Depois de registrar alta nos casos de covid-19 pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira, 17, a prefeitura de Araraquara (SP) anunciou um novo lockdown. O decreto prevendo o fechamento do comércio de outras medidas de distanciamento social será publicado no fim da tarde. Os moradores já conviveram com um lockdown rigoroso de 10 dias no fim de fevereiro, por causa do colapso na saúde.
Depois das medidas, os números da pandemia caíram e o lockdown foi apontado como um exemplo exitoso pelos especialistas. Nas últimas semanas, os casos voltaram a crescer na cidade e em várias partes do Brasil.
O prefeito Edinho Silva (PT) disse que a medida é incontornável. “Estamos no terceiro dia consecutivo de uma curva crescente de contaminações, o que nos leva a discutir com os profissionais da saúde a necessidade de aumentar as restrições novamente”, disse.
O objetivo é reduzir a pressão na rede hospitalar. A taxa de ocupação de leitos de UTI está próxima da lotação total, segundo ele. “Daqui a uma semana ou dez dias, vamos ter uma pressão muito forte sobre os leitos e precisamos agir agora”, disse.
Conforme o prefeito, a população já sabe que, nesse momento, só o lockdown resolve. Ele lembrou que em fevereiro, quando o sistema de saúde estava entrando em colapso, o fechamento total deu resultado.
“Tivemos reduções importantes com 74% de queda na média móvel dos contaminados, 62% dos óbitos e uma importante redução na ocupação de leitos hospitalares”, disse. O período mínimo previsto para o lockdown é de sete dias, mas a medida pode ser ampliada por até 15 dias.
Nesta quinta, Araraquara registrou 202 casos novos de coronavírus em 856 amostras analisadas, com porcentual de 23,59% – pelo terceiro dia, o índice ficou acima de 20%, determinando o fechamento previsto em decreto municipal.
“Temos de fazer o lockdown porque os leitos públicos e privados de UTI estão lotados. Nosso sistema de saúde está superlotado e, enquanto não temos todos vacinados, é imprescindível o isolamento social”, disse a secretária municipal de Saúde, Eliana Hounain.
Fonte: Estadão