-Glaser, diretora de Pesquisa de Medicina Comportamental do Instituto Estadual de Ohio e líder do estudo, ao jornal americano The New York Times.

 

A pesquisa revelou ainda que, além de propiciar conflitos no relacionamento, a falta de sono prejudica a saúde ao aumentar os níveis de proteínas inflamatórias no sangue após as brigas.

 

Por outro lado, os cientistas concluíram também que quando um dos parceiros da relação descansou mais, foi possível atenuar o efeito negativo da privação do sono no outro. Quando pelo menos um dos cônjuges estava descansado, havia menos probabilidade de se envolver em conversas hostis do que quando ambos haviam sido privados de sono.

Campanha Multivacinação para crianças e adolescentes começa hoje em Dourados

Assecom

 

para esta campanha não existe uma meta específica de pessoas a serem vacinadas (Foto - Divulgação)

Tendo como público-alvo crianças e adolescentes, começa nesta segunda-feira (11) a campanha nacional de multivacinação. O objetivo é a atualização das cadernetas de vacinação para maior controle de doenças imunopreviníveis.

 

Em Dourados, a ação desenvolvida pelo Ministério da Saúde/ Superintendência Geral de Vigilância em Saúde é coordenada pela Vigilância Epidemiológica de forma integrada com a Secretaria Municipal de Saúde.

 

Os menores de 15 anos devem verificar quanto ao abandono ou atrasos de doses de vacinas nesse período. Diante da necessidade de regularização das dosagens, deve-se procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência.

 

De acordo com Carla Ribeiro, gerente de imunização, as unidades de saúde já receberam um quantitativo de doses de vacina para atendimento da campanha.

 

“Os postos já estão preparados para atender a demanda com as vacinas de BCG, hepatite B, hepatite A, pentavalente e outras. Ainda nesta semana chega também um reforço da vacina de HPV”, disse Carla.

 

A gerente de imunização explica que para esta campanha não existe uma meta específica de pessoas a serem vacinadas, no entanto, “a pretensão é alcançar o maior número possível de crianças e adolescentes, visto que é comum o esquecimento de vacinas que têm ciclos ou que sofrem atrasos nesse período”.

 

Desta forma, diante de análise às cadernetas de vacinas, será feita a aplicação das doses corretamente. O atendimento dentro do âmbito da campanha, que segue até o dia 22 de setembro, será no horário normal de funcionamento dos postos de saúde, das 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas.

 

DIA D

 

Neste sábado (16), as unidades de saúde funcionarão das 8 às 17 horas dentro da mobilização nacional. “O intuito é alcançar quem não puder regularizar a caderneta nos dias de semana”, explica Carla.

 

Serão oferecidas vacinas da rotina do calendário de vacinação do PNI (Programa nacional de Imunização).

 

O ministério da Saúde destaca que não tomar as vacinas corretamente pode contribuir para o reaparecimento ou aumento de algumas doenças.

Santa Casa de Campo Grande realiza 1º Encontro de Nutrição na próxima semana

Assessoria

 

Em comemoração ao Dia do Nutricionista, celebrado no dia 31 de agosto, o serviço de nutrição em conjunto com a gerência de Hotelaria da Santa Casa de Campo Grande irá realizar na próxima quarta-feira (30), o “1º Encontro de Nutrição da Santa Casa”. O evento será realizado no auditório “Carroceiro Zé Bonito”, a partir das 8h30. Os participantes receberão certificados de 8 horas/aula.

 

A programação conta com sete palestras e uma mesa redonda. Na primeira palestra será abordado o tema “Microbiota intestinal” com a nutricionista, Luciane Perez da Costa Fernandes. Em seguida, é a vez da Claudia Stela Gonzaga, abordar sobre “Nutrição Esportiva – Prescrição de suplementos, tipos de proteínas e horários de uso”. A última palestra do período da manhã é por conta da nutricionista, Maruska Dias Soares, com o tema “Desnutrição Hospitalar: como tirar esqueleto do armário”.

 

No período da tarde, a programação inicia às 13h30 com a palestra “Por que as dietas falham” com o coach, escritor e conferencista, Cristiano Acosta. Em seguida a nutricionista, Rosângela Ferreira, abordará o tema “Importância da nutrição em pacientes imunodeprimidos”. A palestrante, Camila Pereira Dourado, falará sobre “Conduta nutricional em pacientes queimados”. A última palestra fica por conta da nutricionista, Sabrina Maria Saueia Ferreira, com o tema “A importância dos prebióticos na infância”.

 

Às 15h30 inicia a mesa redonda “Desafios da equipe multiprofissional de Terapia Nutricional” mediada pela chefe do serviço de Nutrição do hospital, Lígia Benfatti. O evento é voltado para profissionais e acadêmicos da área. As inscrições serão realizadas no setor de eventos da Santa Casa com um investimento de R$ 30. As vagas são limitadas.

 

Para Lígia, o evento é uma oportunidade de transmitir conhecimentos técnicos para os profissionais e estudantes da área. “Campo Grande é carente de eventos para a área da Nutrição. Este encontro é uma oportunidade para os profissionais e acadêmicos atualizarem seus conhecimentos. É uma troca de experiência”, afirma.

 

 

Multivacinação buscará atualizar vacinas de crianças e adolescentes

Assessoria

Serão oferecidas vacinas da rotina do calendário de vacinação do PNI (Programa nacional de Imunização) (Foto: Divulgação)

A campanha de multivacinação para atualização de cadernetas de vacinação das crianças e adolescentes acontecerá de 11 a 22 de setembro. O objetivo é o maior controle de doenças imunopreviníveis.

 

O Ministério da Saúde/Superintendência Geral de Vigilância em Saúde, coordenação de Vigilância Epidemiológica realiza a atividade de forma integrada a Secretaria Municipal de Saúde de Dourados.

O foco é o atendimento aos menores de 15 de idade, de forma a verificar quanto ao abandono ou atrasos de doses de vacinas necessárias nesse período.

 

Desta forma, diante de análise às cadernetas de vacinas, será feita a aplicação das doses corretamente.

O ministério da Saúde destaca que não tomar as vacinas corretamente pode contribuir para o reaparecimento ou aumento de algumas doenças.

 

No período da campanha, crianças e adolescentes poderão comparecer ao posto de vacinação mais próximo de sua residência para realizar a atualização.

 

O atendimento nos dias da multivacinação será no horário normal de funcionamento das unidades, das 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas.

 

No dia 16 de setembro, as unidades de saúde funcionarão das 8 às 17 horas para a mobilização nacional.

Serão oferecidas vacinas da rotina do calendário de vacinação do PNI (Programa nacional de Imunização).

 

 

CAPITAL – Comunicação alternativa facilita contato com pacientes na Santa Casa

Assessoria

 

As placas feitas de PVC são ilustradas com figuras que o paciente pode se expressar (Foto - Divulgação)

 

A Santa Casa de Campo Grande implantou nesta segunda-feira (21), um recurso que facilita a comunicação dos pacientes, que possuem dificuldades em se comunicar, com a equipe multiprofissional, melhorando o atendimento e a compreensão dos seus desejos. A iniciativa da “Comunicação Alternativa” surgiu por meio das dificuldades enfrentadas pelos profissionais em se comunicar com os pacientes incapazes de desempenhar a função comunicativa e foi implantada pelo terapeuta ocupacional do hospital, Adão Santos Moreira.

 

De acordo com Adão, a equipe multiprofissional revelou as dificuldades em saber o que o paciente necessitava, dificultando a relação da equipe e resultando em pacientes frustrados, nervosos e deprimidos. “Queremos melhorar a autoestima destes pacientes e, com isso, ajudar em sua recuperação. Quando uma pessoa fica impedida temporariamente ou de maneira definitiva de se comunicar pela fala, ela necessita de uma forma alternativa para desempenhar essa função comunicativa”, afirma.

 

A enfermeira da equipe multiprofissional de terapia nutricional, Carla Dalponte, afirma que a placa veio para facilitar e melhorar o atendimento daqueles que têm dificuldades de se expressar. “Sem a placa a gente não consegue se comunicar e isso deixa o paciente alterado, podendo até prejudicar sua recuperação. A placa vem para facilitar a comunicação e para podermos dar toda assistência que o paciente precisa. Facilita o nosso lado, mas mais que isso, levanta a autoestima do paciente que se sente, de alguma forma, independente”.

 

As placas feitas de PVC são ilustradas com figuras que o paciente pode demonstrar se está feliz, triste, zangado, com medo, se ele quer se virar, se ele quer silêncio, dormir, acordar, obrigado, se está com fome, se quer tomar banho ou ir ao banheiro, se está com frio, calor, entre outras características. Tem também palavras como “sim”, “não”, talvez”, além de números e letras do alfabeto.

 

SAÚDE – Tomar vacinas faz parte do pré-natal

Assessoria

 

A mulher precisa estar com a carteirinha de vacinação em dia antes de engravidar, mas quando isso não é possível, algumas vacinas podem ser tomadas. Também é interessante imunizar os adultos que terão contato com o recém-nascido.

 

É preciso estar atento às mudanças, como a indicação da vacina Tríplice Bacteriana (dTpa-Difteria, Tétano e Coqueluche) que até há pouco tempo era a partir de 27 semanas de gestação, agora a indicação é com 20 semanas. Ela é importante, porque além da proteção contra a Coqueluche, a vacina dTpa também protege contra o tétano neonatal, infecção que pode ocorrer com instrumentos inadequados e contaminados usados para cortar o cordão umbilical. É importante tomar esse medicamento é devido ao aumento dos casos de Coqueluche em recém-nascidos e lactentes antes de 1 ano de idade, além de causar complicações mais graves, como as altas taxas de morte, pois os indivíduos contaminados estão mais susceptíveis a pneumonia, convulsões e danos cerebrais.

 

Durante a gestação também é preciso tomar a vacina da gripe, porque protege a mulher do vírus da gripe normal, também protege de quadros mais graves, como internações por bronquite, pneumonias e até a morte, devido a queda e imunidade. Quando tomar: A dose da vacina da Influenza pode ser prescrita em qualquer mês da gravidez ou em até 45 dias após o nascimento do bebê, para aquelas que não tomaram durante os nove meses, em uma dose única.

 

Outra bastante indicada é da Hepatite B, pois a doença não apresenta sintomas bem definidos, mas o indivíduo que contrair a doença pode ter vômito, dores musculares, náuseas e mal-estar (sintomas pertinentes a outras complicações também). A infecção durante a gravidez é uma via comum de transmissão, então é importante evitar que a mãe se infecte e não transmita ao feto ou ao recém-nascido. Crianças infectada com Hepatite B podem apresentar cirrose hepática e câncer hepático na fase adulta. Quando tomar: A vacina deve ser administrada em 3 doses, preferencialmente a partir do segundo trimestre da gestação, e é gratuita nos postos de saúde. Se a gestante já foi vacinada anteriormente, não há necessidade de reforço na gestação.

 

Segundo o Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, médico e diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização muitas coisas são lembradas no pré-natal e as vacinas podem passar desapercebidas e são fundamentais. “Para uma gestação saudável e sem riscos, é preciso estar em dia com a imunização e evitar problemas durante os meses da gravidez”, afirma o médico.

 

Antes de tomar qualquer vacina é preciso consultar um médico para obter informações sobre o tempo de gestação e outros detalhes.

 

Drauzio Varella: “A Corrida É Um Antidepressivo Poderoso”

"O corpo humano não foi feito para ficar parado", afirma o médico (Foto - Divulgação)

 

Certo dia, o médico paulistano Drauzio Varella cruzou com um conhecido de colégio que não via havia muito tempo. Daquela conversa arrastada, um comentário do amigo o marcou: “Ano que vem, 50 – idade em que tem início a decadência do homem”.

 

Drauzio, que completaria meio século de vida no ano seguinte, ficou intrigado. Afinal, sentia-se bem, corria ocasionalmente e estava sem fumar fazia 13 anos.

 

E, principalmente, ainda tinha muitos projetos e desejos a realizar. Resolveu, então, propor um desafio a si mesmo: correria a Maratona de Nova York dali a um ano. E começou a treinar.

 

Hoje, aos 72, o médico é um maratonista com currículo invejável e já viajou o mundo atrás de provas de 42 quilômetros: esteve nas de Buenos Aires (Argentina), Boston e Chicago (Estados Unidos), Berlim (Alemanha) e Tóquio (Japão), entre outras. Autor de livros como Estação Carandiru, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de Não Ficção, acaba de lançar Correr (Companhia das Letras, 29,90 reais), em que oferece informações médicas sobre a corrida e relata sua experiência com a atividade.

 

Com franqueza, no livro admite que não é nada fácil deixar a preguiça de lado para praticar esportes e reafirma a necessidade de uma mudança de hábitos para que possamos desfrutar bem a vida e envelhecer com saúde. “Envelhecimento não tem que ser igual a doença. Um dia todos vamos ficar doentes e morrer, mas isso não precisa acontecer aos 40 anos, nem aos 50”, diz.

Fones de ouvido podem conter até 10 mil fungos e bactérias

Veja

 

A pesquisa foi feira com 40 fones de ouvido e, em 87% dos objetos, foi encontrada uma alta contaminação. (Foto - iStock/Getty Images)

 

Fones de ouvido de uso diário podem estar contaminados com até 10.000 fungos e bactérias que podem causar micoses e graves infecções, como otites e sinusites. A conclusão é de uma pesquisa da faculdade de biomedicina Devry Metrocamp, em Campinas, feita com quarenta fones (trinta do modelo que se encaixa na orelha e dez headfones, que têm contato com a parte externa da orelha) de jovens e adultos que tinham o hábito de compartilhar os aparelhos e não higienizá-los. Em 87% dos objetos foi encontrada uma alta contaminação que incluía a bactéria Staphylococcus aureus, que pode levar a infecções de pele e também das vias aéreas superiores, como as otites.

 

Entre os fungos detectados pelo estudo, que analisou os aparelhos por três meses, os do grupo Candida ssp são os mais preocupantes, de acordo com os pesquisadores, que foram surpreendidos pela alta quantidade de microrganismos presentes nos objetos. Esses fungos são difíceis de tratar e podem afetar alguns órgãos do ouvido, provocando doenças em pessoas com imunidade baixa.

 

Contaminação

 

No geral, todos os headfones que participaram da pesquisa estavam contaminados com a bactéria Staphylococcus aureus (que pode levar também ao desenvolvimento de meningites) em baixas quantidades. Por essa razão, seu uso é um pouco mais seguro.

 

A cera encontrada no ouvido é uma proteção que tem o objetivo de impedir a entrada de fungos e bactérias. Contudo, o uso frequente dos fones de ouvido (e também de cotonetes) pode reduzi-la, deixando o ouvido sem defesas.

 

De acordo com a equipe de cientistas, coordenada pela bióloga Rosana Siqueira, os fones internos entram em contato com essa cera e, quando não são limpos corretamente, entram em contato com diversos microrganismos que “grudam” no objeto. Ao serem encaixados nos ouvidos, o canal auricular fica abafado e em uma temperatura propícia à proliferação de fungos e bactérias. Se o ouvido estiver com pouca cera e o organismo com a imunidade reduzida, os fungos e bactérias encontrados nos fones podem levar a doenças, como as otites.

 

Limpeza

 

Para evitar as contaminações, os pesquisadores indicam a limpeza dos objetos com o álcool isopropílico, indicado para eletrônicos. A higienização deve ser feita com um cotonete ou algodão embebido com o produto e passado nas partes do aparelho que ficam em contato com a orelha e nos fios, todos os dias, antes e após o uso. Álcool comum ou água e sabão não são indicados, pois prejudicam os fones. No caso dos headfones, se a película de proteção do aparelho for rompida, o ideal é trocá-lo, para que não haja a contaminação.

 

Os médicos também não recomendam o compartilhamento dos fones, hábito que pode favorecer infecções, pois os fungos e bactérias podem passar de uma pessoa para outra.

 

Se houver dor de ouvido, incômodo ou sensação de diminuição de audição, o melhor é procurar um otorrino para que sejam feitos exames e o diagnóstico. O tratamento pode incluir o uso de antifúngicos, antibactericidas, anti-inflamatórios e analgésicos.

Ministério da Saúde amplia em 10% recurso para medicamentos básicos

AGÊNCIA SAÚDE

O aumento no montante ampliará o quantitativo de medicamentos disponibilizados à população.(Foto:Arquivo/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (15/08), portaria que altera o valor do repasse para a compra de medicamentos que fazem parte do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF). Com a mudança, Estados, Distrito Federal e Municípios terão um incremento de 10% no valor total, passando de R$ 5,10 para R$ 5,58 por habitante/ano, conforme população estimada em 2016, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento no montante ampliará o quantitativo de medicamentos disponibilizados à população.

 

A medida só foi possível após a realocação dos R$ 100 milhões que eram destinados à manutenção da Rede Própria do Farmácia Popular. Grande parte do recurso era pra custear serviços administrativos, que chegavam a 80% do montante. A ampliação do repasse foi aprovada pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes dos estados, municípios e do governo federal.

 

Acesse a PORTARIA Nº 2.001, DE 3 DE AGOSTO DE 2017

 

Com esse recurso, eram mantidas 367 unidades próprias, que representam, apenas, 1% do total de unidades privadas credenciadas no “Aqui Tem Farmácia Popular”. Agora, além das 4.481 cidades participantes, o recurso também estará disponível para outros mil municípios, que estão fora do programa. Estes municípios passarão a ter maior acesso a medicamentos e insumos farmacêuticos que serão distribuídos nas mais de 41 mil unidades de saúde espalhados por todo o país.

 

“A medida não ocasionará nenhum prejuízo ao usuário. Pelo contrário, estamos ampliando o acesso e a oferta de medicamentos. Ou seja, não estamos terminando com o Farmácia Popular e sim fortalecendo a rede credenciada”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

 

O ministro lembrou que os medicamentos exclusivos na farmácia de rede própria representam menos de 7% da procura dos usuários. Ou seja, cerca de 93% dos usuários buscam medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, disponíveis na rede credenciada do Farmácia Popular. “Os demais estão disponíveis, tanto nas unidades básicas quanto nas farmácias próprias das prefeituras”, ressaltou o ministro.

 

O Componente Básico da Assistência Farmacêutica destina-se à aquisição de medicamentos e insumos no âmbito da Atenção Básica à Saúde. A responsabilidade pela aquisição dos medicamentos deste componente é tripartite, ou seja, a União disponibiliza R$ 5,58 por habitante/ano, os estados, R$ 2,36 e os municípios, R$ 2,36. Os estados, o Distrito Federal e os municípios são os responsáveis pela seleção, aquisição, armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, além da distribuição e dispensação destes medicamentos.

 

FUNCIONAMENTO NORMAL – O programa Aqui tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com farmácias privadas, continua funcionando normalmente. Desde a sua criação, o programa já atendeu mais de 43 milhões de brasileiros, o equivalente a cerca de 20% da população do país. A iniciativa já está presente em 80% do país, ou seja, em 4.463 municípios, contando com 34.910 farmácias cadastradas – cerca de 50% das existentes. Ao todo, são disponibilizados 42 produtos, sendo que 26 deles gratuitamente e o restante com descontos que chegam a 90%.

 

Em média, por mês, o Programa beneficia em torno de 9,8 milhões de pessoas, principalmente àquelas com 60 anos ou mais, que representam cinco milhões do total. A maior parte dos pacientes atendidos (9 milhões) acessa medicamentos de forma gratuita, sendo que os mais dispensados são para tratamento de hipertensão (7,2 milhões), diabetes (3 milhões).

HPV: Poder publico precisa reforçar prevenção em MS, alerta deputado

Assessoria

 

A baixa adesão das faixas etárias à campanha de vacinação contra o HPV em Mato Grosso do Sul pode ocasionar um gave problema de saúde publica e colocar no alvo a responsabilidade das autoridades da saúde. É o que avalia o deputado estadual George Takimoto (PDT), ao reiterar apelo que fez ainda no governo Dilma Roussef para que toda rede publica fosse abastecida com estoques suficientes para cobrir a demanda, além de reforçar as campanhas preventivas com a mobilização da sociedade e o envolvimento dos governos estaduais e prefeituras.

 

O HPV (Papilovírus Humano) pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto ou pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas durante relação sexual. As suas vítimas potenciais são adolescentes e jovens. Até janeiro passado só as meninas eram vacinadas. Em junho foi incluído também o sexo masculino. O Ministério da Saúde redefiniu a faixa etária do publico-alvo para a imunização, ampliando a dos meninos, que era de 12 a 13 anos de iade e passou para 11 a 15 anos incompletos. As meninas em idade de vacinação estão na faixa entre nove e 15 anos.

 

CHAMAMENTO

 

Segundo Takimoto, a sociedade também possui sua parcela de responsabilidade, sem a qual uma campanha do gênero dificilmente alcança suas metas. “Porém, é necessário que os governos dos estados e municípios invistam no chamamento da população, antes capacitando a estrutura da rede de assistência por meio da disponibilidade de profissionais, de logística e de estoques para oferecer a prevenção”, afirmou.

 

Além da baixa adesão registrada pelo Ministério da Saúe, a preocupação de Takimoto leva em conta o aumento da demanda, que cresceu com a inclusão dos adolescentes do sexo masculino. A vacina é disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Para os meninos, a vacina tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa etária para a vacinação visa proteger meninos e meninas antes do início da vida sexual. Nas meninas, a vacinação proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal, lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus.

 

O INCA (Instituto Nacional do Câncer) aponta ocorrência de 18.000 casos novos de câncer do colo uterino no Brasil a cada ano. Aproximadamente quatro mil mulheres morrem vítimas dessa doença no país. Levantamentos do final do ano passado contabilizavam em Mato Grosso do Sul 93 mil adolescentes do sexo masculino, entre 11 e 15 anos incompletos, e 155 mil meninas de nove a 15 anos de idade.

Avaliação nutricional é ferramenta-chave no tratamento oncológico, afirma nutricionista

Assessoria

 

Curso de Nutrição da Unigran preparou ciclo de palestras para recepcionar os acadêmicos no 2º semestre letivo (Foto - Divulgação)

No retorno ao 2º semestre letivo o curso de Nutrição da Unigran preparou uma noite especial de palestras para os acadêmicos. Os profissionais Camila Armstrong Saldanha, falou sobre “Nutrição em Oncologia”; Caio Gustavo Simonelli, abordou “Atuação do Nutricionista na Saúde Indígena” e Camila Benites de Assis Duran, trouxe o tema “Avaliação Nutricional do Polo Base de Dourados”.

 

A proposta do evento, segundo a coordenadora do curso, Aline Victorio Faustino Onishi, foi de recepcionar os acadêmicos. “A ideia foi, através das palestras com, inclusive, duas egressas da Instituição, mostrar realidades da atuação do profissional nutricionista em áreas especializadas que estão em ascensão, incentivando a busca por novos conhecimentos. São áreas não contempladas em estágio curricular”, menciona.

 

Camila Armstrong Saldanha trouxe informações importantes sobre a Nutrição em Oncologia. Segundo a nutricionista, a terapia nutricional pode ser introduzida como coadjuvante durante o tratamento clínico odontológico, “como forma de garantir o aporte adequado de nutrientes via oral, adaptação da dieta e utilização de complementos nutricionais; terapia nutricional enteral; parenteral”.

 

A egressa da Unigran trabalha em uma clínica oncológica de Dourados e garante que as estratégias para o acompanhamento e intervenção nutricional consistem na orientação individualizada. “A avaliação nutricional é ferramenta-chave para a efetiva intervenção nutricional e o monitoramento desses pacientes. Fazemos uma avaliação inicial, monitorização, plano alimentar – individualizado, necessidades energéticas e protéicas, além da tolerância”, ressalta.

 

A avaliação nutricional deve ser realizada no início do tratamento oncológico, conforme Camila Saldanha, como forma de identificar problemas que podem afetar o seguimento do mesmo. “Pacientes com baixo peso ou desnutridos podem não ter resposta adequada ao tratamento. Diagnosticar e tratar problemas os nutricionais precocemente pode ajudar o paciente na recuperação ou manutenção do estado nutricional, melhorar a resposta ao tratamento e reduzir complicações”, destaca.

 

Prefeitura de Dourados debate prevenção no Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais

Assecom

 

Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, 28 de julho, será celebrado pela Prefeitura de Dourados, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, que vai intensificar o debate com a sociedade sobre prevenção de doenças.

 

Blitz educativas acontecerão em vários pontos da cidade e os testes rápidos de Hepatite B, Hepatite C, HIV e sífilis serão disponibilizados durante todo o dia no SAE (Serviço de Atendimento Especializado).

 

De acordo com a coordenadora municipal de IST/Aids/Hepatites Virais, Berenice de Oliveira Machado Souza, o objetivo é aproveitar a data para reforçar o alerta quanto a métodos de prevenção de doenças e sobre a importância do diagnóstico precoce.

 

“Infelizmente, a maioria ainda não busca os métodos que evitam as doenças, como os preservativos, e trabalhamos nesse alerta com foco na conscientização. Outro ponto é enfatizar que buscar o tratamento logo no início da doença é fundamental para resultados, por isso disponibilizamos testes e as informações necessárias”, cita.

 

O serviço disponibiliza o tratamento adequado para pacientes de toda macrorregião de Dourados.

 

O SAE vem desenvolvendo palestras em instituições públicas e privadas com abordagem sobre as hepatites virais. É possível solicitar a explanação em contato com no serviço. O telefone para contato é: 3423-8622.

Julho amarelo: mês de prevenção e controle de hepatites virais

Assessoria

 

Julho foi adotado pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como o mês de luta e prevenção das hepatites virais. Isso não significa que a prevenção à doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo contrário, a cada dia deve-se aumentar a atenção porque as hepatites virais são as principais causas de câncer no fígado.

 

Amarelo porque é a cor que geralmente o infectado fica quando a doença se manifesta. Esses vírus atacam o fígado, um dos maiores órgãos do corpo humano, responsável por 500 funções fundamentais.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, três milhões de brasileiros estão infectados pela hepatite C, mas não sabem que têm o vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C crônica.

 

A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste gratuitamente em qualquer posto de saúde e, no caso positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.

 

Hepatite C – Pelo grau de gravidade, a hepatite C merece uma atenção especial. Ao contrário dos demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.

 

Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado.

 

Tipos

 

Cinco são os tipos mais comuns de hepatites virais (A,B,C,D e E) e no caso a hepatite B, já há vacina disponível nos postos de saúde para pessoas de até 50 anos de idade. Além destes tipos são registrados ainda dois outros: o F que apesar de estudos recentes não terem configurado sua existência, sendo portanto descartado, mas não eliminado da literatura médica, e o tipo G.

 

– Hepatite A, que tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e cura sozinha. Existe vacina.

 

– Hepatite B, o segundo tipo com maior incidência, atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

 

– Hepatite C, tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. Não tem vacina. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte.

 

– Hepatite D, causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

 

– Hepatite E, causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que foram infectadas pelo vírus da hepatite E podem apresentar formas mais graves da doença.

 

– Hepatite F, relatos recentes demonstram que não se confirmou a identificação do vírus da hepatite F (VHF), portanto este tipo de hepatite, segundo a Organização Mundial de Saúde pode ser desconsiderado.

 

– Hepatite G, o vírus da hepatite G (VHG), também conhecido como GBV-C é transmitido através do sangue, sendo comum entre usuários de drogas endovenosas e receptores de transfusões. O vírus G também pode ser transmitido durante a gravidez e por via sexual. É frequentemente encontrado em co-infecção com outros vírus, como o da hepatite C (VHC), da hepatite B (VHB) e da Aids (HIV).

 

“Essas doenças são perigosas e há diversas formas de prevenção como a vacina. Atualmente há imunização contra as hepatites A e B e é fundamental tomar essa vacina para a diminuição de casos”, afirma o Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, médico e diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização.

 

O alerta do Ministério da Saúde é para que a prevenção se torne um hábito, principalmente para evitar que a doença evolua para uma situação mais grave pela falta de diagnóstico ou diagnóstico tardio, quando a doença já está em estado avançado.

Dengue cai praticamente a zero em Dourados, se comparado ao ano passado

Assessoria

Ações de combate aos focos do Aedes aegypti reduziram drasticamente casos de dengue em Dourados (Foto: A. Frota/Arquivo)

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), comemora os índices de dengue no município. Ocorre que se comparado a este mesmo período em 2016, os casos reduziram praticamente a zero neste ano de 2017.

 

A diretora do CCZ Rosana Alexandre da Silva, em entrevista na tarde desta quinta-feira (13) à Rádio Coração, informou que no ano passado foram registrados neste período de janeiro a julho mais de 3 mil casos de dengue, enquanto neste ano são apenas 15.

 

Rosana explicou que isso não representa tranquilidade ou redução das ações. “Muito pelo contrário, a infestação do mosquito da dengue é com um jogo de futebol, onde aos 45 minutos do segundo tempo estamos ganhando de um a zero, mas por um pequeno descuido pode vir o empate”.

 

Para ela, mesmo com esse baixo índice a equipe de combate precisa manter guarda constante para que a infestação também se mantenha baixa. “A prefeita Délia Razuk nos cobra essa atenção diariamente e estamos cumprindo sua determinação”, mencionou.

 

A diretora do CCZ lembra que as condições climáticas têm favorecido bastante o trabalho, já que no ano passado houve chuvas acima da média. Mas, esse controle se deve muito ao empenho das equipes e ao trabalho de educação executado principalmente nas escolas.

 

LEI DA DENGUE

 

Outro fator que tem contribuído para a queda no índice de casos é a ação da própria população. Alguns por conta mesmo da conscientização e, outros, pelo acréscimo no valor da multa aplicada ao proprietário do imóvel onde forem localizados focos do mosquito transmissor da doença.

 

Rosana se referiu à Lei 3.965, chamada “Lei da Dengue”, de fevereiro de 2016, que dispõe sobre o controle e prevenção da febre amarela, da dengue,zika vírus e chikungunyae demais vetores de doenças e zoonoses no âmbito do Município de Dourados.

 

Eladetermina a aplicação de multa no valor de R$ 400 por foco, no caso de imóveis residenciais. Já no caso de terrenos baldios o valor sobe para R$ 600,00 e nos imóveis comerciais, industriais e órgãos ou entidades públicas, R$ 800,00 por foco encontrado.

 

A Lei prevê também que, independente de ser localizado foco do mosquito, a presença de entulhos, objetos que podem se transformar em criadouros ou a sujeira do imóvel, pode também provocar multas e, nesse caso, para imóvel residencial o valor é de R$ 800 em terrenos baldios de R$1,3 mil e em empresas e indústrias, de R$ 1,6 mil.

 

Até 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, diz OMS

Fãs da Psicanalise 

 

a depressão é caracterizada pela tristeza constante (Foto - Divulgação)

 

Ela chega de mansinho, assim como quem não quer nada. Num dia, você acorda triste, desanimado. No outro, bate uma sensação de vazio e uma vontade incontrolável de chorar, sem qualquer motivo aparente. A depressão é assim, um mal silencioso e ainda mal compreendido – até mesmo entre os próprios pacientes.

 

Considerada um transtorno mental afetivo, ou uma doença psiquiátrica, a depressão é caracterizada pela tristeza constante e outros sintomas negativos que incapacitam o indivíduo para as atividades corriqueiras, como trabalhar, estudar, cuidar da família e até passear.

 

De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2020 a depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Isso significa que quem sofre de depressão tem a sua rotina virada do avesso. Ela deixa de produzir e tem a sua vida pessoal bastante prejudicada.

 

Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo – estima-se que só no Brasil, são 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.

 

Descrita pela primeira vez no início do século 20, a depressão ainda hoje é confundida com tristeza, sentimento comum a todas as pessoas em algum momento da vida. Brigar com o namorado, repetir o ano escolar e perder o emprego são motivos para deixar alguém triste, cabisbaixo. Isso não significa, porém, que o sujeito está com depressão. Em alguns dias, ele, certamente, vai estar melhor.

 

O desconhecimento real do funcionamento desse transtorno afetivo é o principal responsável por um dos maiores problemas para quem sofre com a depressão: o preconceito. Para Marcos Pacheco Ferraz, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ele ainda existe e prejudica muito o paciente.

 

– Principalmente no ambiente de trabalho, onde há competições e cobranças por bom desempenho, é comum as pessoas nem comentarem sobre a enfermidade. Nesses casos, o melhor é tirar férias ou licença médica.

 

E não é só isso. A ignorância em torno da doença faz com que familiares e amigos, na tentativa de ajudar, piorem ainda mais a condição do depressivo.

 

Frases como “tenha um pouco de força de vontade”, “vamos passear no shopping que melhora”, “você tem uma vida tão boa, tá com depressão por que?” e “se ocupe com outras coisas que você não terá tempo de pensar em bobagens”, funcionam como uma bomba na cabeça de quem já se esforça, diariamente, para conseguir sair da cama.

 

– Isso mostra que as pessoas não conhecem o transtorno. Achar que é frescura ainda é comum. Elas não imaginam que o paciente não consegue reagir. Não depende de força de vontade.

 

A designer C.N., 35 anos, que passou por uma depressão severa há alguns anos, sabe bem o que é isso. Mesmo trabalhando em um ambiente com pessoas bastante esclarecidas, ela cansou de ouvir esse tipo de comentário. E os efeitos eram devastadores. Ela conta que “até críticas sobre o meu médico eu ouvi. Uma colega disse que ele não devia ser bom, pois depois de um mês de tratamento eu já deveria estar curada.”

 

– É incrível o poder que algumas palavras tem sobre o doente. A primeira coisa que as pessoas perguntavam era o motivo da minha depressão, pois eu tinha uma vida tão boa, uma família, filha, um casamento bacana, um emprego legal. O fato de não ter uma explicação para a doença me deixava péssima. Era um sentimento de culpa enorme.

 

Por isso, Ferraz diz que é muito importante a participação da família no tratamento. Eles precisam saber o que devem e o que não devem fazer em relação ao doente. Para ele, “fazer com que todos entendam o mecanismo do transtorno e como agem os remédios é fundamental para o sucesso do tratamento. Ainda existe o mito de que antidepressivo vicia, o que é um grande engano.”