sábado, 5 de julho de 2025

Festival América do Sul 2025 registra recorde na coleta de resíduos recicláveis

Latas, plásticos, papéis, vidros, óleo de cozinha. Nada disso desaparece quando vai para o lixo. Se descartados de forma incorreta, esses resíduos contaminam o solo, entopem redes de esgoto, comprometem o tratamento da água e poluem rios e mananciais.

O impacto ambiental é profundo e duradouro, especialmente em uma cidade como Corumbá, situada às margens do rio Paraguai, uma das bacias hidrográficas mais importantes da América do Sul.

Nesse contexto, o descarte inadequado de óleo de cozinha se destaca como um dos principais vilões ambientais. Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), apenas um litro de óleo tem potencial para poluir até 25 mil litros de água, um impacto direto e devastador para o Pantanal, suas comunidades ribeirinhas e sua biodiversidade.

Foi com a proposta de transformar esse cenário que a empresa Du Bem, especializada em educação ambiental e reaproveitamento de resíduos, marcou presença no Festival América do Sul 2025, realizado de 15 a 18 de maio. Ao assumir a gestão dos resíduos do evento e promover oficinas abertas ao público, a Du Bem mostrou, na prática, como os resíduos podem se tornar soluções.

Durante os quatro dias do festival, foram recolhidos e encaminhados corretamente 1.500 quilos de resíduos recicláveis, incluindo 657 kg de latinhas de alumínio, 486 kg de vidro, 230 kg de plástico e 127 kg de papel.

Somente com as latinhas, os catadores parceiros obtiveram R$ 3.942,00, fortalecendo a economia circular local. O destaque, no entanto, foi para a coleta de 80 litros de óleo de cozinha usado, volume quatro vezes maior do que o registrado em 2023. Essa quantidade representa a preservação de 2 milhões de litros de água, que deixaram de ser contaminados.

Informação que transforma

Para muitas pessoas que trabalharam no FAS 2025, a ação da Du Bem foi um divisor de águas. A vendedora Ana Carolina, que esteve à frente de uma barraca de salgados no corredor gastronômico do Festival, por exemplo, demonstrou surpresa ao saber do impacto causado pelo óleo e da opção de poder levar seu descarte até o estande da parceira da Du Bem.

“Estou impactada com essa informação! Eu tenho várias garrafas de óleo guardadas em casa e não sabia onde descartar. Achei muito interessante saber que existe esse projeto e que ainda posso levar lá e ganhar sabão em troca, antes que acabe o festival. Melhor ainda!”

Essa devolutiva imediata, o reaproveitamento do óleo para produção de sabão artesanal, reforçou o conceito de ciclo sustentável e despertou a consciência ambiental de quem, muitas vezes, não sabia o que fazer com o resíduo.

A empreendedora Rositelma Vargas, da Barraca do Peixe, também esteve entre os participantes impactados pela proposta. Diferente de Ana Carolina, ela já adota práticas conscientes há anos.

“Desde que comecei a trabalhar com óleo, nunca descartei no meio ambiente. Eu guardo e dou pra quem precisa. Já vi gente jogando na praça, e sempre falo que isso é errado. Fiquei sabendo da ação da Du Bem e levei o que tenho para descartar. Achei ótimo saber que além de ajudar o meio ambiente, posso obter o sabão em troca.”

Educação

Com oficinas de preparo de sabão a partir do óleo de cozinha e ações educativas em seu estande, a Du Bem transformou resíduos em aprendizado durante os quatro dias do Festival América do Sul 2025. As crianças foram protagonistas em atividades lúdicas sobre a separação correta do lixo, enquanto adultos refletiam sobre seus hábitos de consumo e descarte.

A troca de óleo usado por sabão artesanal reforçou o valor do reaproveitamento, mostrando que o que antes era lixo pode voltar como produto útil.

O projeto também contou com a parceria do MS Tampinhas, iniciativa que arrecada tampinhas plásticas e lacres de alumínio e os converte em recursos para a castração e alimentação de animais. As latinhas e outros recicláveis foram encaminhados para empresas locais, fortalecendo a cadeia da reciclagem na própria cidade.

Desafios

Corumbá enfrenta desafios reais quando o assunto é gestão de resíduos. O descarte irregular é visível em vários pontos da cidade, inclusive próximos ao rio. Para a fundadora da Du Bem, Ana Franzoloso, isso reforça a necessidade de presença constante de projetos que unam educação, logística e acolhimento.

“Estamos falando de uma cidade às margens de um rio fundamental para o continente. O mínimo que podemos fazer é cuidar do que jogamos fora. Esse cuidado precisa ser coletivo e cotidiano. A gente está aqui pra construir essa cultura, mesmo que devagar.”

Os resultados do trabalho durante o FAS 2025 comprovam que informação, estrutura e incentivo são capazes de gerar mudança real. Quando a população tem acesso a meios adequados de descarte e entende o impacto de suas ações, o meio ambiente agradece, e toda a cidade colhe os frutos.

Fonte: Portal do MS

‘Drive Thru da Reciclagem’ fortalece a sustentabilidade e a educação ambiental

O balanço oficial do 14º Drive Thru da Reciclagem, realizado em Campo Grande nos dias 20, 21 e 22 de março, comprova o sucesso da ação conjunta que mobilizou a população em prol da sustentabilidade e da economia circular.

Parceira da iniciativa coordenada pela Du Bem Negócios Sustentáveis, a Agência Estadual de Regulação de Mato Grrosso do Sul (Agems) marcou presença com atividades educativas e ações de conscientização que chegaram a 180 crianças e jovens estudantes.

O diretor-presidente da agência, Carlos Alberto de Assis, e as diretoras Iara Marchioretto (Saneamento Básico e Resíduos Sólidos) e Rejane Monteiro (Inovação e Relações Institucionais) receberam nesta semana da fundadora da Du Bem, Ana Franzoloso, o relatório final com o balanço dos resultados.

Nas 14 edições já realizadas do projeto, a ação ajudou a preservar o equivalente a 680 milhões de litros de água, graças ao descarte ambientalmente correto de medicamentos vencidos e óleo de cozinha usado. O impacto é equivalente ao consumo de água de uma cidade de médio porte por vários meses — um resultado expressivo da força coletiva em prol do meio ambiente.

“É uma satisfação ver que, como pessoas e como instituição, estamos contribuindo, com o presente e um futuro sustentável. E, principalmente, ver que estamos formando cidadãos conscientes, que irão replicar todo esse conhecimento em casa, na escola, na comunidade”, disse Carlos Alberto de Assis.

7 toneladas de materiais foram coletados

Educação ambiental e engajamento social

Ao todo, mais de 7 toneladas de resíduos foram arrecadadas em três dias de evento de março no estacionamento do Bioparque Pantanal, somando papel misto, plástico, vidro, papelão, eletrônicos, óleo de cozinha usado, medicamentos vencidos, entre outros materiais. A ação também promoveu doações de roupas, brinquedos, livros, mudas de árvores e alimentos não perecíveis.

A educação ambiental realizada pela Agems é uma das principais atividades do Drive Thru nas recentes edições. Por meio de jogos e dinâmicas interativas, a Agência levou conhecimento sobre saneamento básico, destacando o abastecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana, gestão de resíduos sólidos a cerca de 180 crianças e jovens estudantes.

As atividades foram desenvolvidas para estimular a reflexão e incentivar hábitos sustentáveis desde a infância, além de promover a cidadania ativa, sob orientação da coordenadora de educação Ambiental, Nauristela Paniago, da coordenadora da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos, Danielle Adma Vendimiati e demais profissionais da Diretoria de Saneamento Básico.

Além da vertente educativa, o evento promoveu ações sociais nas áreas de saúde, cultura de paz, agroecologia, empreendedorismo e empoderamento feminino.

ODS, presente responsável, futuro sustentável

“Para nós, esses resultados são muito significativos, porque mostra a nossa integração real às metas de importante Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS] da Agenda 2030 da ONU”, destaca a diretora Iara. “As metas de educação de qualidade, água potável e saneamento, cidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis e parcerias para o desenvolvimento são objetivos concretos também na agenda da regulação”.

Números do impacto ambiental gerado na 14º edição:

4.720 kg de eletrônicos
630 kg de papel misto
560 kg de vidro
480 kg de papelão
230 kg de plásticos diversos
133 litros de óleo de cozinha usado
636 livros doados
350 mudas entregues à população
52 kg de latinhas
150 kg de medicamentos vencidos recolhidos

As ações não param. Entre 5 e 7 de junho já está programada a 15ª edição do Drive Thru da Reciclagem, com proposta ampliada, fortalecendo ainda mais as vertentes de saúde e cultura.

“Como reguladores, o desenvolvimento sustentável é um dos grandes focos do nosso posicionamento institucional, do nosso compromisso com a construção de um estado mais consciente e alinhado às boas práticas ambientais. Estamos mais presentes e mais próximos da sociedade, para transformar atitudes e fortalecer parcerias”, afirma a diretora Rejane Monteiro.

Fonte: Portal do MS

Para preparar combate aos incêndios no Pantanal, MS alinha ações com o Ministério do Meio Ambiente

Para a preparação e organização das ações preventivas e de combate aos incêndios florestais no Pantanal, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), além de representantes do estado do Mato Grosso, se reuniram nesta quarta-feira (26), em Campo Grande.

“Foi mais um passo importante do ponto de vista da integração com o Governo Federal, estadual, o Mato Grosso e todas as entidades que atuam nessa agenda de prevenção e combate aos incêndios florestais. A gente vem avançando muito desde 2020 para cá, hoje conseguimos vislumbrar soluções para diferentes situações. Já conseguimos discutir uma governança que é muito mais objetiva do ponto de vista daquilo que a gente precisa atacar lá no campo, na ponta, quando os incêndios estão acontecendo”, disse Artur Falcette, secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Para o representante do MMA, as atividades já desenvolvidas no combate aos incêndios no Pantanal vão servir de exemplo para ações de manejo do fogo em todo o Brasil.

“Vamos definir em consenso um mapa de prioridades, com um documento de diretrizes para que vai gerar um modelo, um exemplo, que nós vamos levar para o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, como parâmetro de diálogo com os outros estados brasileiros”, disse o secretário do MMA, André Lima (Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial).

O encontro para apresentar o plano operacional, que já é desenvolvido em Mato Grosso do Sul, e alinhar o trabalho realizado com os demais órgãos do Governo Federal e o estado do Mato Grosso, ocorreu no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (26).

A reunião teve como foco, além de apresentar o planejamento de cada estado, também articular o trabalho conjunto que é realizado nas ações de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal.

Fonte: Portal do MS

Hora do Planeta acontece neste sábado; entenda movimento

Criada pela World Wildlife Fund (WWF) em 2007, a Hora do Planeta (em inglês, Earth Hour) tornou-se conhecida mundialmente depois que mais de 2,2 milhões de pessoas na Austrália desligaram as luzes durante uma hora, como forma de protestar contra as mudanças climáticas. E, em 2025, a inciativa já tem data para acontecer: neste sábado, 22.

Realizado sempre ao final do mês de março, o ato passou a ter manifestações presenciais e virtuais desde a pandemia da covid-19. Em 2021, por exemplo, moradores de mais de 190 países contribuíram com a Hora do Planeta.

No ano passado, o ato atingiu o marco de 1,5 milhão de horas dedicadas ao planeta. Em 2025, o movimento chega a sua 19ª edição com o tema “Maior Hora para Terra” e pretende atingir 2 milhões de horas em prol do meio ambiente. De acordo com a WWF, milhões de pessoas em mais de 180 países e territórios devem participar da ação.

Como surgiu a Hora do Planeta?

O movimento iniciou em 2007 na cidade de Sydney, na Austrália, quando cerca de 2,2 milhões de pessoas e mais de 2 mil empresas apagaram as luzes durante uma hora, como uma maneira de se manifestar contrariamente às mudanças climáticas.

No ano seguinte, a Hora do Planeta se espalhou por diversas cidades da Austrália. O Canadá também aderiu ao movimento, o que fez com que outros 35 países entrassem na manifestação. Com o movimento se tornando global, o ato ficou como conhecido como uma maneira de alertar a população sobre os perigos das mudanças climáticas.

Em 2011, a manifestação passou a ter uma novidade. Além de apagarem as luzes, os participantes foram incentivados a se comprometerem com alguma atividade ligada ao meio ambiente e a proteção do planeta.

Luzes apagadas em Paris, na França, durante a Hora do Planeta em 2024
(Foto: Getty Images)

Quais os objetivos?

A Hora do Planeta tem como base o apagamento das luzes de forma voluntária por parte dos participantes, o que ocorre, na maior parte das vezes, em residências ou sedes de empresas. Desta forma, as principais luzes que garantem a segurança da população não sofrem interferência.

A intenção é que, com o apagar das luzes, acenda o alerta na população mundial sobre a importância de cuidarmos do planeta, para evitar uma catástrofe ambiental. Segundo a WWF, ao doar uma hora do seu dia para engajar esta ação em prol do planeta, você acende o alerta sobre os riscos que o meio ambiente corre com as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Como participar?

Este ano, a Hora do Planeta acontece no próximo sábado, 22 de março, a partir das 20h30, no horário local de cada cidade. O tema deste ano é “Maior Hora para Terra”. Para participar, basta apagar a luz da sua residência ou da sua empresa por 60 minutos. A data escolhida também celebra o Dia Mundial da Água. 

A WWF incentiva os participantes a encontrarem maneiras para aproveitar este tempo sem luz como, por exemplo, cozinhar uma refeição sustentável em casa ou assistir um documentário sobre a natureza. Por meio do site da ONG, é possível encontrar atividades para realizar em prol da natureza como forma de doar uma hora do seu dia para a Hora do Planeta.

Fonte: Portal Terra

Imasul realiza soltura de mais de 60 animais silvestres no Recanto Ecológico Rio da Prata

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) promoveu a reintegração à natureza de mais de 60 animais silvestres, resultado de meses de cuidado e dedicação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS). A soltura ocorreu no Recanto Ecológico Rio da Prata, em Bonito, localizado a mais de 370 km de Campo Grande, em uma área preservada que oferece condições ideais para a readaptação dos animais ao ambiente natural.

Entre as espécies soltas, destacam-se sete lobinhos (cachorro-do-mato), dois bugios, quatro corujas-buraqueiras, nove gambás, um periquito, uma maritaca, dois catetos e um grupo significativo de aves, incluindo cerca de 23 periquitos e mais de 20 jandaias.

Aline Duarte, gestora do CRAS, ressaltou a importância da ação. “A soltura desses animais é o reflexo do nosso trabalho técnico dedicado e da parceria com instituições comprometidas com a preservação ambiental. Cada vez que devolvemos um animal à natureza, é um passo importante para a recuperação dos ecossistemas e para o fortalecimento da biodiversidade. Nosso objetivo é sempre proporcionar a esses animais uma nova chance de viver em liberdade”.

André Borges, diretor-presidente do Imasul, também destacou o significado dessa iniciativa.

“Essa ação reafirma o compromisso do Governo do Estado com a preservação da nossa fauna e com a sustentabilidade. É gratificante ver o resultado de um trabalho técnico minucioso que garante a recuperação e o retorno desses animais ao meio ambiente. Estamos investindo em políticas públicas que fortalecem a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas, com benefícios para toda a sociedade”.

Cuidado técnico e reabilitação

Os animais soltos haviam sido resgatados em diversas situações adversas, como atropelamentos, queimadas, tráfico ilegal e perda de habitat. Após o resgate, passaram por tratamento especializado no CRAS, onde receberam atendimento veterinário, alimentação adequada e, quando necessário, reabilitação comportamental para garantir sua sobrevivência em liberdade.

“Cada animal que passa pelo CRAS traz uma história única de resiliência. Ver esses indivíduos recuperados e prontos para retornar ao seu habitat é emocionante e reforça a importância do nosso trabalho. Além do atendimento clínico, buscamos preparar os animais para que sejam autossuficientes na natureza, garantindo que tenham condições de sobreviver e se reproduzir no meio ambiente”

Fonte: Portal do MS

 

Eleição de Trump atrasa luta contra crise do clima, dizem especialistas

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6) e a vitória do candidato republicano reacende as discussões sobre o clima e o meio ambiente.

Conhecido por sua postura de flexibilização regulatória e apoio ao setor de combustíveis fósseis, Trump promete uma linha dura CONTRA restrições ambientais, o que preocupa especialistas e ambientalistas.

Como a maior economia do mundo e a segunda emissora de gases de efeito estufa, as decisões dos EUA terão impacto direto na luta global contra as mudanças climáticas.

“Trump tem uma péssima relação com a agenda do clima, e péssimas realizações. No documento de campanha, ele diz que um dos objetivos é abandonar essa agenda. Teremos um governo de um país superpoderoso batendo de frente com a agenda do clima”, aponta Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Retrocessos na 1ª gestão: 2017 a 2021

No seu primeiro mandato, Trump revogou mais de 100 regras ambientais, que impactaram (e seguem impactando) nas emissões de gases de efeito estufa, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.

Segundo Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, as emissões de gases de efeito estufa estavam caindo na maior parte dos oito anos do governo Obama e voltaram a crescer em três dos quatro primeiros anos do primeiro governo Trump.

Ludmila Rattis, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do Woodwell Climate Research Center, lembra que um lobista do petróleo (David Bernhardt) derrubou as proteções de áreas com espécies ameaçadas e criou campos de exploração de petróleo em Utah. As áreas também foram abertas para mineração e extração de petróleo, atividades vedadas antes.

Trump também retirou os EUA do Acordo de Paris, pacto assinado pela comunidade internacional em 2015 para limitar o aquecimento global, alegando que as metas impostas aos norte-americanos eram muito altas. O país voltou em 2021, no governo Biden.

Em agosto de 2018, o departamento de transporte e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA revisaram as metas para uso de combustível fóssil em automóveis estipuladas ainda na gestão Obama.

A regra original estabelecia que os veículos teriam que rodar 22 km para cada litro de combustível consumido até 2025. Já a gestão Trump baixou a exigência para 14,5 km por litro até 2021.

A decisão criou conflito legal com Estados como a Califórnia, que têm limites de emissão mais altos.

Trump também editou uma medida executiva em que autorizava o aumento em 30% da extração de madeira em parques nacionais, justificando que a medida seria uma forma de reduzir o risco de incêndio ao retirar madeira das florestas, um argumento contestado por ambientalistas.

Ainda na gestão Trump, a Agência de Proteção Ambiental abriu o menor número de processos criminais contra empresas que tenham descumprido a legislação de meio ambiente do país em 30 anos.

Fonte: Portal G1

Planeta pode aquecer 3,1ºC a 3,6ºC com emissões de gases

Manter o aquecimento global em 1,5 grau Celsius (ºC) ainda é possível, mas para isso, os países precisam reduzir em 42% as atuais emissões de gases do efeito estufa, até 2030, e 57%, até 2035.

A conclusão é do Relatório sobre Lacuna de Emissões 2024, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), nessa quinta-feira (24).

“A continuação do esforço de mitigação com as atuais políticas levam o aquecimento global a um máximo de 3,1°C ao longo do século, com 66% de probabilidade, e ainda resta 10% de probabilidade de que o aquecimento possa exceder 3,6°C”, destaca o relatório.

O estudo aponta ainda que os compromissos assumidos pelos signatários do Acordo Paris, em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 2030, não estão sendo cumpridos. E também seriam insuficientes para alcançar a meta de manter a temperatura do planeta em 1,5 ºC acima do período pré-industrial.

De acordo com o relatório, o estrito cumprimento das NDCs até 2030 ainda resultaria em uma elevação de temperatura de 2,6 ºC. Esse cenário ocorreria com o cumprimento tanto das metas incondicionais, ou seja, que devem ser cumpridas obrigatoriamente, quanto das metas que foram condicionadas à disponibilidade de financiamento internacional.

A implementação apenas das NDCs incondicionais levaria o mundo a temperaturas 2,8 ºC mais elevadas. Já as atuais políticas conduziriam o planeta a 3,1°C de aquecimento.

TEMPO

Para o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, é necessário agir agora, começando durante a próxima rodada de negociações que ocorrerá entre os dias 11 e 22 de novembro, na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29). “Estamos sem tempo. Fechar a lacuna de emissões significa fechar a lacuna de ambição, a lacuna de implementação e a lacuna financeira”, reforça.

O prazo máximo para a atualização das NDCs é fevereiro de 2025, antes da 30ª COP, que ocorrerá em Belém do Pará, no Brasil. Nas novas metas, o ano de 2019 passa a ser a referência para os compromissos de emissões de gases do efeito estufa pelos países.

Em um cenário com essa nova referência e para limitar o aquecimento global em menos de 2ºC, o relatório indica que as emissões precisariam cair 28% até 2030 e 37% até 2035. Os pesquisadores destacam ainda que as consequências no atraso das ações para viabilizar essa limitação já implicam em consequências que distanciam o planeta desse cenário, como o recorde de 57,1 gigatoneladas de CO₂ equivalente em emissões, atingido em 2023.

“Há uma ligação direta entre o aumento das emissões e os desastres climáticos cada vez mais frequentes e intensos. Em todo o mundo, as pessoas estão pagando um preço terrível. Emissões recordes significam temperaturas marinhas recordes que potencializam furacões monstruosos; o calor recorde está transformando as florestas em barris de pólvora e as cidades em saunas; chuvas recordes estão resultando em inundações bíblicas”, alerta Guterres.

CAMINHOS

Além de apontar os cortes necessários nas emissões, o relatório indica ainda possíveis caminhos, como o potencial de redução de 27% nas emissões em 2030 e 38% em 2035, com o incremento de tecnologias solar e eólica na geração de energia. Melhorar a gestão de florestas, com redução do desmatamento e aumento do reflorestamento tem potencial de reduzir as atuais emissões em 19% em 2030 e 20% em 2035, afirmam os pesquisadores.

CUSTO

Também foram calculados os investimentos necessários para financiar o caminho global até as emissões líquidas zero em 2050. De acordo com o relatório, seriam necessários US$ 0,9 a 2,1 trilhões por ano, de 2021 a 2050, “o que é substancial, mas administrável no contexto mais amplo da atual economia global e mercados financeiros de quase US$ 110 trilhões mercados financeiros”, destaca o relatório.

Fonte: Agência Brasil

Planeta está vivendo a era do fogo, alertam cientistas

Uma das explicações para tantos incêndios em biomas diferentes está no desmatamento. Talvez esteja na hora de você atualizar a forma como encara o período que estamos vivendo na Terra.

“Nós da ciência, a gente já fala que a gente está no piroceno. Isso quer dizer: a época do fogo. E não é só no Brasil, não é só na Amazônia. A gente tem uma maior frequência, maior intensidade de incêndios ocorrendo no mundo todo”, afirma Erika Berenguer, pesquisadora da Universidade de Oxford.

No Brasil, nada parece mais surpreendente nessa nova época do que ver a antes úmida, cheia de água, exuberantemente verde Amazônia queimando como está agora.

Nas últimas décadas, sempre vimos as queimadas na Amazônia acontecendo na seguinte sequência: uma área era desmatada, a vegetação secava, e alguém colocava fogo para limpar. Quanto mais áreas desmatadas, mais fogo.

Agora, estamos vendo um novo fenômeno. O desmatamento vem diminuindo na floresta, mas os focos de incêndio estão aumentando.

“Atualmente, com quase 20% da Amazônia já desmatada com uso para criação de gado e agricultura – principalmente essas áreas de pastagem -, utiliza-se o fogo. Então, temos agora fontes de ignição que são relacionadas ao desmatamento diretamente, mas temos também fontes de ignição que são relacionadas ao manejo dessas áreas que já estão abertas e consolidadas”, diz Luiz Aragão, pesquisador do Inpe.

Mas o fogo como ferramenta de manejo nem é novidade na Amazônia. Os indígenas já usam há séculos para, por exemplo, limpar uma área para plantar mandioca. Mas o fogo não conseguia escapar da roça porque era cercado por uma parede verde muito úmida.

Mas a Amazônia não é mais a mesma. O arco do desmatamento vem avançando, criando diversas cicatrizes na floresta, manchas. Toda a área de borda vai ficando degradada, mais vulnerável. E a gente acrescenta a isso o calor acima da média e a seca brutal dos últimos anos. O resultado é uma floresta diferente: uma paisagem inflamável.

E prevenir é tão importante porque, no caso da Amazônia, recuperar totalmente é algo que a gente nem sabe quanto tempo pode levar.
Fonte: Portal G1

Animais silvestres enfrentam fogo, fome e sede no Pantanal

Entidades civis tentam furar o bloqueio do Governo do Mato Grosso ao fornecimento de água e comida para animais silvestres vítimas da seca em áreas protegidas estaduais. A administração Mauro Mendes (União Brasil) afirma que ajuda não é necessária e arrisca a vida da fauna.

Mais de 2,3 milhões de ha, quase 16% do Pantanal ou uma área maior que a de Sergipe, já torraram desde janeiro, estima o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O cenário foi pintado por uma das piores secas do último século, pela crise do clima e pelo fogo insistentemente usado para renovar pastagens para gado. Incêndios criminosos são investigados.

Governos federal, de estados e municípios pantaneiros decretaram situação de emergência e mobilizaram brigadistas do país todo para enfrentar as persistentes chamas.

Macaco morto pelas chamas na região da Transpantaneira. (Foto: GRAD/Divulgação)

Produção rural, turismo e outras economias são abaladas, mas o fogo não respeita barreiras naturais ou humanas. Inúmeros animais morrem queimados, de fome e sede, dentro e fora de unidades de conservação.

“A gente está tendo que assistir os animais padecendo de sede”, relata a veterinária e bombeira civil Carla Sássi, fundadora do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD). O time de voluntários atende emergências com animais silvestres e domésticos em todo o país.

Uma das áreas afetadas é a Estrada Parque Transpantaneira, cujos 145 km ligam Poconé a Porto Jofre. No trecho, a água acumula naturalmente nas cheias pantaneiras, sobretudo junto às suas 125 pontes. Mas a secura transformou quase tudo em poças de lama, onde animais chafurdam buscando água. Nos 30 km de uma das porções mais secas da Transpantaneira, só quatro pontos ainda tinham água.

“A biodiversidade será prejudicada do curto ao longo prazos. Além da mortandade de animais, variadas espécies não conseguirão migrar para outras áreas e não conseguirão se reproduzir devido ao sofrimento gerado pelo fogo, fome e sede”, alerta Carla Sássi.

Daí o protesto do GRAD e de outras entidades civis pelo bloqueio do Governo do Mato Grosso à ajuda para animais silvestres em áreas protegidas estaduais. Ações em fazendas e áreas protegidas federais não foram interrompidas.

“É inadmissível que o órgão estadual proíba a atuação do terceiro setor e das comunidades na mitigação dos impactos da seca extrema sobre a fauna silvestre”, diz a bióloga Luciana Leite, Defensora da Biodiversidade e do Clima no braço brasileiro da Environmental Justice Foundation (EJF). No fim de agosto, o Ministério Público do Mato Grosso notificou a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema/MT) para fornecer água e comida à fauna silvestre, em pontos onde havia água em 2023.

Brigadistas tentam conter o passo do fogo no Pantanal. (Foto: Christiano Antonucci / Secom/MT)

Em anos anteriores, a instalação de bebedouros e oferta de comida ao longo da Transpantaneira foi crucial para salvar inúmeros animais, avaliam as entidades civis. Seca e incêndios de 2020 queimaram ¼ do Pantanal e mataram estimados 17 milhões de animais. De lá para cá, o bioma segue castigado.

“É inaceitável que o órgão alegue que o cenário é ‘normal’, especialmente em contrariedade às evidências apresentadas por diversos pesquisadores que afirmam que esta se trata de uma seca histórica”, aponta a bióloga Luciana Leite (EJF).

Quanto às medidas adotadas este ano contra a seca e incêndios, a Sema/MT lista a contratação de veterinários e compra de veículos, um posto para atender emergências com animais silvestres na região da Transpantaneira, implantação de aceiros, poços e açudes que servem de bebedouros e abrigos para animais.

O órgão elencou igualmente o cadastro de voluntários para atuar em áreas protegidas estaduais, a intensificação do monitoramento de fauna silvestre no Pantanal e a capacitação de profissionais para manejo e contenção da fauna silvestre em eventos extremos, como incêndios florestais.

Fonte: ECO

Brasil pode perder o Pantanal até o fim do século se tendências não forem revertidas, diz Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (4) que o Brasil pode perder o Pantanal por completo, até o fim deste século, se o mundo não for capaz de reverter o cenário de aquecimento global.

Marina participou de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado nesta quarta para falar sobre as queimadas e a estiagem prolongada que atinge a maior parte do país – com prejuízo maior ao Pantanal e à Amazônia.

“Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o final do século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada”, explicou Marina.

“E portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e assim, segundo eles [pesquisadores], até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta”, continuou.

Mais esforços e mais orçamento

Na audiência com senadores, a ministra do Meio Ambiente que, diante dos dados, será preciso ampliar — cada vez mais — os esforços e recursos de combate a consequências das mudanças climáticas. Marina mencionou altas orçamentárias em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL) fez apelos a congressistas para “quem quiser contribuir” com recursos à pasta.

A ministra defendeu, ainda, que o Congresso crie um marco regulatório de emergência climática, que exclua da meta fiscal do governo federal os recursos gastos nessas condições.

“Se tenho que agir preventivamente, como é o entendimento de Vossas Excelências e nosso, tenho que ter cobertura legal para isso”, afirmou.
Marina avaliou que o governo vive um “paradoxo” com cobranças simultâneas de investimento em medidas de combate ao incêndio e em empreendimentos que são “altamente retroalimentadores do fogo”.

Ela não especificou quais investimentos seriam esses, mas, em outro momento de sua participação, rebateu críticas sobre seus posicionamentos contrários a obras de infraestrutra e exploração mineral, como a margem equatorial.

“Nós temos condições de fazer esse enfrentamento com os meios que dispomos? Vamos ter que ampliar cada vez mais o nosso esforço. Ao mesmo tempo somos cobrados que tenha-se medidas para fazer medidas de combate ao fogo e, ao mesmo tempo, somos cobrados para que se faça investimentos que são altamente retroalimentadores do fogo. É um paradoxo. Não preciso citar aqui os empreendimentos”, declarou.

Fonte: Portal G1

ONU faz alerta para catástrofe mundial: ‘Ficando sem tempo para virar a maré’

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lançou nesta terça-feira, 27, um “SOS global” no topo de uma das ilhas do Pacífico, onde apresentou um relatório revelando a subida acelerada do nível do mar na região. “Estou em Tonga para emitir um SOS global – Salvem os Nossos Mares – sobre o rápido aumento do nível do mar. Uma catástrofe à escala global está colocando em perigo este paraíso do Pacífico”, declarou.

As ilhas do Pacífico, com uma população escassa e poucas indústrias pesadas, geram menos de 0,02% das emissões globais anuais de CO2. No entanto, este conjunto de ilhas vulcânicas e atóis de coral está cada vez mais ameaçado pela subida do nível dos oceanos.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) monitora marégrafos instalados nas praias do Pacífico desde a década de 1990. O relatório divulgado pela organização revela que os mares subiram cerca de 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico. A média global foi de 9,4 centímetros, conforme o documento.

“As populações, economias e ecossistemas de toda a região sudoeste do Pacífico são gravemente afetados pelos efeitos em cascata das alterações climáticas”, alertou a secretária-geral da OMM, a argentina Celeste Saulo. “É cada vez mais evidente que estamos ficando sem tempo para virar a maré”, acrescentou. /AFP

Fonte: Portal Terra

Pantanal Sul-mato-grossense se revela um gigante cheio de vida

Apesar de ferido por incêndios na maior seca desde 1951, o Pantanal continua bem vivo, sendo abrigo de 4,7 mil espécies, entre elas 3,5 mil de plantas, 650 de aves, 124 de mamíferos, 80 de répteis, 60 de anfíbios e 260 de peixes de água doce.

A estiagem atinge a maior planície alagável do mundo, uma área do tamanho de Bélgica, Países Baixos, Suíça e Dinamarca juntos.

A maior parte desse complexo fica em Mato Grosso do Sul, onde o olhar do repórter fotográfico Saul Schramm se deparou com vida abundante.

Os flagrantes feitos em Corumbá revelam como estão animais como jacarés, veados, tuiuiús, tucanos e garças, parte deles em lugares onde o fogo não chegou.

Foto Saul Schramm

Além da fauna e flora, o Pantanal tem gente, como os ribeirinhos, funcionários das fazendas e aqueles que vivem do turismo. De acordo com o vice-presidente da Acert (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), Ademilson Esquivel, o setor é responsável por 1.000 empregos diretos e R$ 45 milhões injetados por temporada só em folha de pagamento. São associados: 19 barcos hotéis, 2 barcos de passeio, 3 hotéis, 1 concessionária e 1 loja de equipamentos náuticos.

“O pessoal de fora acha que está tudo pegando fogo, o que não é a realidade. Eles não têm noção do tamanho do Pantanal, mas o turismo está trabalhando normalmente. Corumbá é um dos maiores municípios do País (em extensão territorial) e não tivemos desistência porque o nosso raio de ação é de 320 quilômetros de rio”, explica Ademilson.

Foto Saul Schramm

A recomendação é que operadores, agentes de viagens e turistas entrem em contato diretamente com as propriedades hoteleiras (pousadas, barcos hotéis e hotéis da região) antes de realizar qualquer mudança na programação das viagens. Corumbá é o 2º maior destino turístico de Mato Grosso do Sul, perdendo apenas para Bonito.

Fonte: Portal do MS

Biólogos tentam resgatar animais ameaçados pelo fogo no Pantanal

Biólogos e veterinários estão fazendo uma varredura para avaliar o impacto do fogo na fauna do Pantanal.

A jararaca busca abrigo em baixo do carro.  As emas procuram comida no solo acinzentado. A sucuri morreu tentando fugir das chamas, assim como o jacaré.

“Os animais estão com o escore corporal ok, não apresentam características de queimadura. Então, eles já estão sofrendo o estresse da pressão ambiental do incêndio florestal. Quando você tenta usar da técnica, por exemplo, de afugentamento, ao invés de remover ele dá área onde está acontecendo o incêndio, você pode empurra-lo para a área de incêndio”, diz Paula Helena Santa Rita, bióloga e médica veterinária.

Ibama, Instituto Homem Pantaneiro e universidades são algumas das instituições que fazem parte de um grupo especializado no atendimento a animais silvestres tanto no Cerrado quanto no Pantanal. Por conta do fogo que consome o bioma, eles estão concentrados na procura por animais que estão debilitados e precisam de algum tipo de ajuda.

“Ver se esse animal precisa de alguma remoção. Mas, primeiramente, ver o que está acontecendo com o animal. Se ele está bem, se ele está se locomovendo. Caso tenha alguma debilitação dele, esteja muito machucado, é feita a remoção desse animal com todo aporte dos veterinários, dos biólogos, para o CRAS em Campo Grande”, fala o biólogo Wener Hugo Arruda Moreno.

Drones mostram o Pantanal do alto. No primeiro dia de buscas, muitos animais mortos e uma preocupação.

“A gente já consegue perceber que essas espécies acabaram se espantando com o fogo e acabaram saindo daqui. A gente não tá conseguindo visualizar. Com essa deslocação dessas espécies, elas podem acabar enfrentando por território. Então, isso pode gerar um problema futuro”, conta a médica veterinária Mariana Queiroz.

Fonte: Portal G1

 

Com agravamento da seca na bacia do Pantanal, Agência Nacional de Águas faz alerta

A escassez de chuvas e temperaturas acima da média histórica na Bacia do Alto Paraguai, que abrange Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, aponta para o agravamento da situação de seca nos dois estados. Para tratar da questão, autoridades responsáveis pela questão se reuniram nesta terça-feira (7), na sala de crise, em uma reunião virtual, convocada pela ANA (Agência Nacional de Águas) com apresentações de técnicos do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso já estão em situação de seca, de acordo com dados do Cemaden. A maioria das propriedades rurais do Estado enfrentam seca – severa e moderada -, e até agora, apenas 5% do território sul-mato-grossense não enfrenta escassez hídrica. O problema se agrava devido às altas temperaturas registradas, com previsão de continuidade nas próximas semanas, pressionando ainda mais os recursos hídricos e a saúde da vegetação, o que pode aumentar a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais.

Para o trimestre atual – que compreende os meses de maio, junho e julho -, está previsto um recuo da influência do fenômeno El Niño e a partir do próximo mês o La Niña, fenômeno oriundo das águas do Oceano Pacífico, vai interferir no clima. Por enquanto, não há previsão de melhora na distribuição de chuvas, ou seja, a situação de seca deve se prolongar. O que está previsto ocorrer é uma queda brusca das temperaturas com a chegada do inverno – a partir de junho -, sob efeito do La Niña.

Devido a situação de estiagem e iminente escassez hídrica, o corpo técnico da ANA preparou uma nota para emissão de ‘declaração de escassez hídrica’. A medida deve ser avaliada pela diretoria da ANA nos próximos dias e, após decisão, deverá entregar em vigor. Com a ‘declaração de escassez hídrica’ as empresas concessionárias de distribuição de água podem, inclusive, impor tarifas emergenciais para custear obras ou serviços adicionais a fim de evitar o desabastecimento, explicou o superintendente da ANA, Patrick Tadeu Thomas.

“Assim, considerando a atual situação hidrometeorológica da bacia do Alto Paraguai (Pantanal), que encerra o período chuvoso com o rio Paraguai apresentando níveis d’água transitando entre os mínimos valores registrados para época, e a perspectiva de chuvas abaixo da média para o período de abril a junho, em que, de acordo com a normal climatológica, são esperados valores baixos de precipitação, considera-se importante instituir uma Sala de Crise com o objetivo de acompanhar e viabilizar medidas para mitigar os impactos da seca sobre os usos da água até o início do próximo período chuvoso na bacia”, afirma a nota técnica da ANA.

Os membros da sala de crise da Bacia do Alto Paraguai voltam a se reunir no dia 4 de junho, também em formato virtual, para avaliar a situação da região e a necessidade de outras medidas para enfrentamento da seca. Além do Cemaden, ONS e da ANA, integram a sala de crise, representantes do Serviço Geológico do Brasil, INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Imasul (Instituto Nacional de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), entre outras instituições.

Fonte: Portal do MS

Pesca do dourado continua proibida nos rios de Mato Grosso do Sul até março de 2025

Assembleia Legislativa aprovou na quinta-feira (29) projeto de lei que prorrogou a proibição da captura, embarque, transporte, comercialização, processamento e industrialização do peixe da espécie Salminus brasiliensis ou Salminus maxillosus, popularmente conhecido por dourado, em todos os rios do território de Mato Grosso do Sul, até o dia 31 de março de 2025.

A lei foi sancionada em seguida pelo governador Eduardo Riedel sob o número 6.190 e publicada ainda na tarde de quinta-feira (29) em edição extra do Diário Oficial, passando a vigorar para a temporada de pesca que se iniciou no mesmo dia.

A pesca do dourado estava proibida em Mato Grosso do Sul desde 2019 por força da Lei 5.231 que estabeleceu uma moratória de cinco anos para a espécie, e o prazo venceu em dezembro do ano passado, durante o período de defeso. A Assembleia iniciou, em seguida, os debates para decidir se prorrogava a moratória e por quanto tempo, culminando com a aprovação da Lei 6.190.

Fica permitida apenas a modalidade ‘pesque e solte’ e a captura para consumo próprio dos pescadores profissionais e ribeirinhos. A lei também não se aplica aos exemplares criados em cativeiro.

Também pode haver captura de matrizes e de reprodutores no ambiente natural destinados à pesquisa científica ou à recuperação de plantel por agricultores de reprodução de alevinos devidamente licenciados e registrados nos órgãos competentes, desde que com autorização ambiental expedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

No período de vigência da lei deve ser desenvolvido estudo técnico científico e econômico para avaliar o comportamento dos cardumes da espécie nos rios do Estado que embasem nova prorrogação da proibição ou liberação da captura.

Esse estudo deve ser apresentado até dia 28 de fevereiro de 2025. Caso os estudos concluam pela necessidade da manutenção da vedação, a Lei 6.190 de 2024 ficará prorrogada automaticamente pelo prazo de mais um ano.

Fonte: Portal do MS