terça-feira, 28 de outubro de 2025

Vítimas dos buracos em Campo Grande procuram Justiça

Diário Digital

 

A advogada Monik Roth chega a ter pesadelos com o acidente que sofreu em decorrência de uma cratera na via pública. "Foi muito assustador", afirma (Foto: Marco Miatelo)

 

Desviar dos buracos nas ruas da cidade se tornou um desafio arriscado. O ‘zigue-zague’ para escapar das inúmeras crateras nem sempre funciona e o acidente acaba sendo inevitável. Mas as vítimas estão levando a revolta e os prejuízos à Justiça. De acordo com a Defensoria Pública do Estado, pelo menos seis pessoas já deram entrada, entre janeiro e fevereiro, com ações contra o município em razão de acidentes envolvendo buracos das ruas.

 

O número de vítimas que resolveram pedir ressarcimento em casos como este pode ser ainda maior já que muitos contratam advogados particulares para ajuizamento de ação. Emocionalmente abalada e com prejuízo no bolso, a advogada Monik Shimidt Roth não consegue esquecer o momento em que viu seu carro despencando em um buraco. “Foi muito assustador”, define.

As contribuições do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) também devem ser anexadas ao processo (Foto: Diário Digital)

 

O acidente foi na noite do dia 18 de fevereiro na Rua Kame Takaiassu, no bairro Carandá Bosque. Chovia e o buraco que tomava parte da rua ficou coberta por uma poça de água, o que impediu a visualização. “Ia fazer o retorno e estava bem devagar. Se eu tivesse rápido com certeza teria capotado”, avalia Monik que estava acompanhada de uma amiga que sofreu ferimento na cabeça. “Me desesperei ao vê-la sangrando”, conta. A advogada ficará pelo menos dois meses sem o carro que ficou com toda parte da suspensão destruída e teve o eixo afetado, o que não garante que o conserto, que ficará em torno de R$ 7.800, o deixará cem por cento. “Não estava preparada para gastar com franquia, nem para ficar sem o carro”, afirma Monik que teve que se desfazer de parte da poupança para desembolsar R$ 1.300 da franquia do seguro. Mas os gastos não param por ai. A advogada decidiu que vai ajuizar uma ação contra o município para obter ressarcimento dos prejuízos material e moral. “Vou abrir mão de um projeto que pretendia realizar com o dinheiro que eu guardava para arcar com as custas do processo”, relata.

 

Para entrar com a ação, Monik tem reunido toda documentação e evidências necessárias do acidente que são: Fotos que deixam configurados os danos sofridos, tanto material quanto físico; Testemunhas do acidente, no mínimo três pessoas; Registro do Boletim de Ocorrência (lembrando que a vítima terá que pagar a taxa de R$ 45,80 para ter uma cópia do B.O); Orçamento do conserto do veículo. A advogada aconselha também a reunir todos os gastos gerados por conta do acidente como compra de remédios e gastos com psicóloga no caso de abalo emocional. “Tive que pagar gasolina para amigos me darem carona, isso também entra nesse item”, acrescenta. As contribuições do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) também devem ser anexadas ao processo. “Afinal, você paga esse imposto justamente para que acidentes como esse não ocorram”, explica Monik. Com documentos em mãos, a vítima poderá fazer uma petição dos fatos e entrar com ação na Justiça comum por meio de um advogado ou da Defensoria Pública.

 

Outra dica é ir até a Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) informar o local onde ocorreu o acidente para que ele seja sinalizado. A advogada Monik fez isso, mas o buraco onde o carro dela caiu não recebeu sinalização a tempo de evitar um novo acidente. No mesmo dia, outro automóvel da empresa NET foi parar dentro da mesma cratera. Ninguém ficou ferido, no entanto, mais uma história se repete em relação aos prejuízos.

 

PM e ‘Guarda’ fecham aterro de Campo Grande para catadores

G1/MS

 

Policiais militares e guardas municipais fizeram a segurança na área de transição do aterro para impedir entrada de catadores (Foto: Priscilla dos Santos/G1 MS)

Equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal, atendendo determinação da Justiça, estão impedindo nesta segunda-feira (29), o acesso de catadores de materiais recicláveis a chamada área de transição do aterro municipal de Campo Grande.

 

A decisão de fechar o acesso a área aos catadores é do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, em substituição legal na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande e atende pedido da Solurb, concessionária responsável pela coleta e destinação de lixo na capital e também pela implantação da Usina de Triagem de Resíduos (UTR) do município.

 

Em seu despacho no dia 18 de fevereiro, o magistrado aponta que a liminar que havia sido concedida a pedido da Defensoria Pública do Estado em favor dos catadores em janeiro de 2013, para que eles tivessem acesso ao local para recolher materiais que pudessem ser reciclados, teria validade somente até que entrasse em operação a UTR, o que ocorreu em agosto do ano passado.

 

No mesmo despacho em que proíbe o acesso aos catadores, o juiz fixa uma multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Em outra decisão, datada do dia 24 de fevereiro, o magistrado aponta que diante da possibilidade de que os catadores promovessem uma manifestação em razão do fechamento da área transição, que a Polícia Militar fosse acionada para fazer a segurança do local no domingo, dia 28 e nesta segunda-feira, dia 29.

 

Diante da mobilização das forças de segurança do estado e do município, os catadores não promoveram nenhum tipo de manifestação diante da área de transição do aterro. Nesta manhã apenas acompanharam a distância a Polícia Militar e a Guarda Municipal fazendo a segurança do local.

 

Segundo uma das lideranças dos catadores que trabalhavam no local, Luiz Berrocal, a decisão causa grande preocupação. Ele explica que na UTR a remuneração pelo trabalho é melhor do que na coleta de transição, em média R$ 220 contra R$ 150 por dia, mas que o número de vagas na usina é muito inferior ao de pessoas que trabalham no local, e que ficaram sem ter de onde tirar o sustento.

 

Berrocal diz ainda que mesmo sem serem notificados oficialmente da decisão da Justiça sobre o fechamento da área de transição para os catadores, que eles decidiram acatá-la, até para evitar qualquer tipo de confronto com a polícia.

 

Segundo a prefeitura de Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal e a PGM (Procuradoria Geral do município) estão em contato com a Justiça para tentar uma prorrogação de prazo de fechamento do local para os catadores, de modo que eles possam ser melhor assistidos pelo poder público.

 

Enquanto isso, uma equipe da Secretaria de Assistência Social está no local conversando com os catadores e informando que mesmo que ocorra o fechamento eles deverão ser assistidos pela prefeitura.

Escola estadual em Dourados serve chá e pipoca até que recursos sejam liberados

João Pires

 

Bilhete comunicando falta de merenda foi entregue hoje aos pais pelo colegiado da escola (Foto - Divulgação / mãe de aluno)

 

O Governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (leia aqui) que as escolas do Mato Grosso do Sul estariam preparadas para o início do ano letivo, com entrega de kits escolares, uniformes e merenda escolar. No entanto a realidade em Dourados é bem diferente, como afirma um comunicado entregue hoje, no primeiro dia de aula, aos pais ou responsáveis dos alunos da Escola Estadual Castro Alves.

 

O comunicado afirma que os alunos estão sem merenda escolar até que os recursos destinados para aquisição de produtos alimentícios sejam liberados pelo Governo do Estado e ainda que a Secretaria Estadual de Educação teria orientado as unidades de ensino para que fosse feita reserva para os primeiros 40 dias do ano de 2016, o que não ocorreu pela gestão anterior da unidade.

 

Uma mãe de uma aluna matriculada no 6º ano relatou ao Estado Notícias que o refeitório da escola ofereceu nesta segunda-feira somente chá e pipoca e, diferente do que foi anunciado no site do Governo do Estado também não foi entregue o kit escolar. “Hoje vi uma reportagem que o governador Reinaldo Azambuja afirma que todas as escolas estão preparadas com merenda, kit escolar e uniforme, só que na escola da minha filha não vi nada disso. Eu ainda tenho condições de mandar uma merenda para o meu filho, mas e outros mais carentes, como ficam?, indagou a mãe que pediu para não ser identificada.

 

DIREÇÃO DA ESCOLA

 

De acordo com a diretora da Escola Castro Alves, Cláudia Andréia Berto de Castro, o atraso na liberação de recursos para merenda escolar ocorreu devido a morosidade no processo de licitação, que encerra a chamada pública no próximo dia 3 de março e posteriormente mais 8 dias úteis para a conclusão. Ainda segundo a diretora somente parte do dinheiro destinado à merenda foi depositado, aguardando ainda a liberação.

 

Com relação à reserva de alimentos recomendada no ano passado, a diretora afirmou a reportagem que o estoque da escola dispõe de somente 50 quilos de arroz e 3 litros de óleo, reservados pela gestão anterior. Ela afirmou ainda que o chá e a pipoca servidos hoje (29) foram feitos com recursos próprios da escola para que as crianças não fossem prejudicadas pelo atraso na liberação de recursos. “Em contato com outros diretores das escolas estaduais tenho a informação que esta realidade não é somente nossa. Se algumas unidades em Dourados estão servindo um lanche diferenciado é devido a maior reserva”, afirmou.

 

KIT ESCOLAR

 

A diretora Cláudia Andréia Berto de Castro  entrou em contato com a reportagem do Estado Noticias, na manhã desta terça-feira (01) para ressaltar que a entrega do kit escolar ocorreu normalmente na segunda-feira, dia 29.  Segundo ela todos alunos que compareceram na Escola Estadual Castro Alves no primeiro dia de aula (nos dois períodos)  receberam o kit escolar encaminhado pelo Governo do Estado.

 

(Matéria atualizada para acréscimo de informações, em 01/03/2016 às 08h59)

 

Perspectivas para o mercado pecuário serão abordadas em Paranaíba

Assessoria

 

A expectativa para 2016 é de um cenário positivo para o mercado pecuário brasileiro e sul-mato-grossense. A análise é da gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Adriana Mascarenhas, fazendo referência ao assunto que será abordado durante o Circuito Pecuário – Sistema Famasul, que acontecerá no dia 05 de março, em Paranaíba.

 

O evento contará com a palestra do diretor presidente da Scot Consultoria, Alcides Torres, que falará sobre as ‘Perspectivas do Mercado Pecuário’. O Circuito será realizado no Tartesal da Leilosin Leilões Rurais, do Parque de Exposições Daniel Martins Ferreira, a partir das 08h30, com o tema ‘Criando oportunidades, construindo soluções”.

 

Para Adriana, o tema do evento é pertinente porque municiará o produtor rural com informações que ele deve utilizar para a gestão de sua propriedade, na tomada de decisões de compra e venda. “A nossa expectativa é que o mercado pecuário continue positivo em 2016. A oferta de carne bovina se manterá restrita e, apesar do consumo interno estar aquém do esperado, a esperança está nas exportações do setor, que devem registrar elevação ao longo do ano”.

 

Os motivos que justificam essa expectativa de aumento nas vendas externas, na avaliação da gestora, são: o dólar em alta, dando competitividade à produção nacional; reabertura dos mercados saudita, chinês e iraniano; a liberação das exportações brasileiras de carne bovina in natura aos EUA; entre outros fatores. “Os estoques nas câmaras frias estão ajustados à demanda e existe também um prognóstico de aumento nas vendas em curto prazo. A projeção de reversão para o ciclo de ofertas é para 2017”, acrescenta a economista.

 

Apesar da projeção de preços positivos, Adriana chama a atenção para os custos de produção que também estão em ascensão. “Os gastos aumentaram em uma proporção maior que o valor da arroba do boi gordo. Com isso, a margem está mais estreita, devido ao preço do boi magro e à cotação da suplementação mineral, que é importada”.

Vereador Sergio Nogueira requer asfalto no Jardim Novo Horizonte

 Assessoria

 

Durante sua fala na tribuna, o vereador Sergio Nogueira cobra asfalto no Jardim Novo Horizonte (Foto - Divulgação)

Desde o início do mandato, o vereador Sergio Nogueira (PSB) requer pavimentação asfáltica em diversos bairros de Dourados. Alguns, já foram contemplados pela administração municipal, porém o parlamentar cobrou na sessão ordinária desta semana, que o trabalho também seja realizado no Jardim Novo Horizonte.

 

“Essa é uma reivindicação antiga dos moradores dessa região. Já encaminhei indicações, requerimentos e cobrei na tribuna da Câmara Municipal para atendermos essa demanda”, afirma. O vereador lembra que em 2013 já havia encaminhado requerimento para pavimentação no bairro e, com tantos locais sendo beneficiados com as obras asfálticas, vale ressaltar a demanda daquela localidade.

 

“Dourados está vivendo um momento muito importante com pacote de recursos para frentes de asfalto em várias regiões da cidade. Preciso cobrar para que o Novo Horizonte não seja esquecido e também seja contemplado”, ressalta.

 

Sergio Nogueira recebeu em seu gabinete algumas pessoas reclamando de um trecho da Rua Abílio de Mattos Pedroso, na qual falta asfalto e o barro acaba atolando os carros. O morador do bairro, Edson Lopes, passa todos os dias pela rua para ir ao trabalho e critica a situação. “Passo de moto com o maior cuidado, principalmente em dias de chuva que fica muito liso, quase cai. Não temos opções, pois os dois lados da quadra faltam terminar o asfalto”, reclama.

 

“Por se tratar de um pedido da comunidade, que sofre principalmente em dias de chuva, precisamos completar os quase 100 metros que ainda faltam e fiscalizar para que naquela área não sejam jogados lixos ou entulhos”, ressalta o vereador Sergio Nogueira.

Senai de Maracaju está com matrículas abertas para curso técnico em administração

Assessoria

 

O Senai de Maracaju está com o período de matrículas abertas até o próximo dia 11 de março para o curso de nível técnico em administração. Ao todo são 30 vagas e os interessados devem comparecer até o CISS (Centro Integrado Sesi Senai) do município, que está localizado na Rua Alcides Vieira Matos, 2.200, Bloco A, no centro, sendo que as aulas terão início no dia 22 de março.

 

Segundo o gerente do Senai de Maracaju, Antônio Carlos de Campos Faria, o enfoque do curso é prático por ser voltado para o mercado de trabalho. “A demanda desse curso pode ser observada em quase todos os segmentos econômicos, no segmento industrial o técnico em administração irá desempenhar ações de apoio a gestão administrativa contribuindo para o crescimento da organização”, afirmou.

 

Com uma carga horária de 900 horas o curso técnico em administração tem como competências gerais executar atividades de apoio ao planejamento, à organização, à coordenação e ao controle, nas áreas administrativa, contábil/financeira, recursos humanos, produção e comercial, atuando de forma proativa, flexível, criativa, comunicativa e com responsabilidade socioambiental.

 

Para se matricular, os interessados precisam apresentar os seguintes documentos: uma foto 3×4 recente, certidão de nascimento ou casamento (original e cópia), carteira de identidade (original e cópia), CPF (original e cópia), título de eleitor (original e cópia), histórico escolar do Ensino Médio (original e cópia), comprovante de residência atualizado (caso não esteja em nome do candidato ou de seus pais, o titular do documento deve emitir uma autodeclaração) e certificado de reservista, certificado de alistamento militar ou certificado de dispensa de incorporação (caso seja do sexo masculino e maior de 18 anos).

Servidores do Judiciário Federal de MS e MPU vão trabalhar de preto nesta quinta

Assessoria

 

Servidores do Judiciário do MS fazem manifesto no Dia Nacional de Luta por melhores salários (Foto - Divulgação)

Servidores do poder judiciário federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul estão sendo orientados pelo seu sindicato, o Sindjufe/MS a trabalharem de preto nesta quinta-feira, Dia Nacional de Luta por melhores salários.

 

“Estamos há anos sem reajuste salarial e não desistiremos de lutar até que seja feita justiça e os trabalhadores do judiciário federal e MPU recebam salários dignos”, afirmou José Carlos Oliveira, coordenador do sindicato.

 

A coordenação do Sindjufe/MS explica que diante da manutenção do veto 26/15 e do impasse em que se encontra a reposição das perdas salariais, “precisamos manter a busca pelo reajuste salarial e das demais pautas da categoria, como a implementação da lei aprovada da isonomia dos chefes de cartório”.

 

A entidade entende também que a política econômica implementada pelo governo Dilma através de seu ajuste fiscal piora a situação a cada dia e o risco de uma grave recessão fica cada vez mais evidente. Os ataques já anunciados, como a nova Reforma da Previdência, mostram a necessidade de uma unidade dos trabalhadores para barrar mais esta tentativa de precarizar o trabalho no serviço público e dos trabalhadores da iniciativa privada.

 

A direção do Sindjufe/MS e da federação, a Fenajufe, se manifestam pela manutenção da interlocução com STF, governo e Congresso, exigindo o retorno do governo, por meio do seu líder José Guimarães, sobre as melhorias nos itens acordados entre Fenajufe e STF, trabalhando, concomitantemente, para levar o PL 2648/15 com regime de urgência, à votação em plenário, já que sem acordo não haverá votação do projeto, como ocorreu em 2015.

 

TODOS DE PRETO – A exemplo de outros estados, servidores do judiciário federal e MPU de Mato Grosso do Sul estão sendo orientados a fazer um movimento de protesto nesta quinta-feira (25). Os servidores devem ir com camisetas pretas, do sindicato ou não, nessa cor e depois enviar fotos do ambiente de trabalho, com essas roupas de protesto, para o email do sindicato, o sindjufems@sindjufems.org.br.

 

 

Sete vereadores de Rio Brilhante são levados pelo Gaeco ao MPE

Hélio de Freitas

Campo Grande News

 

Vereadores Giancarlo da Rocha, Totinha, Sergio Martins Rigo e Aguinaldo Lima Pereira (Foto: Rio Brilhante News)

 

Pelo menos sete vereadores de Rio Brilhante foram levados na manhã de hoje (24) para a sede do MPE (Ministério Público Estadual) na cidade, onde foram ouvidos por promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

 

Desde 6h de hoje equipes do Gaeco fazem operação na cidade. Pelo menos 30 policiais e promotores de Justiça estiveram na residência dos vereadores e na sede do Legislativo.

 

Presidente e ex-presidente – O Campo Grande News apurou que entre os sete levados para depoimento através de condução coercitiva estão o ex-presidente da Câmara Dejair Gomes (Pros), o Totinha, o atual presidente Sérgio Carlos Martins Rigo (Pros), o ex-primeiro secretário Aguinaldo Lima Pereira (PPS) e o ex-segundo secretário, Giancarlo Mariano da Rocha (PPS).

 

Os quatro são investigados desde julho do ano passado por suspeita de recebimento de diárias fraudulentas de 2013 até 2015.

 

Com 34 mil habitantes e localizado a 65 km de Dourados, o município de Rio Brilhante é um dos maiores produtores de grãos de Mato Grosso do Sul. A Câmara tem 13 vereadores e o salário mensal bruto mensal gira em torno de R$ 6 mil.

 

Diárias – De acordo com a investigação do MP, nos dois anos em que foi presidente da Câmara, Dejair Gomes recebeu R$ 203,8 mil em diárias e verbas indenizatórias – R$ 99,2 mil em 2013 e R$ 194,6 mil no ano seguinte.

 

O montante representa uma média de R$ 8,4 mil por mês em diárias. Mesmo fora da mesa diretora, Totinha continuou recebendo diárias e sendo ressarcido por despesas feitas no exercício do mandato. De janeiro a junho de 2015 foram R$ 20,3 mil.

 

Aguinaldo Lima Pereira também recebeu valores consideráveis, segundo o portal da transparência da prefeitura. Foram R$ 61 mil em 2013 e R$ 67,2 mil em 2014.

 

Aguinaldo continua fazendo parte da mesa diretora e atualmente ocupa o cargo de segundo secretário. Até julho do ano passado ele recebeu R$ 13,8 mil em diárias e verbas indenizatórias.

 

Giancarlo Mariano da Rocha, que na gestão passada era segundo secretário e na atual diretoria é primeiro secretário, recebeu R$ 27,9 mil em 2013, R$ 25,5 mil em 2014 e acumulou R$ 27 mil em diárias até julho de 2015.

 

No ano passado, quando o Campo Grande News noticiou a investigação do Gaeco, Dejair Gomes rebateu as informações de que teria recebido R$ 203 mil em diárias em 2013 e 2014, período em que foi presidente da Câmara.

 

Em “nota de esclarecimento”, ele afirmou que desse montante, “apenas” R$ 59,5 mil eram relativos a diárias e que o restante – R$144.305 mil – é proveniente de verba indenizatória, um valor previsto em lei para o presidente do Legislativo.

 

Aguinaldo Lima Pereira recebeu no referido período R$ 69,145 mil em verbas indenizatórias e R$ 59,181 em diárias. “Da mesma forma o atual presidente Sergio Carlos Martins Rigo e o 1º secretário Giancarlo Mariano da Rocha têm o direito a receber o acréscimo por ocuparem os referidos cargos, sendo que os valores pagos são feitos dentro da legalidade, previstos em lei específica e estão disponibilizados no portal da transparência”, dizia a nota.

Caravana de produtores rurais de Caarapó participa de evento no Paraná

Assessoria

 

Grupo de Caarapó marcou presença no evento dedicado ao agronegócio, em Cascavel, no Paraná, no início deste mês (Foto - Divulgação)

Um grupo de produtores rurais de Caarapó, ligados a diversos elos da cadeia agropecuária do município, participou no início deste mês do Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Paraná. O evento, realizado há 28 anos, contribui com o aprendizado de produtores rurais e a economia do campo, com a presença de empresas do agronegócio nacional e internacional.

 

Sob a coordenação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, por meio do Departamento de Agricultura e Pecuária, e em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), a caravana de produtores de Caarapó assistiu a palestras ligadas ao agronegócio e visitou estandes que apresentaram temas vinculados ao setor agropecuário.

 

Alexandro Aparecido da Silva, chefe do Departamento de Agricultura e Pecuária da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, afirma que há um grande esforço de técnicos da área, em parceria com a Agraer, com o objetivo de vencer os desafios e gargalos que o setor apresenta, unindo forças através de parcerias, buscando novidades para melhorar a qualidade dos setores de agricultura e pecuária do município. “Estaremos sempre à disposição para levar nossos produtores a acessar novos conhecimentos e tecnologias”, afirma. O secretário Clenilson Francisco da Silva, por sua vez, garante que sempre que houver esse tipo de atividade, será disponibilizada a oportunidade de participação dos produtores de Caarapó. “É uma forma de aprimorar o seu aprendizado, com a consequente aplicação de novos conhecimentos com vistas a melhorar a produção no seu segmento”, pondera o secretário.

 

O prefeito Mário Valério (PR) afirma que os produtores têm tido um olhar especial por parte da administração municipal, pois são eles que colocam o alimento na mesa das famílias, sendo grandes personagens responsáveis pelo giro da economia municipal. “Por isso, sempre iremos priorizar o atendimento a essa importante categoria, incentivando a busca por mais conhecimento”, sublinhou.

 

Além dos produtores rurais, o evento realizado no Paraná teve a presença do presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável (CMDRS), Aldecir Roberto Fernandes, do presidente do Sindicato Rural de Caarapó, Antônio Maran, do chefe do Departamento de Agricultura e Pecuária, Alexandro Aparecido da Silva, do engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Dióis Moreira, e de diversas lideranças de comunidades e associações ligadas ao setor agropecuário do Município de Caarapó.

MP-MS denuncia 40 e bloqueia R$ 84 milhões em bens pela ‘Lama Asfáltica’

 G1/MS

 

Promotores apresentam balanço da primeira fase de investigação (Foto: Alysson Maruyama/ TV Morena)

O Ministério Público do Estado (MP-MS) divulgou o balanço da primeira etapa de investigação da operação Lama Asfáltica, nesta quinta-feira (18), que apura irregularidades em obras do governo de Mato Grosso do Sul. Segundo o MP, 40 pessoas foram denunciadas e R$ 84 milhões em bens bloqueados.

 

A operação da Polícia Federal completou seis meses. Na lista de obras investigadas estão o Aquário do Pantanal e as rodovias MS-171, MS-228 e MS-187. Além disso, servidores estaduais e municipais também foram alvos da investigação.

 

As obras investigadas na operação foram executadas na administração de André Puccinelli (PMDB). Segundo a assessoria do ex-governador, “todas as contratações seguiram rigorosamente a legislação vigente e aplicável ao caso” e “os pagamentos efetuados foram feitos após verificação dos fiscais de cada uma das obras”.

 

Sobre a morte dos peixes do Aquário do Pantanal que estavam em quarentena, foi comprovado que não houve licitação para contratar a empresa responsável pelo projeto de pesquisa. O valor do prejuízo não foi divulgado.

 

“Todos esses outros fatos, inclusive as denúncias que se referem a construção da obra civil do Aquário do Pantanal estão em investigação ainda pelo Ministério Público”, explicou a promotora de Justiça Cristiane Mourão.

 

As obras na MS-171, em Aquidauana, custaram R$ 2,6 milhões e já eram para estar concluídas. Segundo a promotoria, em dezembro de 2015, uma empresa foi flagrada tentando recuperar a via. Fotos tiradas pelo MP, durante uma inspeção, mostram montanhas de cascalho e um trator.

 

“A estrada que é objeto de uma ação penal perante o Poder Judiciário estava sendo reformada à revelia do estado de Mato Grosso do Sul e do Ministério Público no intuito claro e evidente de maquiar a prova do Ministério Público”, afirmou Cristiane.

 

Os contratos de outras duas estradas, a MS-228 e a MS-187, em Corumbá, também estão sendo investigados. Durante a operação no ano passado, 11 pessoas, ligadas às obras das rodovias, foram presas temporariamente.

 

O MP ainda apurou contratos irregulares para prestação de serviços de tecnologia da informação. A conclusão foi de que o estado extinguiu cargos públicos de carreira e, consequentemente, se tornou refém das empresas terceirizadas. Os acordos contestados chegam ao montante de R$ 55 milhões.

 

Ainda foi alvo da operação o enriquecimento ilícito de funcionários públicos municipais e estaduais. Na coletiva, os promotores apresentaram o exemplo da mulher de um servidor que gastou R$ 904 mil em joias, grande parte paga em dinheiro.

 

“Nós achamos que foge de um padrão comum a um servidor público a aquisição de novecentos e quatro mil reais de joias, tá? Sendo que quantias vultosas desse montante foram pagas em dinheiro”, pontuou o promotor de Justiça Thalys Franklyn de Souza.

 

Operação

 

A operação Lama Asfáltica foi deflagrada em 9 de julho, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas que tinham contratos com o poder público. A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal também foram à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). De acordo com o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, quatro servidores foram afastados.

 

Além da PF, existe a parceria da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal de Mato Grosso do Sul. Todas as empresas investigadas atuam na pavimentação de rodovias, construção de vias, coleta de lixo e limpeza pública, entre outros.

 

Em nota, a assessoria do governo do estado disse que o afastamento foi por determinação judicial e que “vai tomar todas as providências administrativas cabíveis para averiguar os fatos e garantir a lisura de todos os procedimentos realizados pelo órgão”.

Tribunal de Contas esclarece convocação de concursados para auditores de controle externo

Assessoria

 

No compromisso com a transparência e em respeito ao direito da população saber a verdade dos fatos, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul vem informar que a nomeação, publicada no Diário Oficial de 18 de fevereiro de 2016, de 34 candidatos do concurso público, seguiu rigorosamente os critérios de classificação do edital do exame de seleção, realizado para a função de auditor estadual de controle externo.

 

As vagas preenchidas nessa etapa são remanescentes de aposentadorias conforme determina o edital do concurso e não tem qualquer relação com decisão judicial.

 

Entre os nomeados estão 12 candidatos, que coincidentemente representaram contra o TCE-MS enquanto aguardavam o surgimento de vagas. Esses candidatos só conseguiram convocação para assumir a função agora, porque tiveram notas que atenderam a ordem de classificação estipulada pelos critérios do concurso.

 

 

As regras do exame de seleção eram expressas em prever 30 vagas, exclusivas, para o cargo de Auditor Estadual de Controle Externo e que foram devidamente preenchidas pelos candidatos que obtiveram as melhores notas. O edital facultou ainda ao Tribunal de Contas preencher futuras vagas originadas por desistência ou aposentadoria de servidores ocupantes do mesmo cargo, levando em conta outros dois critérios: a ordem de classificação dos candidatos e o prazo de validade do concurso, estipulado em 2 anos e com vencimento em 27 de fevereiro de 2016.

 

Com a intenção de ingressar no quadro de pessoal do TCE-MS, 26 candidatos entraram com ações no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para tentar alcançar nomeação no cargo de auditor, mesmo estando fora da ordem de classificação determinada pelo edital do concurso, pretensão que afronta a legalidade em matéria de preenchimento de cargos públicos.

 

O TCE-MS já recorreu da decisão alcançada pelos reclamantes, razão pela qual não há que se falar em cumprimento imediato.

 

Essa determinação da justiça pode provocar a completa desestruturação do Tribunal de Contas.

 

Os problemas começariam pela ordem financeira e administrativa, uma vez que levariam a Instituição ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. As contratações determinadas pelo Tribunal de Justiça extrapolam o limite orçamentário destinado à folha de pagamento. Além desses problemas não haveria espaço físico e estrutura, inclusive tecnológica, para abrigar esse novo e excessivo contingente.

 

Do ponto de vista Institucional a posição do TJ fere a autonomia dos Poderes ignorando a relação necessidade/possibilidade do Tribunal de Contas em contratar um número de novos auditores além da dotação orçamentária aprovada pela Assembleia Legislativa e Governo do Estado como rege a LDO-Lei de Diretrizes Orçamentárias.

 

Em respeito aos candidatos aprovados no concurso, o Tribunal de Contas segue firme em seu posicionamento de obedecer rigorosamente o procedimento de escolha de candidato conforme a ordem de classificação estabelecida no edital e não servirá a interesses que destoam dos princípios da eficiência.

 

 

Incentivo ao turismo agora é lei na Capital

Assessoria

 

Parque das Nações (Foto - Divulgação)

O “Dia do Turismo”, celebrado no dia 27 de setembro, foi instituído no calendário oficial de eventos de Campo Grande, nesta terça-feira (16) na Câmara dos Vereadores. O projeto de lei foi apresentado pelo vereador Eduardo Romero (Rede Sustentabilidade) que se fundamentou na própria Constituição Federal que define como atributos dos Estados e Municípios o incentivo e a promoção do turismo.

 

Para o vereador Eduardo Romero, vice-presidente da Comissão Permanente de Cultura da Câmara Municipal, a ideia não é só ter mais um dia comemorativo, mas sim fomentar a criação de políticas públicas para este setor. “A data é para demonstrar o quanto o turismo é importante para todas as cidades, inclusive para nossa Capital. O turismo potencializa aquilo que temos, é gerador de economia, emprego e divulga as coisas boas da cidade”, explica.

 

Campo Grande é recheada de pontos e atrações turísticas que estão abandonadas e ou suspensas, como o city tour, a Lagoa Itatiaia entre outros. Romero destaca que as produções culturais realizadas hoje, que atraem turistas, são promovidas pela iniciativa privada ou pelos próprios artistas que se mobilizam e buscam apoio, um exemplo é a Feira da Bolívia que acontece todo segundo domingo do mês.

 

A oficialização da data faz com que os órgãos e entidades do Poder Público e os movimentos sociais, existentes ou a serem criados, realizem atividades que visem esclarecer, informar e formar a opinião pública acerca das políticas de turismo.

 

Recheada de atrações, a capital sul-mato-grossense é uma miscigenação de povos e culturas, que tem como base os vizinhos da fronteira com o Paraguai, mas também tem influências que vem do outro lado do mundo, como o sobá, um macarrão artesanal incrementado com omelete e carne de porco, além de muitas outras iguarias culinárias.

 

Fórum da Construção Civil reúne empresários para discutir melhorias

Assessoria

 

O 1º Fórum da Construção Civil, promovido nesta quinta-feira (18/02), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), reuniu empresários para discutir melhorias para o segmento em Mato Grosso do Sul. Promovido pela Fiems, Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção do Estado), Sehab (Secretaria Estadual de Habitação) e Caixa Econômica Federal, o evento teve como foco principal a redução da oferta de postos de trabalho nas indústrias da construção civil estadual.

 

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, no momento atual, é de extrema importância pautar assuntos para subsidiar propostas para melhorar os índices de emprego em Mato Grosso do Sul. “O indicativo de desemprego atual é uma preocupação constante e que gera insegurança. Por isso, é fundamental a discussão com o Governo do Estado para a formatação de uma proposta que permita a troca de impostos por geração de empregos”, analisou.

 

Para o presidente do Sinduscon/MS, Amarildo Melo, tornar necessária a criação de uma facilitação no processo de aprovação de projetos nos municípios, visando a celeridade na contratação pela Caixa. “Essa simplificação vai abrir um leque maior para as empresas iniciarem novos empreendimentos e, dessa forma, gerar mais empregos”, declarou.

 

De acordo com levantamento do Radar Industrial da Fiems, 93% do déficit habitacional absoluto em Mato Grosso do Sul está concentrado nas faixas de rendimento de até três salários mínimo. “O Estado tem hoje um déficit de 65 mil moradias e, desse total, 60,4 mil são de casas populares”, apresentou a chefe de gabinete da Presidência da Federação, Tassiara Camatti, durante o Fórum da Construção Civil.

 

Governo

 

A secretária estadual de Habitação, Maria do Carmo Avesani Lopez, apresentou um programa de incentivo ao setor produtivo com financiamento do FGTS e falou que o objetivo é ampliar a capacidade de financiamento do cidadão por meio de implementação de subsídio estadual. “Temos que buscar um programa que busque o protagonismo do setor privado. Não adianta fazer um programa que seja ideal, mas não seja exequível, por isso temos que ouvir as empresas, definir o valor máximo do imóvel entre R$ 110 mil ou R$ 115 mil, enquadrar o empreendimento, determinar a capacidade de investimento do governo, definir o limite máximo de infraestrutura externa por unidade”, explicou.

 

Já o superintendente da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso do Sul, Evandro Narciso Lima, ressaltou a necessidade de mobilizar e motivar o segmento da indústria da construção civil para que volte a investir novamente. “Em janeiro deste ano, a Caixa arrecadou 14% a mais do que no ano passado e recolheu R$ 48 milhões de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), demonstrando que há recurso para se investir em habitação”, reforçou.

 

O gerente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, Eduardo Luiz Manfrin, apresentou índices econômicos e disse que, apesar de estar em torno de 6,92%, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) está decrescendo. “Reduzir impostos para produzir imóveis, talvez com rentabilidade um pouco menor, todos estariam fazendo sua parte para que a economia volte a ficar aquecida”, falou.

 

Para o empresário Carlos Clementino Moreira Filho, proprietário da Engepar, a discussão traz agilidade para o empresário na comunicação com o Governo do Estado na busca de soluções para evitar o desemprego. “Foi muito válido, pois são especialistas dando ideias e é uma conversa sincera, importante para definir os pontos de decisão e tentar melhorias na estrutura operacional para agilização das aprovações”, disse.

Acidente com morte expõe a necessidade de ciclovias em Dourados

João Pires

 

Acidente ocorreu na manhã desta quinta-feira, na avenida Marcelino Pires, em Dourados (Foto - Eliel Oliveira)

 

Um acidente ocorrido por volta das 11h30 desta quinta-feira, na Marcelino Pires, em Dourados e que resultou na morte da jovem Vanessa Freitas Paraíba, 20 anos, retrata a necessidade da implantação de uma ciclovia que possa ser utilizada diariamente pela população que trafega na principal avenida da cidade, já que o espaço existente em uma das vias só pode ser utilizada aos domingos.

 

Segundo informações do site da 94 FM Dourados, a vítima trafegava de bicicleta na avenida Marcelino Pires, entre as ruas Mato Grosso e Toshinobu Katayama, quando foi atropelada por um caminhão basculante Mercedes Benz, carregado de areia, partindo o corpo da jovem ao meio.

 

Ainda de acordo com as informações da 94, Vanessa morava no Parque das Nações e estaria indo buscar um dos seus dois filhos em uma creche próximo ao Espaço Esperança, quando ocorreu o acidente.

 

SEM FISCALIZAÇÃO

 

Segundo decreto municipal o trafego de caminhões pesados só pode ocorrer na área central de Dourados das 20h às 8 horas, ou seja, durante a noite, madrugada e parte da manhã.

 

SEM CICLOVIA

 

Quem trafega ou já utilizou bicicleta nas três principais avenidas de Dourados (Marcelino Pires, Weimar Gonçalves Torres e Joaquim Teixeira Alves) conhece de perto a dificuldade de locomoção, já que nenhuma destas avenidas citadas possuem ciclovias. Somente na avenida Marcelino Pires existe um espaço domingueiro, dividido por alguns poucos cones no período da manhã.

 

Pedreiro que caiu de andaime tem direito à pensão vitalícia

TRT

 

Um trabalhador da construção civil entrou com uma ação na Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul pedindo indenização por danos materiais e extrapatrimoniais decorrente de um acidente de trabalho ocorrido em dezembro de 2011. O pedreiro caiu de um andaime e sofreu fratura no cotovelo direito. Após passar por cirurgia, o laudo médico apontou incapacidade parcial permanente para trabalhos braçais com levantamento manual de cargas pesadas e esforços estáticos e dinâmicos com o membro superior direito e que o pedreiro não poderia mais trabalhar na mesma função.

A 2ª Vara do Trabalho de Dourados condenou a empresa Poligonal Engenharia e Construções ao pagamento de indenização por danos extrapatrimoniais no valor de R$ 41.360,00 e R$ 8.800,00 por danos materiais, além de pensão mensal vitalícia equivalente a 100% da remuneração reconhecida pelo juiz a partir da data de realização da perícia, em setembro de 2014.

O trabalhador recorreu da decisão argumentando que a pensão mensal deveria ser paga em parcela única e desde o dia em que a lesão foi consolidada, em maio de 2012. Pediu, ainda, a majoração da indenização por danos extrapatrimoniais. Já a empresa contestou a incapacidade para o trabalho do pedreiro – afirmando que a mesma foi parcial – e pediu a redução dos danos extrapatrimoniais.

Segundo o relator do recurso, a empresa teve culpa porque não comprovou a adoção de medidas preventivas para evitar acidentes, como, por exemplo, uso de cinto de segurança no trabalho em andaime, visto que o pedreiro exercia atividade com risco ergonômico.

O Desembargador Amaury Rodrigues Pinto Junior esclarece que o fato de, atualmente, o pedreiro encontrar-se parcialmente apto para o trabalho não elimina a responsabilidade da empresa pelos danos de ordem psíquica e emocional sofridos pelo trabalhador no período em que ficou incapacitado. “Dou parcial provimento ao recurso do réu para reduzir a indenização por dano extrapatrimonial ao importe de R$ 10.000,00. No que diz à pensão mensal vitalícia, merece reforma a decisão de origem”.

O magistrado julgou que o valor da remuneração deve corresponder à perda da capacidade laborativa do trabalhador que foi de 55% conforme o laudo pericial. “Assim, o réu deverá responder pelo valor da remuneração que o autor deixou de perceber por culpa do empregador, isto é, 55% do salário reconhecido no capítulo 2.2 (R$ 1.500,00), a partir do dia 24.09.2014 (dia da realização da perícia, em que se constatou a consolidação da lesão)”.

Quanto ao pedido do pedreiro para receber a pensão em parcela única, o relator enfatiza que apesar de o Código Civil estabelecer que o pagamento da indenização de uma só vez constitui opção do trabalhador, deve-se analisar a manutenção da atividade econômica do empregador. “Ainda que não se tenha informação do valor exato do capital social da empresa, é sabido que o réu não é empresa de grande porte e o pagamento em parcela única poderia inviabilizar sua atividade econômica. Por isso, deve ser mantida a decisão da origem que determinou o pagamento de pensão mensal, com a inclusão do autor na folha de pagamento.”