domingo, 5 de maio de 2024

TJ/MS lança programa para devolver quase R$ 314 milhões a população

(*) Aline Soares

Na segunda-feira, dia 15 de abril, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul lançou o programa RESTITUA que tem a finalidade de possibilitar a localização de valores esquecidos em contas judiciais de processos arquivados. Pessoas físicas e jurídicas poderão utilizar a ferramenta on-line para saber se possuem valores disponíveis a receber.

O RESTITUA foi desenvolvido após o Tribunal de Justiça identificar a existência de mais de 40.000 (quarenta mil) processos arquivados com seus valores depositados judicialmente, ou seja, processos finalizados em que as partes não receberam as quantias que lhes cabem. Após a apuração, identificou-se, ainda, que há quase R$ 314.000.000,00 (trezentos e quatorze milhões de reais) nos bancos oficiais aguardando resgate.

A fim de possibilitar que o cidadão consiga saber se é um dos beneficiários, foi desenvolvida uma plataforma de pesquisa específica para o programa, a qual é totalmente on-line, gratuita e descomplicada. E, para sua utilização basta acessar no link https://www.tjms.jus.br/restitua, colocar seu cadastro de pessoa física (CPF) ou pessoa jurídica (CNPJ) para que o sistema apure as informações.

Caso haja a constatação de que há valores a serem resgatados, os beneficiários deverão procurar o advogado de sua confiança para que os trâmites sejam realizados junto ao Tribunal, e para que o valor seja pago. É hora de recuperar seu dinheiro!

No entanto, é importante ter ATENÇÃO, pois ao lançar o programa o Tribunal de Justiça alertou que não realizará contato direto com os possíveis recebedores por Whatsapp, redes sociais, mensagem ou ligações telefônicas. Bem como, não solicitará dados pessoais ou senhas para realizar as consultas. Devendo a população ficar atenta para não cair em um novo módulo de golpe.

(*) Advogada e servidora pública 

Todos devem carregar o próprio fardo, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

A caridade é um dever inegável que todos devemos abraçar. Em tempos de adversidade, é crucial estender a mão aos necessitados ao nosso redor, seja para oferecer apoio material, moral ou espiritual, e ajudá-los em sua jornada. Contudo, é imprescindível estabelecer limites, pois assumir completamente e de forma permanente o fardo alheio não é sustentável.

Da mesma forma, aqueles que recebem ajuda não devem se acomodar, mas sim trabalhar para superar suas dificuldades e conquistar sua independência.

Cada ato de caridade direcionado a indivíduos ou famílias deve ser encarado como temporário, oferecendo um suporte até que aqueles beneficiados consigam construir seus próprios meios de sustento. Exceções a essa regra são raras e, quando necessárias, o apoio do Estado se torna indispensável.

Como seres humanos, enfrentamos uma variedade de desafios ao longo da vida. É uma jornada repleta de obstáculos para todos, independentemente de sua condição financeira, religiosa ou geográfica. No entanto, cada um de nós é dotado de habilidades físicas, mentais, intelectuais e espirituais para enfrentar essas provações e desenvolver nossos dons e talentos individuais. Cada um recebe uma ou mais habilidades profissionais para superar os desafios e emergir como vitorioso no fim da jornada.

Apesar de nossos talentos, é inevitável que, em algum momento da vida, todos precisamos de auxílio. É nosso dever, como Cristãos e como seres humanos, ajudar uns aos outros, conforme estabelecido pelo próprio Cristo no segundo grande mandamento: “Amar o próximo como a ti mesmo”.

No entanto, ao reconhecer a importância da assistência mútua, é fundamental enfatizar a necessidade de capacitar e responsabilizar aqueles que recebem ajuda. Somente através desse equilíbrio delicado podemos verdadeiramente promover a dignidade, a autonomia e o progresso sustentável para todos os membros de nossa comunidade.

É crucial destacar que a abordagem assistencialista do governo muitas vezes se desvia de seu propósito original e se torna uma ferramenta de manipulação política. Ao condicionar a assistência à lealdade partidária, os governantes perpetuam um ciclo de dependência que mina os princípios democráticos e a liberdade de escolha. Esse tipo de política não apenas compromete a integridade do processo eleitoral, mas também cria um ambiente propício para a corrupção e o abuso de poder.

Para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva e democrática, é imperativo que rompamos com esse paradigma obsoleto e busquemos soluções que promovam a independência e a dignidade de todos os membros da comunidade.

O investimento pesado em educação, com transparência, seriedade, determinação e bem longe das ideologias que hoje se pretende implantar, seria uma das grandes soluções para a comunidade alcançar sua formação profissional e conquistar a autossuficiência, financeira principalmente, para viver com dignidade.

Um exemplo inspirador é a abordagem da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que presta assistência não apenas aos seus membros, mas também às comunidades carentes e às vítimas de grandes catástrofes em todo o mundo. Em muitas situações de emergência, a ajuda humanitária da igreja chega primeiro, com centenas de voluntários levando suprimentos e apoio. No cotidiano, a igreja não nega ajuda aos membros que a procuram, mas também acompanha de perto, incentivando a busca por autonomia e oferecendo suporte na educação e formação profissional.

A Bíblia, em diversas passagens, ressalta a importância da responsabilidade individual e do trabalho árduo como meios de superação das dificuldades. Provérbios 13:4 nos lembra que “o preguiçoso deseja e nada tem; mas a alma dos diligentes engorda”. Essa mensagem nos leva a refletir sobre a necessidade de agir com diligência e determinação diante das adversidades, em vez de nos acomodarmos à espera passiva por ajuda externa.

Portanto, enquanto é nosso dever ajudar o próximo em suas dificuldades, é igualmente vital incentivar a responsabilidade individual e a busca ativa por soluções. Somente assim podemos verdadeiramente honrar os ensinamentos de Deus e construir uma sociedade baseada na justiça, na solidariedade, no trabalho e no respeito mútuo.

(*) Jornalista e Professor

Na casa da mãe Joana quem manda é Tereza, por Pedrinho Feitosa

(*) Pedrinho Feitosa

O PL/MS está igual a casa da mãe Joana.Lugar onde todo mundo manda.O Pollon, com aquela pinta de advogado de tribuna, com um 38 no coldre, barbudo, cara de “brabo”, diz que manda.

O Gordinho do Bolsonaro fica de longe achando que manda. O Portela, amigo do presidente Bolsonaro, acredita piamente que está mandando.

O Catan, soldado raso, mas muito eloquente e Bolsonarista raiz, imagina que manda.

O Coronel Davi, por ser coronel e ter mais experiência política, acredita que deveria mandar.

O Contar, por ser capitão, e que nem ao PL pertence, quer mandar, mesmo teleguiado por Dona Iara.

O fiel e combatente soldado Tavares pensa que manda alguma coisa.

O Neno Razuk, um estranho no front, não quer mandar em nada. Só fica olhando. Meio assim meio assado.

Mas na realidade quem manda mesmo nesse estranho quartel é uma senhora bem franzina, que nem patente militar tem, mas que adquiriu com o tempo uma estatura política gigante. Todos a chamam por Dona Tereza Cristina ou Tereca, para os mais íntimos.

Essa não carrega nenhuma patente, não bate continência nem bate botas marchando, não queima pneu, mas tem inteligência, vivência e senso articulação política. Essa realmente manda.

Provando assim que política é estratégia, tática, conversa, sem radicalização e astúcia silenciosa.

Ah!!! Tem o Bolsonaro, é verdade, o nosso capitão-general, esse sim, manda e desmanda, manda de manhã e desmanda à tarde e volta a mandar durante a noite, dependendo da conversa que tem com a pequena gigante Tereza Cristina.

Infelizmente, com tudo isso, a direita de MS segue batendo cabeça nos muros dos quartéis..

E eu que sou o recruta zero nesse regimento estou olhando de minha trincheira, com medo de tiro cruzado, só observando e não mandando nada.

Mas mando nessa reflexão. E noutras que porventura venha a escrever.

Cria juízo, direita.

Cria juízo, piazada.

Porque na casa da mãe Joana, Tereza é quem manda!!! E como diz o velho lobo:boa madrugada bugrada!!!

Fui!!!! Pra paulista!!!

(*) É  presidente da Executiva Municipal e Coordenador Político do PRD (Partido da Renovação Democrática) regional, jornalista e observador da cena política de Mato Grosso do Sul

Não dê mole para seus filhos!, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

As últimas estatísticas do IBGE, que revelam mais de 10 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, não apenas expõem um grave problema socioeconômico nacional, mas também evidenciam uma lacuna na educação e orientação proporcionadas pelas famílias, especialmente pelos pais, que estariam fracassando no cumprimento de suas responsabilidades.

O erro muitas vezes começa na infância, quando tendem a superproteger seus filhos, privando-os das experiências que os ajudariam a crescer e aprender. Além disso, cedem aos desejos imediatos das crianças, sem ensinar sobre o valor do esforço, do merecimento e da conquista. Esta superproteção, assim como o descaso e a negligência, podem criar jovens despreparados para enfrentar os desafios da vida adulta, contribuindo para o ciclo de desemprego e inatividade que vemos hoje.

A influência negativa também vem de fora da família, com valores distorcidos sendo promovidos na sociedade até mesmo por autoridades públicas, que buscam implantar ideologias nefastas, inescrupulosas, que visam apenas o enfraquecimento da família e da sociedade, para que, dessa forma, exerçam o domínio e poder sobre as pessoas. Essas influências contradizem os princípios morais e espirituais que deveriam ser fundamentais na formação dos jovens, tornando ainda mais desafiadora a tarefa dos pais de bem educar e orientar seus filhos.

Os pais têm o dever de prepara-los para serem cidadãos honestos, trabalhadores e responsáveis. Isso significa ensinar valores como integridade, respeito, perseverança e empreendedorismo desde cedo. Além disso, é essencial mostrar a importância do estudo e do trabalho como meios de alcançar seus objetivos e contribuir para o desenvolvimento da sociedade.

É alarmante ver tantos jovens sem perspectiva, sem ambição e sem vontade de lutar por um futuro melhor. Os pais não podem se eximir de sua responsabilidade, mesmo diante das dificuldades econômicas e da pressão do dia a dia. É necessário dedicar tempo e esforço à educação e orientação dos filhos, mesmo que isso signifique fazer grandes sacrifícios pessoais.

A disciplina corretiva também desempenha um papel fundamental na formação dos jovens. Como diz o provérbio bíblico, “Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo” (Pv. 13:24). Isso não significa apenas punir, mas também ensinar e orientar de forma firme e amorosa.

Sou grato aos meus pais por me ensinarem desde cedo a valorizar o trabalho e o estudo. Eles me mostraram que nada vem fácil na vida e que é preciso esforço e dedicação para alcançar nossos objetivos. Seus ensinamentos moldaram meu caráter e me ajudaram a enfrentar os desafios da vida adulta com determinação e confiança. Me ensinaram principalmente pelo exemplo.

Mesmo em meio às adversidades, os pais não devem perder de vista sua missão de educar e orientar seus filhos. É importante estar presente na vida deles, ouvir suas preocupações e orientá-los com amor e sabedoria. Como diz outro provérbio (22:6) bíblico, “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.

Além do papel fundamental dos pais na educação e orientação dos filhos, é essencial reconhecer o valor do fortalecimento espiritual da família. A religiosidade e o amor a Deus e Jesus Cristo proporcionam uma base sólida para enfrentar os desafios da vida, especialmente para os jovens. Através da fé, os indivíduos encontram conforto, orientação e esperança, permitindo-lhes desenvolver uma visão positiva do futuro e uma maior resiliência diante das adversidades.

A prática da religião não apenas fortalece os laços familiares, mas também promove valores como compaixão, perdão e solidariedade. Ao cultivar uma conexão espiritual, os jovens desenvolvem um senso de propósito e significado, o que os capacita a fazer escolhas conscientes e responsáveis em suas vidas. Portanto, investir no desenvolvimento espiritual da família é essencial para criar um ambiente onde todos possam florescer e desfrutar de uma vida plena e abundante, enraizada no amor divino e na fé.

Russell M. Nelson, presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, declarou recentemente que: “As famílias merecem orientação do céu. Os pais não podem aconselhar adequadamente os filhos com base na experiência pessoal, no medo ou na simpatia. O lar deve ser o centro de ensino do Evangelho”.

É hora de os pais assumirem sua responsabilidade na formação dos futuros cidadãos deste país. Devemos trabalhar juntos para criar uma geração de jovens comprometidos com os valores da honestidade, da integridade e do trabalho duro, para que assim possamos construir um futuro melhor para todos.

(*) Jornalista e Professor

Apelo aos que se afastaram da Igreja, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

É evidente o crescente número de pessoas e famílias que se afastam da Igreja Cristã, motivadas por diversas razões. Seja por mera conveniência e evitar a rotina de trabalho espiritual em benefício próprio e do próximo; por falta de esforço em nutrir uma fé em Deus, ou por desentendimentos e decepções com autoridades ou membros da congregação.

Embora esse fenômeno seja compreensível, especialmente em tempos como os atuais, marcados por grandes transformações e desafios sociais, políticos e econômicos, é crucial refletir sobre como resgatar essas “ovelhas perdidas”. Pois não há outro caminho para indivíduos e famílias alcançarem não apenas a salvação eterna – o que é de suma importância – mas também a plenitude e realização pessoal no presente.

Desde o princípio, Deus, em Sua infinita bondade e sabedoria, alertou que “muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” para uma vida verdadeiramente significativa e vitoriosa, rumo à salvação eterna. Isso evidencia a dificuldade que muitos enfrentarão ao seguir o caminho que Ele traçou, o qual é o melhor para todos.

Mesmo diante dos maiores obstáculos, inclusive aqueles considerados ‘intransponíveis’, Deus oferecerá auxílio e força àqueles que perseverarem em segui-Lo. Os ambientes mais propícios para fortalecer a espiritualidade são o lar e a Casa do Senhor, onde os convênios podem ser renovados por meio da participação nos sacramentos.

Na comunidade da igreja, ao lado de outros fiéis que compartilham dos mesmos bons princípios morais e espirituais, encontrarão a força necessária para permanecerem perseverantes. O perdão é fundamental; perdoar os erros próprios e alheios, 500 vezes mais se necessário for, e buscar reconciliação, é um passo essencial para a restauração espiritual.

Infelizmente, políticas malignas têm promovido uma verdadeira “guerra” contra as igrejas, visando enfraquecê-las e provocar o afastamento de seus membros como tem acontecido. É fundamental compreender que a igreja é um refúgio após o lar, essencial para o crescimento espiritual individual e familiar.

O resultado desse afastamento muitas vezes se reflete em situações lamentáveis, como o aumento de problemas sociais, como a depressão, dependência química, promiscuidade e violência.

Nesse período de Carnaval, por exemplo, quantas filhas e filhos de famílias afastadas da igreja, ou que nunca encontraram o Caminho, não se perderão para as drogas, a promiscuidade, a embriaguez e a prostituição?

Quantos pais já não choram pelo vício e perdição de seus filhos, inclusive para a violência e a ociosidade?

Quantos já não lamentam a escolha errada que fizeram ao se afastarem da igreja que os edificava e os fortalecia para viver bem, em segurança e harmonia, na grande jornada da vida, e hoje estão perdidos?

Quantos não choram em desespero enfrentando as mais fortes e violentas tempestades, desejando recuperar aquela bela, saudável e segura vida cotidiana de quando frequentava a Casa do Senhor? Agora, onde estão, parece tão longe, tão distante daquele estado de felicidade sem fim em que viviam.

É hora de refletir sobre a escolha errada de se distanciar da fonte de fortalecimento espiritual e segurança individual e coletiva.

É sempre tempo de mudar, de buscar o perdão e retornar à Casa do Senhor, deixando para trás toda mágoa, ressentimentos e preconceitos. Nada é mais importante do que encontrar o Caminho de volta à presença de Deus e de Seu filho, Jesus Cristo.

Daí esse nosso apelo e esforço de todos os Cristãos, em obediência ao segundo grande Mandamento do Senhor, de “Amar o próximo como a ti mesmo”, e nos empenharmos no resgate dessas pessoas e famílias desgarradas do rebanho do Senhor.

(*) Jornalista, Professor e Cristão SUD

Amor incondicional, por Gustavo Emidio

Gustavo Emidio (*)

Quando Mateus era rejeitado pelos demais judeus devido à sua atividade profissional na coletoria a serviço do Império Romano, Jesus o chamou para ser um dos seus doze apóstolos.

Da mesma forma, quando Zaqueu, envolvido em corrupção, era motivo de rejeição, Jesus aceitou o convite para jantar em sua casa.

E quando uma mulher adúltera, prestes a ser apedrejada conforme os decretos religiosos da época, foi trazida diante de Jesus, Ele constrangeu seus acusadores e a perdoou.

Quando Pedro negou a Cristo e desistiu de sua nobre missão para voltar à pesca, Jesus o restaurou, dizendo: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Quando Paulo, inicialmente desacreditado pela igreja devido à sua história como perseguidor, foi acolhido e endossado por Barnabé, sua trajetória mudou.

Da mesma forma, quando João Marcos foi impedido por Paulo de acompanhá- lo em sua segunda viagem missionária devido a um fracasso anterior e abandono da equipe, Barnabé intercedeu por ele, concedendo-lhe uma segunda chance.

Quando éramos pecadores, distantes de Deus e de Sua glória, Ele interveio em nossa condição, tornando-se a propiciação pelos nossos pecados e reconciliando-nos com o Pai.

Assim evidenciamos que o reino de Deus é o reino da aceitação, o qual se compadece do leproso, do cego, da prostituta, dos fracassados, daqueles que pensam diferente, daqueles com temperamentos complicados, daqueles que erraram, traíram e pecaram, daqueles que o mundo condenou e satanás subjugou, daqueles que desistiram de si mesmos, dos solitários e depressivos, daqueles com um passado tenebroso ou mesmo dos que não tem perspectiva de futuro, dos felizes nas redes sociais, mas confusos em seu interior, dos que precisam de aprovação de todos para suprirem a baixa autoestima que nunca os abandona, enfim, todos estes cabem no reino de Deus, e quando o reino de Deus cabe dentro deste, a vida muda, o coração renasce, o sorriso retoma seu lugar, os pés se endireitam, a vereda se torna como a luz da aurora, que vai brilhando cada vez mais, até se tornar dia perfeito (Pv 4:18).

Assim Jesus aceita a você, aceita seu colega de trabalho, seu amigo de faculdade, seu vizinho e mesmo aqueles cujo jeito de ser é difícil de suportar.

Em um mundo outrora complexo, vazio e perdido Jesus veio fazer a diferença, trazendo esperança e salvação, já em nosso mundo atual tão ou mais complicado, Deus vê em você a solução de conflitos internos e relações feridas, pois pelos mesmo Espírito que habitou em Jesus atua em nós para tão somente continuar a fazer tudo aquilo que Ele iniciou (At 1:1) a fim de trazer luz onde as trevas imperam, esperança onde não há mais saída e trazer alívio onde a dor fez seu aposento.

A Bíblia diz que quando aceitamos uns aos outros como Cristo nos aceitou, glorificamos a Deus (Rm 15:7). A Bíblia também diz que o mundo crerá em Deus quando observar a unidade que cultivamos (Jo 17:21). Que este mundo carente de afeto encontre em nós Cristãos, amparo mais que rejeição e aceitação mais que julgamento, pois foi assim que Ele fez, assim ele espera que façamos também.

(*) Pastor evangélico – Autor do livro “Transforme-se de Dentro pra Fora”

A profissionalização das campanhas eleitorais e a sobrevivência dos partidos políticos

Fernando Baraúna* (*)

Há um bom tempo os Partidos Políticos deixaram aquele perfil romântico-ideológico-partidário, para adotarem um modelo mais pragmático e objetivo quando o assunto é Eleição, exemplo mais recente foram as Eleições de 2022, onde as alianças partidárias foram as mais ecléticas depois da redemocratização e que, aparentemente, vai se repetir nas Eleições de 2024.

Um dos fatores que contribui para que as mudanças ocorressem foram as constantes alterações legislativas eleitorais, as quais colaboraram para um conceito meramente econômico das Eleições, acreditando ou não que restringindo as fontes arrecadadoras para o financiamento das Campanha Eleitorais, em vez de aprimorá-las, teríamos eleições mais justas e democráticas, principalmente eliminando a corrupção pós-eleição.

Aparentemente, esse modelo eleitoral, vem favorecendo aqueles que detêm mandato eletivo, Presidente da República, Senadores, Governadores, Prefeitos, Deputados Federais, Estaduais, Distritais e Vereadores, aumentando o poder dos Partidos Políticos, principalmente daqueles que estão no comando do Poder Executivo no período eleitoral.

Com o fim do financiamento das campanhas eleitorais pelas Empresas e com a implantação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os Partidos Políticos, Candidatos e Candidatas, até o momento, estão reféns dos recursos públicos de campanha, Fundo Partidário e FEFC, não tendo outras fontes de renda capazes de arcar com os custos financeiros de uma eleição.

Caso essa dependência continue, mesmo que a distribuição, desses recursos financeiros, fique a cargo do Diretório Nacional dos Partidos Políticos, as pretensas candidaturas com pouca representatividade partidária deverão contar com recursos próprios para financiarem suas campanhas eleitorais e aqueles com escassos recursos financeiros ficarão praticamente impossibilitados de qualquer êxito eleitoral, pois, muito improvável, não irão conseguir apoiadores suficientes para os financiarem.

Esse modelo se  perpetuando, os Partidos Políticos fora do espectro do Poder Político e Econômico estarão fora da disputa eleitoral em pouco tempo, pois não terão representatividade nas Câmaras Municipais, principalmente nas grandes cidades, nas Assembleias Legislativas e nem no Congresso Nacional, o que levará a extinção, uma vez que, não terão acesso ao Fundo Partidário e a Propaganda Gratuita em rádio e televisão, art. 17, § 3º, CFB/1988, e terão participação mínima no rateio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, art. 16-D, Lei 9.504/1997.

Bom lembrar, que no Brasil, os Partidos Políticos têm caráter nacional, art. 5º, Lei 9.096/1995, porém, possuem autonomia estadual de organização, isto é, o Partido Político pode ser grande nacionalmente, mas com pouca representatividade regional, o que levaria ao desinteresse dos objetivos partidários nacionalmente e consequentemente alijados dos recursos públicos para as Campanhas Eleitorais, o que não ocorreria com os Partidos Políticos com significativa capilaridade regional.

Essa perspectiva se estende aos Diretórios Municipais, uma vez sem ou baixa representatividade eleitoral pode ser, também, excluído dos interesses eleitorais dos Diretórios Estaduais e, portanto, fora do processo eleitoral, por não atenderem os objetivos eleitorais da organização partidária, isto é, por mais alardeado que seja o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, não atende a todos os órgãos partidários, Candidatos e Candidatas.

Sendo assim, caberá aos Partidos Políticos, como organização partidária e de forma individualizada, recorrerem a outras fontes de recursos financeiros permitidos em Lei e novos modelos de organização política/eleitoral, capacitando e profissionalizando quadros capazes de prepararem as eleições, fornecendo suporte técnico aos seus pretensos candidatos e candidatas, incentivando surgimento de novas lideranças políticas e administrativas, pois, caso contrário, irão ter enormes dificuldade de sobrevivência.

Como já disse anteriormente, mesmo que aparentemente a Legislação Eleitoral beneficie o poder político, essa impressão se dá pela simples dependência dos órgãos partidários aos recursos públicos de financiamento de campanha eleitoral, pois a mesma Legislação, que limita as fontes de financiamento eleitoral é a mesma que permite, aos Partidos Políticos, amplos dispositivos capazes de combater o Abuso de Poder Político e Econômico.

Para tanto, o arcabouço jurídico eleitoral deve ser manejado com conhecimento e profissionalismo pelos órgãos partidários, como um dos requisitos da organização e planejamento eleitoral, de maneira ampla e genérica, capaz de auxiliar nas decisões estratégicas de cada instância partidária.

Por fim, a manutenção amadora do processo eleitoral, pelos Partidos Políticos, candidatos e candidatas, fragiliza os próprios Partidos Políticos, inibe a formação de novas lideranças, principalmente as mais populares, contribui para o fortalecimento do Poder Econômico, privilegia o baixo debate político e desvirtua o princípio democrático da Eleição, que deixa de ser um ônus da Democracia, para ser visto como um desperdício de recursos financeiros Público e Privado.

(*) Fernando Baraúna, Advogado, sócio proprietário do Escritório BARAÚNA, MANGEON e Advogados Associados, Ex-Procurador Geral/Dourados – MS, Especialista em Direito Público – PUC/RS, Direito Eleitoral – Ibmec-Damásio/SP e Direito Tributário – UNIDERP/MS, Membro Consultor da Comissão Especial de Direito Eleitoral do Conselho Federal da OAB – 2019/2021, Membro da Comissão de Direito Eleitoral – OAB/MS e Assessor Jurídico em Administrações Públicas.

Como criar um Brasil melhor em 2 atos, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” Essa marcante observação de Rui Barbosa (1849 – 1923) parece ecoar ainda hoje diante da desafiadora realidade brasileira.

É inegável que essas palavras ressoam na contemporaneidade, refletindo a desilusão do povo diante da desonra e injustiça que permeiam nosso país. E Monteiro Lobato (1882 – 1948), outro ícone literário brasileiro, oferece a solução para as crises moral, econômica, social e política que o Brasil enfrenta: “Um país se faz com homens e livros.” Homens íntegros, comprometidos com o bem-estar da nação, diferentemente de muitos líderes eleitos que priorizam interesses pessoais ou partidários em detrimento do povo.

Enquanto a sociedade não aprender a escolher seus representantes, afastando aqueles que demonstram ser maus gestores, seja por incompetência, desvio moral ou falta de comprometimento com a população, os desafios persistirão. Informações sobre candidatos são facilmente acessíveis; portanto, é imperativo que cada eleitor pesquise, trabalhando para retirar da vida pública todos aqueles que não representam seus interesses, por meio do poder do voto.

A outra sugestão de Lobato também é crucial: “Livros.” Em meu último artigo (“Jovens e adultos precisam estudar mais!”, publicado na semana passada), destaquei a crescente distância das pessoas (jovens e adultos) das instituições educacionais (Não somente das faculdades, mas dos ensinos técnicos e até da conclusão do ensino médio) e a importância de incentivar o estudo e a leitura.

O desenvolvimento nacional ocorre por meio do conhecimento adquirido nos livros. Estudos proporcionam salários melhores, qualidade de vida digna e uma visão mais ampla do mundo, elementos essenciais para conduzir o país ao progresso, como visto em nações asiáticas, por exemplo, que evoluíram de comunidades empobrecidas para o primeiro mundo.

O Brasil tem potencial para alcançar esse sucesso, dada sua grande extensão territorial, terras férteis e clima favorável que permitem até 3 lavouras/ano, recursos naturais e uma população alegre e trabalhadora. Contudo, é crucial ter administradores competentes em níveis municipal, estadual e nacional para que ele alavanque rumo ao desenvolvimento.

Defendo a necessidade de todos – pais, escolas, empresários, prefeituras e setor público e privado em geral – incentivarem a leitura, especialmente entre crianças, jovens e adolescentes. Eles representam o futuro e devem cultivar o hábito de ler, explorando um mundo de conhecimento e imaginação que contribui para sua formação intelectual.

Infelizmente, o fato de muitos pais não possuírem esse hábito, dificulta a transmissão aos filhos. Da mesma forma, a maioria das prefeituras brasileiras foca apenas na infraestrutura das escolas, negligenciando a criação de bibliotecas atrativas acessíveis a toda comunidade.

É preciso descentralizar, levar bons livros aos bairros mais distantes, com títulos criteriosamente selecionados para despertar o gosto (em crianças, jovens e adultos) pela leitura e aumentar o nível de conhecimento em todos.

Em conclusão, diante do desafio de criar um Brasil melhor em dois atos, é imperativo que a sociedade exerça seu papel ativo na escolha de seus representantes.

O voto consciente é a arma mais poderosa contra a perpetuação de maus gestores, porque como o próprio Senhor nos adverte por intermédio das Escrituras Sagradas (Prov. 29:2), “Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme”.

Além disso, a visão de Monteiro Lobato sobre a construção de um país com homens e livros continua mais atual do que nunca. Investir na educação e na promoção da leitura é uma estratégia fundamental para moldar cidadãos críticos, conscientes e capacitados a impulsionar o desenvolvimento do Brasil.

Nesse contexto, os administradores públicos têm um papel vital ao estabelecer políticas educacionais e culturais que promovam não apenas a construção de escolas, mas o desenvolvimento intelectual contínuo de toda a população.

Ao escolher governantes comprometidos e fomentar a leitura, estamos pavimentando o caminho para um futuro mais justo, próspero e alinhado às aspirações de grandes pensadores como Rui Barbosa e Monteiro Lobato, bem como aos anseios mais profundos de todo o povo brasileiro. Somente assim poderemos verdadeiramente construir um Brasil melhor para as futuras gerações.

(*) Jornalista e Professor

A “República do Paraná” em risco: a possível cassação e inelegibilidade de Sergio Moro

Wagner Gundim (*)

Pouco antes do início do recesso judiciário de 2023, os processos que podem levar à cassação do ex-juíz e hoje senador da República Sergio Moro (União Brasil-PR) e de seus suplentes tiveram andamento importante. A Procuradoria Regional Eleitoral do Estado do Paraná exarou parecer, manifestando-se pelo julgamento de procedência parcial dos pedidos em tela, a fim de reconhecer a prática de abuso do poder econômico e, como consequência, anular a chapa eleita em outubro de 2022 para o cargo. Também se prevê a decretação da inelegibilidade de Moro, bem como de seu suplente direto, Luís Felipe Cunha, pelo significativo prazo de oito anos.

Antes de apontar especificamente qual teria sido a irregularidade praticada por Moro, é preciso esclarecer que, por mais que o processo de escolha de representantes por meio de eleições seja a pedra de toque das democracias, o acesso ao poder depende do rigoroso cumprimento de princípios e de regras estabelecidas por lei, incluindo as partidárias (internas), além das eleitorais.

Logo, se faz necessário que, aliado ao desempenho satisfatório nas urnas, o candidato cumpra fielmente os princípios e as determinações do processo eleitoral democrático.

Quanto ao regramento que deve ser levado em consideração, cito, por exemplo, a necessária igualdade de condições entre os contentores da corrida às urnas, o que busca evitar que alguns postulantes tenham vantagens excessivas sobre os outros.

O objetivo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) – espécie de demanda proposta contra Moro – é impedir e investigar a prática de atos que possam, de alguma maneira, afetar a isonomia dos candidatos numa eleição. E, segundo dispõe a lei complementar 64/1990, em seu artigo 22, uma das espécies de abuso do poder eleitoral é justamente o desvio ou o abuso do poder econômico.

Se atribuiu à chapa de Sergio Moro justamente a prática de poder econômico, em função da existência de gastos vultosos, especialmente na pré-campanha.

Apenas para relembrar: antes de se candidatar a senador da República pelo Paraná e ainda capitalizando a popularidade atribuída pela operação “Lava Jato”, o ex-juíz tentou emplacar uma pré-candidatura à Presidência, pelo Podemos – isso, entre 2021 e início de 2022. Seria uma espécie de “terceira via”, longe dos extremos do PT e do bolsonarismo.

Posteriormente, Moro se desvinculou desse partido e se filiou ao União Brasil, visando, naquele momento, concorrer a deputado federal por São Paulo, conforme divulgado, na época, pela Imprensa. Somente após o indeferimento da transferência de seu domicílio eleitoral, uma vez que o lavajatista não morava em solo bandeirante, é que ele se debruçou à ideia de ser testado nas urnas do estado do Paraná.

Segundo cálculos da Procuradoria Geral da República (PGR), o montante gasto pela chapa de Moro, apenas na pré-campanha, representou 110,77% da média de investimentos realizados pelos dez candidatos ao Senado naquele estado, totalizando mais de R$ 5 milhões – o que supera, inclusive, o limite estabelecido para postulantes ao cargo de senador em 2022.

Fato é que, os vultosos recursos financeiros aplicados no período geraram grande visibilidade a Moro, além de promoção pessoal, em detrimento de seus adversários – o que caracteriza abuso de poder econômico.

Embora o parecer da Procuradoria não seja vinculativo, as chances de que seja acolhido pelas instâncias competentes são consideráveis, o que pode levar à cassação imediata da chapa e do mandato de Moro, à sua inelegibilidade e à determinação de que uma nova eleição para o cargo de senador seja realizada, tão logo, no Paraná.

A dúvida que fica é: faltou ao senador Sergio Moro conhecimento técnico eleitoral e um adequado assessoramento, na qualidade de pré-candidato e de candidato, ou o risco foi sabido e deliberadamente assumido? Para um ex-juíz, o cumprimento a regras deveria ser óbvio.  

Não há no ambiente eleitoral nada a ser subestimado. A maior fiscalização, afinal, está no próprio meio político, onde qualquer escorregada é vista com lentes de aumento por desafetos e adversários, e pode custar caro, com direito a prejuízos legais, partidários e eleitorais incalculáveis.

(*) É advogado; doutor em Direito Constitucional e em Filosofia do Direito; mestre em Direito Político e Econômico; Especialista em Direito Eleitoral e em Direito Público (Administrativo); professor de Direito Constitucional, de Direito Eleitoral e de Ciência Política; sócio-fundador do escritório Gundim & Ganzella Sociedade de Advogados; e autor de dezenas de obras e de publicações jurídicas. 

‘Janeiro Branco’ de cuidados mentais, por Wilson Aquino

Wilson Aquino  (*)

A criação do “Janeiro Branco”, por meio da Lei 14.556/2023, é uma iniciativa louvável, dedicada a promover a conscientização sobre a saúde mental. Essa campanha nacional destaca a importância vital de compreender e lidar com transtornos psicológicos, buscando reduzir o estigma associado a temas como ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais, que podem gerar doenças crônicas e, em casos extremos, levar ao suicídio.

Apesar dos esforços governamentais em saúde e assistência social, é lamentável constatar que o atendimento à saúde pública no Brasil ainda está aquém das expectativas e necessidades da população. O aumento nos índices de suicídio e problemas mentais reflete os pesados fardos que jovens e adultos carregam em tempos desafiadores, de economia instável e custo de vida crescente, sem que possam contar com um aparelhamento médico adequado de amparo e tratamento.

As autoridades governamentais deveriam ter a responsabilidade crucial de gerir eficazmente os recursos públicos, elevando o país rico em vários aspectos e de uma população ordeira e trabalhadora, a patamares mais altos de desenvolvimento, proporcionando uma melhor qualidade de vida para todos.

Além da urgência na melhoria das condições materiais das famílias para prevenir doenças mentais, é imprescindível ressaltar o papel da espiritualidade na vida do indivíduo e das famílias. A religiosidade e a comunhão com Deus desempenham um papel fundamental na defesa contra males como esses, físicos, mentais e espirituais.

Quando nos deparamos com as palavras de Jesus Cristo dizendo: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt.11:28), testemunhamos uma verdade imensurável, corroborada por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. Milagres reais sempre aconteceram e ainda acontecem quando se invoca a ajuda divina com profunda fé, seja por um enfermo, um pai ou uma mãe por seu filho, ou qualquer outro indivíduo, pois todos são filhos especiais do Senhor.

Apesar da ajuda poderosa que todos podem receber de Deus, poucos buscam essa conexão com Ele por meio da oração e da vivência dos Seus ensinamentos e mandamentos. Muitos não frequentam Sua casa, a igreja, um lugar erguido para que as pessoas se voltem a Ele e aprendam a seguir o bom caminho.

A própria medicina e a ciência já reconheceram os milagres de Deus, inclusive em pacientes terminais, evidenciando que a fé profunda pode canalizar o poder divino para operar milagres, dentro e fora dos hospitais.

Diante de tantas comprovações sobre a importância da crença em Deus, da fé e da obediência aos Seus ensinamentos para uma vida plena e segura, surge a pergunta: por que tantos relutam em conhecer a Deus e compreender Suas expectativas para cada um de nós?

A hora de buscar essa conexão é agora. E o fato de estarmos no início de um novo ano, é melhor ainda para começar. Ao dobrar os joelhos em oração ao Senhor e a Seu filho, Jesus Cristo, e ao buscar segui-Los, é possível alcançar, nesta vida, a verdadeira e plena felicidade, concedida àqueles que crêem Neles.

Faça suas preces, converse com Ele e mergulhe na leitura das Escrituras Sagradas, uma fonte de sabedoria capaz de fortalecê-lo para enfrentar as adversidades da vida com segurança e alegria.

A fé e a conexão espiritual podem servir poderosamente como um suporte adicional no enfrentamento de desafios mentais e físicos. O passado e o presente nos relatam exemplos históricos (pessoais e coletivos) de como a fé fortaleceu indivíduos em momentos difíceis, além de ressaltar os benefícios psicológicos e emocionais que a prática religiosa pode trazer para a saúde do indivíduo.

Quem não se lembra da passagem bíblica da mulher que sofria com um fluxo contínuo de sangue por 12 anos e que entendeu que se apenas tocasse nas vestes de Jesus, que passaria naquela manhã perto de sua casa, seria curada. E assim o fez. Ocorreu que, mesmo em meio à multidão, Jesus sentiu que um poder havia se emanado Dele. Diante da revelação feita pela própria mulher, “Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem, filha! A tua fé te curou’. E a mulher ficou curada naquele mesmo instante.” (Mt. 9:22)

Em outra ocasião, “Quando entrou em casa, os cegos aproximaram-se dele, e Jesus perguntou-lhes: ‘Vocês creem que eu sou capaz de fazer isso?’ ‘Sim, Senhor’, responderam eles. Então lhes tocou os olhos, dizendo: ‘Faça-se conforme a sua fé!’ E os olhos deles foram abertos.” (Mt. 9:28-29)

Então, em meio às preocupações com a saúde mental, não podemos negligenciar a dimensão espiritual. A fé e a religiosidade são recursos poderosos para promover o equilíbrio integral do ser humano. Que o “Janeiro Branco” não seja apenas uma reflexão sobre a saúde mental, mas também um convite à busca de paz e plenitude através da conexão espiritual, fortalecendo o indivíduo em todos os aspectos de sua existência.

(*) Jornalista e Professor

O desconhecimento é pior que o fogo, por Nelson Araújo Filho

Nelson Araújo Filho (*)

No mais recente episódio de incêndio e ocorrendo em parte da planície pantaneira, assistimos com apreensão as diversas versões que divulgam os grupos de interesses.

Os conflitos, seus erros sistemáticos no estágio atual, não estão construindo solução que a preservação do patrimônio natural demanda diariamente.

A desinformação dá cor ao alarde. A começar pelo fato de que o Pantanal não está sendo consumido por incêndios. Existem focos sim, mas exclusivos de uma parte menor da planície, sem atividade econômica, isolada, desabitada e de difícil acesso (não por coincidência, ocupada grandemente por reservas públicas e particulares: reino do proibido e o paraíso do fogo). Um pantanal diferente e desconhecido.

Estamos referindo ao Y do Alto Paraguai, verdadeiro corredor de extremos, região delineada pelos rios Paraguai e Cuiabá – São Lourenço e respectivos terrenos marginais, entre o sul de Cáceres e Poconé até Corumbá.

Assim tem sido desde 2020. A causa direta deve ser atribuída ao assoreamento dos rios e o início de um novo ciclo de seca na planície. Pelo assoreamento, a areia indevidamente derramada do planalto expulsou, para largas extensões laterais, as águas que deveriam estar nas calhas dos rios, provocando o alagamento permanente desses terrenos, que assim permaneceram por várias décadas.

Nos ciclos de predominância, água e seca alternam influência na dinâmica da vida no Pantanal.  É uma característica da região observada por quem vive ou conhece o Pantanal. De 1975 à 2019 assistiu-se o ciclo de predominância das águas, com diversas cheias de porte e sem registro de estiagem enxugando os campos que haviam sido alagados no período. Anteriormente, de 1959 à 1974, foi observado o predomínio da estiagem. O Pantanal inteiro era só areia e campinas sem alagados permanentes sobre elas.

Todavia, em 2020 a situação mudou. O fluxo de água oriundo do planalto, ao norte, diminuiu drasticamente. O rio Paraguai e seus afluentes, Cuiabá – São Lourenço, foram atingidos de tal modo que o volume disponível coube integralmente nas calhas. As águas que eles haviam espalhadas, escoaram de volta ou foram consumidas pela evaporação.

Os campos nos períodos, longos anos, de alagamento viram proliferar abundante vegetação aquática, mesmo nos espelhos d’água, onde brotam as plantas. Quando elas foram embora, camalotes, aguapés e baceiros de capim morreram, secaram e queimaram.

Como tinha muito para queimar, tanto maiores foram os incêndios que, a propósito, estouraram em março, junto com a pandemia, em pleno mês de início da cheia, a qual naquele ano e no seguinte não deu o ar de sua graça.

Os incêndios deste mês de novembro não são diferentes. Temos uma situação de seca que avançou no período de início das águas, agravada por ondas incomuns de calor. Parte dos alagados que haviam recuperado as águas, outra vez secaram e chamaram de volta o fogo, com diferença na quantidade, menor, de material de combustão impactando no vigor e repique.

As imagens de satélites da NASA e UFRJ atestam o que dizemos. E o conhecimento do status e da morfologia das áreas impactadas pela areia concluem o suporte.

O fogo nas proximidades da BR-262 está fora do eixo que referimos acima, mas ocorre em região de mesmo perfil, sendo ainda de mais fácil visualização e compreensão.

Naquele local, por décadas o alagamento proporcionou entretenimento de pesca e de observação de jacarés às margens da estrada. É uma lembrança recente e comum.

Ocorreu a estiagem em 2020, o brejo secou, queimou e não se recuperou totalmente. Tornou a secar esse ano e agora arde. Como “local”, não é extenso, é desabitado, sem atividade econômica, inacessível para além do corte da rodovia e só por causa dela, uma exceção, deixou de ser isolado.

Nesse cenário pantaneiro, restrito e específico, surgem os focos de incêndio.

Compreender o contexto do fogo, permite avaliar os efeitos da devastação que ele sempre estabeleceu.

O que quer possa parecer, durante a ocorrência do incêndio, o certo é que, como mostra o exemplo da BR-262, as perdas não são definitivas e a recuperação surpreende. O mesmo trecho de hoje também queimou espetacularmente em 2020 e nos dois anos seguintes apresentou recuperação bem diversa do previsto no drama divulgado a época.

Também merece um olhar mais cuidadoso as estatísticas de danos a fauna de pequeno porte em diante, em se tratando de incêndio em áreas alagadas recentemente atingidas pela seca. No caso ficamos indagando que quantidade de população teria ali se instalado em tão pouco tempo no lugar dos peixes e anfíbios.

Pantanal é assim mesmo. Lugar de extremos. Tem suas defesas ainda incompreendidas.

Lógico que não advogamos minorar genericamente efeitos de danos. Alertamos para os exageros do empoderamento do oposto. Para a valorização indevida da devastação (como os jornais de antigamente com manchetes pingando sangue).

As regiões do Morro do Azeite e do Buraco da Piranha invocamos como nossas testemunhas imediatas.

Para o restante, clamamos por pesquisa abrangentes que investiguem a invasão das areias e por um estudo acerca dos efeitos da introdução da pecuária no Pantanal.

Vamos desmistificar e dar nomes aos bois.

 (*) Coordenador do Instituto Agwa

Capelinha de Pedra, por Paulo Portuga

CAPELINHA DE PEDRA

Destruíram a Capelinha; Sepultaram a sua história; Que era pouco conhecida; Mas, importante memória.

Erguida com tijolos; Da reforma da Catedral; Virou ponto turístico; Em meio ao milharal.

“Achada” por ciclistas; Virou notícia de jornal; Sua beleza e encanto; Caiu na rede social.

A Capelinha de Pedra; Então ficou conhecida; Ali tinha muita energia; Quem chegava logo já sentia.

Preces e pedidos foram feitos; Agradecimentos também; Com fé e esperança; Acreditando em forças do além.

A construção homenageava; Uma família pioneira; Que veio em carro-de-boi; Enfrentando lama e poeira.

Do Rio Grande do sul vieram; Para o antigo Mato Grosso; A família Mattos e muitas outras; Em busca de paz e progresso.

Dessa vida passageira; Gerações inteiras; Enterraram seus ossos; Em rasas terras vermelhas.

Ao lado da Capela; De estilo espanhol; Suas covas contavam histórias; Seus mortos, lutas e glórias.

Agora está ao chão; Não tem mais capela; Só ficou na memória; Não tem mais perdão.

Podia ter sido o vento; Talvez uma assombração; Vandalismo ou quem sabe; Medo de desapropriação.

Virou poeira no tempo; O real se tornou lenda; Pelo bem ou pelo mal; De um tempo irracional.

Quero nestes versos; Fazer uma reflexão; Um apelo à sociedade; Para a sua reconstrução.

Pois um povo que não preserva;Seu patrimônio e sua história; É um povo triste; Sem cultura e sem memória.

PAULO PORTUGA
Poeta, escritor, compositor e músico de Dourados (MS)
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Toda mulher merece uma rosa, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

Nunca vou entender o elevado preço pago pelas mulheres na sociedade, onde são discriminadas como “sexo frágil”, menosprezadas profissionalmente, recebendo os menores salários, mesmo sendo superiores em formação e conhecimento e violentadas em seus direitos fundamentais, inclusive dentro de sua própria casa.

Como podem ser consideradas frágeis quando demonstram uma força incomum e até superiores a que muitos homens? Já provaram que são capazes de suportar os piores ambientes e desafios que fariam muitos homens sucumbirem.

Como podem ganhar menos que os homens, mesmo quando ambos exercem as mesmas funções? Além do preparo profissional em igualdade, elas fazem a diferença pela sua dedicação e sensibilidade que as alicerçam a fazer sempre da melhor maneira possível as suas atribuições.

Um amigo, engenheiro civil, me confidenciou que na empresa onde trabalha tem outra profissional, no mesmo setor, que exerce as mesmas funções que ele e no entanto o salário dela é bem menor que o seu, apesar dela possuir mais diplomas e especializações. Casos assim lamentavelmente ocorrem em quase todas as profissões. Uma afronta às mulheres profissionais.

Neste ‘Mês da Mulher’ marcado pelo Dia Internacional da Mulher, o Brasil volta a colocar esse e outros problemas em relação a elas, em evidência. E como todo ano ocorre, mais dia ou menos dia, tudo volta ao esquecimento, mas não a luta, a garra e a perseverança da mulher no seu dia a dia, buscando vencer e avançar na vida.

As comemorações nas empresas e repartições, nos discursos das tribunas e postagens nas mídias sociais se vão. Mas elas não. Continuam suas lutas diárias para vencer as desigualdades, a discriminação e as injustiças que sofrem numa sociedade que pouco luta em seu favor.

E o que dizer daquelas que ainda sofrem pela violência de machistas imbecis e inconsequentes, que se acham donos delas?

Maridos e namorados que usam da violência para se impor ou puni-las pela sua superioridade a eles? O que dizer de um homem que (caso recente) com apenas duas semanas de namoro, não aceitou o rompimento da relação e a matou? E de tantos outros casos, conhecidos ou não, de violência porque não se aceita um “não”?

Quantos feminicídios! A pior das violências contra as mulheres tem ocorrido todos os dias, em todo o Brasil. Até quando assistiremos a tamanha crueldade?

Muito embora existam algumas medidas que estão sendo tomadas ou que se poderiam tomar para reduzir ou acabar (ideal) contra qualquer tipo de violência contra a mulher, a educação das crianças, a futura geração, é um meio eficaz, apesar de a longo prazo, para que se tenha maior respeito ao próximo e especialmente a elas, as mulheres.

As crianças precisam ser ensinadas desde cedo que nunca se deve levantar as mãos para alguém, especialmente uma mulher, mesmo nas piores hipóteses.

Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, sempre ensinou o respeito ao próximo e a nunca se usar da violência. Dentro do lar então (onde lamentavelmente tem sido palco da maioria dos casos de violência e feminicídio) a família tem que torná-lo um ambiente sagrado.

Quando andou entre nós, Jesus ensinou uma lei maior e mostrou-nos como devemos tratar uns aos outros. Ele deu exemplos de amor que não se limita a uma determinada idade, sexo ou nacionalidade.

Na época de Jesus, as mulheres geralmente eram tratadas como inferiores. E em algumas culturas atuais, as mulheres geralmente não são tratadas com respeito, segundo analisa muito bem Marissa Widdison, em uma publicação na revista “Força dos Jovens” de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,

Ela cita dois exemplos de respeito de Jesus às mulheres: Na época do Salvador, a maioria dos judeus se achava superior ao povo samaritano. Mas, quando Cristo conheceu uma mulher samaritana em um poço, Ele a tratou com compaixão e respeito. E foi mais além: enquanto conversava com ela, revelou pela primeira vez ser o Salvador Prometido (João 4).

Em outra situação, uma mulher foi apanhada cometendo um pecado grave. De acordo com a lei judaica, ela seria apedrejada até a morte. Quando os líderes levaram essa mulher ao Salvador, Ele lhes dirigiu uma pergunta que os fez parar e pensar. Eles não a apedrejaram. Em seguida, o Salvador a convidou a se arrepender, dizendo: vai e não peques mais (João 8:11).

Os índices e estatísticas da violência contra as mulheres, registrados na atualidade, não deixam dúvida de que muitos homens não aprenderam nada sobre o segundo grande mandamento de Deus: Amar o próximo como a ti mesmo.

(*) Jornalista e Professor

Coisas que realmente importam, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

A sabedoria é uma das grandes dádivas da velhice. Quando o indivíduo ultrapassa meio século de vida, aos poucos deixa de correr para o futuro, desfruta mais do presente e relembra, pondera e corrige o passado, na medida do possível. Além disso, enxerga a beleza de tudo à sua volta e se torna bom ouvinte e melhor conselheiro.

Aprende, na alegria ou na tristeza, a primeira e a mais importante verdade do universo: Deus existe. É O Criador de todas as coisas e ama todos nós, Seus filhos. É quando entende também a plenitude do segundo grande mandamento que Ele espera que todos obedeçam: amar ao próximo como a nós mesmos.

Quando a pessoa ama e respeita seu semelhante, torna-se apto a exercer o poder do perdão, que é um dos mais nobres e doces frutos da sabedoria. Se despe de toda mágoa, de todo rancor existente nas relações e se veste da humildade que lhe permite buscar a reconciliação a qualquer custo.

Ao longo da vida, conheci muitos casos e pessoas que dariam simplesmente tudo o que juntaram de riquezas materiais para ter em troca alguns anos com mais qualidade de vida, amor e alegria; Indivíduos também que se arrependeram de explorar e pisar em pessoas, inclusive parentes e amigos; Pessoas que viveram e se arrependeram de trilhar caminhos tortos, cheios de pedras e espinhos e que no final, resolveram mudar, reparando erros e injustiças cometidas.

Sobre a vida conjugal, importante fase da jornada, há muitos anos ouvi do poeta Ferreira Goulart, uma sábia conclusão a que chegou a respeito desse assunto e a entesourei para mim. Ele contou que quando se desentendia com a esposa, ficava até uma semana ou mais, “emburrado” por achar que tinha razão e que por conta disso era ela quem deveria procurá-lo para fazerem as pazes.

Acontece que, segundo ele, seus cabelos brancos não lhe permitiam mais desperdiçar um tempo tão precioso ao lado de sua bela e jovem esposa. Foi então que ele ponderou e concebeu a célebre frase: “A partir de agora não quero mais ter razão. Quero é ser feliz”.

Um sábio conselho que serve para todos, especialmente aos homens (turrões) nesses tempos difíceis, de recordes de divórcios e separações em todo o Brasil.

Outra boa experiência em relação ao trato com a esposa, a “eterna namorada”, diz respeito exatamente a isso, ou seja, ela deve ser tratada como tal e nunca como alguém que conquistamos e que não precisa mais ser cortejada, elogiada e bem tratada.

O homem precisa ser criativo para demonstrar sempre, ao longo de toda sua vida conjugal, seu amor pela companheira. Por exemplo, mesmo sem nenhuma data comemorativa ou aviso prévio, deve passar na floricultura e comprar mesmo que um simples botão de rosa para ela, que pode ser entregue junto com uma longa carta de amor. Elas (no geral) amam atitudes dessa natureza. Se esse não for o caso de sua esposa, descubra o que a agrada e faça.

Há alguns anos, numa bela manhã, minha esposa teve uma grande surpresa na nossa cozinha. As paredes azulejadas amanheceram repletas de desenhos e mensagens de amor (escritas com canetinhas coloridas, de fácil limpeza). Os desenhos procuravam retratar lugares em que estivemos juntos, como praias, fazendas e outros ambientes. Me esforcei também em criar poemas inéditos. Ela chorou de alegria e certamente passou a me amar mais depois daquele dia, que se repete por algumas vezes no ano, mas sempre com novos tons de criatividade.

Sobre filhos, nosso grande legado, é preciso que os criemos para o mundo e não para nós. Para isso é preciso que os ensinemos a conhecer e a amar a Deus e a Jesus Cristo, pois isso fará a grande diferença em suas vidas se mantiverem a fé e a fidelidade Neles.

Quanto a nós, no trabalho, devemos sempre procurar fazer o que gostamos e quando isso não acontece, por conta de um curso ou uma faculdade em andamento, devemos gostar do que fazemos. E se não está se sentindo bem numa empresa, saia! Não fique (muito tempo) num lugar em que não se sente bem. Não pragueje às escondidas contra sua chefia, pois você é livre para ir para onde quiser. Nunca se esqueça que você tem capacidade para se especializar em qualquer área profissional.

E acima de tudo, devemos procurar sempre nos espelhar na determinação e na grandiosidade de Jesus Cristo, que nos ensinou, pelo exemplo, compaixão, bondade, honestidade, perseverança e alegria em servir, quando andou entre nós. E como a vida é especialmente bela e tudo faz parte de um grandioso Plano de Deus para o crescimento e salvação de todos, nada mais justo que nos esforcemos em fazer coisas que realmente importam.

(*) Jornalista e Professor

Em quem Jesus Cristo votaria? Lula ou Bolsonaro?

(*) João Pires  

Com certeza, esta é uma das eleições presidenciais mais polarizadas no Brasil. E talvez o tema religião e política nunca foi tão discutido, não só no meio evangélico mas também na igreja católica, com a manifestação de padres e principalmente pastores, nas redes sociais.

Se por um lado Jair Bolsonaro, que se diz católico, é o “messias” considerado pela maioria evangélica, o ex-presidente Lula não esconde sua admiração pelo Papa Francisco e o respeito pelas religiões afros brasileira.

Mas não para por ai, tanto que nesta primeira semana de campanha do segundo turno, vídeos de um suposto satanista declarando voto ao candidato Lula e outro do Bolsonaro pedindo votos dentro de uma loja maçônica, rivalizaram nas redes e pautaram os debates entre os mais fervorosos eleitores.

Com tudo isso, (não vou nem citar ideologia de gênero ou costumes), como agiria Jesus Cristo? Se ainda ele estivesse em forma humana em nosso meio como se comportaria? Em qual religião ou em qual denominação ele iria visitar no próximo domingo? Em quem votaria?

Pois bem, vamos um pouco de Bíblia. Deixo claro que não tenho formação teológica, mas é certo que o foco da mensagem de Cristo sempre foi a salvação de nossas almas e, é isto o princípio básico e unanime em todos os sermões evangélicos.

Em meu entendimento, uma das principais lutas que Jesus Cristo enfrentou enquanto esteve em corpo presente aqui, foi exatamente convencer o ser humano do seu plano de redenção, enquanto muitos esperavam dele um projeto político capaz de mudar todo o sistema da época.

Santo engano! Jesus nunca se interessou por política!

Prova disto, ele demonstrou durante seu diálogo com Pôncio Pilatos (governador romano) momentos após ser açoitado e entregue para ser julgado. Pilatos, como um bom político até tentou “alinhar” com Jesus e quem sabe tentar um acordo para livra-lo da cruz. Porém não teve êxito.

Respondeu Jesus: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36)

Voltando ao título; Em quem Jesus votaria? Lula ou Bolsonaro? Respondo: em NENHUM.  – “O meu reino não é deste mundo”

(*) Jornalista e evangélico