quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Atropelada, onça-parda não resiste a ferimentos e morre na BR-262

Campo Grande News

 

Onça-parda foi atropelada na BR-262 e não resistiu aos ferimentos. (Foto: Divulgação/PMA)

Sem resistir aos ferimentos, uma onça-parda adulta morreu após ser atropelada na BR-262, na região de Corumbá. De acordo com a PMA (Polícia Militar Ambiental), o corpo do animal foi deixado às margens da rodovia por mais de 30 horas.

 

Deixada na altura do quilômetro 734, a onça foi retirada da pista para que não pudesse causar  novos acidentes. Também nessa semana, durante a noite de segunda-feira (19), outro animal da mesma espécie foi resgatado após atropelamento na região de Caarapó.

 

Em estado grave, ela estava às margens da BR-163 e foi atendida pela Polícia Militar Ambiental. Ao chegar no local, a equipe confirmou que o acidente era recente e que o animal estava com ferimentos graves.

 

Devido ao quadro complexo, a onça foi trazida para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) em Campo Grande, para receber o atendimento adequado.

Bolsonaro abandona entrevista após pergunta sobre filhos

O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar o mercado financeiro de “nervosinho” nesta quarta-feira, 27, ao ser questionado sobre as reações dos investidores à decisão do governo de mexer no teto de gastos para abrir espaço fiscal para um programa social.

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, Bolsonaro também disse que “qualquer negocinho” é suficiente para os agentes de mercado elevarem as taxas de juros a longo prazo.

“O mercado é um nervosinho. Um nervosinho. Qualquer negocinho aumenta a taxa de juros a longo prazo, perdeu mais de 50 bilhões de reais. É assim que acontece”, disse o presidente ao programa.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta a nova taxa básica de juros da economia brasileira, com expectativa do mercado de uma alta de mais de 1 ponto percentual sobre o patamar atual, de 6,25% ao ano.

Bolsonaro interrompeu sua entrevista ao ser repetidamente questionado pelo humorista André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, ex-aliado e atualmente desafeto do presidente, sobre acusações indiretas contra o filho mais velho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), de desvio de salário de assessores quando era deputado estadual no Rio.

“Marinho, não vou aceitar provocação tua. Teu pai é o principal interessado na cadeira do Flávio Bolsonaro. Não tem mais conversa contigo”, respondeu Bolsonaro. Paulo Marinho é suplente de Flávio.

Quando o humorista insistiu na pergunta e acusou o presidente de apenas aceitar perguntas de “bajulador”, integrantes do programa começaram a discutir e Bolsonaro acabou interrompendo a entrevista.

Fonte: Terra

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Dourados Vacina segue com calendário de imunização

A Prefeitura de Dourados, por meio da Sems (Secretaria Municipal de Saúde), ampliou mais uma vez o público-alvo a ser imunizado contra a Covid-19. Entre as mudanças está a redução na idade para grupos de trabalhadores da limpeza urbana e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, que passam a ser imunizados aqueles com 45 anos ou mais. Profissionais da educação, com 50 anos ou mais, da saúde com 25 anos ou mais, e pessoas com comorbidades (ver a lista abaixo) com 30 anos ou mais.

O novo calendário vale a partir desta segunda-feira (24), serão Doses 1 e 2 de Astrazeneca. Hoje também serão aplicadas as doses remanescentes de Coronavac. Segundo a Sems, há 337 doses para imunização de D2, para aqueles que tomaram a D1 até 15 de abril, as unidades de atendimento são: Parque do lago II, CSU e CCI.

É obrigatória a apresentação de documento com foto, CPF, cartão do SUS (se tiver) e comprovante de residência. Para Dose 2 também é necessário apresentar o comprovante da D1. Para as pessoas com comorbidades, é preciso levar comprovante das doenças. Para as grávidas é necessário levar o cartão gestante e para as puérperas a certidão de nascimento do bebê.

 

Confira os grupos:

Pessoas com 60 anos ou mais
Pessoas com comorbidades graves, com 30 anos ou mais
• Doenças imunossupressoras
• Transplantados de órgão sólido ou de medula óssea e renais crônicos
• Pneumopatias crônicas graves
• Portadores de doenças cardiovasculares crônicas que tenham sido submetidos a procedimentos
• operatórios
• Doença cérebro vascular
• Cirrose hepática
• Diabetes
• Hipertensão Arterial

Lembrando que a comprovação de comorbidade é obrigatória. É preciso levar documento com foto, CPF e comprovante de residência para a Dose 1. Já para a Dose 2, é necessária a apresentação do cartão de vacinação com o comprovante da Dose 1 e o documento com foto.

Pessoas com 18 anos que apresentem os seguintes quadros:
• Síndrome de Down;
• Anemia falciforme;
• Coagulopatias hereditárias;
• Pessoas com deficiências permanentes que apresentem limitação motora ou incapacidade;
• Incapacidade de ouvir;
• Incapacidade de enxergar;
• Deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais;
• Obesidade mórbida, I.M.C ≥ 40;
• Oncológicos com doença ativa em tratamento;
• Renal crônico2;
• PHIV (Pessoas vivendo com HIV);

A comprovação de comorbidade é obrigatória. É preciso levar documento com foto, CPF e comprovante de residência para a Dose 1. Já para a Dose 2, é necessária a apresentação do cartão de vacinação com o comprovante da Dose 1 e o documento com foto.

Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros com 45 anos ou mais

• Cobradores e motoristas;

É obrigatório apresentação de vínculo empregatício (holerite atualizado) e documento com foto.

Trabalhadores de limpeza urbana com 45 anos ou mais
• Serviços gerais e operadores de roçadeiras;

É obrigatório apresentação de vínculo empregatício (holerite atualizado) e documento com foto.

Locais

• Altos Do Indaiá
• CSU
• Ildefonso Pedroso
• IV Plano
• Izidro Pedroso
• Ouro Verde
• Parque Das Nações I
• Parque Do Lago II
• Vila Rosa
• Unidades Distritos

Horário de atendimento

• 7h às 11h e 13h às 17h00

Trabalhadores da Educação com 50 anos ou mais

• A apresentação de vínculo empregatício (holerite atualizado) e documento com foto é obrigatório;
• Os profissionais da educação que atuam na Educação Infantil e do 1º ao 9º ano seguirão um calendário a parte, organizado pela Semed (Secretaria Municipal de Educação).

Trabalhadores da saúde com 25 anos ou mais

• A apresentação de vínculo empregatício (holerite atualizado), carteira profissional e documento com foto é obrigatória;

Médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares), agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, profissionais da vigilância em saúde e os trabalhadores de apoio (exemplos: recepcionistas, seguranças, trabalhadores da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias, gestores e outros). Inclui-se, ainda, aqueles profissionais que atuam em cuidados domiciliares (exemplos: programas ou serviços de atendimento domiciliar, cuidadores de idosos, doulas/parteiras), funcionários do sistema funerário, Instituto Médico Legal (lML) e Serviço de Verificação de Óbito (SVO) que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados e; acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios. Os trabalhadores que atuam nos estabelecimentos de serviços de interesse à saúde das instituições de longa permanência para idosos (ILPI), casas de apoio e cemitérios serão contemplados no grupo trabalhadores da saúde e a recomendação é que também sejam vacinados.

Gestantes e puérperas com comorbidades

• No caso das gestantes (qualquer idade gestacional), é obrigatória a apresentação do cartão gestante. Já para as puérperas, é obrigatória a apresentação da certidão de nascimento da criança. Ambas devem levar comprovante da comorbidade, documento com foto, CPF e comprovante de residência.

Local

• Centro de Convivência do Idoso

Horário

• 07h30 às 11h, das 13h às 17h e das 17h30 às 20h

 

Fonte: Assecom

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Onça resgatada em incêndio do Pantanal é devolvida à natureza

Portal do MS

 

O grupo teve que aguardar a onça acordar, foi 1 hora e meia de espera (Foto - Saul Schramm)

 

Recuperada, com 87 quilos, e monitorada, a onça macho resgatada em novembro do ano passada e trazida para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) foi devolvida a seu habitat natural na tarde desta quinta-feira (21). De novo na Serra do Amolar, exatamente na mesma região em que foi encontrada, o animal, por meio de um colar de monitoramento, terá sua reintegração à natureza acompanhada.

 

A coleira contém uma bateria e um chip que a cada hora emite um sinal, capturado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento. A onça, com aproximadamente dois anos de idade, chegou ao CRAS no dia 4 de novembro, após ter sido resgatada por equipes de organizações não governamentais que atuam no Pantanal. [

 

De volta à natureza

 

O transporte foi realizado com a aeronave Cesna Gran Caravan da FAB (Força Aérea Brasileira) até a Serra do Amolar. O voo teve 1h30 de duração e o animal chegou ao seu destino às 13h. A onça chegou dormindo e foi colocada em trator dentro da jaula. Em um percurso de 15 minutos seguiu para embarcação para ser solta.

 

Seguindo a estratégia de realizar todo o percurso de forma segura e ágil, a embarcação levou 10 minutos até a área de soltura. Desceram no local planejado. Todo o procedimento teve a participação de 15 pessoas de apoio.

 

Após chegar na área, o grupo teve que aguardar a onça acordar; foi 1 hora e meia de espera, até que ela estava apta a voltar ao habitat e os profissionais abriram a jaula. Ela seguiu a passos lentos pela mata na Serra do Amolar.

 

Segundo a conselheira do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), Gisele Bandeira, a proposta de deixar a onça no mesmo local onde foi resgatada é importante para seu restabelecimento. “A informação que recebemos é que o processo de soltura é mais estressante ao animal do que a captura, já que antes ela estava debilitada, pedindo ajuda. Agora ela volta para seu habitat depois de dois meses, por isso existe um estresse, quanto mais longe de casa ela fica, pior para o retorno”.

 

Para o médico veterinário do CRAS e responsável pelo tratamento e soltura do felino, Lucas Cazati, a viagem foi tranquila e sem contratempo. “A espera para soltá-la é porque exige cautela e paciência, foram tanto tempo para recuperação que agora é alegria e festa. O animal volta para o seu bioma e nós vamos refletir o que aprendemos com ele. O monitoramento é para conhecermos a geolocalização, onde dorme, abate e perímetro que demarcou, e também quando encontrar uma parceira. Dados para conhecimento científico. Este momento é de alívio, satisfação e missão cumprida”.

 

Segundo o presidente do Instituto Homem Pantaneiro, coronel Angelo Rabelo, o momento é de reflexão sobre todas as etapas de apoio à fauna afetada. “Esta soltura é importante porque é uma espécie ameaçada, além de estar no topo da cadeia, sendo importante para a biodiversidade da Serra do Amolar. Conseguimos por meio de doação a compra do colar no valor de 1,3 mil dólares, importado dos Estados Unidos, que vai fazer o monitoramento da onça”.

 

Responsável pelo monitoramento do animal, o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro, fala como o acompanhamento acontecerá. “O colar na onça vai fazer o monitoramento via GPS e ainda emitir sinal VHF. Serão 24 informações diárias. O sinal dará a informação sobre a distância e o GPS o percurso dela no dia. Iremos compartilhar estas informações com o Imasul e CRAS”.

 

Antes da chegada houve uma reunião entre a equipe envolvida para alinhar os planos para soltura, tendo dois cenários. O avião desceu na Serra do Amolar, na unidade de conservação Acorizal, que é uma RPPN. Já esperavam no local representantes da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Homem Pantaneiro, CRMV, PMA (Polícia Militar Ambiental).

 

Resgate

 

A onça sobrevivente permaneceu por dois meses e meio no CRAS e passou por quatro baterias de exames “que demonstraram gradualmente a melhora do animal”. Nesse trabalho os técnicos do CRAS contaram com apoio de instituições como a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e organizações não governamentais. As queimaduras nas patas foram tratadas com aplicação de ozônio e a cicatrização foi completa.

Projeto ‘Oncodia’ de Marçal é instituído em Dourados

Assessoria

 

Deputado espera que municípios efetivem a Lei em Mato Grosso do Sul (Foto: Arquivo)

 

O Deputado estadual Marçal Filho (PSDB) comemora a instituição da Lei 4.525 de 19 de agosto de 2020 sancionada nesta quinta-feira (27) pela Prefeitura de Dourados, que institui o “Oncodia de prevenção e atendimento de pacientes com câncer”.

 

A Lei douradense é inspirada no projeto Oncodia de Marçal, sancionado no final do ano passado pelo governador Reinaldo Azambuja. O programa estabelece um dia de semana para o atendimento ambulatorial, acompanhamento, orientação, assistência e promoção de saúde de paciente com câncer vinculado à rede básica de saúde.

 

“O Oncodia inclui uma ampla gama de variáveis, que vai muito além do tomar ou não os medicamentos indicados. Está ligada à mudança de rotina e à incorporação de novos comportamentos, que se fazem necessários para o controle da doença e que, consequentemente, permitem ao paciente viver o dia a dia em normalidade”, diz Marçal Filho, que destaca a iniciativa do vereador Olavo Sul (MDB), autor da Lei Municipal em Dourados.

 

Na prática o Oncodia deverá realizado por meio de equipes interdisciplinares formadas por médico, psicólogo, assistente social e enfermeiro, vinculados à atenção básica. O serviço será oferecido às pessoas com câncer que realizam o tratamento em seu convívio familiar, sem estágios que incidam em internação hospitalar.

 

No Brasil e no mundo existe uma baixa adesão ao tratamento de doenças crônicas, como o câncer. “Sabemos que a doença pode levar o paciente ao seu limite, provocar depressão, resultando até na desistência do tratamento. A família toda também sofre. Por isso é importante a presença de uma equipe interdisciplinar a fim de planejar medidas para trazer o paciente de volta”, diz Marçal Filho, autor do Oncodia em âmbito estadual.

 

O deputado espera que a saúde pública de Dourados e dos demais municípios do Estado instruam o quanto antes os profissionais a prepararem equipes para atender o Oncodia, de forma que os cuidados envolvam um diálogo aberto com o paciente e a família. “Queremos que a Lei saia do papel e seja aplicado na prática nos mesmos moldes do Hiperdia, projeto já consolidado no país e que atende pessoas com hipertensão e diabetes”, finaliza o deputado.

 

 

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PANTANAL – Com período de chuvas, rastro de cinzas pode trazer mortandade de peixes

Assessoria

 

Bombeiro tenta conter as chamas em queimada no Pantanal (Foto - Mayke Toscano)

“Com certeza, assim que começar a chover, um grande volume de cinzas vai parar nos rios, gerando, por consequência, um problema seríssimo de mortandade dos peixes”, afirma o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), único representante do Mato Grosso do Sul na Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar e promover estratégia nacional para enfrentar as queimadas em biomas brasileiros( Cexquei).

 

O tema foi levado pelo parlamentar, na última semana, durante uma das sessões de trabalho da Cexquei. Em alerta com o que pode vir, Vander ainda frisa os danos para as pessoas que têm os rios como importante fonte de renda ou de subsistência. “Haverá um grande prejuízo para os povos ribeirinhos, os guatós [indígenas], os quilombolas… Nós vamos viver outro desastre anunciado. Isso é motivo de muita preocupação.”

 

Este ano, os focos de incêndios foram tão intensos, considerado o mais agressivo dos últimos 50 anos, que cerca de 26% do bioma pantaneiro já foi atingido pelo fogo, o que corresponde a cerca de quatro milhões de hectares, área um pouco menor que a do Estado do Rio de Janeiro.

 

Se por um lado a água da chuva trará alívio ao solo e clima, por outro, trará preocupações pós-queimadas, já que indiretamente “contribuirá” com um fenômeno conhecido por dequada ou decoada – que é quando a massa orgânica que cobre o solo é levada pela chuva até os rios e entra em decomposição. No caso, as cinzas pegam carona com a chuva e acabam indo parar nos rios, lagoas (baias) ou córregos (corixos).

 

O fenômeno da dequada é tido como um processo natural. Entretanto, as queimadas constantes fazem com que o processo antes tido como comum se torne um vilão. É que os afluentes podem não dar conta de processar tanta massa que chega aos seus leitos. “Uma parte das cinzas chega até os ambientes aquáticos. Esse material, que é orgânico, para ser degradado vai usar oxigênio dissolvido na água, processo esse que em larga escala pode pôr em risco a vida de muitos peixes, pois essa massa acaba por ‘roubar’ o oxigênio dissolvido na água e, consequentemente, certas espécies de peixes estarão em risco de morte”, explica o biólogo José Sabino, doutor em Ecologia e professor da Uniderp – que também coordena o projeto “Natureza em Foco”.

 

Ponte foi destruída pelo fogo (Foto - Divulgação)

 

Impactos e políticas públicas – O processo de decomposição é tão intenso, que a atividade de oxidação da matéria orgânica (cinzas) pelas bactérias é capaz de consumir todo o oxigênio dissolvido na água e liberar o dióxido de carbono livre (CO2 livre), o que inviabiliza a respiração de muitas espécies de peixes.

 

Daí a importância de não apenas investir no combate ao controle das queimadas, como na conscientização dos riscos do uso do fogo para limpar o solo, áreas de pastagens, que acaba por trazer riscos para o meio ambiente, a exemplo do que acontece no Pantanal e que todos os dias vemos nos noticiários locais e internacionais. “Acredito que devemos nos esforçar para, neste momento desastroso, que é uma vergonha para o Brasil, implementarmos políticas definitivas para que esta situação não se repita e nós equipemos nossas instituições. Nossas instituições não têm equipamento suficiente para combater o fogo, o número de brigadistas é muito reduzido”, frisa o deputado federal Vander Loubet.

 

Atualmente, sabe-se que o Pantanal abriga mais de 300 espécies de peixes, variedade que pode estar em cheque por conta da degradação do bioma. Piraputanga, piau, pacu, pintado, lambari a até mesmo o famoso dourado, símbolo da biodiversidade aquática do Pantanal, são algumas das espécies que podem sentir os impactos da dequada.

 

Mais do que apenas viabilizar o combate às queimadas, Vander destaca a necessidade de medidas preventivas pensando nos próximos anos para que não vejamos o mesmo cenário desolador. “Dentro da Comissão temos condições de apontar as soluções, bem como o que precisa ser alterado na legislação. Da mesma forma, é necessário que os ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e da Justiça, com as secretarias dos dois estados [MT e MS], construam políticas públicas para enfrentarmos definitivamente este problema que ocorre todos os anos.”

 

Foto - Divulgação

 

Alternativas – Sem soluções, o problema se agravará ano a ano, situação que pode inviabilizar o bioma de se recuperar. “O Pantanal ainda não acabou, ele vai sobreviver. É importante que tenhamos isso em mente. Porém, é preciso de políticas públicas, com urgência, em várias esferas”, afirma o biólogo José Sabino, que destaca ao menos quatro pontos que o poder público deve incentivar: ações preventivas de combate ao fogo, campanhas educativas, sustentabilidade no agronegócio e apoio à ciência.

 

“É preciso de uma política preventiva para promover ações de manejo integrado do fogo, ou seja, investir em setores como o Prevfogo [Ibama], ao invés de se fazer cortes absurdos, visto que se antes haviam recursos em torno de R$ 35 milhões, hoje o que se vê é um corte que viabilizou apenas cerca de R$ 9 milhões para este ano, ou seja, um quarto do valor, comumente, destinado na prevenção de incêndios”, complementa o biólogo.

 

Outro ponto é a questão de campanhas educativas de combate as queimadas e, também, de trabalhar com o discurso de aproximação, e não de afastamento, do setor do agronegócio para que invistam em economia de baixo carbono e demais práticas de sustentabilidade. Além, é claro, de um governo que invista na ciência para ampliar as pesquisas em torno dos biomas brasileiros, pois é preciso pensar que temos um momento diferente, que passa desde problemas de mudanças climáticas até um “boom tecnológico” na sociedade, de modo que biomas como o Pantanal que vemos, hoje, já não é o mesmo de 50 anos atrás.

 

“Nós precisamos envolver as Forças Armadas nesta iniciativa. Eu tenho certeza de que nós vamos precisar mexer na legislação, como vamos sugerir à Embrapa, instituição que desenvolve um trabalho seríssimo em pesquisa, fazer o manejo correto, por meio de uma política de incentivo”, conclui o deputado Vander Loubet, ao considerar todos os impactos no Pantanal até o presente momento.

 

 

PMA autua 45 pessoas, aplica R$ 207 mil em multas e apreende 106 kg de pescado

Portal do MS

 

140 Policiais trabalhando praticamente exclusivo com a fiscalização preventiva e repressiva à pesca predatória (Foto - Divulgação)

 

A Polícia Militar Ambiental concluiu às 9h desta terça-feira (13) a operação Ictiofauna. Foram 270 homens na fiscalização, sendo 140 deles diretamente nos trabalhos de atividades que envolvem recursos pesqueiros, tanto em rios, como em estabelecimentos que desenvolvem atividades com o recurso.

 

Uma das ações preventivas que surtem grande efeito e que foi desenvolvida foi a retirada de petrechos ilegais dos rios e tem sido uma das principais preocupações da Polícia Militar Ambiental, pois o uso de petrechos proibidos como as redes de pesca, espinhéis, anzóis de galho e uso de tarrafas, pelo alto poder de captura, possui grande poder de depredação de cardumes. Os Policiais terão atenção especial à retirada desses materiais ilegais.

 

Apesar do foco ser a pesca, com 140 Policiais trabalhando praticamente exclusivo com a fiscalização preventiva e repressiva à pesca predatória, a PMA fiscaliza o ambiente como um sistema complexo em que todos os entes são importantes e precisam estar equilibrados e, portanto, cuidados. Dessa forma, todas as 26 subunidades com mais 130 Policiais realizaram o atendimento de denúncias e a fiscalização preventiva com relação aos desmatamentos, exploração ilegal de madeira, incêndios, às carvoarias ilegais e ao transporte de carvão e de outros produtos florestais, caça, o combate ao transporte de produtos perigosos, poluição, bem como demais crimes contra a flora será intensificado, especialmente o tráfico de papagaios neste período preocupante.

 

A PMA e o IBAMA, pelo terceiro ano consecutivo trabalham na operação Bocaiúva realizada em conjunto desde 2019 contra o tráfico de animais silvestres, especialmente o papagaio, que é o animal mais procurado pelos traficantes em Mato Grosso do Sul e que também foi mantida durante o feriado.

 

Em todas as operações, a PMA tem prevenido e reprimido crimes de outra natureza adversa à ambiental, dentro de sua função constitucional de Polícia Militar. Nesta operação não foi diferente. Crimes como o tráfico de drogas, de armas, contrabando, descaminho, furto e roubo de veículos, porte e posse ilegal de arma, entre outros foram combatidos.

 

Resultados

 

Nesta operação (2020) houve um aumento de 114% no número de autuados, com relação a 2019. Foram autuadas 45 pessoas por infrações ambientais e 21 na operação anterior. As infrações por pesca foram as principais, até porque havia 140 homens trabalhando diretamente em prevenção à pesca ilegal. Foram 35 autuados nesta operação e 16 na operação passada (2019). Dos 35 autuados por pesca, 25 foram presos por pesca predatória e 10 foram autuados por pescar sem licença, o que não é crime. Na operação passada, 10 foram presos e seis foram autuados por pescar sem licença.

 

A quantidade de pescado apreendida foi 202% superior (106 kg) e no ano passado (35 kg). De qualquer forma, o número de pescado apreendido em ambas as operações demonstra a efetividade da prevenção. No caso desta operação (2020) com 35 autuados, sendo apreendidos apenas 106 kg de pescado, o que dá uma média de 3 kg de pescado apreendidos por infrator. Ou seja, foram autuados sem que tenham conseguido capturar nem a cota de pescado que caberia a cada pescador, apesar de alguns terem sido presos pescando com redes e tarrafas, que são petrechos com alto poder de captura de peixes e, por essa razão, têm seu uso proibido.

 

Com relação aos petrechos ilegais as apreensões foram semelhantes. Houve um pequeno aumento na quantidade de redes de pesca que são os petrechos mais preocupantes. Foram 21 redes nesta operação e 13 na operação anterior. Quanto aos demais petrechos os números foram semelhantes. A fiscalização intensificada é fundamental para a retirada desses petrechos proibidos, com alto poder de dizimação de cardumes.

 

Com relação aos outros crimes e infrações ambientais foram 10 infratores autuados e cinco autuados em 2019. Foram três autuados desmatamentos em áreas protegidas, um por desmatamento em área comum, dois por incêndio, três por transporte ilegal de madeira, um por derrubada de vegetação de morro e um por acampamento para a pesca degradando área protegida.

 

As multas aplicadas foram R$ 206.994,00 nessa operação e R$ 161.768,00 em 2019. Multas com valores diferentes entre as operações dependem dos tipos de ocorrências, pois alguns tipos infracionais ambientais preveem multas elevadas.

 

Relativamente aos crimes de natureza adversa à ambiental, somente duas armas de fogo e munições foram apreendidos e duas pessoas presas por porte ilegal de arma.

Chuva e força-tarefa ajudam a reduzir focos de incêndio no Pantanal

G1

 

Bombeiros e brigadistas combatem fogo no Pantanal de MS (Foto: Chico Ribeiro/ Governo de Mato Grosso do Sul)

 

A chuva que caiu no fim de semana no Pantanal e no Cerrado sul-mato-grossense somada à força-tarefa de bombeiros, brigadistas do Ibama e ICMBio ajudaram a reduzir os focos de incêndio nestas regiões. O governo estadual de Mato Grosso do Sul diz que a situação ainda é de alerta.

 

No Mato Grosso, a chuva que caiu na madrugada deste domingo (20) na região do Pantanal, embora considerada fraca, também amenizou os focos de calor na região.

 

Nesta segunda-feira (21), uma equipe em três embarcações, se deslocará para a região do Amolar, em Mato Grosso do Sul, local conhecido como Serra Negra, em Corumbá, onde ainda há diversos focos.

 

Segundo informações do governo do estado, no domingo (20), choveu pouco, mas já foi suficiente para aumentar a umidade do ar e reduzir os focos. Foram identificados 22 focos em Corumbá e 1 em Pedro Gomes, municípios que ficam no Pantanal. Os números equivalem à redução de 50% em relação ao dia anterior. No início do mês, Pantanal e Cerrado concentravam mais de mil focos.

 

As precipitações ocorridas no sábado e no domingo foram baixas nas regiões críticas de queimadas, em Mato Grosso do Sul, mas o suficiente para aumentar a umidade e favorecer o controle dos focos, disse Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar.

Animais morrem na tentativa de escapar das chamas (Foto: Chico Ribeiro)

 

O secretário informou ainda que a força-tarefa prioriza neste momento as ações de combate aos incêndios no Parque do Taquari e na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Norte de Corumbá).

 

Setembro tem recorde de incêndios

 

O Pantanal vem sofrendo com as queimadas nas últimas semanas. O tempo seco, a umidade relativa do ar e os ventos têm feito com que o fogo se alastre rapidamente.

 

Segundo os últimos dados do Ibama, os incêndios já destruíram ao menos 1.165 milhão de hectares de vegetação do bioma do lado de Mato Grosso do Sul. O estado está em situação de emergência ambiental e a União já garantiu ajuda com R$ 3,8 milhões. Bombeiros do Paraná ajudam no combate.

 

A Polícia Federal investiga os responsáveis por alguns destes focos de incêndio. Através de análises de imagens de satélites, os policiais chegaram à suspeita de que fazendeiros da região da Serra do Amolar teriam colocado fogo em vegetação para transformação em área de pastagem.

 

Uma operação cumpriu mandados de busca e apreensão em propriedades rurais e o dono de uma delas foi preso em flagrante por posse irregular de arma e de munições.

 

 

Com incêndios florestais em três biomas, MS decreta emergência ambiental

Portal do MS

 

Planos de trabalho vão nortear as ações de contenção dos incêndios florestais em todo o MS (Foto - Divulgação)

O decreto do governador Reinaldo Azambuja que declara situação de emergência ambiental em todo o Mato Grosso do Sul por causa dos incêndios florestais nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica é valido por 90 dias. O documento foi assinado na manhã desta segunda-feira (14) e será publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE-MS) às 11h.

 

Com a publicação e imediata homologação por parte da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Mato Grosso do Sul receberá recursos federais para ampliar as estruturas de combate aos incêndios em seus 79 municípios. “Com o reconhecimento federal, o decreto flexibiliza e agiliza ações imediatas como a contratação de brigadistas e o aluguel de aeronaves”, explicou o governador Reinaldo Azambuja.

 

Diferentes planos de trabalho vão nortear as ações em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. “Mas claro que ação mais ostensiva será no Pantanal, que enfrenta a maior seca já vista nos últimos 50 anos e teve 12% de sua área consumida pelas chamas”, completou o governador. Em todo o Estado, 1,4 milhão de hectares dos três biomas foram queimados neste ano, conforme estimativa do Ibama/Prevfogo.

 

Não haverá limite de recursos financeiros para combater os incêndios florestais, informou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves. “O que precisar vamos liberar (…) a ordem do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) é para que não falte recursos”, destacou ele.

 

O dinheiro para a contratação de brigadistas; aluguel de caminhões e aeronaves; e até para pagamento de diárias, alimentação e hospedagem de bombeiros será liberado conforme aprovação dos planos de trabalho – organizados em conjuntos pelas Defesas Civil estadual e federal. “A medida que forem sendo apresentados vamos aprovando e com dois ou três dias o dinheiro estará na conta”, emendou o secretário nacional.

 

Bombeiros de outros estados do Brasil, como Paraná e Santa Catarina, já ofereceram ajuda para combater as chamas em MS. “Estamos organizando logística para trazê-los, com planos de emprego, de hospedagem e de transporte até os focos. Esse é o planejamento. O Brasil inteiro está de olho no Pantanal”, afirmou Alexandre.

 

Além do bioma alagado, o Cerrado enfrenta situação crítica, principalmente no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, no município de Alcinópolis.

Seca deve levar principais rios de Mato Grosso do Sul a níveis mais baixos da série histórica

Portal do MS

 

A régua fixada próximo à base da Marinha, em Ladário, acusa que o nível da água do rio Paraguai está 9 centímetros abaixo de zero (Foto - Divulgação)

 

A régua fixada próximo à base da Marinha, em Ladário, acusa que o nível da água do rio Paraguai está 9 centímetros abaixo de zero naquele local. É a situação mais crítica dos últimos cinco anos. Em 2015 o nível mínimo foi de 153 centímetros, em 2016 de 121 cm, em 2017 subiu para 155 e em 2018 registrou o mais alto nível mínimo: 234 centímetros. No ano passado o nível mínimo do rio recuou para 95 centímetros e nesse ano já está negativo, porém a situação ainda deve piorar, com recuo contínuo das águas até fim de outubro.

 

Os dados foram apresentados pelo gerente de Recursos Hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Sampaio, durante live transmitida pelo Facebook no fim da manhã desta sexta-feira (11), quando também foram apresentados dados dos incêndios no Estado. Também participaram do evento o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck; a coordenadora do CEMTEC/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Franciane Rodrigues, o tenente-coronel Moreira, do Corpo de Bombeiros e o contra-almirante Sérgio Gago Guida, comandante do 6º Distrito Naval, sediado em Ladário.

 

“Neste ano não houve cheia, ou seja, o rio não saiu de seu leito, o que geralmente ocorre nos meses de junho e julho. Nessa época o nível do rio Paraguai estava pouco acima de dois metros, agora já está negativo e vai continuar baixando. Isso restringe muito o uso do rio, sobretudo a navegação”, disse Sampaio.

 

Além do rio Paraguai, que apresenta baixos níveis em toda extensão que atravessa o Estado, os rios Miranda, Aquidauana (da bacia do Paraguai) e o Rio Pardo, na bacia do Paraná, também sofrem com a escassez de chuvas. Normalmente, o nível do rio Paraguai para essa época do ano seria de 3,6 metros, está em 2,8 metros. O monitoramento dos rios é feito pela Sala de Situação do Imasul, que emite boletins diários.

 

Sem previsão de chuvas em quantidade suficiente para reverter a situação, os rios devem continuar baixando no Estado. Conforme dados do CEMTEC/MS, deve chover entre os dias 19 e 21 de setembro e também 25 e 26, embora em proporções abaixo do necessário para elevar o nível dos rios. No entanto, deve servir para melhorar a qualidade do ar e apagar focos de incêndios que ainda persistirem.

MS já teve 2,2 mil hectares desmatados ilegalmente em 2020

Campo Grande News

 

Imagens de satélite ajudam na fiscalização. (Foto: Imasul)

Através do uso da tecnologia, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) constatou que só em 2020 foram desmatados de forma ilegal 2.214,31 hectares em Mato Grosso do Sul. Com isso foram aplicadas mais de R$ 2,4 milhões em multas.

 

“Esse trabalho de fiscalizar e autuar é feito em convênio com a PMA, que está presente em todo Estado e tem uma importância fundamental como aliada no combate aos crimes ambientais”, disse o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) Jaime Verruck.

 

Para  investir em tecnologia para o combate ao desmatamento ilegal o Imasul está usando o Pecoma (Programa Estadual de Conversão de Multa Ambientais), lançado em 2019, que possibilita que o próprio infrator financie a fiscalização do desmatamento.

 

Recentemente foram investidos R$ 100 mil na compra de notebooks, processadores e servidor para o programa Imasul Digital.  e acordo com o diretor presidente do Imasul André Borges, o recurso estava parada há 10 anos e no início deste ano foi convertido em recursos para o programa.

 

“Essa multa tramitava desde 2010 e passou pelas instâncias recursais. No início deste ano nós informamos os autuados sobre a possibilidade da conversão de multa e em cerca de dois meses todo o processo foi instruído e concluído. Essa é a primeira conversão de multas realizada com sucesso”, disse André.

 

Com essas conversões, o instituto tem feito o controle e combate ao desmatamento ilegal com imagens feitas por satélite, aproximando o ambiente a uma distância de meio metro, permitindo a comparação da cobertura vegetal de uma área com registros anteriores.

 

No caso da constatação da alteração sem a autorização ambiental para supressão vegetal, os fiscais vão ao local e o proprietário é passível de multa e ainda terá que replantar a área desmatada, caso pertença à reserva legal ou APP (Área de Proteção Permanente).

 

Atualmente os recursos do Pecoma são usados para o Imasul Digital e o Programa de Monitoramento das Águas Superficiais.

 

O Imasul destaca que nem sempre o pagamento da multa quita o débito ambiental do infrator. Se o desmatamento aconteceu em área de preservação permanente (mata ciliar, por exemplo), ou naquela área destinada à reserva legal (geralmente 20% da propriedade), o proprietário, além de pagar a multa, tem que replantar o que foi desmatado sem autorização.

Queimadas no Pantanal não alcançam regiões de pousadas e hotéis fazenda

Portal do MS

 

A flora, com mais de 1700 espécies de vegetais, entre elas a Piúva, também conhecida como Ipê-roxo (Foto - @visitmsoficial)

 

Ao contrário do que possa parecer, as queimadas recentes que vem afetando parte do Pantanal e causando destruição de grandes áreas de fauna e flora, não afetaram a região pantaneira de pousadas e hotéis fazenda de Mato Grosso do Sul. Isso porque os focos de incêndio estão localizados no Pantanal do estado vizinho, Mato Grosso, e em parte da Serra do Amolar, extremo norte do MS.

 

Segundo Cristina Moreira, presidente da Associação Visit Pantanal que representa empresários das pousadas pantaneiras de Miranda, Aquidauana e Corumbá as notícias divulgadas não explicam sobre as regiões pantaneiras e geram confusão. “Estamos acompanhando a situação triste das queimadas de parte do Pantanal, mas estamos longe delas. É difícil para as pessoas que não conhecem a região entenderem que o Pantanal está localizado em dois estados diferentes aqui no Brasil, no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e a distância entre eles é grande. E aqui na região das pousadas pantaneiras do Mato Grosso do Sul não há focos de incêndio, todos trabalham com rígidos protocolos de biossegurança e os turistas podem viajar sem preocupação”.

 

Ela explica ainda que nos estados de MS e MT existem 10 “pantanais” diferentes, que são microrregiões com características específicas. “Muitas vezes, turistas viajam para Bonito e Bodoquena (no Mato Grosso do Sul), querem aproveitar para ir ao Pantanal e acabam fazendo reserva para pousadas pantaneiras no Mato Grosso (Poconé, por exemplo). São cerca de 1.200 km entre esses dois destinos. O melhor seria se eles ficassem no Pantanal aqui de Miranda, Aquidauana ou Corumbá, onde a distância é de cerca de 100 ou 200 km apenas. Estamos sempre trabalhando para que essa confusão não ocorra, pois pode gerar transtornos e até cancelamentos de viagens que foram muito esperadas pelos turistas”.

 

O presidente do Instituto do Homem Pantaneiro, Coronel Rabelo, fala sobre o controle do fogo na região da Serra do Amolar. “Enfrentamos as queimadas na região desde fevereiro deste ano, então já conseguimos controlar para que o fogo não entrasse mais pra dentro da Serra. Isso permitiu que a gente tenha partes preservadas para a operação turística. O Pantanal de Mato Grosso do Sul foi muito sacrificado com as queimadas do ano passado, mas o fogo que começou esse ano nessa região aqui da Serra do Amolar já amenizou e agora está na região pantaneira do Mato Grosso, o que é muito triste”, pondera Rabelo.

 

É o que diz também o empresário do setor de cruzeiros fluviais em Corumbá, Ademilson Esquivel. “As queimadas que estão acontecendo no Pantanal não estão atrapalhando a operação turística na região do Pantanal Sul. Nosso foco de queimada já passou e a nossa operação está mais prejudicada por causa da pandemia do que pelas queimadas”, reitera.

 

Para o diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Bruno Wendling, a situação das queimadas no Pantanal da Serra do Amolar e do Mato Grosso são preocupantes e estão causando prejuízos ao estado vizinho. “É muito triste e lamentável que parte do Pantanal venha sofrendo essas queimadas, felizmente não é em todo o território pantaneiro. Mas também nos preocupamos que as notícias falem de forma geral e acabam prejudicando as áreas turísticas que não estão sendo afetadas pelo fogo. Sabemos que para a maioria das pessoas de fora dos estado, o Pantanal é um só e isso acaba gerando confusão na hora de programar uma viagem. Por isso estamos trabalhando para informar que o turismo no Pantanal de Mato Grosso do Sul está funcionando de forma segura, inclusive com a adoção dos devidos protocolos sanitários contra a disseminação do novo coronavírus”, conclui.

Quem for pego colocando fogo em terreno baldio pode ser multado em até R$ 9,6 mil

Portal do MS

 

Os riscos das queimadas urbanas são imprevisíveis, já que o fogo pode fugir do controle (Foto - Chico Ribeiro)

 

Com o crescente número de incêndios urbanos, a Defesa Civil Estadual alerta: atear fogo em terrenos baldios é crime ambiental passível de multa que pode chegar a R$ 9.658. Até mesmo pessoas que colocam fogo para “limpar lixo” podem ser punidas.

 

A Lei de Crimes Ambientais, de número 9.605, prevê que a multa seja aplicada mesmo se a queima ocorrer em propriedades particulares. A justificativa é que o crime de poluição coloca em risco a saúde humana e a segurança dos animais, além de destruir a flora.

 

Os riscos das queimadas urbanas são imprevisíveis, já que o fogo pode fugir do controle do autor e atingir casas e prédios, além de atrapalhar o trânsito e ocasionar graves acidentes.

 

No Estado, a fiscalização das queimadas urbanas é feita pela Polícia Militar Ambiental (PMA) em parceria com as prefeituras municipais. A população pode contribuir fazendo denúncias pelos telefones 156 (prefeituras), 193 (Corpo de Bombeiros) e 190 (Polícia Militar).

 

Aviso na palma da mão

 

A Defesa Civil possuí sistema de alerta para celulares cadastrados. Quem quiser receber por SMS avisos climáticos importantes pode enviar uma mensagem de texto para o número 40.199 com o CEP de interesse.

 

Um único usuário pode cadastrar mais de um CEP para receber os alertas e poderá optar por deixar de receber o serviço quando desejar.

 

 

 

Perícia afirma que incêndio no Pantanal mato-grossense foi intencional

Agência Brasil

 

O governo do Mato Grosso divulgou resultados das perícias em cinco áreas da região do Pantanal, ao sul do estado, onde ainda ocorrem incêndios florestais. Em nota, o governo afirma que há danos provocados por ação humana intencional.

 

De acordo com o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN) – região de Barão de Melgaço, o incêndio foi provocado com o propósito de queimar a vegetação desmatada “para criação de área de pasto para gado.”

 

Em outro local, denominado Fazenda São José, o fogo começou por causa da “queima de raízes para o uso de fumaça a fim de retirar os favos de mel”, em uma área onde se costuma fazer extração de mel de abelhas silvestres.

 

A perícia diagnosticou também causas acidentais. Na Fazenda Espírito Santo, a máquina agrícola que fazia limpeza de área e juntava o material colhido para fazer feno “pegou fogo e começou o incêndio na região.”

 

Na Rodovia Transpantaneira, a causa do incêndio florestal foi um veículo que pegou fogo, após acidente no qual despencou do barranco próximo a uma ponte na estrada. Na Rodovia Helder Cândia, um cabo de alta tensão se rompeu e as faíscas provocaram o incêndio.

 

A apuração das razões dos incêndios havia sido prometida pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.

 

“A Secretaria estadual do Meio Ambiente tem tecnologias suficientes para identificar minuto a minuto o que acontece no estado de Mato Grosso. Uma região de incêndios dessa nós recuperamos as imagens do Sistema Planet, e nós vamos ter imagens que podem demonstrar quando o fogo começou, aonde ele começou, em que ponto começou”, disse Mendes após fazer vistoria aérea do local no dia 18 de agosto.

 

De acordo com a Lei nº 9.605/1998, é crime “provocar incêndio em mata ou floresta” com pena de “reclusão, de dois a quatro anos, e multa”.

 

Operação Pantanal

 

Desde 5 de agosto, o Ministério da Defesa estendeu a Operação Pantanal que se dedicava ao combate aos incêndios no Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Equipes e veículos das Forças Armadas, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Corpo de Bombeiros epanta brigadistas atuam no combate ao fogo.

 

Na última quinta-feira, 182 militares e 139 agentes atuaram contra três focos de incêndio em Porto Jofre e Hotel Pantanal Mato Grosso, no município de Poconé (MT). Eles também debelaram dois focos de incêndio nas localidades de Fazenda Santa Maria e Fazenda Rio Novo, em Barão de Melgaço.

 

Cerca de 1,7 milhão de hectares devem ter sido destruídos, no Mato Grosso, por causa de incêndios florestais. Além da ação humana, a vegetação seca e o calor potencializam o surgimento de focos de incêndio no estado.

Bombeiros de MS faz apelo à população para combater incêndios no Pantanal

Portal do MS

 

As queimadas no Pantanal já atingiram o maior número registrado pela série histórica do Programa Queimadas do Inpe (Foto - Divulgação)

 

As queimadas no Pantanal já atingiram o maior número registrado pela série histórica do Programa Queimadas do Inpe, que é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

 

Com quase dois mil hectares já queimados na região, o comandante do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Coronel Joilson Alves do Amaral, fez um alerta à população da região. O comandante citou algumas situações, que podem até fazer parte do cotidiano da população, mas que neste momento de estiagem, é preciso que sejam evitadas.

 

Além da conscientização, é preciso que a população se envolva no combate aos incêndios e comunique rapidamente às autoridades caso registrem algum foco.

 

De janeiro a junho deste ano, já foram registrados no Pantanal 2.534 focos de incêndio, um aumento de 158% em relação ao ano passado.